Montadoras credenciam carros compactos para obter IPI Zero

 Medida integra o programa Carro Sustentável

Montadoras enviaram pedido de credenciamento para o programa Carro Sustentável | Foto: Cristina Beck/CMPA/CP


As montadoras brasileiras General Motors (Chevrolet), Renault, Volkswagem, Hyundai e Stellants (Fiat) enviaram ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), nessa sexta-feira (11), um pedido de credenciamento de cinco modelos de veículos de entrada para o programa Carro Sustentável, que garante isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis mais econômicos, sustentáveis e com fabricação no Brasil.

Para ter direito ao IPI zero, o carro sustentável deve atender a quatro requisitos: emitir menos de 83 gramas de gás carbônico (CO₂) por quilômetro, conter mais de 80% de materiais recicláveis, ser fabricado no Brasil (etapas como soldagem, pintura, fabricação do motor e montagem) e se enquadrar em uma das categorias de carro compacto (veículo de entrada das marcas).

Os modelos credenciados pelas montadoras incluem diferentes versões: Chevrolet Onix, Renault Kwid, Volkswagen Polo, Hyundai HB20, Fiat Argo e Fiat Mobi. Veja a lista detalhada.

O lançamento da iniciativa ocorreu durante uma cerimônia, no Palácio do Planalto, com a participação do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, além de ministros, parlamentares e representantes do setor automotivo do país.

Decreto assinado pelo presidente Lula redefiniu a tabela do IPI, construída como um mecanismo de soma zero, em relação ao total de carros vendidos no Brasil. Com validade até dezembro de 2026, o decreto antecede os efeitos da reforma tributária, informou o Palácio do Planalto.

IPI Verde

Além do IPI zero, válido apenas para carros compactos de entrada fabricados no Brasil, o IPI Verde estabeleceu uma alíquota base de 6,3% para veículos de passageiros e de 3,9% para comerciais leves, que será ajustada por um sistema de acréscimos e decréscimos. O cálculo levará em conta critérios como eficiência energética, tecnologia de propulsão, potência, nível de segurança e índice de reciclabilidade.

Segundo o governo, os veículos com melhores indicadores receberão bônus (descontos no imposto), enquanto os com piores avaliações sofrerão um acréscimo.

Dessa forma, não haverá déficit fiscal na cobrança do imposto. Um carro de passeio híbrido-flex pode ter a alíquota reduzida em 1,5 ponto percentual, segundo a nova tabela.

Se também atender ao critério de eficiência do programa Mover, perde mais um ponto, e se cumprir o nível 1 de reciclabilidade, perde outro. Com isso, o IPI desse veículo cai de 6,3% para 2,8%.

Redução de imposto

A estimativa do governo é de redução do IPI para 60% dos veículos comercializados no Brasil, com base no número de carros vendidos em 2024, sem impacto fiscal.

O Carro Sustentável com IPI zero e o IPI Verde integra o Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), lançado no ano passado, que visa à descarbonização da frota automotiva do país, por meio de incentivos fiscais, especialmente em relação às alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

O Mover prevê R$ 19,3 bilhões de créditos financeiros entre 2024 e 2028. A previsão da cadeia produtiva do setor, entre fabricantes, setor de autopeças e concessionárias, é que os investimentos associados ao programa atinjam até R$ 190 bilhões nos próximos anos.

Agência Braisl e Correio do Povo

6 motivos para reduzir o consumo de alimentos ultraprocessados

 Produtos são formulados para serem práticos, durarem mais tempo nas prateleiras e terem sabor altamente atrativo, mas geralmente possuem baixo valor nutricional

Adotar uma dieta mais saudável pode trazer melhorias significativas para a saúde e bem-estar geral | Foto: Freepik


Alimentos ultraprocessados são produtos industriais que passam por diversas etapas de processamento e contêm ingredientes que normalmente não são usados em preparações caseiras, como corantes, aromatizantes, realçadores de sabor, conservantes artificiais e aditivos químicos. Exemplos comuns incluem refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos, embutidos e pratos prontos congelados.

