Apesar de desafios como endividamento elevado, falta de crédito e ausência de seguro, o setor agropecuário deve ser o motor do crescimento econômico em 2026. A projeção foi divulgada nesta quarta-feira (10) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), que estima que o PIB gaúcho cresça 2,9%, acima da média nacional prevista em 1,9%.
🔹 Safra e impacto na economia
Segundo o economista-chefe da Fiergs, Giovani Baggio, a expectativa é de uma safra superior a 40 milhões de toneladas, o que deve impulsionar a indústria de máquinas e equipamentos. A agropecuária, isoladamente, pode registrar alta de 17,6% em 2026, sustentando segmentos industriais ligados ao campo e ampliando as exportações.
“O PIB olha a quantidade e não o valor. Então, a quantidade produzida já ajuda o PIB. Temos também o cenário de máquinas impactado pelo crescimento de grãos no país e pela Argentina, que compra mais equipamentos”, explicou Baggio.
Ele ponderou, no entanto, que o resultado depende das condições climáticas e que uma eventual frustração da safra poderia alterar o cenário.
🔹 Cadeia produtiva
O presidente da Fiergs, Cláudio Bier, reforçou que, mesmo com produtores endividados, a produção gera negócios:
“A soja que vender vai circular, gerar impostos e negócios. Tendo o produto, tem volume de negócios.”
🔹 Perspectivas externas
A Fiergs também destacou a expectativa de avanço no acordo Mercosul-União Europeia, que pode beneficiar diversos setores, especialmente o agro, com abertura de mercados e importação de tecnologia de ponta.
📌 A entidade aposta que, mesmo diante de entraves financeiros, o agronegócio será determinante para o desempenho econômico do Rio Grande do Sul em 2026.
Fonte: Correio do Povo

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