Confira como sair do vermelho em tempo de crise econômica

por MARTHA IMENES

7oqffe9wf33z1lnjewyg0qx2v.jpgConfira como economizar

Especialistas orientam procurar os credores para trocar dívida com juros altos por uma com taxas mais baixas
Rio -  Os gastos mensais aumentaram, as contas não pararam de chegar e o orçamento doméstico, assim como o limite do cheque especial, está no vermelho. E agora, como como reequilibrar tudo isso? Não se desespere, sair desta situação é possível. Especialistas ouvidos pelo DIA orientam quem está com a corda no pescoço a trocar uma dívida mais cara, como a do limite do banco, que cobra juros de 13% ao mês, em média, por outra mais barata, como o consignado (2,14% ao mês) ou o penhor (2,10%).

Mas, orientam, antes de tomar qualquer tipo de empréstimo é preciso fazer levantamento de quanto está devendo na praça. A saída é tentar negociar, em alguns é possível reduzir até 70% do valor da dívida.
“O primeiro passo para sair do vermelho é fazer diagnóstico preciso da situação financeira. Não tenha medo: para se livrar das dívidas é importante saber a dimensão do problema. Coloque no papel quanto você deve, há quanto tempo e para quem”, orienta Melissa Gonçalves Giglio, gerente regional da Superintendência Rio da Caixa Econômica Federal.

“Abrir o jogo com os familiares sobre a real situação financeira, cortar excessos e trocar o crédito caro por um mais barato são outras medidas que o endividado deve tomar”, acrescenta o especialista em Finanças do Ibmec e da Fundação D. Cabral, professor Gilberto Braga.

Negociação com o credor

De acordo com os especialistas é importante buscar os credores para renegociar as dívida. Outra dica é listar todas receitas — como salário, dinheiro extra, ajuda de familiares —, e depois, veja quais são as despesas fixas e as essenciais que a família tem, como aluguel, luz, gás, etc.

Por fim, anote outras despesas, como roupas, viagens e lazer. Com estas informações em mãos, é possível analisar onde é possível cortar gastos para quitar as dívidas e voltar para o azul.

Mais um ponto fundamental para garantir a saída da situação de inadimplência e endividamento é não fazer novas dívidas. “Esse é o momento de reorganização da vida financeira e fazer dívidas é realimentar um ciclo negativo”, diz Marcellus Amorim, especialista em Direito do Consumidor.
“Outra sugestão é pedir o cancelamento do cartão de crédito e cheque especial até que consiga se equilibrar nas finanças. “Evita tentações”, diz Amorim.

Bancos dão desconto de até 70% para quitar débito

Quem está com a conta no vermelho deve buscar acordo com os credores para saldar débitos, principalmente com instituições financeiras, orienta Sonia Amaro, coordenadora da Proteste Associação Brasileira de Defesa do Consumidor.

Ao negociar, aponta, é possível fazer o valor do débito cair, em média, para menos da metade da dívida com redução de juros, revisão de cobranças em excesso e portabilidade de crédito. Em alguns casos, os bancos dão descontos de até 70% para a quitação total da dívida.

“A troca de um banco por outro que oferece juros mais baixos faz a dívida cair consideravelmente”, afirma Sonia, referindo-se à portabilidade.

Para ter sucesso na empreitada, ela diz que a primeira medida é analisar a real situação do orçamento e das contas pendentes para que se possa fazer ao banco ou empresa credora uma proposta que deverá ser cumprida.

“Entre em contato direto com os credores, negocie melhores condições de pagamento, combine o número de parcelas, qual será o dia de vencimento, juros e correção incidentes sobre o principal e seja pontual na quitação”, orienta a coordenadora da Proteste.  

