Avião de pequeno porte cai em Londres e deixa quatro mortos

 A aeronave de 12 metros caiu momentos depois da decolagem e começou a pegar fogo

O aeroporto London Southend é relativamente pequeno e fica cerca de 72 quilômetros a leste da capital britânica | Foto: Reprodução


As quatro pessoas que estavam a bordo de um avião de pequeno porte que caiu neste domingo, 13, pouco depois de decolar do aeroporto de Southend, perto de Londres, capital da Inglaterra, morreram. As informações foram divulgadas pela polícia nesta segunda-feira, 14.

A autoridades de Essex disseram que o trabalho continua para identificar formalmente as vítimas. 'Nesta fase, acreditamos que todos os quatro são estrangeiros', disse o superintendente-chefe da polícia, Morgan Cronin, aos repórteres.

A PA, agência nacional de notícias do Reino Unido e da Irlanda, informou que um documento com a lista de passageiros indicava que dois pilotos holandeses e uma enfermeira chilena estavam entre os passageiros.

O Beechcraft B200 Super King Air, operado pela empresa holandesa Zeusch Aviation, havia voado de Atenas, na Grécia, para Pula, na Croácia, antes de seguir para o aeroporto de Southend. Ele deveria retornar à sua base em Lelystad, na Holanda, na noite de domingo.

O avião turboélice de 12 metros caiu momentos depois da decolagem e começou a pegar fogo. 'Nesse estágio, é muito cedo para especular sobre o que pode ter causado esse trágico acidente', disse Lisa Fitzsimons, da Seção de Investigação de Acidentes Aéreos, que afirmou ter enviado ao aeroporto uma 'equipe multidisciplinar, incluindo inspetores com experiência em operações de aeronaves, fatores humanos, engenharia e dados registrados'.

O aeroporto London Southend é relativamente pequeno e fica cerca de 72 quilômetros a leste da capital britânica, sendo usado para voos de curta distância.

O aeroporto permaneceu fechado nesta segunda-feira, sem previsão de reabertura. A Zeusch Aviation opera voos de retirada médica e transplante, bem como mapeamento aéreo e fretamentos particulares, de acordo com seu site.

A empresa disse que seus 'pensamentos' e suas 'mais profundas condolências estão com as vítimas, suas famílias e entes queridos durante esse momento incrivelmente difícil'.

O Beechcraft B200 Super King Air, construído pela primeira vez na década de 1970, é um avião versátil usado em uma ampla variedade de funções em todo o mundo. Em 2017, um avião do mesmo modelo caiu no telhado de um shopping center em Melbourne, na Austrália, momentos após a decolagem, matando o piloto e quatro turistas americanos.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Tensão com tarifas dos EUA eleva dólar a R$ 5,58, maior valor desde 5 de junho

 Após fechar o primeiro semestre com perdas de 12,07%, o dólar à vista já acumula alta de 2,76% em julho

No fim da tarde, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o decreto da reciprocidade está pronto, será assinado hoje pelo presidente Lula e publicado amanhã | Foto: Marcello Casal / Agência Brasil


dólar acelerou os ganhos em relação ao real ao longo da tarde e, após máxima de R$ 5,5937 na reta final dos negócios, encerrou a sessão desta segunda-feira, 14, em alta de 0,66%, cotado a R$ 5,5842 - maior valor de fechamento desde 5 de junho (R$ 5,5845).

Operadores afirmam que a busca por posições cambiais defensivas se acentuou durante a segunda etapa de negócios, com investidores à espera da resposta do governo brasileiro à imposição de tarifas de 50% dos Estados Unidos (EUA) a partir de 1º de agosto. Após fechar o primeiro semestre com perdas de 12,07%, o dólar à vista já acumula alta de 2,76% em julho.

Também pesou contra o real o recuo maior das cotações do petróleo, depois que o presidente americano, Donald Trump, disse que pode impor tarifas secundárias de até 100% sobre a Rússia caso não haja um acordo para um cessar-fogo na Ucrânia nos próximos 50 dias.

'O dólar lá fora é para cima porque o ambiente é de muito risco. E aqui o mercado está se preparado para retaliação do Brasil às tarifas do Trump, que pode vir amanhã', afirma o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi.

No fim da tarde, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que o decreto da reciprocidade está pronto, será assinado hoje pelo presidente Lula e publicado amanhã. 'O decreto não cita país não, como a lei não cita. A lei autoriza o Executivo a adotar medidas de proteção do País quando medidas extemporâneas e extraordinárias forem adotadas de forma unilateral por outros países do Brasil', disse.

