Proibição de entrar nos EUA e bloqueio de contas: O que diz a Lei Magnitsky

 Moraes é primeira autoridade de um país democrático a ser punida com as sanções previstas na norma

O punido pela Lei Magnitsky é impedido de ingressar no território americano | Foto: Gustavo Moreno / STF / CP


O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira, 30, que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), será punido com a Lei Magnitsky.

É a primeira autoridade de um país democrático a ser punida com as sanções previstas na norma, criada para restringir direitos de violadores graves dos direitos humanos. A Lei Magnitsky foi criada para punir autoridades de regimes ditatoriais e condenados por tortura e tráfico humano.

O texto foi sancionado em 2012 pelo governo de Barack Obama. A medida leva o nome de Sergei Magnitsky, um advogado russo que denunciou um esquema de corrupção de autoridades de seu país e morreu em uma prisão de Moscou, em 2009. Ao ser sancionado, o texto contemplou sanções contra as autoridades responsáveis pela morte de Magnitsky.

A Lei Magnitsky foi ampliada ainda no governo Obama e teve seus termos atuais promulgados em 2016. Com a nova redação, o texto passou a permitir sanções contra autoridades de quaisquer países que violassem direitos humanos.

Quais são as punições estabelecidas pela Lei Magnitsky?

Proibição de entrada nos EUA: o punido pela Lei Magnitsky é impedido de ingressar no território americano. Caso o alvo da medida já possua um visto de entrada, o documento é revogado.

Bloqueio de bens e propriedades: a Lei Magnitsky prevê o bloqueio dos bens e propriedades do punido que estejam localizados no território americano.

Proibição 'extraterritorial' de prestação de serviços: a medida também impõe sanções que devem ser cumpridas por todas as entidades que operem sob leis americanas ou mantenham relações econômicas com os Estados Unidos.

Isso significa que todas as empresas que possuam ativos nos Estados Unidos devem restringir o acesso do alvo da sanção aos seus serviços, o que inclui instituições financeiras e plataformas de tecnologia.

Dessa forma, o punido é impedido de acessar serviços bancários e de ter contas em redes sociais. O texto da Lei Magnitsky expressa que a sanção é 'extraterritorial', ou seja, o bloqueio deve ocorrer mesmo que a prestação de serviços ocorra fora dos limites territoriais dos Estados Unidos.

Quantas vezes a Lei Magnitsky foi usada?

Segundo um levantamento da entidade Human Rights First, que atua na promoção de direitos humanos, a Lei Magnitsky foi aplicada 48 vezes durante o segundo semestre de 2024.

O rol de punidos inclui violadores graves de direitos humanos, como autoridades condenadas por tráfico humano, torturas e repressão violenta de protestos.

A mais recente aplicação da Lei Magnitsky é de 9 de julho. Membros do Partido Comunista da China foram punidos pela violação de direitos humanos dos uiguris, povo que habita o oeste do país asiático.

Como é o trâmite da Lei Magnitsky?

A iniciativa de sanções pela Lei Magnitsky parte do presidente dos Estados Unidos e deve ser aprovada pelo Congresso do país. O Partido Republicano detém maioria nas duas Casas do Poder Legislativo.

Para deixar o rol de punidos pela Lei Magnitsky, o alvo da medida deve provar ao governo americano que não possui relação com os fatos que levaram à punição, que já respondeu na Justiça pelos atos ou que mudou de comportamento de forma significativa.

Uso da Lei Magnitsky contra uma democracia é inédito

O uso da Lei Magnitsky contra uma autoridade de um país democrático é inédito. O Brasil é considerado uma democracia pelo próprio Departamento de Estado dos Estados Unidos, que realiza relatórios anuais sobre direitos humanos e liberdades políticas ao redor do mundo.

