As principais notícias do dia. Política, economia, notícias internacionais, agronegócio e empreendedorismo.
Porto Alegre registra quase 6 mil casos confirmados de dengue no ano
Porto Alegre tem 5.997 casos confirmados de dengue neste ano, com três óbitos registrados e dois casos importados confirmados de chikungunya, ambos com infecção no Estado do Mato Grosso.
A dengue continua sendo a arbovirose (doença viral transmitida por artrópodes, principalmente mosquitos, como a dengue, chikungunya e Zika) com maior importância epidemiológica no momento na cidade.
As notificações suspeitas somam 30.433 até 3 de maio. Neste período foram identificados três sorotipos do vírus em Porto Alegre, entre os quatro que existem: DENV1, DENV2 e DENV3.
Os bairros com maior incidência da doença por 100 mil habitantes nas duas últimas semanas foram Navegantes, Cascata, Jardim Sabará, Jardim Itu e Parque Santa Fé. Os dados estão sujeitos a revisão e foram publicados no Informativo Epidemiológico semanal divulgado nesta terça-feira (6) pela Diretoria de Vigilância em Saúde do município.
A enfermeira Raquel Rosa, responsável pela vigilância da dengue na Diretoria de Vigilância em Saúde, explica que neste momento é importante que todas as notificações de suspeitas sejam formalizadas ao setor por serviços de saúde. Pessoas que sentirem sintomas como febre acima de 38ºC acompanhada de dor de cabeça e dores no corpo devem procurar atendimento de saúde. “Esses são os principais sintomas relatados por pessoas com confirmação de dengue em 2025”, diz a enfermeira.
Nesta quarta-feira (7), a Diretoria de Vigilância em Saúde realizará ações de aplicação de inseticida com veículo conhecido como “carro-fumacê”, a partir das 6h, no bairro Sarandi.
O trabalho será realizado em quadrilátero englobando as avenidas Assis Brasil, Sertório, Praça Major Augusto Koch e rua Baden Powell. O veículo não circulará nas avenidas Sertório e Assis Brasil. O ponto de partida será a esquina das ruas Nehita Martins Ramos e Baden Powell.
À tarde, a partir das 13h30, equipe técnica do Núcleo de vigilância de Roedores e Vetores, com apoio de agentes de combate a endemias e agentes do Exército, estará no bairro Vila Ipiranga para orientação e aplicação de inseticida em parte das ruas Caravelas, Frei Henrique de Coimbra, Monte Pascoal, Alberto Silva, 9 de março, Travessa indígena e Bispo Sardinha. O ponto de encontro será a rua 9 de Março, 325, esquina com Travessa Indígena.
Os locais de pulverização são definidos por critérios técnicos e não podem ser alterados durante a operação.
Principais sintomas da dengue:
– Febre
– Vômito
– Dor no corpo
– Dor de cabeça
Cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti:
– Evitar água parada em qualquer recipiente;
– Descartar o lixo corretamente;
– Manter caixas d’água e lixeiras bem tampadas;
– Limpar calhas e instalar telas nos ralos;
– Tratar adequadamente a água de piscinas;
– Evitar acúmulo de água em brinquedos e piscinas plásticas.
O Sul
Ministro Alexandre de Moraes diz que a imprensa tenta transformar o Supremo em “revista Caras”
Durante sessão da 1ª turma do STF (Supremo Tribunal Federal), nesta terça-feira (6), o ministro Alexandre de Moraes criticou setores da imprensa que, segundo ele, tentam reduzir o Supremo a um espetáculo midiático, comparando a cobertura ao estilo da “revista Caras”.
A declaração foi feita no contexto do julgamento da denúncia apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) no âmbito da Pet 12.100, que apura a participação de sete investigados ligados ao chamado “Núcleo 4” da estrutura golpista que teria atuado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A fala de Moraes veio após o ministro Luiz Fux ressaltar que, apesar de haver divergências de posicionamento, não existe “discórdia” entre os ministros, mas sim “dissenso”.
