Especialista defende leis de proteção de dados e sustenta que empresas não devem ter medo

 CEO da Privacy Tool, Aline Deparis explicou os benefícios das novas legislações envolvendo o universo digital

A privacidade dos usuários e de seus dados no universo digital foi o tema do painel "Shaping the Cloud: Cybersecurity or Privacy Management" na tarde desta sexta-feira, no palco Growh Stage, na South Summit CEO da Privacy Tools, uma cybertech gaúcha, Aline Deparis garantiu que as empresas não precisam se preocupar com o avanço das legislações nos meios online visando a cibersegurança.

"Empresas não devem temer. Os regulamentos surgem para trabalhar com cuidados dos dados. Para as empresas não utilizarem de maneira irrestrita nossos dados e nosso direito a privacidade", pontuou. Conforme a especialista, esses temas estão na "crista da onda". "As empresas estão sendo convidadas a ter um olhar mais atencioso para este negócio. Pensamento no futuro", avaliou. 

De acordo com ela, hoje, "nossos dados são nosso principal ativo". "Da padaria até a Nasa, as empresas trabalham com dados. Como não vamos cuidar? Nosso futuro depende deles. A LGPD veio justamente para regra esse direito", disse. 

Sobre o futuro, a CEO da Privacy Tools projetou para os próximos anos ainda mais dados sendo manipulados. "A partir de agora, isso é uma realidade. Somos uma economia digital. Precisamos trabalhar no processo de aculturamento". 

Aline participou da apresentação ao lado do diretor de Negócios LTDA, Reges Bronzatti, o COO e fundador da Sirros Lot, Diego Schlindwein, CEO da Bidweb, Flavia Brito, e o diretor da Delta Gestão Pública, Jorge Luiz Alano.

Público e privado precisam andar juntos

O diretor da Delta Gestão Pública, Jorge Luiz Alano, trouxe ao debate a importância da participação do setor público em uma maior cibersegurança. "O setor público tem que trazer a área privada junto. A iniciativa privada já está mais avançada. Investir mais nisso. Trazer a área pública. É um caminho básico". 

Conforme Alano, hoje, o Brasil é o segundo país do mundo em oferta de dados. Os desafios de uma proteção de dados mais eficiente esbarram em infraestrutura. Neste ponto, o setor público deve agir. "O Brasil tem 5.500 prefeituras, aproximadamente, 70% têm até 20 mil habitantes. São prefeituras pequenas. Ou seja, estrutura menor, não tem tanto poder de investimento. A área pública precisa avançar um pouco mais rápido"


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Doação milionária ameniza contas do Inter de 2022

 Com valor de R$ 45 milhões, área no município de Guaíba foi cedida e ajudou números do ano passado a fecharem no positivo

O balanço de 2022, que chegará na caixa de e-mail dos conselheiros do Inter nas próximas semanas, apresentará um superávit de pouco menos de R$ 2 milhões. A notícia é boa, porque é o segundo ano consecutivo com resultado positivo. Entretanto, a situação financeira do clube ainda é complicada e, no final das contas, o número só foi alcançado devido ao lançamento, nos últimos dias no ano passado, da doação dos terrenos no município de Guaíba que, um dia, esperou o CT do clube, em um valor total de R$ 45 milhões. Portanto, sem a doação, o Inter amargaria mais um ano com um déficit importante.

São duas áreas contíguas, ambas em Guaíba. A primeira foi doada pelo município em 2019. A outra foi oficialmente para o Inter no dia 24 de dezembro, quando o então governador Ranolfo Vieira Júnior sancionou uma lei alternando a forma como o Inter daria a assistir ao projeto original. Além de custear as iluminações cênicas do Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff) e do Palácio Piratini, o clube comprará de equipamentos de tecnologia para a rede pública estadual de ensino ao custo total de cerca de R$ 3,3 milhões.

Quatro dias após sancionada a lei, em 28 de dezembro, o Inter lançou a doação de 45 milhões no balanço, envolvendo um déficit, que poderia chegar perto dos R$ 40 milhões, em superávit. A doação ameniza o balanço, mas não o fluxo de caixa. Ou seja, ela deixa os números do ano positivo, mas não coloca dinheiro na caixa para o financiamento do dia a dia do clube. Por isso, pagar em dia jogadores e funcionários, além de manter todos os compromissos com fornecedores em dia, ainda é um desafio diário para os gestores.

