Justiça do Trabalho suspende demissões de funcionário do Imesf

Medida atendeu ao pedido feito pelo MPT que exige o cumprimento de um TAC assinado em 2007

Por Eduardo Amaral

Justiça determinou recontratação dos funcionários do Imesf

Justiça determinou recontratação dos funcionários do Imesf | Foto: Guilherme Almeida / CPMemória

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O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (TRT4) suspendeu nesta segunda-feira a contratação de novos agentes para atender aos postos de saúde de Porto Alegre, e determinou a recontratação dos funcionários do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (Imesf) – de acordo com a interpretação do sindicato. A decisão foi proferida pelo juiz do trabalho substituto, Marcos Rafael Pereira Pizino Juiz, que atendeu ao pedido do Ministério Público do Trabalho estadual (MPT/RS), para que se cumprisse o que foi determinado em um Termo de Ajustamento de Conduta em 2007.

No primeiro parágrafo do TAC, fica determinado que o poder público não poderia demitir funcionários do Instituto enquanto a Justiça analisar o pedido de inconstitucionalidade da lei que criou o Imesf. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) acatou o pedido feito por sindicatos, mas foram interpostos embargos que ainda estão em análise. No entendimento do governo, não era necessário que a matéria transitasse em julgado, ou seja, que todos os recursos fossem analisados para começar o processo de demissões para novas contratações.

Com esse entendimento, amparado em uma liminar concedida pela própria Justiça do Trabalho, o governo iniciou as demissões e contratualizou com quatro entidades para garantir o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Foram contratadas as entidades filantrópicas Associação Hospitalar Vila Nova, Instituto de Cardiologia, Irmandade Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre e Sociedade Sulina Divina Providência. Elas estavam fazendo a contratação de  Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e de Combate às Endemias (ACE), que ocupariam 864 vagas criadas pelo governo e aprovadas na Câmara de Vereadores.

Agora, a nova decisão judicial impede essas contratações e obriga o governo a realocar os antigos funcionários em seus postos de trabalho, o que foi comemorado pelo Sindisaúde/RS. O presidente do Sindicato, Julio Jesien, classificou a decisão como uma amostra ao prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), a quem ele diz não ter feito nenhum movimento para impedir as demissões. “No dia 17 de setembro, o prefeitodisse que não havia mais nada a ser feito e nós estamos provando que tem muito a ser feito e que existiria, na época, várias possibilidades de seguir com os trabalhadores.”

Para Jesien, as demissões fazem parte de um desejo político de Marchezan. “A demissão é uma vontade política do governo, porque eles querem terceirizar a saúde de Porto Alegre.”

Já o governo municipal disse que ainda não foi notificado oficialmente sobre a decisão, proferida às 11h35min. A prefeitura se manifestará apenas após receber esta notificação.


Correio do Povo

Vereadores deixam Câmara de Gramado (RS) escoltados após tumulto em votação

Plenário rejeitou projetos que previam o asfaltamento da ERS 373 e a construção de uma escola infantil

Por Halder Ramos

Plenário rejeitou projetos que previam o asfaltamento da ERS 373 e a construção de uma escola infantil

Plenário rejeitou projetos que previam o asfaltamento da ERS 373 e a construção de uma escola infantil | Foto: Câmara de Vereadores de Gramado / Divulgação / CP

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Terminou em confusão a sessão da Câmara de Vereadores de Gramado na noite desta segunda-feira. Os vereadores de oposição rejeitaram dois projetos oriundos da Prefeitura de Gramado que buscavam autorização para contratar operação de crédito e para a venda de imóveis públicos. Os recursos arrecadados com o empréstimo e os negócios imobiliários seriam utilizados para obras de asfaltamento e pavimentação de estradas em diversas localidades, além da construção de uma escola de educação infantil.

Moradores dos bairros Várzea Grande, Serra Grande, Vale dos Pinheiros, Piratini e Prinstrop, que lotaram o plenário da Câmara para acompanhar a sessão, ficaram revoltados com a rejeição dos projetos por 5 a 4.  Votaram a favor os vereadores Everton Michaelsen (MDB), Manu da Costa (Republicanos), Professor Daniel (PT) e Renan Sartori (MDB) e contra os vereadores Ubiratã Alves, Luia Barbacovi, Rafael Ronsoni, Rosi Ecker Schmitt e Volnei da Saúde, todos do Progressistas.