A última edição disponível do relatório é do ano de 2023. O verbete sobre o Brasil destaca que o País registra 'judiciário efetivo, sistema político democrático e funcional e garantia de direitos de expressão, incluindo membros da mídia'.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Abicalçados: exportações aos EUA vão ser inviabilizadas com tarifa de 50%

 Presidente Donald Trump assinou nesta quarta uma ordem executiva confirmando o aumento da carga tributária sobre bens brasileiros

Segundo a Abicalçados, os EUA são o principal destino internacional do setor calçadista brasileiro | Foto: Divulgação / Abicalçados / CP


A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) avalia que a imposição de uma tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos deve 'inviabilizar' a venda para o mercado americano.

presidente Donald Trump assinou nesta quarta uma ordem executiva confirmando o aumento da carga tributária sobre bens brasileiros, levando a um total de 50%.

Segundo a Abicalçados, os EUA são o principal destino internacional do setor calçadista brasileiro. 'Temos empresas cuja produção é integralmente enviada ao mercado externo, a maior parte para os Estados Unidos', afirmou a entidade em nota.

Essas empresas, ainda de acordo com a entidade, 'terão produtos muito mais caros do que os importados da China, por exemplo, que pagam uma sobretaxa de 30%'. A Abicalçados fala em uma perda de 8 mil empregos diretos.

A associação lamentou que os esforços de empresários e do corpo diplomático brasileiro não tenham sido suficientes para que o governo americano mantivesse a 'histórica relação comercial entre Brasil e Estados Unidos'.

Para mitigar os efeitos dessa medida na indústria, a Abicalçados defende que o poder público implemente linhas para cobrir o Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) em dólar com juros do mercado externo; a ampliação do Reintegra para exportadores; a liberação imediata de créditos acumulados do ICMS; e a reedição do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda (BEm).

Contexto

Segundo a Abicalçados, os Estados Unidos respondem por mais de 20% do valor total gerado pelas exportações do setor. No primeiro semestre de 2025, o Brasil exportou ao país US$ 111,8 milhões, equivalentes a 5,8 milhões de pares de calçados.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Julho termina com possibilidade de temperatura negativa no RS; confira a previsão do tempo

 Município gaúcho poderá ter mínima de -2ºC nesta quinta-feira, 31

Segundo a MetSul, Estado poderá ter amanhecer frio, mas temperaturas se elevam no decorrer do dia | Foto: Pablo Gomes / Epagri Lages / CP


Após a passagem de um ciclone extratropical de causou danos em mais de 20 cidades do Rio Grande do Sul no começo da semana, a quarta-feira, 30, teve o amanhecer mais congelante desde a atuação de uma massa de ar frio na primeira semana de julho, segundo a MetSul Meteorologia.

Diversas cidades gaúchas registraram temperaturas negativas no amanhecer de hoje. As menores mínimas ontem no Rio Grande do Sul foram -3,4ºC em São José dos Ausentes; -2,8ºC em Pinheiro Machado; -2,3ºC em Soledade; -2,0ºC em Capão Bonito do Sul e André da Rocha; -1,9ºC em Monte Alegre dos Campos e Vacaria; -1,4ºC em Herval; -1,2ºC em Getúlio Vargas; -1,0ºC em Tunas; -0,5ºC em Fontoura Xavier; -0,4ºC em Ibirapuitã; -0,2ºC em Lagoa Vermelha; e -0,1ºC em Bom Jesus.

quinta-feira, 31, último dia de julho, também poderá ter registro de marcas abaixo de zero no começo do dia, sobretudo, em baixadas da Metade Norte. Conforme a MetSul, o sol aparece em todo o território gaúcho. Porém, espera-se aumento de nuvens no Oeste, Centro e o Sul do Estado no decorrer do dia, sobretudo da tarde para a noite.

Nas demais regiões, mais uma jornada com céu claro. Apesar do dia começar frio, com o ingresso de ar mais quente, a temperatura rapidamente se eleva com a presença do sol e a tarde será bastante agradável e com máximas acima da média, que devem ficar perto e acima de 25ºC em muitas cidades da Metade Norte.