“Ministro Fux, 99,9% do trabalho da imprensa é esse trabalho sério de todos aqueles que estão aqui”, afirmou Moraes, reconhecendo a atuação responsável da maioria dos veículos de comunicação.
Em seguida, porém, criticou uma parcela específica da imprensa: “Alguns querem transformar o Supremo na revista Caras, então tiram foto da minha gravata, do terno do ministro Flávio Dino, querem fazer intriga”.
Ao destacar o caráter colegiado da Corte, Moraes reforçou a legitimidade do debate interno entre os ministros. “É um órgão colegiado exatamente para cada um debater, discutir e apontar a sua posição.”
Amenizando o tom, o ministro – que compareceu à sessão com o braço imobilizado – fez menção ao ferimento para evitar teorias conspiratórias. “É bom ter dito isso, porque senão, ministro Fux, alguns, por falta de notícia, iam falar que foi a Vossa Excelência que machucou meu ombro. Então, que já fique claro, o ministro Fux é inocente em relação a isso.”
O Sul
CONCLAVE: PRIMEIRA VOTAÇÃO TERMINA SEM A ESCOLHA DO NOVO PONTÍFICE | 3 EM 1 - 07/05/25
CONCLAVE: PRIMEIRA VOTAÇÃO TERMINA SEM A ESCOLHA DO NOVO PONTÍFICE | 3 EM 1 - 07/05/25
Vídeo de Jovem Pan
Fonte: https://www.youtube.com/live/nTAd-BzVleI
Lula avalia Boulos no Palácio do Planalto para melhorar o elo com movimentos sociais
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conversou com o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) sobre a possibilidade de ele assumir a Secretaria-Geral da Presidência, pasta responsável pela articulação com os movimentos sociais e ocupada atualmente pelo ministro Márcio Macêdo (PT). Aliados de Lula dizem que o encontro ocorreu a portas fechadas, há cerca de três semanas, no Palácio da Alvorada.
Embora não tenha feito um convite formal, Lula perguntou a Boulos se ele estaria disposto a abrir mão da reeleição na Câmara dos Deputados para assumir o cargo e permanecer até o fim do mandato. O deputado, que foi o mais votado de São Paulo na última eleição, respondeu que sim e acrescentou que está comprometido com a reeleição do petista.
O presidente tem evitado nomear ministros que disputarão no próximo ano, já que, conforme a legislação eleitoral, eles precisariam deixar o governo até abril de 2026, ficando menos de um ano no cargo. Foi o caso, por exemplo, de Alexandre Padilha, transferido da Secretaria de Relações Institucionais para o Ministério da Saúde com o compromisso de não concorrer no ano que vem.
Lula não formalizou a proposta a Boulos, alegando que a indicação dependerá do xadrez da reforma ministerial, que já provocou a saída e realocação de vários ministros. A troca mais recente foi a demissão de Cida Gonçalves do Ministério das Mulheres.
Embora não seja consenso dentro do PSOL, a possível indicação de Boulos enfrenta menos resistência agora do que há alguns meses. Quando a possibilidade de ele ingressar no governo veio à tona pela primeira vez, no início do ano, parlamentares do partido lembraram que o diretório nacional havia decidido manter independência em relação ao governo federal. Hoje, no entanto, a avaliação interna é de que o clima está mais favorável, com o partido mais unido desde a votação da cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) na Comissão de Ética da Câmara.
Apesar da pacificação interna, há preocupação com a repercussão eleitoral de uma eventual ida de Boulos para o governo, já que o PSOL perderia um de seus principais puxadores de votos na próxima eleição, o que pode reduzir o número de cadeiras do partido. Nesse cenário, que já é admitido internamente, o PSOL deve apostar na deputada federal Erika Hilton como seu principal nome nas urnas.
