Glenn Greenwald publica supostas mensagens da Lava Jato com “erro de edição” e datas incorretas


Reprodução | Kaitlyn Flannagan | Observer

Nesta sexta-feira, o The Intercept divulgou novos conteúdos sobre supostas conversas atribuídas a procuradores do Ministério Público Federal a respeito do então juiz da Lava Jato Sergio Moro, que atualmente ocupa a função de ministro da Justiça e Segurança Pública.

Em seu Twitter, Glenn publicou uma prévia das próximas mensagens que seriam divulgadas pelo Intercept.

No entanto, no print publicado em sua página (confira o arquivo salvo aqui), uma frase é atribuída ao procurador Ângelo Goulart Vilella, representante do MPF que chegou a ser preso em 2017.

Algum tempo depois, Glenn excluiu a publicação e fez um novo tweet alterando o nome do procurador para Ângelo Augusto Costa.

Questionado pelos seguidores, Glenn declarou que a alteração nos nomes “foi um erro de edição apanhado pela checagem de fatos antes da publicação”.

Além disso, na matéria do Intercept também existiam diálogos com datas incorretas.

No site, há até uma mensagem vinda do futuro – 28 de outubro de 2019, que em seguida foi corrigida para 28 de outubro de 2018.

BREVE ANÁLISE DO CASO

Integrantes do The Intercept alegam que as conversas são transcritas a partir de uma fonte original.

Contudo, ações assim deixam evidente que qualquer material pode ser inserido/editado/tirado de ordem ou contexto.

O tal ‘erro de edição’ relatado por Glenn deixa muito claro para o público que é fácil tirar conversas de contexto, omitir vírgulas, mudar nomes, etc.

A ausência de zelo ao tratar o material e a pressa para divulgar os matérias, evidência a vulnerabilidade dessas acusações.

Além disso, os conteúdos divulgados pelo site mostram que os procuradores demonstram total respeito por Moro, que na suposta ocasião apenas demonstraram preocupação com a imagem de isenção que poderia ser arranhada perante a opinião pública, como bem pontuou o Leandro Ruschel.

De qualquer maneira, se os diálogos veiculados de fato aconteceram, o The Intercept entrou em contradição, pois acabou revelando que não havia conluio entre Moro e procuradores.

Isso prova claramente que eles não formavam um time.


Conexão Política

Bolsonaro cala esquerda colonizada

A Merkel, que condenou ações de direitos humanos e ecologia de seu governo, e a Macron, que ameaçou não assinar acordo comercial por diferenças ambientais, presidente respondeu à altura e tratado saiu

José Nêumanne


Esquerda reclamou da reação irritada do presidente às malcriações de Merkel e Macron, mas a UE terminou cancelando suas queixas ao assinar acordo com Mercosul. Foto: Ludovic Marina/AFP

O PT e seus asseclas preferenciais na rapina dos cofres de nossa República miserável torceram o nariz para a reação ríspida de Bolsonaro às críticas intrometidas e mal educadas da alemã Merkel e do francês Macron. A turminha que confunde diplomacia com se curvar à arrogância colonialista e racista dos brancos europeus logo reclamaram do efeito maléfico que a reação do presidente brasileiro, ao cumprir seu óbvio papel de defender a soberania nacional, poderia produzir jogando água no chope do eventual acordo Mercosul-União Europeia. Mas, depois de 20 anos de puxa-encolhe e vaivém, o acordo saiu, com perspectivas de US$ 100 bilhões de novos negócios que beneficiarão o Brasil. E agora? Direto ao assunto. Inté. Só a verdade nos salvará.

Para ver vídeo no YouTube clique aqui


Estadão

Moro sobre vazamentos: ‘O que se tem é um balão vazio, cheio de nada’

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, usou o Twitter neste sábado (29) para se pronunciar sobre os mais recentes vazamentos do site “The Intercept Brasil”. Segundo ele, o que se tem até o momento “é um balão vazio, cheio de nada”.

“A matéria do site, se fosse verdadeira, não passaria de supostas fofocas de procuradores, a maioria de fora da Lava Jato. Houve trocas de nomes e datas pelo próprio site que as publicou, como demonstrado por O Antagonista”, escreveu Moro.

O dono do Intercept, Glenn Greenwald, havia publicado no Twitter uma frase atribuída ao procurador Ângelo Goulart Villela, preso em 2017. Depois, o site mudou o nome para Ângelo Augusto Costa. Na versão final, ficou somente Ângelo. Na matéria do site, havia também uma mensagem com data do futuro – 28 de outubro de 2019 – que depois foi alterada para 28 de outubro de 2018.