O ministro também disse que o governo fará amanhã uma defesa de seu decreto de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) no encontro com representantes do Congresso em reunião de conciliação convocada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Como adiantado por fontes ao Broadcast Político, um comitê interministerial montado pelo Palácio do Planalto para analisar o tarifaço de Trump sobre produtos brasileiros começará a se reunir com representantes dos setores econômicos a partir de amanhã, com a coordenação do vice-presidente Geraldo Alckmin.

Foram negadas informações ventiladas mais cedo de que o governo trabalhava com pedido de extensão de prazo para negociação com os EUA e com a ideia de redução das tarifas a produtos brasileiros de 50% para 30%.

O time de economistas do Itaú, liderado pelo ex-diretor do Banco Central Mario Mesquita, observa que o anúncio das tarifas de Trump ao Brasil 'reverteu, em parte, a dinâmica benigna' do real, que vinha se beneficiando de um dólar globalmente mais fraco e do elevado diferencial entre juros internos e externos. Por ora, o Itaú mantém projeção de taxa de câmbio em R$ 5,65 no fim deste ano e de 2026.

'O cenário internacional, com dólar global mais fraco, poderia levar a taxa de câmbio para níveis mais apreciados. Contudo, as tarifas impostas, somadas à incerteza fiscal, limitam os ganhos da moeda', afirma o banco, em referência às dúvidas sobre o IOF e a reforma do Imposto de Renda.

Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o Dollar Index (DXY) superou o nível de 98,000 pontos e, no fim da tarde, girava ao redor de 98,100 pontos, perto da máxima da sessão, aos 98,136 pontos.

O DXY sobe mais de 1,30% em julho, mas ainda acumula perdas de pouco mais de 0,90% no ano. No fim de semana, Trump anunciou tarifas de 30% para México e União Europeia, mas deixou a porta aberta para negociações com o bloco europeu e outros parceiros comerciais.

'O mercado está mais cauteloso e ainda tenta entender qual será o nível efetivo de tarifas que os Estados Unidos vão adotar, o que tem puxado um pouco o dólar para cima', afirma o economista-chefe da Frente Corretora, Fabrizio Velloni, para quem, mesmo com uma melhora do ambiente externo, não há espaço para a taxa de câmbio voltar para o nível de R$ 5,40 visto no início de julho.

'Temos juros altos que mantêm a atratividade para o estrangeiro. Mas os problemas fiscais devem puxar o risco para cima.'

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Eduardo Bolsonaro diz ter negociado defesa do pai com Trump e que deixará mandato

 O deputado pediu licença da Câmara em março e foi morar no Estados Unidos; licença parlamentar termina no domingo, 20

Ele foi para os EUA afirmando pretender atuar para combater as ameaças à liberdade de expressão no Brasil | Foto: Saul Loeb / AFP / CP


O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta segunda-feira, 14, em entrevista à Coluna do Estadão, que o resultado da negociação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a defesa ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é 'quase um milagre'.

'Então, muito modéstia à parte, o que a gente fez foi quase um milagre. Sem um escritório de lobby, sem dinheiro, sem apoio partidário, e a gente conseguiu colocar na mesa o único fator que está possibilitando a gente sonhar com Bolsonaro não condenado, com Bolsonaro na corrida presidencial', disse Eduardo à Coluna.

No dia 9 de julho, Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil. A decisão foi justificada principalmente como resposta ao tratamento dado pelo Brasil ao ex-presidente e a decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra empresas americanas de tecnologia.

'O modo como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado no mundo, é uma desgraça internacional', disse Trump. 'Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma caça às bruxas que deve terminar IMEDIATAMENTE!', escreveu o presidente dos EUA.

