Produtores de azeite de oliva denunciam fraude na classificação de extravirgens

 Os azeites de oliva podem ser extravirgens, virgens e até lampante, conforme a classificação físico-química e análise sensorial



Em audiência pública nesta quarta-feira na casa da Assembleia Legislativa na Expointer, o Instituto Brasileiro de Olivicultura (Ibraoliva) apresentou denúncias e cobrou medidas do governo federal para combater fraudes na venda de azeites extravirgens no país. "Somos responsáveis por 1% do azeite extravirgem consumido no país e sofremos concorrência predatória e desleal por parte dos players internacionais, que comercializam azeite virgem como se fosse extravirgem", disse o presidente do Ibraoliva, Renato Fernandes. “Não suportamos mais escutar que o nosso azeite é caro. Nosso azeite tem valor”, disse Fernandes.

Ibraoliva representa mais de 500 produtores, que produzem cerca de 700 mil litros anuais de azeite extravirgem. No Rio Grande do Sul, são 341 produtores, com olivais em 6,4 mil hectares, em mais de 100 municípios, com dezenas de premiações internacionais e reconhecimento da qualidade do azeite. Conforme Fernandes, a audiência pública da Assembleia permitiu revelar os problemas na classificação do azeite.

Os azeites de oliva podem ser extravirgens, virgens e até lampante, conforme a classificação físico-química e análise sensorial. Até o ano passado, o Brasil não tinha painel sensorial reconhecido pelo Conselho Oleícola Internacional (COI), o que foi operacionalizado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Fernandes destacou que o Brasil é o segundo maior importador e segundo consumidor de azeite de oliva, produto procurado pelos benefícios à saúde e pela capacidade de agregar sabor e qualidade às refeições. O Ibraoliva pediu ao Mapa em 2022 a fiscalização dos azeites importados a granel, com implementação de análises sensoriais e físico-químicas, o que é uma realidade na fiscalização atual.

O presidente do Ibraoliva disse que parcela significativa do azeite importado é engarrafado e ostenta nos rótulos a classificação de extravirgem, embora tenham defeitos que rebaixariam sua classificação para virgem e, em alguns casos, até lampante (azeite virgem de baixa qualidade). Ele citou um trabalho jornalístico recente que avaliou 20 marcas de azeite importados e vendidos a custo baixo no Brasil e constatou que todos tinham defeitos de aroma e sabor. "Neste momento, nas prateleiras do Brasil estão sendo comercializados com rótulo de extravirgem, mas que deveriam estar classificados como virgens. Essas marcas serão denunciadas ao Mapa para que sejam investigadas”, anunciou.

O Ibraoliva exige a implementação de análises sensoriais como regra para a entrada pelos portos de azeite de oliva importado e formalizará denúncia no Mapa, com a lista das marcas. “Esperamos que as análises sensoriais sejam implementadas pelo Mapa como uma prática regular em benefício da população”, falou. O dirigente também pediu uma política de incentivo para a organização de painéis sensoriais privados, com reconhecimento pelo COI, e que o Mapa siga divulgando os resultados das análises sensoriais de azeites em garrafas de 500ml ou que divulgue o número de avaliações e percentual de reprovações. Por fim, solicitou que o Procon se alinhe em campanha com a Polícia Federal em incursões promovidas pelo Mapa.

A coordenadora-geral de Qualidade Vegetal do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Helena Pan Rugeri, informou que, no primeiros semestre de 2023, foram coletadas 268 amostras de produtos pelo Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro), sendo constatada não-conformidade em 16,3% delas. Disse que o Mapa fiscaliza 100% do azeite a granel que entra no Brasil e que o gargalo para ampliar as fiscalizações está na falta de laboratórios. “O azeite de oliva é o segundo produto em apreensões no serviço de combate à fraude”, revelou.

A audiência foi realizada pela Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e do Turismo da Assembleia. O presidente da comissão, Gustavo Victorino, disse que, em recente viagem à Alemanha, ouviu de ministra daquele país que a falsificação é prática corrente também na Europa e que os mecanismos de adulteração estão cada vez mais sofisticados. A audiência foi acompanhada ainda pelos deputados Frederico Antunes, Luiz Fernando Mainardi, Claudio Branchieri, Marcus Vinícius, e pelo secretário de Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, além de representantes de produtores e do governo do Estado.

Correio do Povo

Lula convoca Márcio França e Wellington Dias na véspera da "degola" por reforma ministerial

 Ministros devem se encontrar com presidente nesta quinta-feira

Na reta final da já anunciada reforma ministerial para abrigar nomes do Centrão no governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou para conversas dois dos cotados para perder posto e poder. Lula chamou o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, para acompanhá-lo no avião presidencial em viagem para o Piauí.

Eles embarcam na quinta pela manhã. Lula vai ao Piauí para lançar o programa Brasil Sem Fome. Outro convidado é o petista Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social. Ele também deve perder a Pasta nas mudanças que o presidente pretende fazer em seu governo. Lula busca ampliar apoio no Congresso e, por isso, decidiu fazer trocas no primeiro escalão para atender a cobiça por cargos de integrantes do Centrão.

Há duas semanas, o presidente disse ao ministro dos Portos e Aeroportos que não havia nada decidido. No avião, terá tempo para conversar novamente com o ministro. A saída de França do Ministério dos Portos e Aeroportos é dada como certa pelo entorno de Lula. Ele deverá ser deslocado para a pasta de Ciência e Tecnologia ou para o novo Ministério de Micro e Pequena Empresa. Seu atual cargo deverá ser assumido pelo deputado Silvio Costa Filho (Republicanos-PE).