Após a tumultuada votação, a população proferiu xingamentos contra os vereadores. O efetivo da Brigada Militar foi acionado para acalmar os ânimos e vereadores precisaram deixar o prédio da Câmara escoltados pelos PMs. O primeiro projeto rejeitado buscava autorização da Câmara para que a prefeitura pudesse alienar cinco terrenos públicos. Os bens estão avaliados em R$ 3,3 milhões e o valor da venda seria utilizado para o asfaltamento da ERS 373, entre as localidades de Várzea Grande e Serra Grande, no interior de Gramado, além da construção de uma creche.

Já o segundo projeto, solicitava autorização para que o Poder Executivo pudesse contratar operação de crédito com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) até o valor de R$ 35 milhões, no âmbito do programa Prodetur + Turismo, destinados às obras de infraestrutura. A contrapartida do município seria de 10% do investimento. A taxa nominal de juros da operação de crédito seria de 10,45% ao ano, incluída a remuneração básica de 1,3% ao ano para projetos de desenvolvimento integrado e o spread de risco de 1,3%. O prazo de pagamento da operação de crédito seria de até 12 anos, com tempo de carência de dois a três anos após a conclusão das obras.


Correio do Povo


POLÍCIA

Justiça do Rio condena Paty Bumbum e sócia a sete anos de prisão

Moro vê "problemas técnicos graves" para implementar juiz de garantias

Medida foi incluída no pacote anticrime contrariando o ministro da Justiça

| Foto: Heuler Andrey / AFP / CP Memória

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, afirmou nesta segunda-feira que é preciso resolver o que considera “problemas técnicos graves” na figura do juiz de garantias, medida incluída por deputados no pacote anticrime, de sua autoria, e mantida pelo presidente Jair Bolsonaro. “Muitas questões ficaram indefinidas. É indicativo de que faltou debate, apesar de a Câmara ter sido alertada”, afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo.

“Espero que o STF (Supremo Tribunal Federal) ou o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) possam corrigir esses problemas”, acrescentou. A inserção do juiz de garantias, medida apelidada de “anti-Moro”, foi um dos reveses que ele sofreu no primeiro ano como ministro.

Na lista, estão ainda a transferência do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para a pasta da Economia e derrotas no projeto sobre abuso de autoridade. Para Moro, isso faz parte do processo político. “Sempre que se envia um projeto de lei, há a possibilidade de que seja rejeitado total ou em parte.”

Nos seus planos para 2020, Moro pretende usar o capital político de ministro mais popular do governo Bolsonaro e reverter no Congresso a decisão do Supremo de vetar a prisão de condenados em segunda instância. “Queremos ajudar o parlamento, no que for possível, a restabelecer a execução criminal a partir da condenação em segunda instância”, disse o ministro.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo


ECONOMIA

Patrões não poderão deduzir gastos com empregados domésticos no IR

A Receita Federal permitia a dedução de gastos de até 1200,32 reais com o pagamento de INSS até o ano passado

MUNDO

Irã insiste não ter acobertado sua culpa por queda de avião

Governo iraniano alega não ter mentido e se vê diante de reação internacional contra a repressão a protestos no país

POLÍTICA

Hélio Negão é o favorito para comandar ‘Aliança pelo Brasil’ no Rio

Deputado federal amigo de Jair Bolsonaro comanda grupo que iniciará coleta de assinaturas, no próximo dia 16, para o partido do presidente

FUTEBOL

Suspenso pelo São Paulo, goleiro Jean acerta com o Atlético-GO

'O ser humano precisa de oportunidades', justificou presidente do clube sobre a chegada do atleta acusado de agressão à esposa

CIÊNCIA

VEJA na Antártica: a chegada ao extremo, com vento, gelo e baleias

No verão antártico, o ambiente mais inóspito do planeta mantém temperaturas amenas e permite a chegada ao gélido continente