“Determinados alimentos já são do senso comum de que se tratam de produtos industrializados. Mas o que muitos não sabem é que há diversas outras opções que fazem parte do dia a dia de muitas pessoas e são ultraprocessados, como alguns pães de forma, biscoitos, bebidas de caixinha, margarina, salgadinhos e muito mais”, comenta Waleska Nishida, coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera.

Eles são formulados para serem práticos, durarem mais tempo nas prateleiras e terem sabor altamente atrativo, mas geralmente possuem baixo valor nutricional.

“Em troca da sua praticidade de consumo, esses alimentos são ricos em calorias, açúcares, gorduras saturadas e sódio, e pobres em nutrientes essenciais como vitaminas e minerais”, comenta a nutricionista.

🍔 Riscos do consumo excessivo de alimentos ultraprocessados

O consumo excessivo de alimentos ultraprocessados está associado a um maior risco de doenças como obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer. Além disso, Waleska Nishida aponta que a combinação dos sabores intensos e aditivos presentes nestes produtos pode levar ao consumo excessivo e à dependência alimentar.

“Eles contém ingredientes industriais como óleos hidrogenados, xaropes de glicose e maltodextrina, além de aditivos como conservantes, corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e emulsificantes para melhorar sabor, textura, cor e vida útil”, acrescenta.

A nutricionista destaca que o Guia Alimentar para a População Brasileira, produzido pelo Ministério da Saúde, e outros estudos publicados em periódicos internacionais, apontam a necessidade de redução do consumo de alimentos ultraprocessados. “Adotar uma dieta mais saudável pode trazer melhorias significativas para a sua saúde e bem-estar geral. Por isso, é importante optar preferencialmente por alimentos minimamente processados e in natura”, explica

Minimamente processados significa que houve alterações mínimas no alimento, como moagem, limpeza, pasteurização, mas que não foram adicionados açúcares, gordura e sal, por exemplo. “Esses alimentos são o arroz e o feijão, além dos grãos, farinhas, leites e carnes resfriadas ou congeladas”, explica Waleska Nishida. Já os in natura são aqueles obtidos de plantas ou animais, como verduras, frutas, legumes e ovos.

Abaixo, Waleska destaca os principais benefícios do consumo de alimentos minimamente processados e in natura em relação ao ultraprocessado. Confira!

1. Maior capacidade nutritiva

Normalmente, alimentos pouco processados e que estão na sua forma natural têm mais nutrientes importantes, como vitaminas, minerais e fibras. Isso acontece porque esses elementos podem ser perdidos ou alterados durante o processamento de alimentos.

2. Menor consumo de aditivos

Alimentos ultraprocessados frequentemente contêm aditivos como conservantes, corantes, aromatizantes e emulsificantes, que podem ter efeitos negativos na saúde a longo prazo.

3. Controle de peso

Alimentos in natura e minimamente processados tendem a ser menos calóricos e proporcionam uma sensação mais prolongada de saciedade, ajudando no controle do peso e na prevenção da obesidade.

4. Redução do risco de doenças crônicas

O consumo excessivo de ultraprocessados está associado a um maior risco de doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e certos tipos de câncer.

5. Melhor absorção de nutrientes

Alimentos minimamente processados e in natura tendem a ser mais ricos em fibras, o que melhora a saúde intestinal e a absorção de vitaminas e minerais

6. Sustentabilidade ambiental

Optar por alimentos in natura e minimamente processados pode ser mais sustentável, pois, na maioria das vezes, requerem menos embalagens e processos industriais, reduzindo também o impacto ambiental.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Devedores do IPVA 2025 têm até 19 de julho para evitarem inscrição em dívida ativa

 Cerca de 10% dos proprietários de veículos estão em débito com o imposto há pelo menos 60 dias

De acordo com balanço da Secretaria da Fazenda (Sefaz), cerca de 10% dos proprietários de veículos estão em débito com o imposto há pelo menos 60 dias | Foto: Ricardo Giusti / CP Memória


Quem ainda não pagou o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2025 tem uma semana para não ter seu nome incluído na lista dos contribuintes em situação de inadimplência. Além da inclusão do nome, o contribuinte segue sujeito a um acréscimo de 5% sobre valor devido, além de multa diária de 0,334% ao dia até o limite de 20%.

