A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que as novas tarifas de importação aprovadas pelo México podem afetar cerca de US$ 1,7 bilhão das exportações brasileiras ao país — o equivalente a 14,7% do total enviado em 2024. A entidade ainda aguarda detalhes finais da medida para calcular o impacto com maior precisão.
O Congresso mexicano aprovou, na quarta-feira (10), um aumento mínimo de 35% nas tarifas aplicadas a 1,4 mil produtos provenientes de 12 países sem acordos comerciais com o México, incluindo Brasil e China — esta última sendo a mais atingida. As novas tarifas devem começar a valer em 1º de janeiro de 2026.
A proposta passou pela Câmara e pelo Senado no mesmo dia, com apoio do partido da presidente Claudia Sheinbaum, que defende que a medida é necessária para fortalecer a produção nacional.
A CNI afirma que os acordos comerciais atualmente vigentes entre Brasil e México são insuficientes e que a nova política tarifária pode reduzir a competitividade dos produtos brasileiros. Por isso, a entidade defende que os dois governos intensifiquem o diálogo para tentar isentar ou diferenciar os produtos do Brasil das novas tarifas, preservando o avanço das negociações de modernização dos acordos bilaterais.
Até agora, o governo brasileiro não se pronunciou oficialmente. O tema está sendo analisado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), comandado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin.

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