No PT, alguns deputados destacam a boa relação com Boulos, mas há quem demonstre desconforto com a possível escolha, principalmente porque ela resultaria na perda de um ministério para o PSOL, que já tem Sonia Guajajara no Ministério dos Povos Indígenas. Dentro do partido, dois nomes são citados como alternativas ao líder sem-teto: o coordenador do grupo Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, e o deputado federal Paulo Pimenta (RS), demitido da Secretaria de Comunicação Social (Secom) em janeiro.
Marco Aurélio é amigo do presidente e foi cotado para o governo no início da gestão, mas acabou vetado pela então presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que emplacou Macêdo. Marco Aurélio tem dito a aliados que o seu momento de entrar no governo passou e que prefere seguir atuando pela sociedade civil.
Embora sejam mais simpáticos a uma solução caseira, petistas reconhecem que é preferível escolher Boulos a manter Márcio Macêdo, cuja fritura se tornou aberta e quase unânime dentro do partido. Um petista ouvido reservadamente disse que “pior que está não fica”, citando o bordão do deputado federal e palhaço Tiririca (PL-SP). O atual ocupante da pasta alvo de críticas por não ter conseguido melhorar a relação do governo com os movimentos sociais, que se queixam da falta de diálogo com Lula.
De um lado, petistas avaliam que a entrada de Boulos, se confirmada, pode ajudar o governo a se reconectar com os movimentos sociais. De outro, ponderam que a escolha mantém a cozinha do governo restrita a aliados próximos, sem ampliar o espaço para outros partidos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O Sul
Governo prepara medida que amplia gratuidade da conta de luz
O governo federal concluiu a análise da medida provisória (MP) que prevê a reforma do setor elétrico no Brasil, incluindo a redução da tarifa de luz para cerca de 60 milhões de brasileiros. As informações são de interlocutores do Palácio do Planalto e do Ministério de Minas e Energia (MME).
A expectativa é que o texto seja enviado ao Congresso ainda nesta semana. A matéria prevê que as mudanças comecem a valer em junho.
O texto foi construído no Ministério de Minas e Energia e ficou sob análise na Casa Civil nas últimas semanas. A proposta prevê a ampliação da tarifa social para 60 milhões de consumidores. Num primeiro momento, cerca de 14 milhões terão gratuidade. Os 46 milhões restantes terão um desconto significativo. A avaliação é que a matéria está madura para ser enviada ao Congresso.
A conta será gratuita para os consumidores com renda per capita mensal de até meio salário mínimo, inscritos no CadÚnico e com consumo de até 80 kilowatt-hora (kW/h) por mês.
Para quem se enquadrar nos critérios de renda e consumir acima de 80 kW/h até 120 kW/h, haverá uma cobrança proporcional, dos kW/h consumidos acima da marca de 80.
Atualmente, apenas indígenas e quilombolas têm gratuidade. Famílias de baixa renda que estão no CadÚnico têm um desconto que pode chegar a 65% do total da conta.
O custo das mudanças é estimado em R$ 4,5 bilhões por ano. O dinheiro para bancar a ampliação da tarifa social virá da redistribuição dos encargos dentro do próprio setor. Ou seja, a MP prevê o corte de subsídios para fontes de energia mais limpa, como a eólica e solar. Hoje, os subsídios a essas fontes são custeados por todos os consumidores.
Além disso, as contas dos demais consumidores terá um aumento de 1,4%. A MP estabelece ainda a abertura do mercado de energia a partir de 2027. Pela regra, todos os consumidores vão poder escolher de qual empresa querem comprar a energia — a exemplo do que ocorre com operadoras de celular.
Hoje, o chamado “mercado livre’ é restrito a grandes consumidores, como indústrias e estabelecimentos comerciais de grande porte.
O governo vê na medida, caso seja aprovada, potencial para ser uma marca do terceiro mandato de Lula num ano pré-eleitoral. Houve ruídos, no entanto, na forma como a proposta foi divulgada. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou a proposta em abril, após evento com empresários no Rio de Janeiro, e depois voltou a detalhar a matéria num café com jornalistas.
