Fávaro rebate acusações de que Plano Safra não está sendo liberado: 'fake news'

 Segundo o ministro da Agricultura, no Plano Safra 2024/2025, dos R$ 92 bilhões de recursos equalizados anunciados, R$ 84 bilhões tinham sido operacionalizados até junho

Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, refutou acusações da oposição do governo | Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados / CP


O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, voltou a classificar como fake news as acusações da oposição de que o governo anuncia mas não libera os recursos do Plano Safra. “O debate é essencial na democracia. Divergência e contraponto são relevantes e devem ser respeitados. Mas fake news, não!”, rebateu o ministro nas redes sociais. “Está circulando por aí que o governo anuncia um Plano Safra recorde e não libera os recursos. Isso não é verdade”, refutou Fávaro.

O ministro afirmou que, no Plano Safra 2024/2025, dos R$ 92 bilhões de recursos equalizados anunciados, R$ 84 bilhões tinham sido operacionalizados até junho. “O total final deve ficar muito próximo do valor previsto. Nos recursos controlados, foram anunciados R$ 96 bilhões e, até meados de junho, mais de R$ 80 bilhões já tinham sido contratados. E a execução também deve se aproximar do teto”, projetou o ministro.

“Como o produtor sabe, quando o limite dos recursos equalizados se aproxima do fim, os bancos naturalmente reduzem as contratações para evitar prejuízo aos agricultores - já que a subvenção pode não ser garantida. Essa dinâmica sempre existiu, com todos os ministros da Agricultura”, justificou Favaro.

Sobre o crédito de Cédulas de Produto Rural (CPRs) originados de Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), com isenção do imposto, Fávaro destacou que o resultado superou as expectativas, com R$ 185 bilhões liberados ante R$ 108 bilhões projetados inicialmente. “Com governo Lula, o Plano Safra segue forte, responsável e transparente. A verdade está nos números. E quem vive do agro sente: o campo está em movimento, com crédito chegando e o Brasil colhendo os frutos”, defendeu o ministro.

A manifestação ocorre após declarações recentes da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) de que o governo anuncia valores recordes, mas o crédito não é efetivado.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Sexta-feira terá amanhecer gelado, mas tarde será amena no RS; confira a previsão

 Temperatura máxima deve alcançar a casa dos 20°C após trégua na onda de frio

Frio em Porto Alegre | Foto: Pedro Piegas


O Rio Grande do Sul passará a ter uma trégua no frio intenso a partir desta sexta-feira, 4, conforme a MetSul Meteorologia. As temperaturas devem se elevar de forma gradual, com máximas próximas dos 20°C. O alívio se dá pelo afastamento da forte massa de ar polar que trouxe queda nos termômetros na última semana.

Ainda assim, a MetSul alerta para frio forte durante a noite e ao amanhecer nesta sexta. Marcas negativas ainda devem ser registradas, especialmente nos Aparados e no Sul, como na Serra do Sudeste.

Também haverá geada ao amanhecer em quase todas as regiões gaúchas, inclusive na Grande Porto Alegre. A tarde será mais amena e agradável em relação aos últimos dias.


Final de semana

sábado terá sol e nuvens na capital gaúcha. Haverá nuvens altas, mais no começo do dia, e nebulosidade esparsa em parte do sábado. O amanhecer ainda pode ter nevoeiro e/ou neblina em pontos da cidade.

As mínimas devem ficar entre 8ºC e 10ºC na maioria dos bairros, mas nos extremos Sul e Leste da cidade o amanhecer pode ter até 5ºC a 7ºC. Já a tarde, amena, deve anotar máximas ao redor de 20ºC.

O domingo terá presença do sol com momentos de céu claro ou de escassa nebulosidade esparsa durante a tarde. Entre a madrugada e de manhã chance de nevoeiro e/ou neblina e coberto de nuvens baixas que depois dá lugar ao sol.

Segue frio cedo com 9ºC a 11ºC na maior parte da capital, mas com marcas menores no Sul e no Leste da cidade. A tarde terá máximas em torno de 19ºC a 21ºC.