Em Porto Alegre, a temperatura varia entre 7ºC e 24ºC, enquanto em Caxias do Sul fica entre 6ºC e 24ºC. Já em Ausentes, as marcas oscilam entre -2ºC e 20ºC. Em Vacaria a mínima será de 3ºC e a máxima de 21ºC.



Correio do Povo

Flamengo cobra dívida por Thiago Maia após anúncio de Alan Rodríguez pelo Inter

 Clube carioca acionou a CNRD e aguarda decisão para 6 de setembro; parcelas da negociação ainda não foram pagas, segundo a nota

Inter deve ao Flamengo pela compra de Thiago Maia | Foto: RICARDO DUARTE / INTER / CP


Flamengo divulgou uma nota oficial na noite desta quarta-feira na qual "lamenta" que o Inter tenha realizado a contratação de Alan Rodríguez, que estava no Argentinos Juniors, mesmo ainda devendo pela compra dos direitos de Thiago Maia, realizada no começo do ano passado. De acordo com a nota do clube carioca, nenhuma das parcelas pela aquisição do volante, de 1,25 milhão de euros cada, foi paga.

O Flamengo, inclusive, acionou a Comissão Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF para cobrar o Inter. A sentença sobre o caso deve ser divulgada em 6 de setembro.

A nota foi divulgada apenas algumas horas após o Inter confirmar oficialmente a contratação de Alan Rodríguez. Antes dele, o clube já havia anunciado as chegadas de Alan Benítez, que veio do Cerro Porteño após o fim do seu contrato, e de Richard, que estava no Alanyaspor, da Turquia.

Abaixo, a íntegra da nota oficial.

"O Clube de Regatas do Flamengo lamenta que o Sport Club Internacional siga descumprindo compromissos financeiros assumidos com esta instituição, ao mesmo tempo em que anuncia publicamente a contratação de novos atletas, como Alan Rodríguez, anunciado hoje. Segundo matérias publicadas na imprensa, o clube se comprometeu a pagar 4 milhões de dólares.

Em novembro de 2024, o Flamengo formalizou, junto à Comissão Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) da CBF, uma cobrança referente à aquisição do atleta Thiago Maia. O Internacional deixou de pagar integralmente as cinco parcelas previstas, todas já vencidas, no valor total de 1,25 milhão de euros. Ainda assim, mesmo sem qualquer fato novo que justificasse a postergação, a sentença foi adiada e está prevista apenas para 6 de setembro.

O Flamengo considera inaceitável a repetição desse cenário e espera que a CBF, por meio de seus órgãos competentes, atue com firmeza e coerência diante de um caso que fere frontalmente os princípios do Fair Play Financeiro que a própria entidade decidiu abraçar recentemente.

É urgente que a CBF utilize os instrumentos regulamentares já existentes para assegurar que casos pendentes na CNRD sejam ágeis e que os clubes adimplentes não sejam prejudicados por aqueles que reiteradamente ignoram suas obrigações."

Correio do Povo

"O caso Filipe Martins faz parte de agressão sistemática e quase permanente de Moraes aos EUA"

 

A desigualdade social: Pobres X Ricos

 

