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terça-feira, 30 de maio de 2023

Deputada gaúcha que denunciou "Simulador de Escravidão" registra ocorrência após receber ameaça

 Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, Laura Sito (PT) denunciou aplicativo ao MP-RS

A deputada estadual Laura Sito registrou um boletim de ocorrência, nesta segunda-feira, 29,  na Delegacia de Combate à Intolerância da Polícia Civil após receber ameaças. No domingo, ela recebeu uma mensagem por email que continha diversos xingamentos racistas e fazia ameaças por ter denunciado ao Ministério Público um jogo virtual chamado “Simulador de Escravidão”.

“Ação que denota o grau de organização dos grupos nazistas e supremacistas. Estamos anexando o email ameaça a própria representação contra o SIMULADOR. Não irei publicar o email para não dar mídia aos facínoras. Mas saibam que estão sendo investigados, internet não é terra de ninguém. Tão pouco esconderijo de criminoso. Não vamos recuar da luta antirracista e antifascista”, publicou a deputada em suas redes sociais.

Em um trecho da mensagem com a ameaça, o emissário escreve: "fiquei sabendo que você pediu para retirar do ar o Simulador de Escravidão. É uma pena pois meu bebê estava adorando jogar isso em sua tablet."

Na semana passada, a revelação de que o jogo estava disponível para download gratuito na Google Play Store gerou grande mobilização nas redes sociais. Desenvolvido pela Magnus Games, o aplicativo trazia imagens de pessoas negras acorrentadas e permitia comprar e vender pessoas escravizadas e obter “lucro” com exploração da mão de obra.

O caso gerou grande repercussão nas redes sociais e mobilizou parlamentares e o Governo Federal. Laura Sito, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa entrou com representação por crime de racismo no Ministério Público contra o desenvolvedor do aplicativo. 

“A simulação de escravidão por meio de um aplicativo pode ser considerada uma forma de tratamento desumano ou degradante, sujeita às penalidades previstas nesta lei”, afirmou na ocasião.

Além dela, a deputada federal Daiana Santos (PCdoB-RS) também denunciou o caso, ao Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) e ao Ministério Público Federal (MPF).

 


Correio do Povo

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