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quarta-feira, 3 de maio de 2023

Governo sinaliza novo aporte ao Plano Safra 2022/23

 Ausente da Agrishow, ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, diz que anúncio de 1 bilhão deve ocorrer nos próximos dias


O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, confirmou, nesta terça-feira, que o governo federal pode anunciar, nos próximos dias, a suplementação de recursos para o Plano Safra 2022/23. "Quero, muito em breve, quem sabe nos próximos dias, anunciar uma suplementação e um Plano Safra com mais recursos, que o setor vai precisar", disse ele após reunião-almoço com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), em Brasília.

A suplementação experimentada entre os ministérios da Agricultura e da Fazenda é de R$ 1.030 bilhões. O montante, segundo o Ministério da Agricultura (Mapa), deve resultar em R$ 30 bilhões em financiamento aos produtores, sendo R$ 17 bilhões para investimento e R$ 13 bilhões para custódia. Fávaro defendeu também o aumento de recursos para o Plano Safra 2023/24, que tende a ser anunciado no próximo mês e se inicia em 1º de julho. "Preços de commodities estão sendo achatados. Temos milho em Mato Grosso abaixo do custo de produção, a soja e a arroba do boi baixaram bastante também. Isso se combate com linhas de crédito, juros adequados aos produtores", afirmou.

Enquanto os recursos não são anunciados, os fabricantes de máquinas e implementos agrícolas que participam da Agrishow, feira que se estende até sexta-feira, em Ribeirão Preto (SP), estão otimistas. Um dos motivos é safra recorde de grãos, prevista pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 312,5 milhões de toneladas, mesmo com a quebra no Rio Grande do Sul em função da estiagem. Outra razão é a ampliação de ferramentas financeiras disponibilizadas pela iniciativa privada, além da maior estabilidade do mercado. Segundo o diretor de vendas da Massey Ferguson, Alexandre Stucchi, a volatilidade nesse primeiro período do ano é causada pela transição de governo e por escassez de crédito, mas a situação já está se estabilizando e isso não impediu que houvesse um sucesso nas vendas já no primeiro dia de Agrishow.

Para o diretor de Vendas da Valtra, Rafael Antonio Costa, a recepção da marca no evento, até agora, foi positiva, mas a aposta de crescimento concentra-se nos negócios realizados em médio e longo prazo. Para isso, o executivo conta com novas opções de financiamento. “Os bancos privados e outras ferramentas de crédito têm se tornado cada vez mais importantes nesse sentido. Além disso, o agricultor capitalizado vem buscando alternativas - de pagamentos à vista -, até criando condições que o favoreçam da melhor forma”, explicou. 

O fato de o primeiro dia da exposição ter coincidido com um feriado (Dia do Trabalhador) foi um facilitador para contatos e negócios realizados no espaço da Caterpillar, o pontuado Fábio Momberg, gerente geral regional da empresa. “A feira é legal. Com o feriado, a gente teve uma visitação um pouco diferente do ano passado, com maior público”, enfatizou. Para ele, um fabricante ter obtido o meso desempenho do primeiro dia do evento em 2022 foi excelente. “A gente vai buscar um resultado melhor do que ano passado. Todo o investimento que para aplicar em infraestrutura e em desenvolvimento do nosso mercado vai ser benéfico”, afirmou.

Foi nesse cenário que a AGCO, grupo que reúne Fendt, Massey Ferguson, Valtra e outras gigantes do setor, divulgou que espera investir R$ 340 milhões para ampliar a capacidade de produção no Brasil. Conforme o vice-presidente sênior AGCO e líder global da companhia, Luis Felli, os investimentos foram feitos em 2022 e devem ser utilizados até 2024. "Estamos concentrando o volume de máquinas agrícolas de baixa potência e média potência em Canoas (RS) e os tratores de alta potência, em Mogi das Cruzes (SP)", detalhe. também havia expansão para armazenamento de peças e para o segmento de proteínas e grãos. “Então a gente espera uma feira muito forte, muito robusta, e se foram confirmados todas as previsões que a gente está trazendo, vamos ter um mercado muito forte de máquinas agrícolas para 2023”, completou Stucchi.

Correio do Povo

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