Na mesma entrevista, o filho '03' do ex-presidente disse que vai abrir mão do mandato, já que não pode prorrogar o período fora da Câmara. O deputado pediu licença da Câmara em março e foi morar no Estados Unidos, afirmando pretender atuar para combater as ameaças à liberdade de expressão no Brasil. A licença parlamentar concedida a Eduardo termina no próximo domingo, 20.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Manuela D’Ávila intensifica articulações para eleição de 2026

 Ex-deputada, que deve concorrer ao Senado, desenvolve estratégia via redes sociais e, mesmo sem partido e sem mandato, movimenta cenário político

Ex-deputada tem mais de 2 milhões de seguidores no Instagram | Foto: Reprodução/CP


Em tratativas com vários partidos para se filiar a um deles e concorrer a uma das cadeiras ao Senado em 2026, a ex-deputada Manuela D’Ávila vem invertendo a estratégia tradicional utilizada por políticos que se preparam para disputar eleições. Antes de decidir a sigla pela qual vai concorrer, ou assumir a pré-candidatura ao Senado, ela desencadeou, há poucas semanas, uma tática de intensificação de sua presença nas redes sociais, território no qual sua desenvoltura já era conhecida. A ex-deputada tem mais de 2 milhões de seguidores no Instagram, 1,5 milhão no X (antigo twitter) e 466 mil no TikTok.

As postagens vão muito além de registros de encontros com lideranças partidárias que ajudam a manter a lembrança de que ela estará no jogo em 2026. Nas redes, mesmo que sem partido e sem mandato, Manuela aborda diariamente quase todos os temas que chamam a atenção da população no momento. Não só os político-econômicos mais relevantes, como o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a taxação dos super ricos ou o debate sobre o fim da jornada 6x1.

Na última semana, por exemplo, a ex-deputada expressou sua tristeza com a morte da menina que caiu no cânion Fortaleza, comemorou o ingresso de Ana Maria Gonçalves na Academia Brasileira de Letras, se solidarizou com o sofrimento em Estação, e fez um apelo pela preservação ampla da infância, incluindo sua proteção da violência da política e do ambiente digital.

Antes disso, quando das últimas chuvas que atingiram o Estado, preparou posts específicos para criticar, com ironia, e diretamente, o governador Eduardo Leite (PSD) e o prefeito Sebastião Melo (MDB). Com frequência, Manuela vincula diferentes temas à importância de uma articulação para as eleições de 2026.

O conjunto de movimentos fez com que se cristalizasse entre aliados o entendimento de que ela pode antecipar a admissão pública de que vai concorrer ao Senado e definir o partido. Nesta segunda-feira, o assunto será tema de um encontro ‘informal’ entre articuladores de siglas à esquerda. Interlocutores da ex-deputada não negam que as movimentações podem estar relacionadas a debates em curso no PSB.

Correio do Povo

Descondenado

 Não há como dizer que você está defendendo o Brasil ao mesmo tempo que apoia o descondenado.

A manutenção do regime petista significa a completa destruição do Brasil. 

Post de Leandro Ruschel

Fonte: https://www.threads.com/@leandroruschel/post/DL-VrE4ggwB?xmt=AQF0GtNeqfcs90VZI8boB4r40Q4-a5sWY42REiPDBdvISg

Lady Gaga em Copacabana: BBC contesta público de 2,1 milhões e diz que show teve 660 mil

 A análise faz parte do quadro BBC Verify, em que os leitores enviam questionamentos e o veículo de mídia britânico faz sua própria checagem

A BBC concluiu que o show só comportaria mais de 2 milhões de pessoas se tivesse ocupado toda a faixa de areia da praia de Copacabana | Foto: Mauro Pimentel / AFP / CP


A BBC analisou no último domingo, 13, o público do show histórico de Lady Gaga na praia de Copacabana, em maio, e concluiu que a apresentação na verdade não teve 2,1 milhões de pessoas, como divulgou a Prefeitura do Rio de Janeiro, e sim 660 mil pessoas.

A análise faz parte do quadro BBC Verify, em que os leitores enviam questionamentos e o veículo de mídia britânico faz sua própria checagem. A dúvida foi enviada por um leitor chamado Andrew, da cidade de Bristol, na Inglaterra.

A BBC concluiu que o show só comportaria mais de 2 milhões de pessoas se tivesse ocupado toda a faixa de areia da praia de Copacabana, que tem cerca de 4 quilômetros de extensão. O show de Lady Gaga foi realizado em frente ao hotel Copacabana Palace, que fica na metade da praia.

Como a BBC chegou ao público de 660 mil?

A conta usada na análise que contesta os números usou como referência os oito pares de telões espalhados em frente ao palco e as fotos divulgadas do evento. Eles mediram a distância entre os prédios do Copacabana Palace e do Hotel Hilton, chegando à conclusão que o público ocupou 140 mil metros quadrados de areia, o equivalente a 20 campos de futebol.

Usando como base as recomendações britânicas de segurança de 4,7 pessoas por metro quadrado, o que equivale de 4 a 5 pessoas ocupando esse pequeno espaço, eles chegaram à conclusão de que 660 mil pessoas no máximo assistiram à apresentação presencialmente.