Desesperado com a quase total perda de popularidade e com a mínima aceitação ao seu desastrado desgoverno, Lula resolve apelar para a milenar luta de classes, tentando acirrar o ânimo e incitar a revolta dos mais pobres contra os mais ricos como se estes foram os responsáveis pelo descalabro de suas ações governamentais, visando reverter algo que é improvável!
Com mais de 77,8 milhões de pessoas inadimplentes, o Brasil enfrenta uma crise silenciosa que se alastra por lares de todas as regiões, além da evidente desigualdade social, onde a pobreza atinge 36% da população, isto é são mais 76 milhões de brasileiros que ainda vivem nesta situação, depois de quase vinte anos de desgovernos petistas, muito acima da média global que é de 29%. Isto revela o patente contraste com o pronunciamento demagógico do ex-presidiário, logo após tomar posse como presidente da República, em 1.º de janeiro de 2003, ao fazer uma promessa de acabar com a fome no Brasil.
Ante o total fracasso de sua política pública, Lula sugere taxar cada vez mais os ricos minando o sistema capitalista predominante, que assim julga irá reduzir a luta de classes e acabar com a pobreza. Entretanto ele esquece de que os sistemas baseados em políticas socialistas e assistencialistas, como do seu governo, dependem do dinheiro arrecadado de todos os contribuintes, sendo que os maiores recursos vêm dos que pagam mais impostos, ou seja, dos cidadãos mais afortunados e das grandes empresas que pagam estes tributos.
Porém esta escabrosa tentativa foi idealizada não apenas para resgatar a popularidade de um governo falido que prima pela corrupção, mas entendo que é a representação filosófica de uma política fracassada; a pregação da inveja e a prática evidente da ignorância, que fatalmente levará a distribuição igualitária da miséria entre todos, como acontece em Cuba e na Venezuela, exceto para seus líderes.
Todavia grande parte da população brasileira, em muitos aspectos, ainda não percebeu a gravidade do momento atual, pois foram idiotizados e acomodados com os recursos da Bolsa Família, além ignorantes por natureza foram anestesiados pela propaganda midiática ideológica de um governo imoral e criminoso. Incapazes de entender que a única saída para sair da miséria é pela educação e pelo trabalho, verdadeiros incentivos para que as pessoas possam criar e acumular riquezas por conta própria, desfrutando assim da verdadeira alegria de viver!

Post de Plínio Pereira Carvalho

Fonte: https://www.facebook.com/pliniopereiracarvalho/posts/pfbid02y8B82mJpS4GmhksMBmNfZfYL5sono4HkFEy356aHTykERnZx5S317noKXQbkJ1LBl?comment_id=1452082832657453&notif_id=1753989757760924&notif_t=close_friend_comment&ref=notif


Eduardo Leite se manifesta sobre punição do governo Trump ao ministro Alexandre de Moraes

 Moraes é a primeira autoridade de um país democrático a receber aplicação da Lei Magnitsky

Governador Eduardo Leite criticou sanções dos EUA ao ministro Alexandre de Moraes pelas redes sociais | Foto: Pedro Piegas


O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se manifestou sobre a punição do governo Donald Trump, dos Estados Unidos, que aplicou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a Lei Magnitsky.

A medida aplicada ao ministro brasileiro bloqueia as contas bancárias, restringe seu acesso ao sistema financeiro dos Estados Unidos e trava o acesso a eventuais bens que o ministro tenha em solo norte-americano, além de proibir a sua entrada no país. Ele é a primeira autoridade de um país democrático a receber essa sanção. Ação costuma ser aplicada a violadores graves dos direitos humanos, como terroristas.

Na tarde desta quarta-feira, 30, o governador gaúcho escreveu na sua rede social X (antigo Twitter) que “antes de mais nada Alexandre de Moraes é um cidadão brasileiro. Não é necessário concordar com todas as decisões do Ministro para repudiar a medida imposta pelos EUA contra ele”.

Leite destacou que Moraes foi escolhido pelo presidente da República e foi referendado pelo Congresso para exercer suas funções de acordo com leis brasileiras. “O Ministro Moraes tem, a meu ver, acertos e erros, mas não podemos concordar que outro país tente interferir em nossas instituições impondo sanções aos seus membros”, criticou o governador no fim da sua publicação.

Para Trump, Moraes promove uma “caça as bruxas” ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu por trama golpista e atualmente cumpre medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica e proibição do uso de redes sociais, aplicadas pelo ministro do STF.