Por isso, o clube segue socorrendo-se nos bancos sempre que o fluxo de caixa fica asfixiado. A dívida continua alta e, na mesma proporção, os juros de sua rolagem, que drenam cerca de R$ 60 milhões por ano da Caixa Colorado. Esse dinheiro é o que falta para a contratação de jogadores e para o início das obras do próprio CT em Guaíba.

O balanço de 2022 passou por uma auditoria externa e já foi analisado pelo Conselho Fiscal do clube. Nos próximos dias, o presidente do Conselho Deliberativo Sérgio Jüchem deverá convocar uma reunião para análise dos números, que, segundo a legislação, deverá ocorrer ainda no mês de abril. Tudo indica que o lançamento da doação da área em Guaíba, nos últimos dias do ano, será tema de debate – aqui, nenhuma novidade.

O presidente Alessandro Barcellos, em contato com a reportagem, afirmou que não irá comentar detalhes do balanço, como o lançamento da doação da área, antes que ele seja conhecido por todos os conselheiros. Porém, afirmou que despesas inesperadas durante o ano, sem dizer quais, prejudicaram o balanço.

Outra doação 

Não é a primeira vez que uma doação ameniza o balanço colorado. No último dia de 2018, o Inter anunciou que Delcir Sonda havia doado R$ 25 milhões ao clube. O empresário, hoje conselheiro, abriu mão do pagamento do valor, que ele emprestara anos antes. Mesmo assim, o Inter fechado 2018 com R$ 9,5 milhões de déficit.


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Gestão Lula (PT) realiza evento para inaugurar letreiro no Ministério da Cultura

 



Fonte: https://www.facebook.com/watch/?v=787833092698100

Colégio Notarial do RS comemora 61 anos com lançamento da Central Notarial de Doação de Órgãos

 O sistema possibilitará a consulta pelos hospitais e a Central de Transplantes do RS das escrituras públicas declaratórias contendo a manifestação de vontade relativa à doação de órgãos

O Colégio Notarial do Brasil – Seção Rio Grande do Sul (CNB/RS) celebrou nesta sexta-feira, em um evento na Cripta Metropolitana de Porto Alegre, os seus 61 anos de história e de serviços para a comunidade gaúcha. Além da gravação, o evento também serviu para a entidade lançar a Central Notarial de Doação de Órgãos, sistema gerido para possibilitar a consulta pelos hospitais e a Central de Transplantes do Rio Grande do Sul, de forma sigilosa, das escrituras públicas declaratórias contendo a manifestação de vontade relativa à doação de órgãos do potencial doador.

A manifestação de vontade é feita gratuitamente em qualquer tabelionato, com o interessado levando apenas os documentos. Apesar do registro do desejo, a autorização é feita pelos familiares de até segundo grau.

“A maneira que encontramos de celebrar o nosso aniversário foi fazendo uma parceria de doação dos nossos serviços a comunidade através das escrituras de doação de órgão para o interessado. É uma maneira de ajudar a salvar vidas, pois, tendo sofrido a manifestação do doador de forma pública perante o tabelião, os pais depois da morte do sujeito e os médicos não vão ter dúvida de que aquela pessoa efetivamente queria doar os órgãos”, destacou o presidente do CNB/RS, José Flávio Bueno Fischer.

 Cerca de 200 convidados estiveram presentes no aniversário do CNB/RS em Porto Alegre - Foto: Fabiano do Amaral

O objetivo do projeto é fornecer que os cartórios de notas sejam amplos e atendimento gratuito à população quanto à possibilidade da declaração, visando incentivar a doação de órgãos e tecidos. Também visa estabelecer a rotina de envio de informações sobre os doadores de órgãos e tecidos à Central Estadual de Transplantes da Secretaria da Saúde do RS.