Já Wellington Dias deverá assumir um novo ministério voltado ao Bolsa Família para Lula poder entregar o Desenvolvimento Social a outro partido. É provável que o Benefício de Prestação Continuada também fique sob a administração de Dias.

Quem deve assumir o Desenvolvimento Social, que deve ter o nome alterado, é o deputado André Fufuca (PP-MA). Ele é próximo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente do PP, Ciro Nogueira. A pasta interessa a esse grupo por causa de sua capacidade de executar emendas do orçamento da União.

Na terça-feira, 29, o presidente da República anunciou em sua live semanal que criará o Ministério da Micro e Pequena Empresa. A expectativa era que Lula resolvesse a reforma ministerial até sexta-feira, mas a decisão já foi adiada diversas vezes e pode ficar para a próxima semana.

Lula, que já tem 37 ministros, pode igualar o número da gestão de Dilma Rousseff, e passar a 38 ministérios.

Caixa na fila

A entrega de cargos do Executivo federal para aliados do Centrão inclui também estatais. A Caixa Econômica, um banco público, está na lista. Como revelou o Estadão, a deputada Margarte Coelho (PP-PI) está cotada para assumir a presidência da instituição financeira, apesar de ter feito campanha aberta para Jair Bolsonaro.

A ex-deputada federal participou de eventos ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e de outras apoiadoras do ex-chefe do Executivo. Atual diretora financeira do Sebrae, ela tem o apoio do presidente da Câmara para chefiar o banco estatal.

Servidores da Caixa se opõem à indicação da deputada e sustentam que ela não preenche os critérios técnicos para assumir a direção do banco. Segundo a Coluna do Estadão, servidores preparam um texto apontando que Margarete não tem dez anos de experiência no setor público ou privado na área de atuação da empresa da empresa pública; não tem quatro anos de experiência em cargos de direção ou de chefia superior em empresa de porte ou objeto social semelhante ao da Caixa, entre outras exigências da Lei das Estatais.

Agência Estado e Correio do Povo

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Culturas e sotaques se misturam no Pavilhão Internacional da Expointer

 Espaço conta com representações de Alemanha, Estados Unidos, Peru, Equador e Uruguai

Norma Fonseca e o chapéu Panamá, original do Equador 

Paramentado com penacho multicolorido por penas e bordados e colete estilizado com o Deus Kokopelli, o equatoriano Alberto Tuquerrez reveza melodias nas flautas andinas sampona, quena e Pan. Na calçada lateral ao Pavilhão Internacional da Expointer, a música de Tuquerrez dá as boas-vindas ao estande do Equador e atrai os visitantes a conhecer mais da cultura andina. O estande do Equador se coloca na feira agropecuária com o objetivo de divulgar arte e cultura do país por meio de seus produtos, enquanto representações de outros países marcam presença institucional, apresentam produtos e serviços e buscam fechar negócios.

Norma Faz Fonseca é responsável pelo estande do Equador. Ela comparece à Expointer há mais de 15 anos, oriunda de Otavalo, cidade turística referência na cultura do país, localizada a 110 quilômetros da capital Quito. No espaço, roupas e adereços típicos dos povos da região. “O que o pessoal mais procura aqui é o chapéu Panamá,que é original do Equador, mas que ganhou esse nome porque era muito usado pelos trabalhadores na construção do Canal do Panamá”, explica Norma. 

Este ano, a área internacional da Expointer conta ainda com estandes de Alemanha, Estados Unidos, Peru e Uruguai. No espaço da Alemanha, país que em 1974 presenteou o Rio Grande do Sul com as três esferas que hoje são o símbolo da Expointer, a Câmara Brasil-Alemanha no RS tem programação de workshops diários, até sexta-feira, sempre às 15h. Nesta quinta-feira, o tema será créditos de carbono no agro, produção e sustentabilidade. Na sexta-feira, o tema envolverá tecnologias para valorização de digestato e biofertilizantes. “Queremos mostrar a inovação da indústria de biogás e saneamento”, disse a assistente Rafaella Bonalume, da Vogelsang, empresa responsável pela palestra de sexta-feira.

O estande do Peru também oferece ao público artesanatos típicos dos antepassados incas, das regiões Costa, Serra e Selva. Também presente, o vizinho Uruguai está presente por ação da Câmara Brasil-Uruguai, com delegações de instituições e empresas. Conforme o Uruguay XXI, instituto de investimentos, exportação e promoção da imagem do país, o Brasil é um dos principais parceiros comerciais. Para eles, participar da Expointer é uma chance para consolidar relações comerciais e explorar novas oportunidades. 

Nesta edição da Expointer, o Consulado Geral dos Estados Unidos inaugurou o estande fixo na Expointer. O país busca ter presença especial na feira para reafirmar a importância do Brasil e da região Sul como parceiro comercial importante do agronegócio. O estande fixo faz parte de uma estratégia conjunta entre o Rio Grande do Sul e os EUA para aprofundar relações bilaterais no âmbito comercial, econômico e ambiental.  

Correio do Povo

Com placar empatado, STF suspende sessão sobre marco temporal

 Análise será retomada na quinta-feira


Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a sessão que discute a tese do marco temporal para demarcação de terras indígenas. O julgamento será retomado nesta quinta. O ministro André Mendonça já indicou que é favorável ao marco temporal, mas irá concluir seu voto na quinta, que deve empatar o placar em 2 a 2.

Depois de Mendonça, o próximo a votar será o ministro Cristiano Zanin. Seu posicionamento é o mais aguardado.

O ministro, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), têm sido alvo de críticas da esquerda nas últimas semanas devido ao teor dos seus votos, considerados conservadores. Na semana passada, ele votou contra ação de indígenas que pedia medidas de proteção para a etnia Guarani Kaiowá.


Agência Estado e Correio do Povo