Governo e Congresso negociam solução de meio-termo para o IOF

 Líderes partidários indicaram ao presidente da Câmara, Hugo Motta, que aceitam negociar com o governo Lula o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras



Líderes partidários indicaram ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que aceitam negociar com o governo Lula o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) em patamar inferior ao pretendido pelo Ministério da Fazenda, dentro de uma lógica apenas regulatória.

No Congresso, a saída desenhada é que a Fazenda reduza a arrecadação para menos de R$ 5 bilhões, compondo a sua necessidade de caixa com outras medidas de arrecadação, como a redução linear dos benefícios tributários em 10%, como prevê projeto de autoria do deputado Mauro Benevides (PDT-CE), que teve a tramitação acelerada e aprovada na Câmara na terça-feira, 8.

Como mostrou o Estadão, os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) disseram a Motta e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que o governo vai insistir na defesa da legalidade do aumento do IOF. Para governistas, a discussão não se resume ao reajuste pontual, mas na prerrogativa do presidente em fixar as alíquotas do IOF.

Outra proposta

Os líderes também sinalizaram a Motta que é possível discutir a medida provisória enviada pelo governo com iniciativas adicionais de arrecadação, como a taxação de bets e de aplicações financeiras como as LCIs e LCAs em 5% de Imposto de Renda - cujo relator é o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

Em troca, esperam que o governo, junto com a presidência da Câmara, comece a liberar pagamentos de emendas parlamentares de comissão, cuja execução não é obrigatória. Motta afastou ainda a ideia de parte dos deputados para que as medidas de arrecadação fossem incorporadas ao texto que propõe a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, sob relatoria do ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL).

Estadão Conteúdo  e Correio do Povo

Lira mantém alíquota de 10% do imposto mínimo e lista títulos isentos do tributo

 O deputado indicou que seu parecer amplia a faixa da redução parcial do IR, dos R$ 7 mil propostos pelo governo Lula para R$ 7.350,00


O deputado federal Arthur Lira (PP-AL), relator do projeto de lei que amplia a isenção do imposto de renda, manteve no seu parecer a alíquota de 10% do imposto mínimo para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano, que vai compensar a perda de arrecadação com essa medida.

Ele também listou os títulos atualmente isentos que continuarão fora do alcance do tributo, numa tentativa de adaptar a proposta caso avance a medida provisória que prevê taxação de 5% sobre esses papéis, como as LCIs e LCAs. O texto do IR enviado pelo governo apenas excluía da base de cálculo os títulos que são isentos, sem nomeá-los.

O relator manteve o trecho que prevê a cobrança de 10% de IR na fonte sobre lucros ou dividendos apurados a partir de 1º de janeiro de 2026, quando forem pagos, creditados ou enviados ao exterior.

Ele incluiu, porém, um trecho que isenta da cobrança de IR na fonte os lucros ou dividendos pagos, creditados, entregues ou remetidos a: governos estrangeiros com reciprocidade de tratamento ao Brasil; fundos soberanos; e entidades no exterior cuja principal atividade seja a administração de benefícios previdenciários, como aposentadorias e pensões.

O relator também incluiu um artigo que delimita que a arrecadação adicional da União decorrente da aprovação desta Lei será utilizada como fonte de compensação para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, caso haja redução aos cofres dos entes federativos com a proposta da isenção do IR.

Além disso, segundo o parecer, a arrecadação extra gerada, após compensar a redução do Imposto de Renda e outras medidas previstas, será usada como fonte de compensação no cálculo da alíquota de referência da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

Faixa de redução parcial do IR para R$ 7.350

Lira indicou que seu parecer sobre o texto amplia a faixa da redução parcial do IR - dos R$ 7 mil propostos pelo governo Lula para R$ 7.350,00.

Segundo o relator, há um superávit de R$ 12,27 bilhões, no projeto, o que, de acordo com ele, é necessário para compensar a perda de Estados e municípios relativamente à redução da arrecadação do Imposto sobre a Renda incidente sobre os rendimentos de seus próprios servidores. "Com essa elevação, estamos atendendo aproximadamente mais meio milhão de contribuintes”, destacou.