De acordo com balanço da Secretaria da Fazenda (Sefaz), cerca de 10% dos proprietários de veículos estão em débito com o imposto há pelo menos 60 dias e estão sujeitos à execução da medida. A inclusão em DAT poderá abranger cerca de 390 mil veículos, pertencentes a mais de 346 mil contribuintes, que somam R$ 456 milhões em IPVA devido aos cofres públicos. Os inadimplentes, que estão recebendo notificações do débito via WhatsApp pela Receita, têm até o dia 18 de julho para pagar o tributo e evitar a sanção administrativa.

O débito com o fisco ainda poderá ser lançado no Cadastro Informativo (Cadin/RS) e nos Serviços de Proteção ao Crédito como o Serasa, o Boa Vista, o SPC, entre outros. Além disso, o saldo é corrigido pela taxa Selic, atualmente, em 15% ao ano e poderá ser protestado em cartório e levado à cobrança judicial. Os proprietários em situação irregular, caso sejam flagrados em circulação, ainda assumem o risco de serem multados.

A primeira inscrição como Dívida Ativa dos devedores do IPVA 2025 será gerada em lote pelos sistemas da Receita Estadual, respeitando os critérios estabelecidos pela Instrução Normativa RE 045/98. A norma define situações de não inclusão da inscrição em lote. Mais adiante, se for o caso, os demais contribuintes serão inscritos de forma manual.

Após inscrição em DAT, o IPVA 2025 somente poderá ser quitado à vista na rede credenciada. A opção pelo parcelamento do tributo em até cinco vezes pode ser usufruída por contribuintes com débitos relativos a exercícios anteriores.

Balanço

No encerramento do calendário anual do IPVA 2025, que ocorreu no final abril, o índice de inadimplência financeira era de aproximadamente 21%, o equivalente a R$ 1,1 bilhão. Cerca de 33% dos veículos, equivalente a 1,4 milhão da frota tributável do Estado, seguiam transitando com o imposto atrasado.

Até o último domingo (6/7), conforme levantamento da Receita Estadual, a inadimplência financeira do IPVA recuou para cerca de 10%, aproximadamente R$ 555 milhões. Já o índice de veículos com o imposto atrasado caiu para 14,7%, cerca de 594 mil automóveis. Os valores estão dentro da média histórica.

Sobre o IPVA

Quem deve pagar?

Proprietários de veículos fabricados a partir de 2006, exceto os isentos por lei.

Como pagar?

Basta apresentar a placa e o Renavam do veículo. Em alguns bancos, pode ser solicitado o CPF do proprietário. Também é possível quitar a taxa de licenciamento e eventuais multas junto com o IPVA.

Onde consultar o valor e gerar o QR Code?

No aplicativo IPVA RS, disponível na App Store e Google Play, ou no site da Sefaz.

Onde pagar?

Bancos: Banrisul, Bradesco (somente para correntistas), Sicredi, Sicoob e Banco do Brasil (somente para correntistas);

Lotéricas da Caixa Econômica Federal;

PIX: disponível em mais de 760 instituições financeiras.

Outras informações no site do IPVA RS.

Correio do Povo

Mega-Sena/Concurso 2887 (12/07/25)

 



Fonte: https://www.google.com/search?q=mega+sena&rlz=1C1CHNY_pt-BRBR1021BR1022&oq=mega+&aqs=chrome.0.35i39i512i650j69i57j0i131i433i512j0i67i512i650j0i131i433i512j69i60l3.2654j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8

Flávio Bolsonaro disse que “ninguém está feliz” com tarifaço de Trump

 Filho do ex-presidente ainda disse que o Brasil não tem capacidade de negociação com os EUA

Flávio Bolsonaro defendeu a anistia dos condenados pelo ataque de 8 de Janeiro como forma de evitar a taxação | Foto: Andressa Anholete / Agência Senado / CP


O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que "ninguém está feliz" com as tarifas de 50% impostas pelo presidente americano, Donald Trump, aos produtos brasileiros. Em entrevista concedida à Globo News nesta sexta-feira, 11, o filho do ex-presidente ainda disse que o Brasil não tem capacidade de negociação com os EUA e defendeu a anistia dos condenados pelo ataque de 8 de Janeiro como forma de evitar a taxação.


