Inter projeta orçamento de R$ 721,5 milhões para 2026, mas depende fortemente da venda de jogadores

 


O Conselho Deliberativo do Internacional analisará na próxima segunda-feira (15) o orçamento de 2026, elaborado pelo Conselho de Gestão, que prevê uma receita bruta de R$ 721,5 milhões. Apesar do valor elevado, o documento expõe uma forte dependência do clube em relação ao mercado de transferências: cerca de R$ 204,9 milhões — quase 30% do total — devem vir da venda de atletas.

O orçamento também mostra que o Inter não fica com o valor integral das negociações. Dos R$ 204,9 milhões projetados, apenas R$ 117 milhões entrariam de fato nos cofres do clube. Os outros R$ 87,9 milhões seriam destinados a clubes detentores de percentuais dos direitos econômicos, além de comissões a empresários e intermediários.

🔹 Outras receitas previstas

Além das vendas de jogadores, o Inter estima arrecadar:

  • Bilheteria: R$ 23,3 milhões

  • Cotas de TV: R$ 108 milhões

  • Premiações: R$ 74,6 milhões

  • Receitas sociais: R$ 107,7 milhões

  • Patrocínios: R$ 101,8 milhões

  • Publicidade: R$ 65,9 milhões

  • Licenciamento: R$ 32,1 milhões

  • Outras receitas: R$ 3 milhões

🔹 Risco com patrocinadora master

O principal alerta do orçamento é a situação da Alfa, patrocinadora master desde janeiro. A empresa, que deveria pagar R$ 50 milhões anuais mais bônus por metas, está inadimplente há dois meses. O Grêmio já rescindiu contrato com a mesma patrocinadora, e há forte expectativa de que o Inter siga o mesmo caminho — o que pode reduzir significativamente a receita projetada.

🔹 Instabilidade administrativa

Outro ponto de preocupação é o ambiente interno. Na quarta-feira (10), o clube confirmou o fim do transfer ban imposto pela Fifa, após quitar uma dívida relacionada a uma contratação. A direção não revelou o credor, mas nos bastidores circula a informação de que o Racing-ARG teria acionado o Inter por causa da negociação envolvendo o atacante Carbonero.

📌 O orçamento mostra um clube com potencial de arrecadação elevado, mas ainda dependente de vendas e sujeito a riscos externos e internos que podem comprometer o planejamento de 2026.

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