Além disso, o relator destacou que, para garantir a neutralidade do projeto, há a previsão de que as medidas previstas no texto sejam utilizadas para reduzir a alíquota-padrão da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

"Essa medida se faz necessária porque entendemos que a não distribuição de lucros e dividendos pode vir a ser menor do que a estimada pela Receita Federal, que foi estimada em 50% do montante atualmente”, enfatizou.

O relator ainda explicou que, em nome da segurança jurídica, “para que não paire qualquer dúvida relativamente ao fato de não estar sendo criado novo imposto ou sequer adicional de imposto”, foi proposta a alteração do nome do imposto - Imposto sobre a Renda da Pessoa Física Mínimo - para Tributação Mínima pelo Imposto de Renda da Pessoa Física.

Lira também explicou que, em seus estudos, percebeu que alguns títulos e valores mobiliários isentos do Imposto sobre a Renda não integravam a base de cálculo da tributação mínima. Por isso, o relator elencou esses títulos “a fim de que não passem a integrá-la na hipótese de instituição de tributação”.

Além disso, Lira refez o desenho da base de cálculo utilizada para definição de alíquota da tributação mínima, para “que rendimentos auferidos em contas de depósitos de poupança, indenizações, pensões ou proventos de aposentadoria decorrentes de acidente de serviço ou doenças graves não a integrem”.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

PT apresenta novo pedido de cassação de Eduardo Bolsonaro por atuação nos EUA

 Solicitação é complementar a um documento já apresentado contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em fevereiro



O PT entrou nesta quinta-feira, 10, com uma nova representação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados pedindo a cassação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por 'atuação reiterada no exterior contra interesses da República'.

Esse pedido, encabeçado pelo líder do partido na Casa, Lindbergh Farias (RJ), e pelo presidente em exercício da sigla, senador Humberto Costa (PE) é complementar a um documento já apresentado contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em fevereiro.

O texto, diz que o envolvimento 'direto' do parlamentar nas sanções econômicas unilaterais impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, 'constitui ato de afronta explícita à soberania nacional, ao princípio da independência dos Poderes e às normas éticas que regem a função parlamentar'. Nesta quarta-feira, 9, Trump anunciou que iria taxar os produtos brasileiros em 50%.

Em seguida, Eduardo, que vive nos Estados Unidos onde diz atuar para impor sanções contra o Supremo Tribunal Federal (STF), publicou uma nota em que cobra que o Congresso paute a anistia ao seu próprio pai.

O comunicado, intitulado 'Uma hora a conta chega' apelando para que as autoridades brasileiras 'evitem escalar o conflito e adotem uma saída institucional que restaure as liberdades'. Para o PT, a Câmara 'não pode se omitir' diante da conduta de Eduardo Bolsonaro.

'Ao permitir que Eduardo Bolsonaro mantenha-se em suas funções, ainda que licenciado, estará chancelando o uso indevido da representação popular para fins que contrariam o País', justifica o PT, na nova representação protocolada nesta quinta-feira.

'Em vez de defender o Brasil, Eduardo Bolsonaro busca sanções contra brasileiros. Em vez de representar o povo, representa sua família.' Até o momento, a representação contra Eduardo Bolsonaro não foi encaminhada para a análise. Essa decisão parte da Mesa Diretora da Câmara, encabeçada pelo presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ainda na tarde desta quinta-feira, Motta assimou uma nota ao lado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) em que diz que a taxação imposta pelos EUA 'deve ser respondida com diálogo nos campos diplomático e comercial'.

O texto menciona a lei de reciprocidade econômica, aprovada neste ano pelo Congresso Nacional, que permite o Brasil retaliar decisões econômicas de outras nações contra o País.