Fonte: O Dia Online - 02/07/2017 e SOS Consumidor


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Como comprar tráfego para promover programas de afiliados


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Quem é Lúcio Funaro, operador de Cunha e pivô da prisão de Geddel

Doleiro ganhou notoriedade no escândalo do mensalão, em 2005, mas tem em seu currículo citações em diversos casos de corrupção do país

Por: Fábio Schaffner


Quem é Lúcio Funaro, operador de Cunha e pivô da prisão de Geddel Ver Descrição/Ver Descrição

Foto: Ver Descrição / Ver Descrição

Tido como gênio na operação do mercado de valores e irascível no trato pessoal, Lúcio Bolonha Funaro é um velho personagem das manobras obscuras praticadas em Brasília. Foi com base em depoimentos e documentos apresentados pelo doleiro que a Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira (3) o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Funaro ganhou os holofotes no mensalão, em 2005, mas já havia sido investigado no escândalo do Banestado, em 2003. Delatou um esquema de venda de sentenças judiciais na Operação Themis, em 2007, e foi preso na Satiagraha, em 2008.

Leia mais:
Ex-ministro Geddel Vieira Lima é preso pela Polícia Federal
Da Cui Bono à prisão, quais são as suspeitas que cercam Geddel
O que delatores disseram sobre Geddel Vieira Lima, preso pela PF

A relação com Cunha

Funaro conheceu Eduardo Cunha nos anos 90. A relação se estreitou com o passar dos anos e, conforme Cunha ganhava poder, o operador ampliava seu leque de atuação.

Em parceria com Cunha, Funaro se aproximou de alguns dos maiores empresários do país, ao mesmo tempo em que estabelecia amizade com expoentes do PMDB.

Ameaças e intimidação

Empresários e executivos que se tornaram delatores da Lava-Jato são pródigos em afirmar a forma ostensiva e destemperada como Funaro cobrava propina.

O empresário Milton Schahin disse ter ouvido de Funaro: "Você está com câncer, né? Pois vou comer seu fígado com câncer e tudo". Já Fábio Cleto relatou que Funaro ameaçou colocar fogo em sua casa, com os filhos dentro.

Preso desde julho de 2016, Funaro foi classificado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, como "um dos grandes operadores da organização criminosa investigada na Operação Lava-Jato".

Os indícios do que pode contar

Da cadeia, Funaro enviava recados. Em setembro do ano passado, 80 dias após ser preso, disse que aguentaria dois anos no presídio da Papuda, em Brasília, onde está recolhido.

Em ensaio para delação premiada, disse à PF ter pago R$ 20 milhões a Geddel Vieira Lima e que o presidente Michel Temer destinou dinheiro de propina obtida na Caixa às campanha presidencial de 2014 e de Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo em 2012.

Funaro também disse ter ouvido de Eduardo Cunha que Temer sabia do repasse de propina ao PMDB por contratos entre a Petrobras e a Odebrecht. As declarações foram anexadas ao inquérito que investiga Temer no STF.


Zero Hora

Delator da Carne Fraca dirá que esquema beneficiou todos os deputados federais do PMDB-PR

Rafael Moro Martins

Colaboração para o UOL, em Curitiba

Arte UOL

  • A partir da esq., Osmar Serraglio, Sérgio Souza, Hermes Parcianello e João Arruda, que formam a bancada de deputados federais do PMDB do Paraná

    A partir da esq., Osmar Serraglio, Sérgio Souza, Hermes Parcianello e João Arruda, que formam a bancada de deputados federais do PMDB do Paraná

Em busca de um acordo de delação premiada, o ex-superintendente do Ministério da Agricultura no Paraná Daniel Gonçalves Filho disse à PGR (Procuradoria-Geral da República) que o esquema de corrupção investigado pela Operação Carne Fraca abasteceu campanhas eleitorais dos deputados federais Osmar Serraglio, Hermes Parcianello, João Arruda e Sergio Souza, todos do PMDB. Eles negam ter cometido alguma irregularidade (leia mais abaixo).

Os quatro assinam um documento, datado de abril de 2015, em que pedem à então ministra da Agricultura, Kátia Abreu (PMDB-TO), que nomeie Gonçalves Filho para a superintendência.