MetSul Meteorologia e Correio do Povo

Onda de frio provoca colapso energético na Argentina e mortes em países sul-americanos

 Baixas temperaturas históricas causaram, ao menos, 15 mortes em país do Cone Sul por conta de massa de ar polar

Governo de Javier Milei suspendeu ontem o fornecimento de gás para indústrias e postos de gasolina, para assegurar o recurso nos lares | Foto: ALEJANDRO PAGNI / AFP / CP


A região mais austral da América do Sul enfrenta um inverno com recordes de temperaturas baixas, que provocaram cerca de 15 mortes e levaram a uma restrição no fornecimento de gás na Argentina, além de ativar planos para abrigar pessoas no Chile e no Uruguai.

Os termômetros caíram bruscamente nos três países, às vezes muito abaixo de 0ºC. “O que aconteceu nesta semana no Chile e no Cone Sul, em geral, foi uma onda de frio causada por um escape de uma massa de ar polar da Antártica”, explicou à AFP Raúl Cordero, climatologista da Universidade de Santiago.

Na Argentina, que tem algumas partes do território sob alerta devido às temperaturas baixas, pelo menos nove pessoas que viviam nas ruas morreram de frio, segundo a ONG Proyecto 7, que presta assistência a essa população em todo o país.

Buenos Aires registrou ontem sua temperatura mais baixa desde 1991 (-1,9ºC). Cerca de 450 km ao sul da capital, na cidade costeira de Miramar, nevou neste fim de semana, após 34 anos.

Bem mais ao sul, na estepe patagônica, a pequena localidade de Maquinchao registrou -18ºC na terça-feira. A demanda elétrica incomum causou um colapso no fornecimento de serviços em alguns setores de Buenos Aires, onde milhares de usuários enfrentaram apagões, em alguns pontos por mais de 24 horas.

O governo de Javier Milei suspendeu ontem o fornecimento de gás para indústrias e postos de gasolina, para assegurar o recurso nos lares.

Nesta quinta-feira, eliminou os preços de referência de gás liquefeito de petróleo (GLP), por considerar que preços livres contribuem para um mercado saudável.

Neve no Atacama

No Uruguai, autoridades decretaram um “alerta público de nível vermelho e alcance nacional” para atender às pessoas em situação de vulnerabilidade, após a morte de seis pessoas. Essa medida permite ao governo do esquerdista Yamandú Orsi deslocar compulsoriamente quem está ao relento para abrigos.

O frio na capital, Montevidéu, onde o número de pessoas em situação de rua aumentou nos últimos meses, tem sido intenso. Em 30 de junho, foi registrada a temperatura máxima mais baixa desde 1967 (5,8ºC), apontou o meteorologista Mario Bidegain no noticiário local Telemundo.

O Chile também implementou planos para acolher os desabrigados durante os dias mais frios. Em Chillán, a 400 quilômetros de Santiago, a temperatura caiu até -9,3ºC, segundo a Direção Meteorológica do Chile (DMC).

No extremo norte do país, nevou até mesmo em algumas áreas do Deserto do Atacama, o mais árido do mundo, o que não acontecia há uma década. “Não é tão habitual que essas massas de ar tão frias estejam se estendendo tanto para os setores do norte, então não se pode descartar que isso também seja causado pelas mudanças climáticas”, disse à AFP Arnaldo Zúñiga, meteorologista da DMC.

Trégua

O Cone Sul, no entanto, espera uma trégua nas temperaturas polares nos próximos dias. Nesta quinta-feira, Buenos Aires registrou 12ºC; Montevidéu, 14ºC; e Santiago, 24,7ºC.

“Fiquei bastante surpresa com a mudança do frio para o calor, foi uma mudança muito drástica”, disse a estudante Dafne Naranjo, 18, na capital chilena. “Na semana passada, estava muito frio. Agora, o clima mudou bastante”, acrescentou.

Nos últimos anos, houve mais ondas de calor do que de frio. “A frequência com que episódios de calor são registrados triplicou, seja no verão ou no inverno, não apenas no Cone Sul, mas em todo o mundo”, ressaltou Raúl Cordero.“Não é bom ter ondas de calor, nem no inverno, nem no verão. São fenômenos anômalos, não são coisas que deveriam acontecer.”