“Isso só reforça que as mensagens não são autênticas e que são passíveis de adulteração. O que se tem é um balão vazio, cheio de nada. Até quando a honra e a privacidade de agentes da lei vão ser violadas com o propósito de anular condenações e impedir investigações contra corrupção?”, questionou em seguida.

Sergio Moro

@SF_Moro

· 20h

A matéria do site, se fosse verdadeira, não passaria de supostas fofocas de procuradores, a maioria de fora da Lava Jato. Houve trocas de nomes e datas pelo próprio site que as publicou, como demonstrado por OAntagonista.

Sergio Moro

@SF_Moro

Isso só reforça que as msgs não são autênticas e que são passíveis de adulteração. O que se tem é um balão vazio, cheio de nada. Até quando a honra e a privacidade de agentes da lei vão ser violadas com o propósito de anular condenações e impedir investigações contra corrupção?

64,7 mil

12:39 - 29 de jun de 2019

Informações e privacidade no Twitter Ads

18,5 mil pessoas estão falando sobre isso

Sobre o novo vazamento

O portal de esquerda “The Intercept Brasil” divulgou novos trechos de conversas supostamente vazadas de aplicativos de mensagens atribuídas a procuradores do Ministério Público Federal (MPF). Nesses novos trechos, profissionais do MPF teriam criticado o trabalho do então juiz federal.

Segundo o site, os procuradores estariam preocupados às vésperas do convite para Moro assumir o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro. Eles teriam citado supostas “violações éticas” do juiz e demonstrado receio de que sua entrada na pasta pudesse “enfraquecer” a Operação Lava Jato.

A procuradora Monique Cheker, por exemplo, teria escrito em um grupo intitulado “BD” que “Moro viola sempre o sistema acusatório e é tolerado por seus resultados”. Ângelo Augusto Costa, procurador do MP em São Paulo, teria dito ainda que “não confiava” no então juiz.

Em outro grupo intitulado “Filhos do Januario 3”, também de acordo com o “The Intercept”, a procuradora Jerusa Viercili, da força-tarefa em Curitiba, teria escrito: “Acho péssimo [a ida do juiz ao ministério]. Só dá ênfase às alegações de parcialidade e partidarismo”. Outra procuradora da força-tarefa, Laura Tessler, citada anteriormente em outras conversas vazadas pelo portal, teria concordado.

O ministro da Justiça e Segurança Pública não confirmou a veracidade de nenhuma das mensagens divulgadas até o momento. Segundo ele, os vazamentos são criminosos e podem ter sido adulterados.

Procuradora nega veracidade

O site “O Antagonista” divulgou, logo após o suposto vazamento, que Monique Cheker negou a veracidade das mensagens. “Sobre a parte em que o The Intercept diz que escrevi: ‘Desde que eu estava no Paraná, em 2008, ele (Sergio Moro) já atuava assim. Alguns colegas do MPF do PR diziam que gostavam da pro atividade dele, que inclusive aprendiam com isso’, esclareço que, conforme pode ser obtido publicamente dos meus assentos funcionais, durante praticamente todo o ano de 2008 eu trabalhei como procuradora de contas do Ministério Publico junto ao TCE do Rio de Janeiro, cargo que assumi em 2006. Nunca tinha ouvido falar do ex-juiz Sergio Moro, muito menos tive contato com alguém do MPF/PR. Tomei posse no MPF em dezembro de 2008, com lotação numa cidade do interior do Paraná. Da posse, seguiu-se logo o curso de ingresso e vitaliciamente em Brasília, e o recesso judicial, e só fui conhecer alguém do MPF/PR que já tinha trabalhado com o ex-juiz Sergio Moro, ou menção a esse nome, tempos depois”, disse ela.

“Não reconheço os registros remetidos pelo The Intercept, com menção a minha pessoa, mas posso assegurar que possui dados errados e alterações de conteúdo, pelos motivos expostos acima”, completou.


Jovem Pan

A justificativa que é confissão de Greenwald

Ao justificar-se sobre a troca do nome do procurador Ângelo Goulart Villela numa das mensagens publicadas por seu site, Glenn Greenwald afirma que “foi um erro de edição apanhado pela checagem de fatos antes da publicação”.

Jornalistas de verdade não “editam” reproduçōes de provas. Checagem existe apenas nos textos das reportagens.

A justificativa de Greenwald é, na verdade, uma confissão de que o Intercept pode adulterar o conteúdo do que exibe como documentos.


O Antagonista

FRASE DO DIA–30.06.2019

Se você espera por condições ideais você nunca fará nada.

Eclesiastes