Renato Duque
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“Não há o que delatar”, disse o advogado de Duque, Alexandre Lopes, que criticou ainda o expediente. “Sou contra a delação premiada. Acho isso uma indecência. É você dar um prêmio à alcaguetagem. Jamais, como advogado, eu me prestaria a dar base jurídica a uma delação dessas.”
Duque teve o nome citado por pelo menos seis delatores da Operação Lava Jato como um dos destinatários do pagamento de propina. Alguns dos depoimentos foram feitos por meio de delação premiada: os do ex-gerente de Tecnologia da estatal Pedro Barusco, do ex-diretor de Abastecimeno Paulo Roberto Costa, do doleiro Alberto Youssef e dos empresários Júlio Camargo, Augusto Mendonça Neto e Shinko Nakandakari.
O ex-diretor da Petrobras disse, ao final do depoimento, que está “tranquilo” e vai provar sua inocência. De acordo com sua defesa, Duque permaneceu calado como forma de enfrentar o que Lopes chamou de “caos político”, referindo-se às acusações trocadas entre governo e oposição na CPI.
“Há mais aqui uma guerra política do que a busca pela verdade”, disse Lopes. Ele informou ainda que seu cliente falará perante o juiz Sérgio Moro, responsável pelo caso da Lava Jato na primeira instância. “O julgamento político já foi feito, ele foi condenado sem defesa.”
Agência Brasil