"Ninguém está feliz com o que está acontecendo com o Brasil não, eu estou aqui angustiado, preocupadíssimo. Eu estou mais preocupado ainda porque o presidente é o Lula", disse o político quando questionado se a imposição de tarifas a um país todo seria justa para beneficiar seus aliados.


O filho do ex-presidente admitiu que a medida dos EUA não é puramente comercial, mas também um modo de pressionar o Brasil. "A sanção que o Trump impõe não é meramente econômica, todos nós sabemos disso, ela tem, sim, um viés político, e tem um viés econômico, porque o Trump olha para a América do Sul e enxerga para onde o Lula está levando nosso País".


Na carta enviada em 9 de julho para comunicar as tarifas, Donald Trump afirmou que a forma como o Brasil tem "tratado" Bolsonaro é "uma desgraça internacional", e que o julgamento do ex-presidente "não deveria estar ocorrendo". O documento ainda classificou os pedidos de remoção de conteúdo de plataformas on-line expedidas pelo STF como "ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS".


Flávio Bolsonaro alega que a anistia e o fim da remoção de conteúdos em plataformas é um modo de evitar as taxas. "Temos pouco tempo para conseguir darmos uma solução antes que chegue o dia 1º de agosto (data em que as taxas entram em vigor). Porque eu não vejo nenhuma dificuldade para que o Trump passe essa taxação para 100%, 200% ou zere, ou coloque 200% mais a Lei Magnitsky, que punirá pessoas individualmente no Brasil", declarou.


O uso da Lei Magnitsky, dispositivo que permite que o governo dos Estados Unidos aplique punições a servidores públicos de outros países por violação aos direitos humanos, já era sugerido pelo deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que abandonou o mandato e se mudou para os EUA, onde pedia sanções contra o Supremo para o presidente Trump Flávio afirma que imaginava que os pedidos de seu irmão renderiam represálias para o ministro Alexandre de Moraes, mas se surpreendeu com a taxação de 50% sobre todos os produtos do País.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Como as tarifas de Trump podem afastar investimentos estrangeiros em países emergentes, como Brasil

 Desde a Grande Crise Financeira Global, países ricos têm avançado na direção de políticas de protecionismo como a adoção de tarifas

Trump taxou todos os produtos brasileiros em 50% a partir de 1º de agosto | Foto: BRENDAN SMIALOWSKI / AFP


A onda de protecionismo que tomou o comércio global por conta das tarifas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaça respingar em uma fonte importante de crescimento para os países emergentes: os investimentos estrangeiros diretos.

No Brasil, que foi taxado em 50%, a maior alíquota anunciada até então, esse pode ser o principal risco caso a tensão com Washington tome proporções ainda maiores.

Desde a Grande Crise Financeira Global, países ricos têm avançado na direção de políticas de protecionismo como a adoção de tarifas.

O número de novas restrições impostas por economias avançadas sobre importações de emergentes cresceu a uma média anual de 8% entre 2009 e 2023, segundo alerta o Banco Internacional de Compensações (BIS, na sigla em inglês), em seu mais recente relatório anual.

Já o total de produtos impactados saltou de cerca de 5% para 62% no período.

"À medida que o protecionismo comercial continua a aumentar, menos investimento estrangeiro direto fluirá das economias avançadas para as emergentes, reduzindo o potencial de crescimento desses países e piorando as perspectivas de convergência econômica entre esses dois mundos", alerta o BIS, considerado o pai dos bancos centrais, com sede em Basileia, na Suíça.

Nesta semana, os holofotes globais voltaram para o Brasil, com o presidente Trump taxando todos os produtos brasileiros em 50% a partir de 1º de agosto.

Embora os EUA ocupem a posição de segundo maior parceiro comercial do País, sua relevância em termos de balança comercial é pequena, de menos de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o que deve limitar os danos econômicos no País, segundo economistas. Na pior das hipóteses, pode tirar até 0,4 ponto porcentual do crescimento do Brasil, prevê o Goldman Sachs.