A apresentação do tema foi feita à revelia da Secretaria de Comunicação Social (Secom), o que gerou mal-estar entre ministros palacianos. Agora, há um entendimento que o assunto, dentro do governo, está pacificado.
O enfrentamento se dará com a oposição e com os grupos de lobby que atuam no Congresso nesse tema. O ex-presidente Jair Bolsonaro, em postagens recentes nas redes sociais, já acusou o governo Lula de propor o encarecimento da conta dos brasileiros para bancar a gratuidade para uma parcela da população.
Bolsonaro argumenta ainda que a abertura do setor foi iniciada por ele, com uma portaria assinada em 2022 pelo então ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachshida.
Em resposta por meio de nota, Alexandre Silveira afirmou: “a referida portaria autorizou a abertura de mercado apenas para um grupo restrito de empresas conectadas à alta tensão, sem respaldo em alterações legislativas ou normativas adequadas, o que gerou impactos negativos à população mais vulnerável — como apontado em análise do TCU (Tribunal de Contas da União).”
O ministro acrescentou ainda que é “igualmente incorreta a alegação de que haverá transferência de custos para os consumidores em geral. Vamos reavaliar e reduzir gradativamente esses subsídios — que hoje superam R$ 40 bilhões — para garantir energia gratuita a 60 milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade.”
As informações são do portal de notícias g1.
O Sul
Saiba quem são os 16 cardeais “favoritos” no conclave
Grupo conta com diplomatas, homens do campo, teólogos e mediadores
O conclave para eleger o sucessor do papa Francisco é um processo secreto sem candidatos oficiais ou campanha eleitoral, mas com muita especulação.
Um total de 133 cardeais com menos de 80 anos votam na eleição, que começa nesta quarta-feira (7): há diplomatas, homens do campo, teólogos e mediadores. Dezesseis se destacam entre os "papabili", os papáveis.
Europa
- Pietro Parolin (Itália), nº 2 do Vaticano, 70 anos
O experiente diplomata foi secretário de Estado — nº 2 do Vaticano — durante quase todo o pontificado de Francisco e é uma figura de destaque no cenário internacional.
Com sua figura ligeiramente curvada, voz delicada e temperamento calmo, já viajou o mundo e conhece muitos líderes políticos, assim como os meandros da Cúria Romana.
Como membro do Conselho de Cardeais, desempenhou um papel fundamental na assinatura, em 2018, de um acordo histórico entre a Santa Sé e a China sobre a nomeação de bispos.
- Pierbattista Pizzaballa (Itália), patriarca latino de Jerusalém, 60 anos
Conhecedor do Oriente Médio, este franciscano e teólogo italiano fala hebraico e inglês e chegou em Jerusalém em 1999.
Em setembro de 2023, tornou-se o primeiro patriarca de Jerusalém em exercício — a principal autoridade católica do Oriente — a ser criado cardeal.
Um mês depois, eclodiu a guerra entre o movimento islamista palestino Hamas e Israel. Seus repetidos apelos por paz o colocaram em destaque.
- Matteo Maria Zuppi (Itália), arcebispo de Bolonha, 69 anos
Este discreto e experiente diplomata realiza missões de mediação política no exterior há mais de 30 anos.
Membro da Comunidade Romana de Santo Egídio, braço diplomático não oficial da Santa Sé, foi mediador em Moçambique e enviado especial do papa Francisco para a paz na Ucrânia.
O arcebispo de Bolonha é também presidente da Conferência Episcopal Italiana desde 2022.
Com o rosto jovial e figura esguia, é muito popular na Itália por seu trabalho com os desfavorecidos. Além disso, defende o acolhimento de migrantes e a permanência dos fiéis homossexuais na Igreja.
- Jean-Marc Aveline (França), arcebispo de Marselha, 66 anos
Aveline nasceu na Argélia em uma família de "pieds-noirs" — europeus, sobretudo franceses, que residiam na Argélia durante o período colonial — de origem andaluz e passou a maior parte da vida em Marselha.