Eduardo Bolsonaro foi aos EUA e pediu licença parlamentar não remunerada de 122 dias em março para permanecer no país americano sem perder o mandato parlamentar. Ele diz que está nos EUA para combater as ameaças à liberdade de expressão no Brasil.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Carro sustentável vai zerar IPI de modelos de entrada no Brasil

 Programa também prevê redução de taxas se modelos cumprirem alguns requisitos



O governo lançou, nesta quinta-feira em Brasília, um programa que cria a categoria de Carro Sustentável. Na prática, carros de entrada de alta eficiência energética poderão ter o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) zerado. O programa também prevê redução de imposto para modelos que atendam a alguns requisitos de emissões e tecnologia. Em contrapartida, automóveis mais poluentes vão pagar mais.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva reduz o imposto dos veículos mais leves e econômicos, movidos por energia limpa e que atendam a requisitos como alto nível de peças recicláveis e de itens voltados à segurança. Segundo o Mdic, a novidade fazia parte do programa Mover, de incentivo ao desenvolvimento de veículos no País.

De acordo com a pasta, o programa garantiu novos investimentos no País de cerca de R$ 190 bilhões. Esse valor inclui aportes feitos por montadoras e também por fabricantes de autopeças.

Segundo o ministério, o programa não terá impacto fiscal nas contas do governo. Isso porque a medida redefine a tabela do IPI. O decreto vai valer até dezembro de 2026 e, de acordo com o governo, antecede os efeitos da reforma tributária.

"O decreto estimula a cadeia automotiva a ser cada vez mais inovadora e sustentável, ao mesmo tempo que gera empregos e facilita o acesso da população a carros novos, menos poluentes, mais seguros e mais econômicos”, disse o vice-presidente e ministro do Mdic, Geraldo Alckmin.

Para ter direito ao IPI zero, o veículo tem de atender a quatro requisitos básicos. Emitir menos de 83 gramas de CO2 por quilômetro rodado; ter mais de 80% de materiais e peças recicláveis; ser compacto e fabricado no Brasil. Portanto, etapas de produção como soldagem e pintura, bem como fabricação do motor e montagem, devem ser feitas no País.

Conforme o decreto, as fabricantes devem solicitar ao Mdic o credenciamento dos veículos que atendam a essas quatro regras. Uma portaria com a lista dos modelos que vão poder ter o desconto integral deve ser publicada no Diário Oficial da União (DOU). Por ora, a alíquota mínima para esse tipo de carro é de 5,27%.

O decreto também cria um novo sistema de cálculo de IPI para os modelos que não se enquadram no programa. A nova tabela parte de 6,3%, no caso de veículos de passeio, e de 3,9% para comerciais leves. Segundo o Mdic, um carro de passeio híbrido-flex, por exemplo, pode ter a alíquota do IPI reduzida em 1,5 ponto porcentual. No mesmo sentido, se atender ao critério de eficiência terá mais 1 ponto de desconto e, se tiver nível 1 de reciclabilidade, outro ponto adicional. Assim, o IPI total cairia de 6,3% para 2,8%.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

PT divulga novo vídeo que inclui a classe média na estratégia do ‘nós contra eles’; assista

 BRASÍLIA – O PT lançou mais um vídeo nas redes sociais para explicar a proposta do governo que aumenta o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), desta vez usando o argumento de que o “nós contra eles” não significa apenas “ricos contra pobres” porque a justiça tributária também atinge a classe média. O governo Lula e o partido avaliam que o discurso ganhou força na esteira do tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Mídias digitais do PT e de aliados do governo exibem agora o slogan “Lula quer taxar os super ricos – Bolsonaro quer taxar o Brasil". A primeira frase está escrita em cima de uma bandeira brasileira estilizada, enquanto a segunda entra sobre um fundo preto.

Trump e Lula: Bolsonaro é usado como pretexto para impor tarifaço ao Brasil Foto: Alex Brandon/AP e Evaristo Sá/AP

Além disso, o novo vídeo da campanha do PT mostra uma família de classe média conversando em torno de uma mesa, na hora da refeição, enquanto assiste a um telejornal que fala sobre a divisão do País.

“Não é possível. Esse pessoal insiste em dividir o País e agora querem aumentar nossos impostos”, diz um homem diante do prato de macarrão.

A mulher responde que o País sempre foi dividido porque 99% dos brasileiros pagam a conta enquanto 1% aproveita os privilégios. “É o pessoal da cobertura”, comenta ela, apontando para cima.