Correio do Povo

Prefeito de Criciúma (SC) se disfarça de morador de rua: “Senti na pele”

 Gestor afirmou que “experiência” vai ajudar a orientar políticas públicas para o grupo

Prefeito conseguiu manter a experiência por 20 horas, até ser reconhecido | Foto: Reprodução


O prefeito Vaguinho Espíndola (PSD), de Criciúma, em Santa Catarina, viveu a experiência de ser morador de rua por um dia. Disfarçado, ele ganhou quase R$ 6 de esmola em um semáforo, café e comida dados por moradores, mas não foi reconhecido nem pela família. Sua esposa e os dois filhos passaram por ele e seguiram adiante. "Senti na pele o que é ser invisível", disse ao Estadão.

A experiência aconteceu no último dia 10, na cidade de 225 mil habitantes, no sul catarinense. Espíndola diz que a ideia inicial era ficar 24 horas vivendo na rua, mas acabou ficando 20 horas porque foi abordado e reconhecido pela equipe de assistência social do próprio município. Um fotógrafo da prefeitura o acompanhou à distância.

Ele nunca usou barba, mas saiu à rua com barba e peruca postiças, além de roupas andrajosas e muita maquiagem. "Foi uma experiência única. Eu quis sentir na pele o que essa população sente, até para orientar nossas políticas públicas para ela, mas houve situações impactantes", conta.

Uma delas foi quando um garoto com cerca de 10 anos saiu de uma lanchonete e trouxe uma xícara de café para ele. "Não conheço o piá (menino), nem ele me reconheceu. Era um dia muito frio, a região aqui é fria, mas o gesto me emocionou." Quando parou embaixo de um semáforo estendendo a mão, em 15 minutos recebeu moedas que totalizaram quase R$ 6.

O impacto maior, conta, foi quando passava próximo à sua casa e sua esposa caminhava pela rua com os dois filhos do casal. "Eles passaram direto por mim. Foi quando senti a sensação terrível de ser invisível."

Por outro lado, várias pessoas ofereceram comida e tiveram gestos de solidariedade. Vaguinho também foi à região do Pinheirinho, onde há pontos de tráfico de drogas e concentra a população vulnerável para conversar com usuários.

Por volta da 0h30 da madrugada, quando já estava dormindo sob a marquise de uma igreja, no bairro Santa Bárbara, a equipe da assistência social o abordou. "O agente estava me oferecendo a possibilidade de ir para a casa de passagem, mas ele me reconheceu. Aí não tive como esconder, pois tinha outras pessoas por perto."

O prefeito viu também muitas pessoas drogadas entre os moradores de rua. "Aqui tem algumas bocas, fui até elas e pude ver como esse mundo de crime e do tráfico está infiltrado entre essa população em situação de rua. Posso afirmar que a droga não é o motivo principal para a pessoa ir para a rua, mas é 100% o motivo para elas não saírem da rua."

A prefeitura mantém um atendimento para o morador de rua que quer se alimentar, tomar banho e um local para dormir. O programa inclui a casa de passagem, em que o morador fica e recebe treinamento até conseguir emprego - ao receber o primeiro salário ele vai para o aluguel. Desde o início do ano, houve uma redução de 280 para 170 moradores nessa condição.

Projeto prevê internação involuntária

Vaguinho vai enviar um projeto para a Câmara autorizando a internação involuntária de moradores de rua em condições de dependência química. "Estamos credenciando 50 vagas em clínica para essas internações."

Ele também observou que muitas das pessoas que encontrou nas ruas não são de Criciúma. "Vamos ter um observatório municipal para esse público, pois os números são imprecisos. As pessoas que estão aqui hoje, amanhã estão em Florianópolis, depois vão para São Paulo."

Ele conta que o município triplicou o número de internações voluntárias, com 150 vagas já preenchidas, e ampliou o número de assistentes sociais e psicólogos para trabalhar os vínculos familiares. "O monitoramento deste mês mostrou que de cada 10 que internamos, com a ajuda dos assistentes sociais, seis deles refizeram os vínculos familiares, três estão nas casas de passagem trabalhando e um voltou para a rua. Não se trata apenas de tirar das ruas, mas dar tratamento, trabalho e esperança", disse.