Em 2013, tornou-se bispo auxiliar desta cidade portuária francesa, de onde defende o diálogo inter-religioso e os migrantes, dois pilares do pontificado de Francisco.
Eleito presidente da Conferência Episcopal Francesa no início de abril, ele foi o arquiteto da principal visita do papa sul-americano a Marselha em 2023.
- Anders Arborelius (Suécia), bispo de Estocolmo, 75 anos
Este luterano sueco se converteu ao catolicismo em um país predominantemente protestante, mas também um dos mais seculares do mundo.
Primeiro bispo católico de nacionalidade sueca, foi criado cardeal por Francisco em 2017 e é membro de vários dicastérios.
Em uníssono com o pontífice argentino, Arborelius defende o acolhimento a migrantes na Europa. Também se opõe a determinados bispos alemães que querem modernizar sua igreja e a quem o Vaticano acusa de querer criar um novo ramo protestante.
- Mario Grech (Malta), bispo de Gozo, 68 anos
O bispo de Gozo, a segunda maior ilha do arquipélago de Malta, desempenhou um papel fundamental durante o sínodo sobre o futuro da Igreja, convocado por Francisco.
Grech foi secretário-geral desta assembleia de bispos, que deliberou sobre temas cruciais, como o lugar das mulheres e os divorciados casarem-se novamente.
Seu papel foi de um equilibrista, seguindo com o desejo do argentino de criar uma Igreja aberta e vigilante, mas que também reconhecesse as preocupações conservadoras.
- Péter Erdö (Hungria), arcebispo de Budapeste, 72 anos
Este rígido intelectual, que fala sete idiomas, é admirado por seus conhecimentos teológicos e sua abertura a outras religiões.
Fervoroso defensor do diálogo com os cristãos ortodoxos, também direciona atenção especial à comunidade judaica. Tem opiniões muito conservadoras sobre os casamentos de divorciados e casais homoafetivos.
Erdö foi criticado por seu silêncio sobre os desvios iliberais do governo húngaro de Viktor Orban. Em vez disso, a Igreja húngara acolheu suas iniciativas para renovar locais de culto e recristianizar escolas em nome da defesa do cristianismo na Europa.
- José Tolentino de Mendonça (Portugal), 59 anos
Teólogo e poeta português, este prelado próximo ao mundo cultural é titular desde 2022 do dicastério (ministério) de Cultura e Educação do Vaticano.
O mais novo de uma família de cinco filhos, foi criado cardeal em 2019 pelo papa Francisco. Classificado entre os progressistas dentro da Igreja, suas posições sobre a acolhida dos homossexuais rendem a hostilidade de uma parte dos católicos conservadores.
Publicou muitos artigos sobre Teologia, assim como diversas obras poéticas que renderam vários prêmios literários.
- Cristóbal López Romero (Espanha), arcebispo de Rabat, 72 anos
O cardeal espanhol, herdeiro espiritual de Francisco sobre os migrantes e o diálogo inter-religioso, é um símbolo das "periferias" admiradas pelo jesuíta argentino.
Nomeado arcebispo de Rabat em dezembro de 2017 por Francisco e criado cardeal em 2019, administra diariamente o diálogo com o islã em um país que tem uma comunidade católica minúscula.
Ásia
- Luis Antonio Tagle (Filipinas), 67 anos
O ex-arcebispo de Manila é um figura moderada que não hesitou em criticar as falhas da Igreja católica, sobretudo em casos de pedofilia.
Como Francisco, é um defensor dos pobres, migrantes e pessoas marginalizadas, a ponto de ser chamado de "Francisco asiático".
Este homem carismático de aparência jovial e sorriso fácil, apelidado de "Chito", foi criado cardeal por Bento XVI em 2012. Ele estava entre os "papáveis" no conclave de 2013.