AFP e Correio do Povo

FRASE DO DIA - 04.07.2025

 A suspeita sempre persegue a consciência culpada; o ladrão vê em cada sombra um policial.

- William Shakespeare

Empresa alvo de ataque hacker retoma operações após autorização do BC

 Companhia conecta algumas instituições financeiras ao chamado Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que inclui o Pix

O caso é investigado pela Polícia Federal, Polícia Civil de São Paulo e pelo BC | Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil / CP


A C&M Software, alvo de um ataque cibernético nesta semana, informou nesta quinta-feira, 3, que obteve autorização do Banco Central para retomar os seus serviços. As operações do Pix, segundo a empresa, seriam restabelecidas em um 'regime de produção controlada'.

A S&M conecta algumas instituições financeiras ao chamado Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), que inclui o Pix. O acesso das instituições às infraestruturas operadas pela C&M havia sido suspenso na noite de terça-feira, depois de um ataque cibernético que desviou pelo menos R$ 800 milhões.

O caso é investigado pela Polícia Federal, Polícia Civil de São Paulo e pelo BC. O ataque atingiu contas de reserva de oito instituições financeiras, mas não afetou sistemas ou recursos sob responsabilidade do BC. As contas de reserva funcionam como uma conta corrente dos bancos, e são utilizadas para processar as movimentações financeiras.

'A CMSW informa que, após atuação conjunta com o Banco Central do Brasil, obteve autorização para restabelecer as operações do Pix, sob regime de produção controlada', disse a empresa em nota. Depois, em um artigo publicado no seu site, a empresa negou responsabilidade pelo incidente e disse que foi vítima de uma 'ação criminosa externa', originada a partir da violação do ambiente de um cliente, cujas credenciais de integração teriam sido indevidamente utilizadas.

'A CMSW é vítima da ação criminosa, tanto pelo uso fraudulento de seus serviços quanto pela exposição gerada por credenciais externas comprometidas', disse a empresa, acrescentando que 'não houve invasão direta aos sistemas da CMSW'.

'Os sistemas críticos seguem íntegros e operacionais.' Segundo C&M, o ataque foi executado a partir de uma simulação fraudulenta de integração, em que um terceiro usou as credenciais legítimas de um cliente para acessar os serviços como se fosse uma instituição financeira autorizada.

Algumas instituições, como os grandes bancos, conseguem se conectar diretamente com o Sistema de Pagamentos Brasileiro do BC - o regulador para as transações -, mas outras dependem de intermediários, como a C&M, para operar integradas ao sistema.

O Banco Paulista confirmou que foi uma das instituições afetadas pelo ataque à infraestrutura da C&M e que estava com o seu serviço de Pix interrompido. Em nota, o banco disse que uma falha em provedor terceirizado levou à interrupção.

Mas garantiu que isso 'não comprometeu dados sensíveis nem gerou movimentações indevidas'. Além do banco Paulista, a BMP e a Credsystem também teriam sido afetadas pela ação hacker.

A BMP, uma instituição autorizada pelo BC desde 2009, que atua com operações de crédito e na prestação de serviços financeiros, confirmou ter sido atingida. Já a Credsystem, que opera desde 1996 e oferece soluções financeiras para o varejo, não retornou contato da reportagem. O BC também confirmou a retomada parcial das operações da C&M Software.

A suspensão cautelar da prestadora de serviços foi substituída por uma suspensão parcial, após medidas para mitigar a chance de ocorrência de novos incidentes, informou a autarquia.

Criação do Pix

A C&M Software foi fundada em 1999 por Orli Machado e presta serviços para empresas, como a integração de instituições financeiras ao Pix, sistema de pagamento instantâneo do BC.