Arte&Agenda: Entrevista com Thedy Corrêa e Carlos Stein

Luiz Gonzaga Lopes conversa sobre o banda "Nenhum de nós" e parcerias. Para ouvir a entrevista completa em formato de podcast acesse: http://tinyurl.com/sg8zpuh Leia mais notícias ► http://correiodopovo.com.br/ Facebook ► https://www.facebook.com/correiodopovo Twitter ► https://twitter.com/correio_dopovo Instagram ► https://instagram.com/correiodopovo/ #Música #Rock

Governo "contribuiu" ao tirar Moro da Lava Jato, diz Gilmar Mendes

Ministro disse que saída de juiz federal ajudou a recuperar a "normalidade" do país

Ministro disse que saída de juiz federal ajudou a recuperar a

Ministro disse que saída de juiz federal ajudou a recuperar a "normalidade" do país | Foto: Nelson Jr. / SCO / STF / Divulgação / CP

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o presidente Jair Bolsonaro deu uma "contribuição importante" ao Brasil ao oferecer o ministério da Justiça e da Segurança Pública ao então juiz federal Sérgio Moro e, assim, afastá-lo da Operação Lava Jato. Para o ministro, a saída de Moro de Curitiba ajudou a retornar a "normalidade" ao País.

"Uma contribuição importante - tendo em vista inclusive as revelações que estão aí - que o governo Bolsonaro deu ao sistema político institucional brasileiro foi ter tirado o (Sérgio) Moro da Lava Jato", disse Gilmar. A opinião foi dada durante entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT, veiculada na noite de domingo passado. O ministro disse que ida de Moro para o governo Bolsonaro poderia validar acusações de suspeição do então juiz federal para os casos denunciados pela operação, como os que pesam contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. "Não sei se foi uma boa opção para o Moro, inclusive deste ponto de vista da insuspeição, da imparcialidade. Ter prendido o principal adversário do presidente da República, do candidato a presidente da República, e vir servir a esse governo. Colegas acadêmicos mundo afora fazem esse tipo de pergunta", afirmou.

O ministro disse ser "inevitável" que as supostas conversas vazadas, entre promotores da Lava Jato e Moro, devam ser usadas no processo que avaliará a suspeição do atual ministro, a ser analisado pelo Supremo ainda neste semestre. O ministro destacou ainda que as discussões, na avaliação dele, deverão passar pelo fato de as provas serem licitas ou não. Ainda assim, Gilmar criticou o conteúdo das mensagens entre Moro e os promotores. "Tenho a impressão de que havia um voluntarismo, um propósito até positivo de combate à criminalidade, eventualmente a qualquer preço. Eu já disse que pode até não ter grandes talentos jurídicos na Lava Jato, mas eles têm grande talento de mídia, de marketing".

O ministro, entretanto, afirmou que o recurso que questionava a parcialidade de Moro em processos como o do ex-presidente Lula já havia sido apresentado ao STF antes de o site The Intercept Brasil começar a divulgar o conteúdo das mensagens. Ele defendeu ainda o entendimento de que réus delatados devem ser ouvidos após seus delatores, o que também afeta a Lava Jato.


Agência Estado e Correio do Povo


ENTRETENIMENTO

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PATRÍCIA SOUZA

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GRÊMIO

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PITLANE

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Petrobras anuncia queda de 3% para a gasolina e para o diesel a partir do dia 14

Medida ocorre após o recuo das tensões entre os Estados Unidos e o Irã

A Petrobras anunciou queda do preço da gasolina e do diesel, puxada pela redução do preço do petróleo no mercado internacional

A Petrobras anunciou queda do preço da gasolina e do diesel, puxada pela redução do preço do petróleo no mercado internacional | Foto: Yasuyoshi Chiba / AFP/ CP

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A Petrobras anunciou queda do preço da gasolina e do diesel, puxada pela redução do preço do petróleo no mercado internacional desde a semana passada, com o recuo das tensões entre os Estados Unidos e o Irã. Segundo a Petrobras, o valor da gasolina será reduzido em 3% a partir da terça-feira, 14, nas refinarias da estatal, mesmo porcentual que será aplicado ao diesel.