No entanto, o BIS alerta para o fato de que um maior protecionismo pode ter impacto sobre o investimento estrangeiro direto de países emergentes que, por sua vez, também seria uma outra fonte de risco para o avanço do PIB dessas economias.

Nações que receberam uma maior parcela de Investimento Estrangeiro Direto (IED) daquelas que adotam restrições comerciais em pelo menos 50% de suas importações experimentaram um crescimento médio mais lento, conforme o organismo.

"Tudo na economia está relacionado, então uma grande mudança fundamental nas políticas de comércio global certamente poderia afetar muitas outras variáveis, como o investimento estrangeiro direto", diz o co-chefe de títulos soberanos da América Latina da Fitch Ratings, Todd Martinez, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Para o economista-chefe do banco de investimentos UBS BB, Alexandre de Ázara, a principal preocupação quanto aos impactos da escalada de tensões entre os EUA e o Brasil são exatamente os Investimentos Diretos no País (IDP).

"Se o Brasil for taxado como "não-amigável" pelos EUA, o risco é claramente esse", avalia, em entrevista ao Estadão/Broadcast. Mas, apesar disso, ele não antevê um colapso no volume de IDP.

O Brasil teve ingresso líquido de mais de US$ 30 bilhões em investimento estrangeiro direto no acumulado deste ano até maio, uma queda de quase 1,90% ante o mesmo período de 2024.

O Banco Central espera entrada líquida de US$ 70 bilhões em IDP em 2025, o equivalente a 3,2% do PIB e abaixo dos mais de US$ 71 bilhões registrados no ano passado. O recorde foi em 2022, quando ingressaram US$ 74,6 bilhões no País.

Os americanos respondem por aproximadamente um quarto do total do investimento estrangeiro novo no Brasil. O País, ao lado de Espanha e Portugal, se destacou no apetite externo entre os anos de 2018 e 2024, mostra o Índice de Confiança de IDP do Citi.

"O Brasil sempre contou com fluxos robustos de IED apesar de muitos desafios de competitividade. E a atratividade do País vem do fato de ser um mercado interno muito grande, e isso não vai mudar como resultado da política comercial", avalia Martinez, da Fitch.

Pesquisa recente feita pelo Bank of America indica que as empresas não pretendem fazer um reforço em estratégias de reshoring, ou seja, trazer de volta operações aos seus países de origem, acima da tendência recente por conta das tarifas de Trump.

Por sua vez, pode haver mais nearshoring (comércio entre países mais próximos) ou friendshoring (centralização de negócios entre nações mais amigas).

"É aí que alguns países podem se beneficiar", diz o chefe de Pesquisa Econômica Global do Bank of America (BofA), Claudio Irigoyen, mencionando como exemplos o México e a Índia.

Para o ex-presidente do Federal Reserve (Fed) de Nova York William Dudley, ainda é muito cedo para fazer uma avaliação, porque ninguém sabe onde o regime tarifário dos EUA vai acabar.

Mas uma coisa é certa: as empresas vão diversificar suas fontes de produção em busca de mais flexibilidade para reagir aos surtos de protecionismo comercial, diz.

"Os investimentos têm uma vida útil que se estende por muitos anos. E quem sabe por quanto tempo essas tarifas realmente estarão em vigor?", questiona Dudley.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Mais de 10 mil vagas de emprego estão disponíveis no RS

 Cerca de 85% das oportunidades não exigem experiência prévia

As entrevistas de emprego são marcadas diretamente nas agências Fgtas/Sine | Foto: Correio do Povo


A partir de segunda-feira (14), as Agências Fgtas/Sine do RS, administradas pela Fgtas, oferecem 10.147 oportunidades de emprego. Desse total, 8.854 são permanentes, 1.200 temporárias, 61 para Jovem Aprendiz e 32 para estágio. Das ocupações disponibilizadas, 154 são exclusivas para pessoas com deficiência e 8.283 aceitam pessoas com deficiência.

Os trabalhadores interessados em se candidatar às oportunidades de emprego podem comparecer na unidade mais próxima com documento de identificação com CPF e foto ou acessar Portal Emprega Brasil ou CTPS Digital. A relação de endereços das unidades está disponível no site da Fgtas.

