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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Juiz suspende a compra de cadeiras e 2 mil pênis de borracha para a Uespi

Trechos do edital da Uespi, que prevê a compra de 2 mil pênis de borracha para cerca de 40 estudantes (Foto: Reprodução)Trechos do edital da Uespi, que prevê a compra de 2 mil pênis de borracha para cerca de 40 estudantes
(Foto: Reprodução)

O edital também previa a aquisição de 29 títulos de DVDs - também com 500 unidades de cada -, como "Cachaça – produção artesanal de qualidade", "Construção de cercas na fazenda" e "Controle de formigas cortadeiras". Os cursos de zootecnia e agricultura da instituição também oferecem cerca de 40 vagas por turma.

O juiz da 2ª Vara afirmou ter encontrado fundamento no pedido da empresa, que segundo ele tem sede no estado de São Paulo. Ela questionou apenas um dos itens: a compra de 400 mil cadeiras. "Entendi que não havia razoabilidade, porque a universidade só tem 28 mil alunos", disse Dantas ao G1, na tarde desta terça-feira (24). Pelas contas, seriam 14 cadeiras por estudante.

Além da quantidade, "que uma empresa pequena não pode fornecer", o juiz salientou que as características da cadeira descritas no edital indicavam uma cadeira patenteada e, portanto, "supostamente foi feita direcionando para alguém".

"O Estado procura comprar mercadoria com características de que necessita, mas que haja concorrência, porque o dinheiro público precisa ser preservado", disse.

O mandado de segurança, de acordo com Dantas, foi emitido porque a abertura da licitação estava prevista para as 14h da segunda-feira e havia "perigo da demora" de que o julgamento perdesse o efeito, após a realização do processo de contratação.

Os responsáveis pelo pregão da Uespi têm até dez dias para fornecer explicações à Justiça. O reitor da instituição, Carlos Alberto Pereira da Silva, afirmou que não foi informado do motivo da suspensão da licitação, mas disse que acatou a decisão judicial e que está preparando os documentos para apresentar a defesa da universidade. Ele explicou, porém, que os itens relacionados a órgãos reprodutivos masculino e feminino não foram alvo da ação, e serão usados no trabalho de campo que os residentes fazem nas comunidades atendidas pelo Programa de Saúde da Família (PSD).

É uma faculdade de medicina, os estudantes usam isso. Tem que mostrar para o cidadão como as doenças acontecem. Não significa dizer que a Uespi vai adquirir essa quantidade de pênis"

Carlos Alberto Pereira da Silva,
reitor da Uespi

"É uma faculdade de medicina, os estudantes usam isso. Tem que mostrar para o cidadão como as doenças acontecem. Não significa dizer que a Uespi vai adquirir essa quantidade de pênis."

Segundo Pereira, a licitação é feita por meio do sistema de registro de preços, o que significa que a empresa que oferecer o menor preço ganha o pregão. Ainda de acordo com ele, a quantidade listada no edital não representa a demanda real da instituição, mas um número - que será definido no momento do pregão, de acordo com a capacidade das empresas. "Eu posso comprar até aquele limite, mas não significa dizer que irei comprar", afirmou.

No caso dos objetos usados para a conscientização da comunidade a respeito das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), o reitor não soube precisar a quantidade necessária atualmente. "Vamos precisar de uns 10 agora, no próximo semestre são outros alunos que vão fazer disciplinas."

O benefício, disse o reitor, é a desburocratização dos processos de compra da universidade e na redução de gastos provocados pela inflação. "Daqui a dois anos, se tiver necessidade, posso comprar no mesmo preço, o preço que está registrado."

Pereira instituiu o sistema de registro de preços em maio de 2009. No documento que anunciou a mudança, o reitor afirmou que esse "método de trabalho importa um modo célere e eficaz previsto na legislação reduzindo gastos e simplificando procedimentos administrativos pela supressão de múltiplas licitações contínuas e desnecessárias". Além disso, ele listou vantagens da modalidade, entre elas o favorecimento da "participação de pequenas e médias empresas" e a "agilidade nas aquisições – possibilidade de compras e serviços, em tempo recorde".

As críticas ao edital também fizeram com que um grupo de empresas interessadas na licitação apresentassem, no fim da manhã de segunda-feira, uma denúncia contra a Uespi no Ministério Público Estadual. De acordo com a assessoria de imprensa do órgão, o promotor Fernando Santos confirmou o recebimento da denúncia, mas só vai se pronunciar depois de analisar dos documentos.


G1

sábado, 7 de janeiro de 2012

Vereador quer proibir noivas de casar sem calcinha

O vereador Ozias Zizi (PRB) quer proibir as noivas de Vila Velha (ES) de se casar sem roupas íntimas por baixo do vestido

Por Da Redação

 

ZIZI: “Não sou um vereador fútil”

ZIZI: “Não sou um vereador fútil” (A Tribuna/VEJA)

Por que o senhor quer legislar sobre as roupas íntimas das noivas?

Tem mulher que acredita que quando se casa sem calcinha segura o casamento por mais tempo. A pessoa, na verdade, pode se casar da maneira que quiser, mas, a partir do momento em que está em um templo, ela tem de respeitar o lugar. Sem calcinha não dá.

O que o senhor fará para garantir a aplicação da lei?

Teria de haver uma campanha educativa para preservar o templo sagrado. Não tenho como fiscalizar.

De onde o senhor tirou a ideia desse projeto de lei?

Eu deparei com um caso na internet que a imprensa mundial acompanhou. Assisti a um vídeo em que um padre em Alagoas se recusou a realizar um casamento porque ela estava do jeito que veio ao mundo debaixo do vestido.

O senhor não sabe que essa foi uma notícia falsa divulgada pela internet?

Não.

Mesmo assim o senhor vai seguir com a lei?

O meu patrão é o povo. Se a população de Vila Velha achar que é importante, eu vou continuar.

O senhor não teme ser ridicularizado?

Eu sou campeão de leis. Fiz projetos importantes, como o que possibilita o acesso de cadeirantes às praias da cidade e o que regulamenta o tempo de fila no banco e nos cartórios. Não sou um vereador fútil.

 

Veja