Com sede em Barueri (SP), a empresa conta com cerca de 250 profissionais e, desde 2015, também tem escritório em Miami, nos EUA. Junto com outros especialistas, Machado foi um dos consultores informais do BC durante a criação do Pix. Por sua especialização na integração ao Pix, a C&M auxiliou na criação do FedNow nos EUA, uma espécie de versão americana do Pix.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Cheias nos principais rios do RS não foram agravadas por assoreamento, aponta análise do IPH

 Estudos mostram que rios como Guaíba, Jacuí e Taquari não apresentam bloqueios ou elevações significativas que impactem na vazão do sistema

Os pesquisadores destacam a importância de estudos complementares que contribuam para responder de forma definitiva questões sobre assoreamentos | Foto: Pedro Piegas

A partir de avaliações do comportamento da cheia de junho de 2025 no Guaíba e no delta do Jacuí, pesquisadores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), em colaboração com o Programa de Gestão Ambiental Portuária do Porto de Porto Alegre (PGA POA), consideram que não há evidências de que um assoreamento generalizado no Guaíba ou em rios como o Jacuí e o Taquari tenha provocado elevação adicional nos níveis de cheia.

Em nota técnica divulgada nesta quinta-feira, 3, os cientistas afirmam que não foi detectada alteração significativa na resposta do Guaíba às chuvas nos últimos anos.

“Os perfis batimétricos analisados corroboram essa avaliação, mostrando que as variações observadas no leito são compatíveis com processos naturais de erosão e deposição associados a eventos extremos, sem indicar bloqueios ou elevações relevantes que impactem significativamente a vazão do sistema. Em muitos locais do canal de escoamento, como destacado, foi observada inclusive erosão. É sempre preciso considerar os custos de execução e de oportunidade, além da eficácia e eficiência, das dragagens e outras possibilidades de enfrentamento das cheias.”, diz trecho do documento.

Vazão de água

Os níveis de água registrados no Guaíba durante esses eventos foram compatíveis com os volumes de precipitação, com pequenas variações devido à distribuição espacial e temporal das chuvas e ao efeito dos ventos.

Embora a vazão em 2025 (12.941 m³/s) tenha sido muito menor que o recorde de 2024 (35.736 m³/s), ela ainda representou uma vazão de 6 a 12 vezes maior que o habitual (1.000 a 2.000 m³/s), evidenciando a grande quantidade de água que passou pelo sistema.

Como funcionam os estudos

As chuvas que causaram as cheias de setembro de 2023, novembro de 2023, abril-maio de 2024 e junho de 2025 no Rio Grande do Sul foram analisadas com base nos registros de mais de 200 postos de medição da Rede Hidrometeorológica Nacional, coordenada pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA),

Batimetria: alterações no leito do rio

Para entender melhor a circulação da água e os impactos das cheias no leito do rio, foram realizados levantamentos batimétricos (medições de profundidade e forma do fundo) na área portuária de Porto Alegre e nos canais ao redor do Delta do Jacuí. Esses levantamentos aconteceram em 26 de dezembro de 2024.

Os dados obtidos em campo foram comparados com a base anterior utilizada nas cartas náuticas (Navionics), permitindo identificar mudanças na forma do fundo ao longo de três perfis batimétricos.

Estudos futuros e importância dos resultados

Os pesquisadores destacam a importância de estudos complementares que contribuam para responder de forma definitiva a questões específicas relacionadas a possíveis impactados detalhados de erosão e assoreamentos ou intervenções no leito.

Devem ser realizados mapeamentos periódicos e mais abrangentes de batimetria, estudos hidráulicos e hidrossedimentológicos. Além disso, é importante ter acesso ao resultado de levantamentos batimétricos anteriores, feitos por órgãos estaduais e federais, para uma avaliação mais completa das mudanças no leito.

Esses esforços técnicos e científicos são essenciais para fortalecer o planejamento, proteger a população e preservar as atividades econômicas e ambientais que dependem do Guaíba e de sua bacia hidrográfica.


Correio do Povo

Haddad diz conhecer relatório de Lira sobre IR, mas que não vai anunciar: “Fica indelicado”

 Projeto amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil

Haddad fez as declarações a jornalistas no Hotel Fairmont, no Rio | Foto: José Cruz / Agência Brasil / CP


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que conhece os termos do relatório sobre o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a cargo do deputado Arthur Lira (PP-AL), mas que não adiantaria seu teor aos jornalistas.