Do total das 10.147 oportunidades abertas, o setor econômico com mais vagas é o setor da indústria, com 38% das vagas. Em seguida estão os setores de serviços, com 27%, e comércio, com 22%. Ao todo, 85% não exigem experiência e 33% não exigem escolaridade. Ainda em relação à escolaridade, 22% das vagas exigem Ensino Fundamental completo e 21% exigem Ensino Fundamental incompleto. Quanto à remuneração, 64% das vagas variam de 1 a 1,5 salários mínimos.

As Agências Fgtas/Sine com os maiores números de oportunidades abertas no RS são: Nova Santa Rita (560), Erechim (479), Santa maria (336), Caxias do Sul (319) e Candelária (313).

Já as ocupações com os maiores números de vagas abertas são: alimentador de linha de produção (1.865), operador de caixa (558), auxiliar de logística (434), faxineiro (370), auxiliar no processamento de fumo (349), trabalhador polivalente da confecção de calça (298), servente de obras (265), auxiliar nos serviços de alimentação (233) e vendedor de comércio varejista (221).

Perfil das vagas abertas em POA e Região Metropolitana

Em Porto Alegre e Região Metropolitana, as agências da Fgtas possuem 3.107 vagas de trabalho, sendo 2.784 permanentes e 310 temporárias, 02 para Jovem Aprendiz e 11 estágios. Das ocupações disponibilizadas, 39 são exclusivas para pessoas com deficiência e 1.960 aceitam pessoas com deficiência.

O setor de serviços é o destaque, com 45% das oportunidades, seguido pela indústria com 27% e comércio com 18%. Com relação a experiência na função, 83% das vagas não exigem experiência e, com relação à escolaridade, 29% das vagas exigem Ensino Fundamental completo e 28% Ensino Médio completo. Quanto à remuneração, 64% variam de 1 a 1,5 salários mínimos.

As Agências com maior número de vagas são: Nova Santa Rita (560), Campo Bom (264), Sapiranga (263), Porto Alegre (233), Canoas (218) e São Leopoldo (216).

As ocupações com as maiores quantidades de vagas abertas são: alimentador de linha de produção (482), auxiliar de logística (399), faxineiro (132), auxiliar nos serviços de alimentação (115), trabalhador polivalente da confecção de calça (105), operador de caixa (98), ajudante de motorista (84), soldador (82), cozinheiro em geral (76) e vendedor de comércio varejista (66).

Correio do Povo

Rússia lança ataque com mais de 620 drones e mísseis contra Ucrânia e deixa 6 mortos

 A Força Aérea ucraniana afirmou ter derrubado mais da metade dos artefatos

Cidade de Lviv foi uma das atingidas pelo ataque russo | Foto: YURIY DYACHYSHYN / AFP


A Rússia lançou mais de 620 drones e mísseis contra a Ucrânia neste sábado (12), onde intensificou sua ofensiva nas últimas semanas, e deixou ao menos seis mortos e vários feridos longe da linha de frente, segundo as autoridades locais.

Toda semana, Moscou bate recordes no número de drones disparados contra a Ucrânia. "Vinte e seis mísseis de cruzeiro e 597 drones de ataque foram lançados, dos quais mais da metade eram drones 'Shahed' de fabricação iraniana", disse o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.

A Força Aérea ucraniana afirmou ter derrubado mais da metade desses artefatos, 25 mísseis e 319 drones.

Um míssil e cerca de vinte drones atingiram "cinco locais", informou a Força Aérea, sem fornecer mais detalhes.

No geral, o oeste da Ucrânia não costuma ser alvo de ataques russos, em comparação com as áreas leste e sul, onde os combates se concentram. Mas os bombardeios deste sábado deixaram pelo menos dois mortos e vinte feridos na cidade ocidental de Chernivtsi, segundo o presidente ucraniano.

Outras doze pessoas, incluindo um menino de 11 anos, ficaram feridas em Lviv, também no oeste, segundo a administração regional.