De acordo com fontes ouvidas pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o litro do diesel S500 ficou R$ 0,061 mais barato, em média, e o do diesel S10, R$ 0,0808.

A Petrobras tem reiterado que sua política de preços para a gasolina e o diesel segue o princípio da paridade de importação, formada pela cotação internacional dos produtos mais os custos de importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio.

O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos depende de diversos fatores, como impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.


Agência Estado e Correio do Povo


TRÂNSITO

Mãe fica ferida e filha morre em atropelamento na zona Sul de Porto Alegre

CÂMBIO

Com dia de forte alta no Brasil, dólar sobe para R$ 4,14

GERAL

Governo manda cervejaria investigada recolher toda produção desde outubro

Trabalhador morre após cair do 13º andar de prédio do bairro Petrópolis, em Porto Alegre

Homem estava instalando uma rede de proteção na janela quando ocorreu o acidente, nesta segunda-feira

Homem estava instalando uma rede de proteção na janela quando ocorreu o acidente, nesta segunda-feira

Homem estava instalando uma rede de proteção na janela quando ocorreu o acidente, nesta segunda-feira | Foto: Brigada Militar / Divulgação / CP

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Um homem, 37 anos, morreu ao cair do 13º andar de um edifício residencial, por volta das 16h desta segunda-feira, no bairro Petrópolis, zona Leste de Porto Alegre. Conforme a Brigada Militar, o incidente aconteceu na rua João Abbott. A vítima possuía uma empresa de instalações e reparos de redes de proteção. Ele estava justamente efetuando reparos em uma rede de proteção da janela de um dos apartamentos do 13º andar, quando escorregou e caiu. Ele veio a óbito na hora.

Ainda segundo a Brigada Militar, a vítima não estava utilizando Equipamento de Proteção Individual (EPI). O local foi isolado até a chegada da Polícia Civil e do Instituto-Geral de Perícias (IGP). O caso está sendo tratado como acidente de trabalho seguido de morte. O assistente e enteado da vítima informou aos policiais que o EPI teria ficado no carro. Ele foi conduzido à DP para prestar depoimento como testemunha do acidente.


Correio do Povo

Carros&Motos: Test Drive do Nissan Kicks

Renato Rossi avalia o recente modelo do crossover da Nissan. Leia mais notícias ► http://correiodopovo.com.br/ Facebook ► https://www.facebook.com/correiodopovo Twitter ► https://twitter.com/correio_dopovo Instagram ► https://instagram.com/correiodopovo/ #Nissan #Kicks

Terça-feira será de muito calor no RS

Máxima em Porto Alegre deve chegar aos 36°C

Máxima na Capital deve chegar aos 36°C

Máxima na Capital deve chegar aos 36°C | Foto: Alina Souza / CP Memória

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Mais uma vez, o sol predomina no Rio Grande do Sul nesta terça-feira. Será um dia muito quente, com mínimas mais altas na comparação com a segunda feira, especialmente em Porto Alegre e região metropolitana.

De acordo com a MetSul Meteorologia, o ingresso de umidade pelo norte da Argentina favorece chuva de verão, especialmente no Oeste. As pancadas devem ser isoladas, mas com alto volume e risco de temporais. Na maioria das cidades gaúchas, a chuva só chega à noite.

Assim, as cidades gaúchas seguem sofrendo com a estiagem. De acordo com um boletim publicado pela Defesa Civil, 44 municípios seguem com os efeitos das faltas de chuvas. Para amenizar a situação, a Defesa Civil distribuiu reservatórios móveis às comunidades mais afetadas.

Em Porto Alegre, sol aparece entre nuvens. Na Capital, mínima será de 19°C, e máxima deve chegar aos 36°C.