- Charles Maung Bo (Mianmar), arcebispo de Yangon, 76 anos
O presidente da Federação das Conferências Episcopais da Ásia foi nomeado cardeal em 2015, tornando-se o primeiro e único de Belarus.
O salesiano pediu diálogo e reconciliação em seu país, devastado por conflitos. Após o golpe de Estado militar em 2021, pediu aos manifestantes da oposição que não reproduzissem a violência.
Membro de uma minoria étnica, ele defendeu os rohingya, perseguidos de maioria muçulmana. Também se manifestou contra o tráfico de pessoas, que atrapalha a vida de muitos jovens em Belarus.
- Malcolm Ranjith (Sri Lanka), arcebispo de Colombo, 77 anos
Este conhecedor das engrenagens da Igreja Católica é um poliglota superdotado, considerado um conservador próximo das posições do papa Bento XVI.
Nomeado núncio apostólico (embaixador) em 2004 por João Paulo II, foi criado cardeal em 2010 por Bento XVI.
Ele não se pronunciou publicamente sobre os temas mais importantes da atualidade da Igreja, como as mulheres admitidas no papel de diácono ou a bênção dos casais.
África
- Peter Turkson (Gana), 76 anos
Turkson, um dos cardeais africanos mais influentes, é frequentemente visto como o favorito para se tornar o primeiro papa negro da Igreja.
Nascido em uma família modesta de 10 filhos, fala seis idiomas e esteve no Fórum Econômico Mundial em Davos em várias ocasiões para alertar os líderes empresariais sobre os perigos da economia.
- Fridolin Ambongo (República Democrática do Congo), 65 anos
O congolês Fridolin Ambongo, uma importante voz do movimento pacifista em seu país natal, marcado por décadas de violência, pode receber votos dos cardeais conservadores.
Ele assinou uma carta em 2024 contra a autorização de Francisco à bênção de casais homoafetivos.
Arcebispo de Kinshasa desde 2018 e cardeal desde 2019, também é membro do "C9", o conselho de nove cardeais encarregado de aconselhar o papa sobre a reforma da Igreja.
"A África é o futuro da Igreja, isso é óbvio", disse ele em uma entrevista em 2023.
- Robert Sarah (Guiné), 79 anos
Figura de destaque entre os católicos tradicionalistas críticos de Francisco, este homem reservado é conhecido por suas posições muito conservadoras sobre imigração e homossexualidade.
Ele chamou de "heresia" o texto da Santa Sé que abriu o caminho, em 2023, para a bênção de casais homossexuais.
Integrou o grupo de cinco cardeais conservadores que pediu publicamente ao papa Francisco para reafirmar a doutrina católica sobre os casais homossexuais e a ordenação de mulheres.
América
- Robert Francis Prevost (Estados Unidos), 69 anos
Natural de Chicago, tornou-se prefeito do poderoso Dicastério para os Bispos, encarregado de nomear bispos em todo o mundo, em 2023.
Prevost foi missionário no Peru e, anos depois, foi nomeado arcebispo emérito de Chiclayo, no país andino. Ele também é o presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina.
AFP e Correio do Povo
Vice-presidente da CBF pede suspensão de acordo que manteve Ednaldo Rodrigues no poder
Fernando Sarney, vice-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), pediu que a homologação do acordo que manteve Ednaldo Rodrigues no poder fosse suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O dirigente argumenta que, diante das denúncias de falsidade em uma das assinaturas que confirmou o acordo, o documento não é mais válido. Dessa forma, Ednaldo Rodrigues deveria ser afastado do cargo de presidente da CBF.
“(Fernando Sarney) pede que (o STF) suspenda imediatamente os efeitos do acordo ora impugnado por simulação de negócio jurídico, a qual se evidencia pelas provas robustas que demonstram a invalidade jurídica da assinatura do Sr. Antônio Carlos Nunes De Lima”, diz trecho do documento enviado por Sarney.