As autoridades da cidade de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, relataram três feridos; e as da região de Dnipropetrovsk, no centro do país, relataram duas mortes.

A Rússia também "lançou duas bombas aéreas guiadas contra casas de civis" na região nordeste de Sumy, e causou duas mortes, segundo a Promotoria local.

O Ministério da Defesa russo afirmou ter realizado um "ataque agrupado" contra "empresas do complexo militar-industrial ucraniano" em Lviv, Kharkiv e Lutsk, e contra um aeródromo militar.

"Todos os alvos designados foram destruídos", afirmou o ministério em um comunicado.

Na região russa de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, um drone atingiu um centro esportivo "onde havia aulas" no momento do ataque, disse o governador regional, Vyacheslav Gladkov, acrescentando que não houve vítimas.

Ele também disse que um homem morreu após outro ataque atingir uma casa na cidade de Shebekino.

Mais do que sinais

Neste sábado, Zelensky pediu a seus aliados que enviassem "mais do que sinais" para conter a Rússia, insistindo que "o ritmo dos bombardeios russos exige decisões rápidas e pode ser contido agora por meio de sanções".

O presidente pediu punição para aqueles "que ajudam a Rússia a produzir drones e lucrar com o petróleo", cujas exportações são cruciais para sua economia.

A União Europeia proibiu a importação de petróleo russo, mas continua comprando gás de Moscou.

Zelensky também instou seus aliados a reforçarem sua defesa aérea.

A Rússia realizou os bombardeios deste sábado depois que os Estados Unidos reafirmaram seu apoio à Ucrânia. Na quinta-feira, Zelensky confirmou que o presidente Donald Trump havia lhe comunicado "datas específicas" para a entrega de novas armas.

O presidente americano mencionou que poderia fazer "uma declaração importante sobre a Rússia" na segunda-feira, após se declarar "decepcionado" com seu homólogo russo, Vladimir Putin, com quem mantém contato desde seu retorno à Casa Branca em janeiro.

A Ucrânia e vários políticos americanos, também do lado de Trump, exigem que o presidente imponha novas sanções contra a Rússia, algo que ele rejeita, alegando querer dar uma chance aos canais diplomáticos.

As negociações para encerrar o conflito estão estagnadas: o Kremlin rejeita a ideia de um cessar-fogo, exige que a Ucrânia entregue quatro regiões parcialmente ocupadas e desista de aderir à Otan — condições inaceitáveis para Kiev.

AFP e Correiio do Povo

Trump joga uma bomba tarifária sobre o regime brasileiro, após Lula atacar o dólar


A questão vai muito além das tarifas de Trump. O antiamericanismo é quase instintivo na esquerda brasileira, especialmente no PT, de modo que a nova tarifa de 50% anunciada por Donald Trump não deve alterar o humor desse eleitorado. Na direita, o anúncio apenas reforça a percepção de que o Brasil vive um estado de exceção, no qual conservadores são sistematicamente perseguidos. Entre os chamados “isentões”, há quem culpe Lula e há quem culpe Bolsonaro pelo confronto com Washington. Em resumo, no curto prazo a agulha da política interna pouco se move.  

O cenário, porém, pode mudar rapidamente à medida que surgirem os efeitos econômicos — e eles vão muito além das tarifas. A maior potência econômica e militar do planeta passou a tratar o Brasil como país hostil, carente de credenciais democráticas mínimas.

Vídeo de Leandro Ruschel 


Saiba quais são os projetos do novo pacote protocolado por Eduardo Leite na Assembleia do RS

 Protocolo foi feito junto ao Parlamento gaúcho no final da tarde desta sexta-feira e a expectativa é que as propostas do Executivo possam ser votadas logo após o recesso



O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), protocolou, no final da tarde de sexta-feira, um pacote de 12 projetos na Assembleia Legislativa. Todos os textos estão em regime de urgência.

A definição para o envio dos textos ocorreu após uma reunião com a cúpula do Palácio Piratini, que incluía, além de Leite e do vice-governador Gabriel Souza (MDB), os secretários da Casa Civil, Artur Lemos; da Fazenda, Pricilla Santana; e da Reconstrução, Pedro Capeluppi. O procurador-geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, e o líder do governo, Frederico Antunes (PP), também estavam presentes.