Feito com Inteligência Artificial (IA), o vídeo mostra, então, um homem tomando sol na cobertura de um apartamento, de frente para o mar, enquanto aprecia um drink.

A campanha do PT sobre a taxação BBB (Bilionários, Bancos e Bets) faz parte da estratégia do governo para tentar ganhar o apoio da sociedade ao projeto de lei que aumenta alíquotas do IOF. O Congresso derrubou a medida e o Executivo recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro do STF Alexandre de Moraes marcou uma audiência de conciliação entre as partes para a próxima terça-feira, 15.

Até uma empregada da família de classe média, vestida a caráter, aparece no filme do PT. Ao falar sobre o “andar de cima”, a dona da casa – que também carrega um saco com a inscrição “Imposto” – diz para o marido: “Eles que são muito ricos podem contribuir mais, assim como fazemos eu, você e a Maria.”

O homem rebate ao observar que eles não são pobres. “Vai sobrar é para a gente”, avalia. “Ô amor, até você? Pobre a gente não é, mas também não somos bilionários. Pra gente vai mudar é nada”, observa a mulher.

Na TV, a apresentadora entra em cena para informar que a proposta do governo Lula tem o objetivo de isentar do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil e “cobrar menos” dos que recebem até R$ 7 mil. “E, para manter as contas equilibradas, vai taxar quem sempre pagou pouco ou quase nada: os super ricos”, arremata a empregada da família.

Como mostrou o Estadão, a segunda etapa da campanha foi feita a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para traduzir o “nós contra eles”. Na tentativa de conquistar a classe média, a ideia é mostrar que apenas os BBBs são privililegiados e precisam pagar mais impostos por uma questão de justiça tributária. Nessa toada, o discurso do governo e do PT foi unificado em torno do mote “99% contra 1%.”


Estadão e MSN

Professora esfaqueada em Caxias do Sul entra na Justiça contra prefeitura e diretor de escola

 Advogado que representa a docente disse que protocolou ação indenizatória e notícia-crime

professora esfaqueada por adolescentes na Escola Municipal João de Zorzi, em abril, entrou na Justiça contra a prefeitura de Caxias do Sul e o diretor da instituição de ensino. Nesta quinta-feira, o advogado Leonel Ferreira, que representa a docente, disse que protocolou uma ação indenizatória contra o Executivo Municipal e uma notícia-crime (comunicação de um crime às autoridades) contra o diretor.

O advogado explicou que a primeira medida visa obter reparação pelos danos morais e estéticos decorrentes da tentativa de homicídio, bem como indenização aos danos causados ao marido e a filha da professora, de 3 anos, igualmente traumatizados pelo evento.

Já a notícia-crime, segundo o advogado, busca chamar a atenção das autoridades acerca da responsabilidade do diretor da escola nos eventos, pois as investigações apuraram que ele foi informado de que os adolescentes estavam ameaçando um ataque, um dia antes dos fatos.

“Não desejamos, com essa notícia-crime, perseguição contra o diretor, mas sua responsabilização por uma omissão penalmente relevante, nos termos do artigo 13, parágrafo 2, do Código Penal, pois ele tinha o dever de agir e condições para evitar a tragédia", disse Leonel Ferreira.

O ataque resultou em ferimentos na cabeça, costas e pescoço da professora. A investigação policial concluiu que o ato foi premeditado por três adolescentes, que inclusive destruíram câmeras de vigilância antes da agressão e levaram cinco facas para a escola. A motivação, segundo a polícia, seria uma insatisfação geral dos alunos contra a escola e os professores. Os suspeitos foram apreendidos.

"A violência ocorrida é inaceitável, pois a escola deveria ser um ambiente seguro para professores e alunos. Não podemos tratar como fatalidade um caso em que, tanto a ausência de medidas preventivas por parte do Município como a omissão específica imputada ao diretor, contribuíram para o resultado”, afirmou o advogado.