Desde que Ednaldo Rodrigues foi eleito ao cargo, em 2022, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro debate a legitimidade do pleito. A batalha judicial já dura mais de três anos.
Sarney é um dos vice-presidentes do atual mandato, que vai até 2026, mas não participará do próximo mandato de Ednaldo. O dirigente rompeu com o agora ex-companheiro de chapa.
A deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), conhecida como Daniela do Waguinho, pediu o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues da presidência da CBF após laudo apontar que a assinatura de Coronel Nunes, um dos envolvidos no acordo que manteve o baiano em posição de poder, teria sido falsificada.
Nunes é ex-vice da CBF e participou da chapa de Ednaldo Rodrigues. O pedido já está nas mãos do ministro Gilmar Mendes, que vai analisar a petição juntos às partes envolvidas.
Quem assume?
A instabilidade política que a CBF atravessa faz com que o corpo de vice-presidentes ganhe atenção. Caso o presidente, de fato, seja afastado, toda a chapa eleita também sai. Um interventor assume e é responsável por convocar novas eleições.
Já em caso de renúncia, cenário visto como pouco provável neste caso, o artigo 62 do estatuto da CBF prevê que o vice-presidente mais velho assume. É dever dele convocar, em até 30 dias, a Assembleia Geral Eleitoral para a eleição de um novo mandatário, que completa o mandato. Os candidatos podem ser apenas os vices, incluindo o interino.
O mandato de Ednaldo termina no fim deste ano. Ele já está reeleito até 2030. Caso aconteça um afastamento ainda em 2025, o vice que assume é o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, de 78 anos.
Entre os vice-presidentes, Antonio Aquino tinha a mesma idade, mas o presidente da Federação de Futebol do Acre (FFAC) morreu em abril deste ano. Depois de Rubens, o mais velho é o paranaense Hélio Cury, de 75 anos.
Os outros vices são Francisco Novelletto (70), Fernando Sarney (69), Marcus Vicente (71), Reinaldo Carneiro Bastos (72) e Roberto Góes (58).
Noveletto, Sarney, Aquino e Vicente foram eleitos em 2018, com Rogério Caboclo. Eles integraram, em 2022, a chapa “Pacificação e Purificação do Futebol Brasileiro”, com Carneiro Bastos, Lopes, Cury e Góes.
Conhecido como Rubinho, o presidente da Ferj ocupa o cargo desde 2007. Em 2022, ele foi eleito para o sexto mandato. Seria o último, mas os clubes do Rio de Janeiro aprovaram, em dezembro de 2024, o fim da limitação de reeleições.
Lopes foi presidente do Bangu e chegou a atuar como vice de Eduardo Viana, o Caixa D’Água, seu antecessor na Ferj. No entanto, uma possível queda de Ednaldo não é tema de tanta atenção na Ferj. O entendimento é de que isso depende de instâncias superiores e que não há o que ser feito até haja, de fato, alguma decisão nesse sentido. Também se entende, contudo, que Rubinho é um nome experiente no futebol.
Chapa eleita para 2026 tem possibilidade de outro sucessor
A situação muda, porém, se Ednaldo Rodrigues se sustentar no cargo durante 2025, mas sofrer um eventual afastamento em 2026. Isso porque, a partir do próximo ano, ele já cumpre o segundo mandato, após eleição unânime, com votos favoráveis das 27 federações e dos 40 clubes das Séries A e B.
A Chapa “Por um Futebol Mais Inclusivo e Sem Discriminação de Qualquer Natureza”, com mandato até 2030, não tem Rubens Lopes. O integrante mais velho é o presidente da Federação Tocantinense de Futebol (FTF), Leomar de Melo Quintanilha, de 79 anos.
Ele ocupa o cargo na entidade estadual desde a fundação, em 1990. Além disso, já foi deputado federal e senador por Tocantins, respectivamente, entre 1989 e 1995 e entre 1995 e 2011.
O Sul








.png)