Míinimas e máximas no RS

São Miguel 22°C / 34°C
Santa Cruz 19°C / 37°C
Santa Maria 19°C / 34°C
Pelotas 19°C / 34°C
Alegrete 22°C / 35°C
Uruguaiana 24°C / 34°C


MetSul Meteorologia e Correio do Povo


LITORAL

Número de salvamentos aumenta em comparação com verão passado

Depois do Magistério, base abre divergência sobre projeto que altera previdência dos militares

Emenda vai ser apresentada para igualar taxação de civis chegando a 22%

Por Lucas Rivas / Rádio Guaíba

Semana é decisiva para obtenção de votos a favor

Semana é decisiva para obtenção de votos a favor | Foto: Ricardo Giusti / CP Memória

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Governo estadual e base aliada seguem discutindo, ponto a ponto, as matérias que fazem parte do pacote de reformas até consolidarem a margem necessária de votos para a aprovação dos textos na Assembleia Legislativa. Novos encontros serão realizados para dirimir polêmicas, entre esta terça e a quinta-feira. Além da proposta do Magistério, o Projeto de Lei Complementar (PLC) 504, que altera a previdência dos servidores militares, também rachou a base governista.

Assim como o texto que revisou a contribuição previdenciária dos servidores civis, a proposta elaborada pelo Executivo para os militares também vai receber emendas prevendo taxação entre 7,5% a 22%, dependendo da faixa salarial. Hoje, são isentos os policiais militares ou bombeiros que recebem até o teto do INSS, que é de R$ 5,8 mil. Já os demais, assim como os ativos, são taxados em 14%, indiferente da faixa salarial.

A fim de buscar uma isonomia entre as categorias – civis e militares, a Secretaria da Fazenda defendeu, nesta segunda-feira, o mesmo regime para policiais do RS. “Do ponto de vista da alíquota de contribuição, nós entendemos que deve vigorar o mesmo caráter contributivo entre os civis e os militares. Os dois projetos foram enviados com o sistema de alíquotas – 14%, 16% e 18%. O projeto está na Assembleia e cabe e ela decidir. Mas a gente entende que se foi alterado para um, que seja alterado para outro também”, disse o secretário Marco Aurelio Cardoso.

Um dos impasses envolve o índice definido pelo Congresso Nacional. Em âmbito federal, foi estabelecido que a alíquota de contribuição de militares ativos e inativos passa dos atuais 7,5% para, no máximo, 10,5%. Além do PSL, que conta com três cadeiras, deputados do MDB, maior bancada com oito assentos, levantaram questionamentos sobre a legalidade de o Estado extrapolar o limite definido pela União. Por se tratar de um PLC, é necessária maioria absoluta, ou seja, 28 votos em plenário. Na quinta-feira, a base governista bate o martelo referente aos projetos que serão votados, durante as extraordinárias, previstas para o fim de janeiro.

Para o líder da bancada do PSL, deputado estadual Tenente Coronel Zucco, caso o índice seja elevado acima de 10,5%, pode haver uma enxurrada de processos contra o Estado. “Nós temos um entendimento de que PLC 504 pode ser, sim, inconstitucional. Neste tocante, nós não queremos que haja milhares de ações judiciais e de futuros precatórios, para que o Estado fique pagando conta de governos passados. Eu, como líder da bancada do PSL sou contra a votação deste projeto, neste momento”, adverte.

Sem entrar no mérito da questão, Zucco entende que o Supremo Tribunal Federal (STF) deve ser consultado para avalizar ou não a medida defendida pelo Piratini. Além disso, ele pretende apresentar uma tabela alternativa de contribuição para os militares até, no máximo, a segunda-feira que vem. O parlamentar defende uma revisão na contribuição da categoria, mas não igual à definida para os civis. O deputado ressalta que os militares põem a vida em risco e nunca fazem greve, por exemplo.

Com a fissura aberta na base, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) vem dialogando com os aliados e defendendo a tese de que a inconstitucionalidade ocorreu quando o Palácio do Planalto chancelou o projeto do Congresso. A PGE entende que o Pacto Federativo foi “violado” quando o governo federal impôs o limite de 10,5%. O Rio Grande do Sul conta hoje com 46,8 mil vínculos de servidores militares.


Correio do Povo


PODCAST MATRIZ

O governo Leite tem os votos para aprovar o pacote em janeiro?