Uma delas foi quando um garoto com cerca de 10 anos saiu de uma lanchonete e trouxe uma xícara de café para ele. "Não conheço o piá (menino), nem ele me reconheceu. Era um dia muito frio, a região aqui é fria, mas o gesto me emocionou." Quando parou embaixo de um semáforo estendendo a mão, em 15 minutos recebeu moedas que totalizaram quase R$ 6.

O impacto maior, conta, foi quando passava próximo à sua casa e sua esposa caminhava pela rua com os dois filhos do casal. "Eles passaram direto por mim. Foi quando senti a sensação terrível de ser invisível."

Por outro lado, várias pessoas ofereceram comida e tiveram gestos de solidariedade. Vaguinho também foi à região do Pinheirinho, onde há pontos de tráfico de drogas e concentra a população vulnerável para conversar com usuários.

Por volta da 0h30 da madrugada, quando já estava dormindo sob a marquise de uma igreja, no bairro Santa Bárbara, a equipe da assistência social o abordou. "O agente estava me oferecendo a possibilidade de ir para a casa de passagem, mas ele me reconheceu. Aí não tive como esconder, pois tinha outras pessoas por perto."

O prefeito viu também muitas pessoas drogadas entre os moradores de rua. "Aqui tem algumas bocas, fui até elas e pude ver como esse mundo de crime e do tráfico está infiltrado entre essa população em situação de rua. Posso afirmar que a droga não é o motivo principal para a pessoa ir para a rua, mas é 100% o motivo para elas não saírem da rua."

A prefeitura mantém um atendimento para o morador de rua que quer se alimentar, tomar banho e um local para dormir. O programa inclui a casa de passagem, em que o morador fica e recebe treinamento até conseguir emprego - ao receber o primeiro salário ele vai para o aluguel. Desde o início do ano, houve uma redução de 280 para 170 moradores nessa condição.

Projeto prevê internação involuntária

Vaguinho vai enviar um projeto para a Câmara autorizando a internação involuntária de moradores de rua em condições de dependência química. "Estamos credenciando 50 vagas em clínica para essas internações."

Ele também observou que muitas das pessoas que encontrou nas ruas não são de Criciúma. "Vamos ter um observatório municipal para esse público, pois os números são imprecisos. As pessoas que estão aqui hoje, amanhã estão em Florianópolis, depois vão para São Paulo."

Ele conta que o município triplicou o número de internações voluntárias, com 150 vagas já preenchidas, e ampliou o número de assistentes sociais e psicólogos para trabalhar os vínculos familiares. "O monitoramento deste mês mostrou que de cada 10 que internamos, com a ajuda dos assistentes sociais, seis deles refizeram os vínculos familiares, três estão nas casas de passagem trabalhando e um voltou para a rua. Não se trata apenas de tirar das ruas, mas dar tratamento, trabalho e esperança", disse.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Inter perde em casa para o Fluminense e larga em desvantagem na Copa do Brasil

 Time colorado jogou mal, perdeu por 2 a 1 em casa e acabou vaiado pela torcida no Beira-Rio

Aguirre disputa lance pelo alto com Canobbio | Foto: FABIANO DO AMARAL


O Inter vai ter que vencer o Fluminense no jogo de volta, na próxima quarta-feira, no Maracanã, por dois gols de diferença se quiser avançar para a próxima fase da Copa do Brasil. Afinal, jogando no Beira-Rio, na noite desta quarta-feira, Roger Machado e seus comandados acabaram derrotados pelo time carioca, treinado por Renato Portaluppi, por 2 a 1. Em caso de vitória colorada por um gol de vantagem, haverá cobrança de pênaltis no Rio de Janeiro. Portanto, a situação do Inter no torneio se complicou.

O primeiro duelo decisivo entre os dois times começou exatamente como se esperava. Ou seja, com o Inter buscando o ataque, enquanto o Fluminense se defendia e tentava as jogadas de transição rápida. Porém, Thiago Maia falhou logo aos 8 minutos, comprometendo o plano de Roger Machado para a partida. Ele tentou fazer um recuo para Rochet e acabou chutando a bola para cima. Serna ficou com a bola e chutou na trave. Everaldo pegou a sobra de primeira e abriu o placar em pleno Beira-Rio.