O pedido foi atendido, e o homem que é apontado pelo juiz federal Marcos Josegrei da Silva, responsável pelos processos da Carne Fraca, como "líder e principal articulador do bando criminoso", voltou em junho daquele ano ao cargo que já ocupara entre 2007 e 2014.

Serraglio, Parcianello, Arruda e Souza compõem toda a bancada do PMDB paranaense na Câmara. Rodrigo da Rocha Loures, suplente de deputado que herdou um assento quando Serraglio foi ministro da Justiça e hoje cumpre restrições judiciais por conta da delação de executivos da JBS, não é citado na proposta de delação de Gonçalves Filho.

Desencadeada em março, a Operação Carne Fraca foi apresentada pela PF (Polícia Federal) como a maior investigação de sua história. Trata-se de uma investigação de corrupção de fiscais agropecuários que atuam em frigoríficos, atingindo inclusive empresas de grande porte como JBS e BRF.

Na decisão judicial que autorizou a operação, o juiz Marcos Josegrei da Silva cita transcrição de conversa telefônica em que Osmar Serraglio, ex-ministro da Justiça de Temer, chama Gonçalves Filho de "grande chefe". Para o magistrado --que, na decisão, registrou não haver à época indícios de crime pelo político--, o ex-superintendente, agora candidato a delator, é o "líder e principal articulador do bando criminoso" investigado pela Carne Fraca.

Secs

Daniel Gonçalves Filho negocia acordo de delação premiada

Visitas da PGR

Preso na carceragem da PF em Curitiba desde o início da Carne Fraca, em meados de março, Gonçalves Filho recebe visitas mensais de um procurador enviado de Brasília por Rodrigo Janot para tratar da proposta de colaboração com a Justiça. Isso ocorre porque há políticos com foro privilegiado entre os alvos da delação.

O UOL apurou que Gonçalves Filho entregou à PGR documentos que embasam as acusações que faz contra os quatro deputados federais.

Um ex-deputado, Moacir Micheletto (PMDB-PR), morto num acidente de carro em 2012, também é mencionado na colaboração --e pelo mesmo motivo.

Em comum, Serraglio, Souza e Parcianello --mais conhecido, no Paraná, pelo apelido de "Frangão", que adotou-- têm, além do partido e da origem, o fato de pertencerem à bancada ruralista. Souza, que foi suplente da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, no Senado --assumindo a cadeira quando ela foi ministra de Dilma Rousseff--, é o atual presidente da Comissão de Agricultura da Câmara. Micheletto também era ativo defensor do agronegócio em Brasília. João Arruda, que não tem ligações óbvias com o ruralismo, é sobrinho do senador e ex-governador Roberto Requião.

A proposta de delação de Gonçalves Filho está avançada. O acordo com a PGR deve ser assinado nos próximos dias. Em seguida, será encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal).

Lá, o relator da Carne Fraca na corte, o ministro Dias Toffoli, será o responsável por homologá-la. A defesa do ex-superintendente é comandada pelo advogado Adriano Bretas, que também é responsável pela delação do ex-ministro Antonio Palocci.

Quem é o delator

Daniel Gonçalves Filho foi, por quase dez anos, o homem forte do Ministério da Agricultura no Paraná --e, assim, da fiscalização sanitária federal no Estado que é o maior produtor e exportador brasileiro de frangos e o terceiro de suínos.

Na operação Carne Fraca, o MPF (Ministério Público Federal) o acusa de crimes como organização criminosa, corrupção passiva privilegiada, prevaricação (agir contra sua função para para satisfazer interesse pessoal), concussão (exigir vantagem indevida) e violação de sigilo profissional.

Para o MPF, as investigações mostraram que "o esquema no Paraná era comandado por Daniel Gonçalves Filho e pela chefe do Setor de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sipoa/PR), Maria do Rocio Nascimento, que trabalhavam em Curitiba". "Outros fiscais agropecuários participavam das irregularidades e mantinham contato direto com a dupla que liderava a quadrilha. Da mesma forma, representantes das empresas envolvidas atuavam de tal forma a manter o funcionamento do esquema criminoso."