A prefeitura de Caxias do Sul disse que não recebeu a notificação e só se manifestará nos autos do processo, mas que segue prestando suporte à professora. A reportagem tenta contato com o diretor da escola onde os fatos ocorreram.


Correio do Povo

Conab estima produção gaúcha de grãos em 33,2 milhões de toneladas

 Levantamento atualizado da estatal para a safra 2024/25 aponta queda de 9,8%

O arroz alcançou 8,3 milhões de toneladas (+15,9%), com área de 951,9 mil hectares (+5,7%) e produtividade satisfatória, apesar de oscilações térmicas durante o ciclo | Foto: Sebastião José de Araújo / Embrapa / CP


O Rio Grande do Sul deve produzir 33,2 milhões de toneladas de grãos, conforme o 10º levantamento da safra 2024/25, divulgado na manhã desta quinta-feira, dia 10, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume representa uma queda de 9,8% em relação à safra passada. Para a área plantada, a estimativa é de 10,38 milhões de hectares, uma redução de 0,4%.

Apesar do volume expressivo, o ciclo é marcado por contrastes. A estiagem, que afetou principalmente o desenvolvimento da soja, reduziu a produção gaúcha. No entanto, o mesmo clima seco favoreceu as lavouras de arroz irrigado e não prejudicou as lavouras de milho, implementadas mais cedo. Recentemente, as chuvas intensas afetaram a implantação das culturas de inverno e provocaram perdas localizadas, especialmente em áreas de trigo e canola. Mesmo com esse cenário adverso, o Estado se mantém como o quarto maior produtor nacional, atrás de Mato Grosso, Paraná e Goiás.

“Mais uma vez, o clima impactou negativamente a produção gaúcha, especialmente a soja, apesar do esforço dos produtores na manutenção da produção. Para o arroz e milho, os efeitos climáticos foram menores e, aliados aos bons tratos culturais, a produção cresceu em relação à última safra. As atenções agora se voltam para as culturas de inverno, especialmente o trigo, que está sendo implementado e tem no Rio Grande do Sul a maior produção”, ressalta o presidente da Conab, Edegar Pretto.

Arroz e feijão

arroz alcançou 8,3 milhões de toneladas (+15,9%), com área de 951,9 mil hectares (+5,7%) e produtividade satisfatória, apesar de oscilações térmicas durante o ciclo. As lavouras da safra 2024/25 já estão totalmente colhidas e não houve perdas na produção em decorrência das recentes chuvas e enchentes. “O sistema de reservatórios, somado ao calor, resultou em uma boa produtividade no arroz, chegando aos níveis de 2016/17, 2017/18 e 2020/21, quando o Rio Grande do Sul passou de 8 milhões de toneladas na produção do cereal”, destaca Pretto.

Com expectativa de área de 42,4 mil hectares, o feijão teve retração de 12,6% na área cultivada. Já na produção, a estimativa é de aumento de 2,5%, chegando a 73,5 mil toneladas. A primeira safra sofreu com a estiagem e o calor excessivo, enquanto a segunda safra, especialmente em áreas irrigadas, surpreendeu positivamente, com rendimento 61% superior à safra anterior.

Soja e milho

Principal cultura agrícola do Estado, a soja também já teve a colheita finalizada. A oleaginosa teve aumento de área (+1,3%) em comparação à safra passada e alcançou 6,85 milhões de hectares. No entanto, a estiagem no verão reduziu drasticamente a produtividade, resultando em uma colheita de 14,28 milhões de toneladas — queda de 27,3% em relação ao ciclo anterior.

Já o milho da 1ª safra apresentou cenário oposto: mesmo com redução de 12,2% na área cultivada, a produção cresceu 12% devido à boa produtividade, totalizando 5,43 milhões de toneladas. A colheita foi prejudicada pelas chuvas em algumas regiões, afetando a qualidade dos grãos remanescentes no campo.

Culturas de inverno

O trigo, cultura mais representativa do inverno, teve nova redução de área (-10,2%) em relação à safra anterior, e deve render 3,81 milhões de toneladas (-2,6%). A semeadura avança lentamente, afetada por excesso de chuvas, baixa luminosidade e erosão do solo. A aveia, devido aos custos de produção e maior opção de utilização, tem o cenário de crescimento, com área estimada em 370,7 mil hectares (+3,9%) e produção de 916 mil toneladas (+8,7%).