“Mesmo se a gente contar todas as varandas e janelas em frente ao palco - e nós contamos - e dobrando a densidade, o que especialistas dizem ser perigosamente lotado, ainda assim não chegaria nem à metade do número divulgado [de 2,1 milhões de pessoas]”, explicou o apresentador, o jornalista Richard Irvine-Brown.

Consultado pela BBC, Keith Still, professor especialista em medir multidões, disse que a praia de Copacabana até comportaria uma multidão de 2,1 milhões, mas só se estivesse completamente tomada, o que equivaleria a 610 mil metros quadrados, e não apenas os 140 mil ocupados pelo show de Lady Gaga.

A equipe da BBC ainda chegou a questionar a Prefeitura do Rio de Janeiro sobre os números, que manteve a informação do público de 2,1 milhões de pessoas sem especificar ao veículo britânico como esse cálculo foi feito.

Show entrou no Guinness Book

Vale lembrar que o show de Lady Gaga na praia de Copacabana entrou para o o Guinness Book, o livro dos recordes, como o “maior público de um show gratuito de uma artista feminina” com um número ainda mais inflado: de 2,5 milhões de pessoas, o mesmo divulgado pela artista em suas redes sociais.

Copacabana já tinha feito história no livro dos recordes. A apresentação do artista britânico Rod Stewart durante a virada do ano de 1994 se mantém como o maior público de um show na história, com mais de 3,5 milhões de pessoas.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Pré-candidato baleado na Colômbia mostra resposta 'favorável' a tratamentos

 Senador Miguel Uribe está hospitalizado em um centro médico desde 7 de junho

Miguel Uribe segue em estado grave após ser baleado na Colômbia | Foto: RAUL ARBOLEDA / AFP/ CP


O senador e pré-candidato à presidência da Colômbia Miguel Uribe permanece em cuidados intensivos cinco semanas após sofrer um atentado brutal, mas demonstra uma 'reposta clínica favorável e estável', anunciou a clínica onde está internado nesta segunda-feira (14). O senador opositor, de 39 anos, está hospitalizado em um centro médico desde 7 de junho, quando um atirador menor de idade disparou contra sua cabeça durante um comício em Bogotá.

As autoridades prenderam cinco pessoas supostamente envolvidas no ataque contra o político do partido de direita Centro Democrático. Embora continue em cuidados intensivos, sedado e com ventilação mecânica, recentemente Uribe 'mostrou uma resposta clínica favorável e estável, evidenciada tanto em recentes imagens de diagnóstico (...) como em sua resposta às intervenções cirúrgicas e médicas', de acordo com um comunicado da unidade hospitalar. Com dois ferimentos de bala na cabeça e um na perna, o senador fez várias cirurgias.

Segundo a clínica, ele será submetido a um processo de 'neurorreabilitação' e permanece sob constante 'monitoramento hemodinâmico e neurológico'. Seu prognóstico permanece reservado.'Isto muda tão rápido e é tão difícil que eu nem pergunto o que vai acontecer amanhã', disse sua esposa María Claudia Tarazona em uma entrevista transmitida no domingo pelo canal Caracol, a primeira que concede desde o incidente.'Vejo Miguel com vida, seu corpo quente, seu coração batendo, sua respiração (...) e é isso que me mantém todos os dias', acrescentou.

No início de julho, a polícia capturou Elder José Arteaga Hernández, conhecido pelo codinome 'El Costeño', considerado pelas autoridades como um dos cérebros logísticos e uma peça-chave para chegar aos mentores do ataque. Outras quatro pessoas, incluindo o agressor, um adolescente de 15 anos, foram presas e enfrentam acusações de tentativa de homicídio e posse ilegal de armas.

AFP e Correio do Povo

Philco demite 800 trabalhadores e relaciona decisão à queda na venda de TVs e micro-ondas

 A companhia está entre as dez maiores indústrias empregadoras do polo de Manaus (AM)

Além a unidade de Manaus, a Britânia Eletrodomésticos, com sede em Curitiba (PR), tem uma fábrica e um centro de distribuição em Joinville (SC) | Foto: Divulgação/Philco


A Britânia Eletrodomésticos, dona da marca Philco, demitiu 800 trabalhadores da fábrica de Manaus (AM), onde são produzidos fornos de micro-ondas, televisores e aparelhos de ar condicionado.

