Após
receber a defesa do governo sobre as contas da presidente Dilma
Rousseff, o ministro e relator das contas no Tribunal de Contas da
União (TCU), Augusto Nardes, se reuniu com o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), e pediu seu apoio para que as contas dos
ex-presidentes que estão paradas no Congresso sejam votadas o mais
rápido possível. Isso possibilitaria que as contas de Dilma também
sejam apreciadas pela Casa. “Prioridade é a questão da votação
das contas”, afirmou ao sair da residência oficial de Calheiros em
Brasília.
Nardes
comunicou ao presidente do Senado o recebimento da defesa do governo
para o caso das pedaladas fiscais. Após encontro com Renan, o
ministro do TCU se reuniu também com o presidente da Câmara,
deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o mesmo objetivo.
Nardes
afirmou ter apresentado também ao deputado o documento recebido pelo
tribunal em que consta a defesa das contas da presidente Dilma
Rousseff referentes ao ano passado.
Ontem,
o governo saiu em defesa de suas ações nas contas da União e
sugeriu, na defesa formal entregue ao TCU, que a inscrição das
dívidas mantidas pelo Tesouro Nacional com Banco do Brasil e BNDES
na dívida pública, como quer o TCU, “tem o potencial de
interferir na idoneidade das estatísticas fiscais como ferramenta
para o processo de decisão de política monetária”. O governo
também alega que as estatísticas ficais feitas pelo Banco Central
têm “padrão de comparabilidade internacional” e sustenta que
“não há como se aferir qualquer ilegalidade” na forma como o
Banco Central produz as estatísticas fiscais. Os argumentos constam
da defesa entregue ao TCU, que contém mais de mil páginas.
Fonte:
Correio do Povo, página 4 de 24 de julho de 2015.