Foi péssimo, mas o time colorado tentou reagir. Aos 13 minutos, Bruno Henrique acertou a trave após pegar uma sobra de um escanteio, mas o árbitro já havia paralisado o lance. O Inter seguiu insistindo, mesmo que sem muito jeito. Aos 34, na primeira jogada realmente lúcida do setor ofensivo, Vitão acertou um passe em profundidade para Wesley. O atacante invadiu a área e chutou para o gol, mas Fábio fez a defesa. Carbonero pegou o rebote e mandou para as redes, empatando em 1 a 1.

A torcida passou a apoiar com mais força, e o Inter deu mostras de que havia retomado as rédeas da partida. Porém, aos 39 minutos, Serna fez grande jogada pelo lado esquerdo da defesa colorada, passou por Bernabei, driblou Victor Gabriel e cruzou para a área. Everaldo, de novo de primeira, mandou para as redes, marcando um golaço.

Quando o árbitro apitou o final do primeiro tempo, a torcida vaiou a equipe colorada. Apesar disso, a única mudança de Roger no intervalo foi trocar Bruno Henrique, que havia sofrido uma pancada, por Ronaldo. E mandou o time atacar mais nos derradeiros 45 minutos do jogo.

O Inter seguiu tentando, mas sem conseguir criar boas chances. Aos 17 minutos, Victor Gabriel levou perigo pela primeira vez, mas errou a cabeçada após cobrança de escanteio. Em seguida, Roger Machado abriu mão de um volante para reforçar o setor ofensivo com Vitinho. Aos 21, Rochet defendeu um chute perigoso de Canobbio.

A defesa colorada ficou exposta. O Fluminense se aproveitou e passou a levar vantagem também no setor ofensivo, perdendo alguns bons lances para ampliar ainda mais a vantagem. Roger fez mais trocas, na tentativa quase desesperada de dar pelo menos mais fôlego ao ataque, mas o time desorganizou-se completamente. No final das contas, pela atuação na etapa final, o Inter escapou de sofrer uma derrota ainda maior no Beira-Rio, irritando a torcida.

COPA DO BRASIL – OITAVAS DE FINAL

Inter 1
Rochet; Aguirre, Vitão, Victor Gabriel e Bernabei; Thiago Maia (Vitinho), Bruno Henrique (Ronaldo), Alan Patrick, Wesley (Gustavo Prado) e Carbonero (Tabata); Borré (Valencia). Técnico: Roger Machado.

Fluminense 2
Fábio; Samuel Xavier, Thiago Silva, Freytes e Guga; Martinelli (Ganso), Nonato (Bernal), Hércules e Kevin Serna (Lima); Soteldo (Canobbio) e Everaldo (Keno). Técnico: Renato Portaluppi.

Arbitragem: Rodrigo Jose Pereira de Lima (PE), auxiliado por Victor Hugo Imazu dos Santos (PR) e Francisco Chaves Bezerra Junior (PE). VAR: Ilbert Estevam da Silva (SP). Local: Beira-Rio. Público: 33.801 (32.295 pag.). Renda: R$ 872.396,50

Correio do Povo

Samsung Promete Atualizações Mais Rápidas para Smartphones Galaxy

 


A Samsung planeja acelerar o lançamento de atualizações para seus smartphones, visando entregar correções de segurança e novos recursos mais rapidamente aos usuários. Segundo informações, a empresa está otimizando seus processos internos para reduzir o tempo entre o desenvolvimento e a distribuição das atualizações. O objetivo é melhorar a experiência do usuário e manter os dispositivos mais seguros e atualizados, especialmente para modelos das linhas Galaxy S, Z e A. A estratégia também inclui uma possível antecipação de updates para competir com outras fabricantes, como a Apple, que já seguem um cronograma mais ágil.