A canola registra forte expansão, com previsão de 200 mil hectares semeados (+36,9%), mas enfrenta dificuldades no desenvolvimento inicial devido às chuvas e geadas. A cevada, por sua vez, segue tendência de retração, com redução de área (-7,6%) e produção estimada em 102,4 mil toneladas (-11%).

Produção nacional

No cenário nacional, a safra de grãos está estimada em 339,6 milhões de toneladas, 14,2% acima do ciclo anterior. O crescimento é impulsionado por clima mais favorável, maior produtividade e aumento de 2,3% na área plantada.

A área cultivada totaliza 81,8 milhões de hectares, crescimento de 2,3% na comparação anual. O aumento é puxado principalmente pela soja, cuja área cresceu 3,2% (1,5 milhão de hectares), seguida pelo milho com 2,4% (507,8 mil hectares) e pelo arroz, que apresentou incremento de 140,8 mil hectares.

Embora o plantio das culturas de inverno tenha sido prejudicado por excesso de chuvas na região Sul, os demais cultivos avançam satisfatoriamente nas diversas etapas do ciclo.

Correio do Povo

Motta e Alcolumbre dizem que Congresso está pronto para defender a economia em relação às tarifas de Trump

 Para eles, decisão sobre tarifas deve ser respondida com diálogo nos campos diplomático e comercial



Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, deputado Hugo Motta e senador Davi Alcolumbre, afirmaram em nota conjunta à imprensa que o Congresso Nacional está pronto para agir com equilíbrio e firmeza em defesa da economia brasileira, do setor produtivo e da proteção dos empregos, diante das tarifas impostas aos produtos brasileiros pelos Estados Unidos.

Para eles, a decisão dos Estados Unidos deve ser respondida com diálogo nos campos diplomático e comercial.

"O Congresso Nacional acompanhará de perto os desdobramentos. Com muita responsabilidade, este Parlamento aprovou a Lei da Reciprocidade Econômica. Um mecanismo que dá condições ao nosso país, ao nosso povo, de proteger a nossa soberania", diz a nota.

Leia a nota na íntegra:

"A decisão dos Estados Unidos de impor novas taxações sobre setores estratégicos da economia brasileira deve ser respondida com diálogo nos campos diplomático e comercial. O Congresso Nacional acompanhará de perto os desdobramentos. Com muita responsabilidade, este Parlamento aprovou a Lei da Reciprocidade Econômica. Um mecanismo que dá condições ao nosso país, ao nosso povo, de proteger a nossa soberania. Estaremos prontos para agir com equilíbrio e firmeza em defesa da nossa economia, do nosso setor produtivo e da proteção dos empregos dos brasileiros."

Correio do Povo

Trump anuncia tarifas de 35% ao Canadá a partir de 1º de agosto

 Presidente dos EUA segue tarifaço após prometer taxar Brasil em 50%



O Canadá terá uma tarifa de 35% sobre suas exportações aos Estados Unidos a partir de 1º de agosto, anunciou nesta quinta-feira,10, o presidente americano Donald Trump, em carta endereçada ao primeiro-ministro canadense Mark Carney.

'Em vez de colaborar com os Estados Unidos, o Canadá tomou represálias com suas próprias tarifas. A partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Canadá uma taxa de 35% sobre os produtos canadenses enviados aos Estados Unidos, à parte de todas as tarifas setoriais', disse Trump na carta, publicada em sua plataforma Truth Social.

Ontem, o Republicano anunciou taxação de 50% nos produtos brasileiros também a partir do mês que vem. Trump enviou um carta ao presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) criticando ações da Justiça contra seu aliado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Lula disse que em caso de aplicação da taxação o País responderá com a Lei da Reciprocidade.

AFP e Correio do Povo

ANTES DE TUDO...