A companhia confirmou os cortes e informou, por meio de nota, que, devido à queda nas vendas durante o período sazonal, não alcançou o crescimento projetado para esses itens em 2025. 'Diante desse cenário, foi necessário realizar um ajuste no quadro de colaboradores', escreveu, em nota.

De acordo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Estado do Amazonas e presidente da Central Única dos Trabalhadores do Amazonas, Valdemir Santana, as 800 demissões correspondem a cerca de 30% dos trabalhadores empregados na unidade de Manaus (AM) da empresa.

O motivo do corte em massa citado pela companhia ao sindicato foi a queda nas vendas de televisores e fornos de micro-ondas, especificamente.

'Foi um caso meio atípico', disse Santana. Ele ponderou que empresas concorrentes na produção de TVs e fornos de micro-ondas não fizeram demissões em massa como a Philco, apenas ajustes pontuais. 'Tem estoque de TVs, e o produto não está vendendo como vendia antes, mas não houve demissão assim.'

Segundo a Eletros, associação que reúne a indústria de eletroeletrônicos, as vendas de televisores apresentaram, no período de janeiro a maio de 2025, um discreto aumento de 0,3% em relação ao mesmo intervalo de 2024.

A expectativa para o encerramento do primeiro semestre é de um crescimento de 1% frente ao ano anterior, mantendo a constância do segmento.

A Philco está entre as dez maiores indústrias empregadoras do polo de Manaus (AM). A empresa disse ainda, em nota, que a última demissão de um grande número de trabalhadores ocorreu na pandemia da covid-19 no Brasil, quando houve queda de vendas em produtos sazonais.

Demissão em massa

Santana destacou que atualmente o polo industrial está em nível recorde de emprego, com 132 mil trabalhadores empregados. Fazia três anos que não havia demissões em massa na indústria da região, que enfrenta problema de falta de mão de obra qualificada. Diante desse cenário, o dirigente sindical acredita que não será difícil para esses trabalhadores se recolocarem.

As homologações das demissões começaram nesta segunda-feira, 14, na sede do sindicato. De acordo com a empresa, o pacote negociado para os trabalhadores demitidos inclui a continuidade dos planos de saúde até o final de agosto, além do recebimento de três cestas básicas por trabalhador.

Aqueles com mais de dois anos de casa terão o direito de quatro cestas básicas. Em caso de a empresa voltar a recontratar, o sindicato acordou que os demitidos terão prioridade nas admissões.

Além a unidade de Manaus, a Britânia Eletrodomésticos, com sede em Curitiba (PR), tem uma fábrica e um centro de distribuição em Joinville (SC). A empresa informou, em nota, que 'os cortes não irão envolver outras áreas da empresa'.

Por questões estratégicas, a companhia disse que não divulga o número exato de trabalhadores por unidade e acrescentou que 'segue comprometida com a valorização de suas equipes e as recentes movimentações fazem parte de um processo de reestruturação pontual compatível com a produção na região'.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Massa de ar quente eleva temperaturas no RS e terça-feira pode ter máxima de 30°; veja a previsão

 Calor fora de época trará máximas entre 5ºC e 10ºC acima das média históricas de julho em diversas cidades gaúchas

Em Porto Alegre, a mínima prevista é de 12°C e a máxima de 24°C | Foto: Eduardo Seidl / CP Memória


Uma massa de ar quente de origem tropical avança pelo Rio Grande do Sul nesta semana, trazendo elevação nas temperaturas, principalmente nas localidades do Noroeste e da Metade Norte do estado.

Conforme a MetSul Meteorologia, a terça-feira, 15, terá máximas elevadas para os padrões de julho, com registros de 25°C a 30°C em parte do território gaúcho.

Em Porto Alegre, a mínima prevista é de 12°C e a máxima de 24°C.

O sol aparece com nuvens na maior parte do RS. Nas lagoas do Sul e do Leste do estado ainda haverá nevoeiro e nuvens baixas, o que evitará maior elevação da temperatura. O amanhecer é ameno ou pouco frio na maioria dos municípios gaúchos.

O calor fora de época trará máximas entre 5ºC e 10ºC acima das média históricas de julho em diversas cidades.