Quando a operação foi deflagrada, veio à tona uma conversa telefônica em que Serraglio chama Gonçalves Filho de "grande chefe".

Pedro Ladeira/Folhapress

Unidade da Seara em Lapa (PR) foi citada na operação Carne Fraca

No telefonema, o deputado faz perguntas ao superintendente a respeito de uma operação de fiscais num frigorífico de Iporã (620 km a noroeste de Curitiba, e próxima a Umuarama, cidade em que o peemedebista, gaúcho, construiu carreira política). 

Após a gravação vir à tona, Kátia Abreu disse ter sido pressionada por Osmar Serraglio e Sergio Souza, em 2016, por conta de uma investigação interna do Ministério da Agricultura.

Enquanto isso, os processos judiciais derivados da operação começam a caminhar na Justiça.

O juiz Josegrei já começou a marcar audiências num deles, para que testemunhas sejam ouvidas a partir do próximo dia 5. Só nesta ação, são 50 testemunhas de defesa e duas de acusação.

Ao todo, os 57 réus da Carne Fraca indicaram 610 pessoas para testemunharem a favor deles. Já o MPF quer ouvir 17 testemunhos.

Rodrigo Félix - 17.mar.2017/Futura Press/Estadão Conteúdo

Material apreendido pela Polícia Federal na Operação Carne Fraca

Outro lado

A reportagem procurou todos os quatro deputados citados na delação de Gonçalves Filho. Por meio nota, o deputado João Arruda disse que: "É com surpresa que recebo a informação que fui citado em possível acordo de delação do ex-superintendente do Ministério da Agricultura. Porém, tenho tranquilidade para afirmar que não participei de qualquer esquema ilícito. Espero que as autoridades competentes apurem com rigor as acusações".

"Todos os recursos para a campanha eleitoral de 2014 foram rigorosamente declarados na prestação de contas, aprovadas pela Justiça Eleitoral", disse Hermes Parcianello, via sua assessoria de imprensa.

"O que recebi é oficial, declarado", afirmou apenas, também por meio de sua assessoria de imprensa, Osmar Serraglio.

Na sexta-feira (30/6), o UOL procurou a assessoria do deputado Sergio Souza para que se pronunciasse sobre as acusações. Nesta segunda (3), a reportagem cobrou as respostas. A assessoria do deputado confirmou ter recebido o pedido às 9h35, mas até a publicação deste material, Souza não havia se pronunciado.


UOL Notícias

Contabilidade do governo aponta falta de votos para vencer denúncia

Eduardo Anizelli/Folhapress

BRASILIA, DF, BRASIL, 27-06-2017, 15h30: O Presidente Michel Temer, faz discurso acompanhado de Deputados Federais, no Palacio do Planalto, em Brasilia. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress, PODER)

O presidente Michel Temer em pronunciamento

BRUNO BOGHOSSIAN
GUSTAVO URIBE
DANIEL CARVALHO
DE BRASÍLIA


Contas preliminares feitas pelos articuladores de Michel Temer na Câmara apontam que o governo ainda não tem os votos necessários para derrotar na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) a denúncia de corrupção feita contra o presidente.

Mapas de votação feitos por líderes governistas mostram que o governo tem assegurados apenas 30 votos a favor de Temer entre os 66 integrantes da comissão. Há 21 indecisos que têm demonstrado insatisfação com o Planalto e ameaçam se posicionar contra o presidente.

Temer precisa de 34 votos para garantir que a CCJ recomende o arquivamento da denúncia, que depois ainda precisará ser votada em plenário. A meta é ter pelo menos 40 votos, o que daria uma margem de segurança para obter um relatório favorável contra a denúncia.

Partindo de um placar já desfavorável, auxiliares do presidente acreditam que a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que foi braço-direito de Temer no governo, pode dificultar o trabalho de convencimento dos deputados indecisos.