 FRASE DE TARCISO DE FREITAS

Em primeiríssimo lugar, a bem da VERDADE ABSOLUTA nesta questão da TAXAÇÃO DE 50% imposta pelo governo americano para tudo que o BRASIL exporta para os EUA, vale a pena repetir a seguinte frase que o correto e sensato governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, postou ontem, nas redes sociais: - LULA COLOCOU SUA IDEOLOGIA ACIMA DA ECONOMIA. TIVERAM TEMPO PARA PRESTIGIAR DITADURAS, DEFENDER A CENSURA E AGREDIR O MAIOR INVESTIDOR DIRETO DO BRASIL. OUTROS PAÍSES BUSCARAM A NEGOCIAÇÃO. NÃO ADIANTA SE ESCONDER ATRÁS DE BOLSONARO. A RESPONSABILIDADE É DE QUEM GOVERNA. NARRATIVAS NÃO RESOLVERÃO O PROBLEMA-. 

PESO RELATIVO

Em segundo lugar, a título de esclarecimento, é importante que todos saibam que -AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS PARA OS EUA REPRESENTAM CERCA DE 12% (dados oficiais de 2024), ENQUANTO AS IMPORTAÇÕES DOS EUA PROVENIENTE DO BRASIL CORRESPONDERAM A 1,3% DO TOTAL DAS IMPORTAÇÕES DAQUELE PAÍS. Isso, portanto, coloca o Brasil como um parceiro comercial importante, mas com uma PARTICIPAÇÃO RELATIVAMENTE PEQUENA NAS COMPRAS DOS EUA EM COMPARAÇÃO COM OUTROS PAÍSES. 

ALGUNS E TODOS

Em terceiro lugar, há que se levar em correta conta o FATO de que, ENQUANTO -ALGUNS- IMPORTADORES AMERICANOS vão sofrer IMPACTO SIGNIFICATIVO com o drástico TARIFAÇO, TODOS- OS EXPORTADORES BRASILEIROS QUE VENDEM PRODUTOS PARA OS EUA SERÃO IMENSAMENTE PENALIZADOS.

HOSTIL

Em quarto lugar, também de forma ABSOLUTAMENTE INCONTESTÁVEL, é mais do que sabido que -LULA, O PT E A ESQUERDA BRASILEIRA EM GERAL-, ADORAM FUSTIGAR, NÃO RARO DE FORMA HOSTIL, O GOVERNO DOS EUA.

CARTA

Em quinto lugar, também para que fique bem claro, a decisão tomada por Donald Trump NADA TEM A VER COM FATO ECONÔMICO, COMO MUITA GENTE ESTÁ REFERINDO. A esses aconselho a correta leitura da CARTA QUE TRUMP ENVIOU AO PRESIDENTE LULA. O DOCUMENTO DIZ, COM NITIDEZ INCONFUNDÍVEL, que o MOTIVO PARA O -TARIFAÇO- se dá por conta dos -ATAQUES INSIDIOSOS DO BRASIL CONTRA ELEIÇÕES LIVRES E À VIOLAÇÃO FUNDAMENTAL DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO DOS NORTE-AMERICANOS (como demonstrado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil, QUE EMITIU CENTENAS DE ORDENS DE CENSURA -SECRETAS e ILEGAIS - A PLATAFORMAS DE MÍDIA SOCIAL DOS EUA, AMEAÇANDO-AS COM MULTAS DE MILHÕES DE DÓLARES E EXPULSÃO DO MERCADO DE MÍDIA SOCIAL BRASILEIRO.

BLOQUEIO ECONÔMICO

Em sexto lugar, para finalizar, há que se levar em conta -dependendo da REAÇÃO DO GOVERNO LULA-, que não pode ser ignorada uma eventual possibilidade dos EUA imporem um EMBARGO ECONÔMICO AO BRASIL. Algo parecido, ou semelhante, ao BLOQUEIO CUBANO, iniciado em 1962, após a Revolução Cubana e a NACIONALIZAÇÃO DE PROPRIEDADES AMERICANAS NA ILHA, onde as razões alegadas incluíram a oposição ao regime socialista de Fidel Castro e a busca por mudanças políticas em Cuba. 


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