O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu arquivar o pedido de investigação que envolvia o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes, em relação ao Banco Master. Segundo Gonet, não há provas concretas ou indícios materiais que sustentem as suspeitas de pressão sobre o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, durante a fiscalização da instituição.
📑 Ausência de provas
Em manifestação assinada no dia 27 de dezembro, Gonet destacou:
“Há absoluta ausência de lastro probatório mínimo que sustente a acusação formulada. Tanto o representado quanto o presidente do Banco Central negaram, de forma peremptória e convergente, a ocorrência de qualquer pressão exercida pelo Ministro sobre os interesses do Banco Master.”
O procurador-geral também ressaltou que os relatos divulgados pela imprensa não apresentaram elementos concretos, permanecendo “no campo das suposições”.
⚖️ Contrato com escritório de advocacia
Outro ponto analisado foi o contrato de R$ 129 milhões firmado pelo Banco Master com o escritório de Viviane Barci de Moraes. Para Gonet, não há indícios de ilegalidade na relação contratual.
O pedido de investigação havia sido protocolado pelo advogado Ênio Martins Murad em 24 de dezembro e arquivado três dias depois. Esta foi a primeira manifestação oficial da PGR sobre o caso.
📰 Contexto
Em nota à imprensa, Alexandre de Moraes afirmou que tratou com o presidente do Banco Central apenas sobre os efeitos da Lei Magnitsky, aplicada contra ele em setembro pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, bloqueando seu acesso ao sistema financeiro internacional.
Gonet também frisou que o sigilo da fonte jornalística impede que a apuração avance sobre relatos fornecidos por interlocutores anônimos, considerados o único alicerce das suspeitas.
Fonte: Correio do Povo

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