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Bebê muda vida de transexuais gaúchos

Casal teve dificuldades para registrar a criança com os nomes sociais
Anderson (E) engravidou, mas é o pai de Gregório, e Helena é a mãe | Foto: Ricardo Giusti
Anderson (E) engravidou, mas é o pai de Gregório, e Helena é a mãe | Foto: Ricardo Giusti

A chegada de Gregório, no dia 7 de julho, no Hospital Fêmina, em Porto Alegre, alterou a rotina do casal transexual Helena Freitas, 26 anos, e Anderson Cunha, 21. Anderson, que tem no seu registro o nome de Andressa, foi quem engravidou. Para a esposa Helena, que é biologicamente o pai, a vida deles foi transformada. “Não estamos conseguindo dormir. O Gregório acorda de madrugada e aproveitamos para trocar a fralda”, contou. Disse que eles foram muito bem tratados pelas equipes e pacientes. “Acontece muito de as pessoas fazerem uma confusão sobre quem chamar de pai e quem chamar de mãe”, citou. Helena, que trabalha como supervisora em uma empresa de telemarketing, conta que está com o coração apertado porque terá de voltar a trabalhar, já que a licença-paternidade de cinco dias venceu. Anderson, que atua como gari, terá direito aos 120 dias da licença-maternidade previstos na lei. Eles estão juntos desde 2013.

Em meio à alegria com a chegada do primeiro filho, o casal passou por dificuldades para registrar a criança com os seus nomes sociais e optou pelo que consta na certidão de cada um. “Não queremos burocracia nem ações na Justiça. Queremos é curtir o nosso filho”, explicou Helena, enquanto arrumava o menino para uma consulta.

A coordenadora de Direitos Humanos do Grupo Hospitalar Conceição, Carla Baptista, disse que a orientação foi que as equipes acolhessem bem o casal. Uma comissão trabalhou com os funcionários questões da diversidade, sexualidade e etnia.