A
invasão da publicação Charlie Abdo, na França, por fanáticos
armados que assassinaram 12 pessoas e deixaram dez feridos constitui
uma afronta contra a liberdade de imprensa e contra o mundo
civilizado. O atentado é um desafio às nações democráticas e
deve ser visto como um caso a ser enfrentado com a colaboração de
todos os países e membros da Organização das Nações Unidas
(ONU), que têm a responsabilidade de organizar e dirigir a luta
contra o terrorismo. Neste momento, dezenas de famílias francesas
estão enlutadas e estarrecidas pela forma irracional como seus entes
queridos perderam a vida. Também milhões de pessoas por todo o
mundo se perguntam sobre qual a melhor forma de conter essas
investidas que ceifam vidas inocentes em todo o planeta, tarefa
urgente a ser assumida por todos os governantes e democratas.
Além da
necessária organização internacional para defender a vida das
pessoas, é também imperioso agir para defender a liberdade de
expressão, uma grande conquista da humanidade. Quando a notícia do
ataque se espalhou, diversos governos e entidades, como a Associação
Riograndense de Imprensa (ARI) e a Associação Nacional dos Jornais
(ANJ), lançaram notas para condenar o massacre. Agora, é preciso
agir com celeridade e eficiência para prender os responsáveis pela
tragédia, que não podem ficar impunes. Esta quarta-feira ficará
marcada na história como um dia em que a civilização teve seus
princípios colocados em xeque, devendo responder à altura,
Correio
do Povo, editorial da edição de 8 de janeiro de 2015.