O pacote prevê a volta da Secretaria da Mulher; regulamenta a gratificação pelo exercício de direção e de vice-direção de escolas da rede pública de ensino estadual; propõe a criação do Banrisul Cultural – que será presidido pela ex-secretária da Cultura, Bia Araújo – entre outras matérias.

Todos os projetos tramitam em regime de urgência. Ou seja, devem ser apreciados em, no máximo, 30 dias, ou passam a trancar a pauta do Legislativo.

Confira as propostas do Palácio Piratini

  • Secretaria da Mulher: o projeto recria a secretaria, estabelecendo suas competências e a necessidade de um secretário. Também propõe a criação de 29 novos cargos, entre cargos em comissão (CCs) e funções gratificadas, para compor a estrutura da nova secretaria.
  • Desenvolvimento Urbano e Metropolitano: em dois textos diferentes, o governo prevê um incremento de pessoal na Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano, sob a justificativa da extinção da Metroplan. Os projetos propõem a criação de 20 cargos em comissão (CCs) e a contratação, em caráter emergencial e temporário, de 36 servidores para o cargo de Fiscal de Transporte Metropolitano.
  • Tributos: uma das propostas prevê alterações no regime tributário do Estado, com incentivos fiscais para, pelo menos, quatro setores, entre eles: o de energia elétrica gerada a partir de fontes renováveis, envolvendo gás natural e hidrogênio verde; a termelétrica Pampa Sul e o setor de laticínios e proteínas do soro do leite. Também trata das alterações de mercadorias entre estabelecimentos do mesmo contribuinte, permitindo a transferência de crédito de ICMS. Um dos pontos da proposta visa atender compromissos firmados com a empresa CMPC para a construção de nova planta industrial de produção de celulose em Barra do Ribeiro. Os investimentos estão estimados em cerca de R$ 24 bilhões.
  • Alteração no Caixa Único: a proposta prevê mudanças no Sistema Integrado de Administração de Caixa (SIAC), conhecido como Caixa Único, centralizando as disponibilidades financeiras dos órgãos e fundos da Administração Direta e das entidades da Administração Indireta do Poder Executivo Estadual a serem geridos em conta bancária única, sob alçada da Secretaria da Fazenda. n Banrisul Cultural: autoriza a criação do Banrisul Instituto Cultural e Social, entidade que terá como objetivo fomentar a cultura e apoiar projetos sociais no Estado. O instituto deverá ter, no primeiro ano, R$ 10 milhões em investimentos para a recuperação e modernização de bibliotecas públicas. O instituto será administrado pelo Conselho de Administração, com número variável de membros não remunerados, e pela diretoria, composta por um presidente, não remunerado, e por número variável de diretores remunerados. Também terá um conselho fiscal composto por três membros titulares e três membros suplentes, remunerados.
  • Pequenos Estabelecimentos Rurais: a proposta determina mudanças no Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais com objetivo de ampliar o alcance do programa. Entre as alterações está a permissão para o fundo subvencionar operações de crédito para produtores enquadrados no Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), ao invés de apenas produtores de agricultura familiar. Cria também um comitê executivo para o programa.
  • Doação de imóveis: em três projetos diferentes, o governo propõe a doação de imóveis do Estado para os municípios de Canela, Espumoso e Viamão.
  • Mudanças na Sefaz: o governo propõe alteração na estrutura da Secretaria da Fazenda, em especial no quadro de servidores, com o objetivo de realocar e criar novos cargos. No total, o texto trata de 499 funções gratificadas (FGs) e cargos em comissão (CCs).
  • Passe Livre Estudantil: o projeto atualiza e cria fundo estadual para o Programa Passe Fácil Estudantil, que garante gratuidade no transporte coletivo intermunicipal. Para acesso ao programa, os beneficiários devem estar matriculados em instituições regulares de ensino e necessitar de transporte para o deslocamento entre a sua residência e a instituição de ensino. O texto “pretende desburocratizar o acesso ao programa e aumentar o número de estudantes contemplados”, segundo a justificativa.

Correio do Povo