Aliados do presidente argumentam que a prisão não tem relação com os fatos narrados na denúncia, mas dizem acreditar que o episódio pode contaminar os debates na CCJ e no plenário da Câmara.

"A prisão logicamente traz mais uma instabilidade política, mais turbulência naquilo que a oposição deverá fazer durante toda a semana", disse o líder do governo no Congresso, André Moura (PSC-SE). "Não podemos permitir que fatores externos possam ser utilizados na tentativa de trazer um tumulto ainda maior."

Editoria de Arte/Folhapress

Placar da ação contra Temer na Câmara

Em sua linha de defesa política, o governo vai tentar classificar a prisão de Geddel como parte da ação do Ministério Público para tentar derrubar o governo. Nesta terça-feira (4), o presidente deve gravar um novo vídeo para as redes sociais defendendo sua permanência no cargo.

Auxiliares de Temer dizem que seu advogado, Antonio Claudio Mariz de Oliveira, apresentará a defesa técnica do presidente nesta quarta (5). A votação na CCJ deve ocorrer na semana que vem.

INDECISOS

O mapa de votos dos líderes governistas revela que há risco significativo de traição a Temer nos partidos da base aliada, que detêm cargos no governo.

Ao menos 5 dos 7 integrantes da CCJ indicados pelo PSDB, que comanda quatro ministérios, devem votar contra Temer.

Segundo aliados do presidente, também há um número expressivo de deputados considerados indecisos no PR, que tem cinco vagas na comissão, e no PRB, que tem direito a três votos.

Os articuladores políticos do Planalto atribuem esse cenário a uma insatisfação de parte da base de Temer com nomeações não atendidas e emendas parlamentares com pagamento atrasado.

A ideia é que o presidente se reúna pessoalmente com aqueles deputados que o Planalto identifica com tendência de voto favorável.

Os ministros da área política também participarão da ofensiva. Na semana passada, o presidente prorrogou prazo de pagamento de emendas parlamentares impositivas referentes ao exercício financeiro de 2015.

A incerteza do governo quanto aos desdobramentos das votações da denúncia contra Temer são amplificadas pela falta de alinhamento entre o Planalto e o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG). Ele será o responsável pela escolha do relator do caso, que deve ser anunciado nesta terça (4).

Aparecem como cotados a assumir a relatoria os deputados Sérgio Zveiter (PMDB-RJ) e Evandro Gussi (PV-SP).


Folha de S. Paulo

Coreia do Norte testa míssil que pode atingir "qualquer lugar do mundo"

Do UOL, em São Paulo

KCNA via Reutesr

  • Agência oficial norte-coreana KCNA divulga foto do lançamento do míssil balístico intercontinental Hwasong-14

    Agência oficial norte-coreana KCNA divulga foto do lançamento do míssil balístico intercontinental Hwasong-14

A Coreia do Norte realizou nesta terça-feira, 4, um novo teste com mísseis balísticos, disparando pelo menos um projétil em direção ao Mar do Japão (chamado de "Mar do Leste" nas duas Coreias).

De acordo com a CNN, que cita fontes norte-coreanas, o míssil seria capaz de atingir "qualquer lugar do mundo". O teste aconteceu por volta das 9h40 (21h40 de segunda-feira em Brasília) na província de Pyongan do Norte.

O lançamento foi realizado da base aérea de Panghyon, onde no último dia 12 o exército da Coreia do Norte testou seu novo míssil, o Pukguksong-2, com alcance estimado de 3 mil quilômetros.

O porta-voz do governo do Japão, Yoshihide Suga, disse em entrevista coletiva que acredita que o projétil caiu nas águas da Zona Econômica Especial, que abrange uma área de 200 quilômetros além da costa do país.

O teste balístico norte-coreano, o primeiro desde 8 de junho, quando Pyongyang disparou um míssil de cruzeiro, ocorre logo depois de o novo presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terem se reunido em Washington para discutir a ameaça do regime de Kim Jong-un.

