por Rogério Mendelski
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) mostrou alguma ingenuidade política ao afirmar que a sua possibilidade de vir a disputar o Planalto em 2026, em caso de desistência, “tem um preço”: “É Bolsonaro (seu pai) livre”. Numa entrevista concedida à TV Record, ao “Domingo Espetacular”, o senador definiu o “seu preço”: “Meu preço é justiça, não só comigo, mas com quase 60 milhões de brasileiros que foram sequestrados, estão dentro de um cativeiro, junto com o presidente Jair Messias Bolsonaro. Minha pré-candidatura é muito consciente”. É claro que Flávio Bolsonaro tem o pleno direito de se oferecer como pré-candidato presidencial, o que não foi “político” é a expressão “tem um preço”, mesmo que depois tenha explicado a precificação de sua atitude, lembrando uma anistia para os presos de 8 de janeiro de 2023 e a para seu pai. Flávio poderia ter tratado do assunto condicionando sua intenção a “um custo político” ou a uma “concessão futura,” e mesmo sendo uma expressão semântica – “isso vai ter um preço” – em política trata-se de uma frase idiomática que sugere existência de consequências ou custos significativos, dependendo do contexto em foi utilizada. E a consequência lógica foi a narrativa já divulgada pela extrema-esquerda que definiu a fala de Flávio Bolsonaro como “chantagem”. Até porque de chantagem tem uma turma da esquerda que conhece muito bem como utilizá-la.
PRÉ-CANDIDATURAS GAÚCHAS
Começam as surgir as pré-candidaturas ao governo gaúcho. Eis os nomes que já estão na mídia: Gabriel Souza (MDB), Luciano Zucco (PL), Juliana Brizola (PDT), Edegar Pretto (PT), Covatti Filho (PP) e Marcelo Maranata (PSDB). Como todos são “prés”, agora já começa a fase dos entendimentos e das ofertas para futuras composições com vagas partidárias disponíveis para vices e senadores.
JOSÉ FOGAÇA NA ELEIÇÃO
O ex-prefeito de Porto Alegre e ex-senador José Fogaça já tem uma missão confiada por Gabriel Souza: ele será o coordenador da campanha do MDB ao Palácio Piratini e com sua experiência o partido sai na frente para a difícil eleição de 2026.
EQUATORIAL EM SAIA JUSTA
A CPI da Energia Elétrica, na voz de seu presidente, deixou a Equatorial numa situação que vai exigir muita explicação. O deputado Miguel Rossetto (PT) apontou falhas no fornecimento de energia, graves relações de trabalho, fraudes em certificações, acidentes de trabalho e atrasos salariais.
A ONU E A COP30
As falhas na COP30 são questionadas pela ONU junto ao governo brasileiro. Para a ONU, em Belém teve tudo de ruim: incêndio, alagamentos e calor excessivo, além do caríssimo custo em hospedagem.
DEFINIÇÃO OBJETIVA
Para o jornal O Estado de S. Paulo no seu editorial de ontem, a liminar do ministro Gilmar Mendes, blindando o STF contra o impeachment de seus membros, “não protege o Estado de Direito, protege o Estado contra o Direito”. E acrescenta: “Não salva a Democracia, desfere-lhe um golpe letal”.
OPINIÃO DE JURISTA
Sérgio Rosenthal, advogado criminalista, também opinou sobre a liminar de Gilmar Mendes: “Após 37 anos da Constituição, o STF descobriu que ela não recepciona a lei do impeachment de seus ministros. É direito aplicado ao momento oportuno”.
Correio do Povo
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