“Essa ação dos cartórios em parceria com a Secretaria de Saúde e a Central de Transplantes vem para ajudar muito, pois hoje temos 45% a 50% de negativa familiar quando alguém tem morte cerebral na possibilidade de fazer a doação. Uma das causas importantes desta negativa é que muitas vezes a família diz que não sabe se a pessoa era doadora em vida. Com essa ação e a central dos cartórios permitindo a gratuidade de registrar que a pessoa é doadora, caso tenha promovido a fatalidade, pode ter acesso e dar créditos para os hospitais e comissões intra-hospitalares para falar para as famílias que aquela pessoa tinha um documento em cartório e que era favorável a doação”, afirmou o Dr. Rafael Ramon da Rosa, coordenador da Central de Transplantes do Rio Grande do Sul.

Após a assinatura do acordo de cooperação, firmado em 5 de outubro de 2022, o CNB/RS desenvolveu uma Central Notarial de Doação de Órgãos para a interconexão eletrônica entre os tabeliães de notas, hospitais e a Central de Transplantes do estado, para o envio e consulta das informações que obtiveram declaração de doação de órgãos.

“Hoje temos mais de 2,5 mil pessoas em lista de espera no RS. Mais de 1,3 mil pessoas esperando uma córnea. O efeito da pandemia foi muito ruim para os transplantes e estamos retomando as doações e os transplantes. Tivemos uma melhor em 2022, em comparação com 2021, com as ações de parceria da sociedade, sensibilizando, tirando os mitos da doação, deixando claro que é um processo seguro e eficaz. Tudo é feito pelo Sistema Único de Saúde. A família que não paga absolutamente nada. As pessoas que estão na lista de espera seguem uma ordem por gravidade, por tempo de espera e compatibilidade. Converse com a sua família, seja a favor da doação e, com isso, você pode salvar muitas vidas”, pediu o coordenador da Central de Transplantes do RS.


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Reserva da água e conservação do solo ganham destaque no South Summit

 Bate-papo coloca estes elementos em centralidade para o desenvolvimento econômico do Rio Grande do Sul

Os investimentos em irrigação e não manejo e melhoria da qualidade do solo são fundamentais para o desenvolvimento econômico no Estado, como defendeu o secretário de Desenvolvimento Econômico Ernani Polo durante o South Summit . Polo esteve acompanhado do diretor de Crédito do Banrisul, Osvaldo Lobo, e do superintendente do Senar/RS, Eduardo Condorelli, no bate-papo “Oportunidades na construção de um ambiente antifrágil e escassez hídrica”, que ocorreu nesta sexta-feira (31) . 

“Um dos fatores que ainda nos limita muito são as condições para armazenar água da chuva, recurso natural farto que está indo embora, em sua grande parte, então temos que ter uma força-tarefa, concentrar esforços para que a gente retenha essa água e , com isso, aumente nossa área irrigada”, argumentou Polo, em consonância com Condorelli: “Não temos uma dificuldade com o volume de água, mas temos dificuldade com a distribuição dessa água”, disse o superintendente do Senar. Condorelli destacou, também, que o país não tem uma tradição de irrigação em sua agricultura, portanto ainda há dificuldades em desenvolver infraestruturas e linhas de crédito voltadas para o tema. 

Também veio à tona a necessidade de investimento em biotecnologia, para o desenvolvimento de plantas e animais cada vez mais resistentes à escassez hídrica; e na correção de características físicas e químicas do solo. “Para que as raízes alcancem a água, esse trabalho de solo é fundamental” enfatizou Condorelli. precisamos unir universidades, Embrapa, Emater, cooperativas e cerealistas para fazer um trabalho de conscientização do produtor a respeito de um bom manejo do solo, com práticas como a rotação de culturas e descompactação. Isso vai fazer com que, em épocas que faltam chuvas, a produtividade não tenha aquela queda brusca”, defendeu Polo. 

Soluções financeiras para os efeitos da estiagem também foram acomodadas. Neste sentido, Polo destacou que a Secretaria de Desenvolvimento Econômico vem trabalhando junto aos bancos públicos para discutir linhas de financiamento para irrigação e para ações no melhoramento do solo. “Estamos conversando com o BRDE, com o Badesul e o Banrisul no sentido de desenvolver algum programa direcionado para a expansão da irrigação, disponibilizando linhas de crédito com juros mais atrativos que estimulem o produtor a fazer um investimento nesses sistemas de irrigação”, destacou. 


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