Independência dos EUA

O lançamento acontece no dia em que os Estados Unidos celebram o Dia da Independência. Pelo Twitter, o presidente americano comentou o lançamento.

"A Coreia do Norte acabou de lançar um outro míssil. Esse cara não tem nada melhor para fazer na vida? Difícil acreditar que a Coreia do Sul e o Japão vão aturar isso por muito mais tempo. Talvez a China possa fazer um movimento pesado com relação à Coreia do Norte e acabar com esse absurdo de uma vez por todas", disse, em duas publicações.

North Korea has just launched another missile. Does this guy have anything better to do with his life? Hard to believe that South Korea.....

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 4 de julho de 2017

....and Japan will put up with this much longer. Perhaps China will put a heavy move on North Korea and end this nonsense once and for all!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 4 de julho de 2017

A data do lançamento antecede ainda reunião do G20, que reúne as 20 maiores economias do mundo. O encontro está programado para acontecer nos dias 7 e 8 deste mês.

O míssil caiu no Mar Oriental, como os coreanos chamam o Mar do Japão, segundo a nota. Uma porta-voz do ministério sul-coreano da Defesa disse que o míssil pode ter caído dentro da zona econômica exclusiva do Japão, a menos de 200 milhas náuticas de sua costa.

Já a Rússia disse que o míssil disparado corresponde a um projétil de médio alcance e não intercontinental como anunciou Pyongyang. "Os parâmetros de voo correspondem com as características de um míssil de médio alcance", diz o ministério russo, através de um comunicado.

A nota oficial afirma que o lançamento foi em direção oposta a fronteira russa e "não representou perigo para a Rússia".

(Com agências internacionais)


UOL Notícias

Câmara de Porto Alegre aprova dois projetos de pacote enviado por Marchezan

Vereadores autorizaram redução de taxa administrativa do Previmpa e cronograma de pagamento de dívidas

Por: Zero Hora


Câmara de Porto Alegre aprova dois projetos de pacote enviado por Marchezan Ederson Nunes/Divulgação/CMPA

Foto: Ederson Nunes / Divulgação/CMPA

Nesta segunda-feira, os vereadores de Porto Alegre aprovaram duas das propostas do pacote enviado por Nelson Marchezan no final de abril à Câmara Municipal. Foram autorizados a redução da taxa administrativa do Departamento Municipal de Previdência dos Servidores (Previmpa) e o cronograma proposto para pagar credores.

Acatada por unanimidade, a primeira propõe a redução do valor repassado para a manutenção do Regime Próprio de Previdência dos Servidores (RPPS), de 2% para 1,5% das contribuições previdenciárias. De acordo com a diretoria do Previmpa, a redução da taxa de administração foi uma proposição do próprio departamento, uma vez que não utilizava o valor de 2% instituído por lei. A prefeitura pretende deixar de repassar cerca de R$ 1 milhão por mês para o sistema de previdência, gerando impacto de aproximadamente R$ 12,2 milhões por ano.

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Os vereadores também aprovaram o projeto que propunha um um plano de pagamento das dívidas de anos anteriores, definindo um cronograma. O projeto de lei divide os credores em seis categorias, conforme os valores de crédito, sendo que a categoria de menor valor receberá as quantias até novembro de 2017 e os pagamentos restantes serão parcelados a partir de janeiro de 2018. Além do projeto, também foi aprovada emenda de autoria de Reginaldo Pujol (DEM), que inclui que "os credores interessados poderão compensar as dívidas via tributos, principalmente, o IPTU, ISS e ITBI".

Do mesmo pacote enviado pelo prefeito à Câmara em abril, foi aprovado há duas semanas o projeto que autorizava o município a contrair empréstimos de R$ 120 milhões para concluir obras que deveriam ter ficado prontas para a Copa de 2014. A primeira das propostas a ir a votação, porém, que desobrigava o governo de conceder reajustes anuais automáticos de acordo com a inflação, foi retirada pela base do governo diante de uma derrota iminente em plenário, no final de maio.


Zero Hora