MetSul Meteorologia e Correio do Povo

“Só um alienado não percebe o risco que paira sobre o Oeste de SC”, diz empresário

 Posicionamento demonstra apoio à iniciativa do governo do Estado



Em um texto divulgado nesta quinta-feira (10), um dos principais empresário de Santa Catarina demonstra preocupação com a mobilidade e logística do Oeste catarinense. Neivor Canton, presidente da Aurora Coop, escreveu um artigo em que elogia os movimentos do governo de Estado para investimentos no setor ferroviário, ao mesmo tempo em critica a insistência do Brasil em ser “refém do rodoviarismo”. Para ele, o caminho é a multimodalidade: “Só um alienado não percebe o risco que paira sobre o grande oeste catarinense”, afirma.

Veja o texto do artigo completo abaixo:

Só um alienado não percebe o risco que paira sobre o grande oeste catarinense. A cada ano, as agroindústrias locais – verdadeiros motores do desenvolvimento regional – são obrigadas a buscar 6 milhões de toneladas de milho no Brasil central para manter suas gigantescas cadeias produtivas de aves e suínos. Essa operação logística, quase toda rodoviária, representa mais de 150 mil viagens de caminhões em um percurso de 2.200 quilômetros, com custos que superam bilhões de reais anuais. Um fardo que ameaça a competitividade, a sustentabilidade e até a permanência dessas indústrias em solo barriga-verde.

Enquanto o Brasil insiste em ser refém do rodoviarismo, o mundo desenvolvido mostra o caminho: a multimodalidade. Lá, o transporte rodoviário é utilizado para trajetos de até 500 quilômetros; para distâncias maiores, prevalece o ferroviário. A diferença de custos entre os dois modais chega a 50%. Em Santa Catarina, o quadro atual é ainda mais dramático. Rodovias sobrecarregadas agravam o custo logístico e, na ponta, reduzem margens, desestimulam investimentos e ameaçam empregos.

É preciso coragem para romper esse ciclo vicioso. Por isso, a decisão do governador Jorginho Mello de articular lideranças dos quatro Estados – Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – em favor da Ferrovia Norte-Sul (Ferrosul) merece aplausos. A iniciativa é estratégica e visionária. Trata-se de um projeto capaz de ligar polos de produção e consumo, assegurando o abastecimento do imenso parque agroindustrial do oeste catarinense com milho e soja, ao mesmo tempo em que escoa alimentos industrializados para grandes centros urbanos e portos.

Não se trata de um capricho regional, mas de uma necessidade nacional. O agronegócio brasileiro, responsável por cerca de 25% do PIB, não pode ficar à mercê de uma matriz logística arcaica. A ausência de ferrovias não só eleva os custos em 40% como também retira a competitividade das empresas do oeste catarinense, forçando algumas a migrarem para o centro-oeste.

A Ferrovia Norte-Sul é a resposta. Com ela, o transporte de milho, soja, farelo, fertilizantes e calcário será mais barato, mais ágil e mais sustentável. A agroindústria catarinense deixará de temer o avanço da fronteira agrícola para o centro-oeste, preservando a pujança de suas cooperativas e empresas. Além disso, a ferrovia representará uma revolução ambiental, com redução significativa de emissões de CO? e menor desgaste das rodovias.

O Brasil precisa, urgentemente, repensar sua matriz de transporte. Países com grandes extensões territoriais, como Estados Unidos e China, já fizeram isso há décadas, priorizando as ferrovias e hidrovias. Aqui, seguimos presos a um modelo rodoviário que, além de caro, é insustentável a longo prazo.

Por outro lado, a “Ferrovia do Frango”, como foi apelidada a ligação do oeste catarinense aos portos, é outra frente essencial. Aqui também tem a mão do Governo do Estado que contratou o projeto do trecho Lages-Chapecó. Custos elevados de transporte até o litoral significam redução de ganhos ou até perda de mercados no exterior. Com a ferrovia, os alimentos produzidos no oeste chegariam aos portos a custos até 5% menores, aumentando a competitividade e abrindo novas oportunidades de negócios.

Transporte ágil e barato é fator de atração de investimentos. É fator de desenvolvimento regional. É garantia de que o oeste catarinense continuará a ser referência em produção de alimentos para o Brasil e o mundo.

O governador Jorginho Mello acerta ao levantar essa bandeira. Cabe agora às lideranças políticas, empresariais e cooperativistas dos quatro Estados transformar essa visão em realidade. A Ferrovia Norte-Sul não é apenas possível. É necessária. É estratégica. É uma questão de sobrevivência para a agroindústria catarinense e para a segurança alimentar do País.

O futuro nos cobra ação. E ele começa com trilhos.

NSC Total