"Vejo como uma indelicadeza anunciar o trabalho próprio do relator”, argumentou. “Eu não quero adiantar porque fica indelicado. Eu conheço os termos, mas eu não vou me adiantar a ele, porque ele é o relator. Fica muito deselegante eu falar de um anúncio que cabe a ele fazer”, reforçou em outro momento.

Haddad foi só elogios ao ex-presidente da Câmara, dizendo que o alagoano tem mantido um diálogo de “altíssimo nível” com a Secretaria de Reformas Econômicas, e com o secretário Marcos Pinto. “O Marcos tem me relatado que as conversas estão prosperando em um nível muito elevado, com trabalho técnico, com trabalho para o Brasil. E eu tenho razões para imaginar que nós estamos próximos, que nós chegaremos a um bom relatório”, previu.

Segundo o ministro, Lira tem sido transparente em relação às negociações que foram feitas para chegar a um entendimento, mas considera difícil cravar uma data para a publicação do texto.

"Estes dias estão parados, então, na verdade, a hora que ele entender como conveniente, vai apresentar. O importante é apresentar um bom relatório, um relatório que possa ser defendido perante a opinião pública, que busca justiça tributária. Estamos em um País muito injusto. Então, ao começar a corrigir essa grande injustiça, penso que estamos em um bom caminho”, avaliou.

Haddad fez as declarações a jornalistas no Hotel Fairmont, no Rio, onde está para participar da reunião financeira do Brics e do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). Mais cedo, a Estadão/Broadcast registrou que o deputado fechou o esboço do texto que será apresentado à comissão especial na Câmara. Conforme o relator, o tema foi tratado com Haddad.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Sem alardes, PSD-RS confirma executiva com Eduardo Leite na presidência

 A onda de migrações tucanas que era esperada pelo partido não se confirmou e a grande festa para a chegada do governador gaúcho, se for ocorrer, não será agora

Leite comandará o PSD no Rio Grande do Sul | Foto: Fabiano do Amaral

A grande festa que o PSD do Rio Grande do Sul prometia para a chegada do governador Eduardo Leite, se for ocorrer, não será agora. O partido registrou, sem alardes, a nova executiva estadual, com o ex-tucano na presidência no TRE-RS.

Ao contrário do que se esperava no âmbito do PSD nacional, não se pôde observar, até o momento, uma onda de migrações do PSDB para o partido. Sem sucesso nas tratativas entre Podemos e tucanos para possível fusão ou incorporação, deputados estaduais e federais só podem trocar de agremiação durante a janela partidária, no primeiro semestre de 2026. Vereadores só poderão migrar em 2028. A regra, contudo, não vale para cargos executivos e prefeitos poderiam migrar a qualquer momento.

Na vice-presidência, está a ex-senadora Ana Amélia Lemos, que já fazia parte da legenda. Secretário-chefe da Casa Civil e braço direito de Leite no Palácio Piratini, Artur Lemos Júnior será outro vice-presidente.

Sua chefe de gabinete na Casa Civil e ex-vereadora de Maçambará, Cátia Belmonte, será a secretária-geral. Micheli Petry, ex-PSDB, é a primeira tesoureira. O tenente-coronel Euclides Maria da Silva Neto, chefe do gabinete do governador, será o segundo tesoureiro.

No total, a executiva é composta por 24 membros. Os demais são vogais. Entre eles, a ex-presidente estadual do PSD, Letícia Boll; o prefeito de Passo Fundo, Pedro Almeida; o deputado federal Danrlei de Deus; o deputado estadual Dimas Costa; e o secretário estadual de Esportes Juliano Franczak, o Gaúcho da Geral.


Correio do Povo

De que adianta ser eleito se não for para falar?

 



Post de Ali Klemt

Fonte: https://www.tiktok.com/@ali.klemt/video/7514858841209703736?_r=1&block_tid=main&click_source=video_image_0&gd_label=edm_subscribe&lan=pt-BR&language=pt&layout_id=7450034956325131269&msg_id=7523007102470722616&source=h5_m&ug_source=post.email&utm_campaign=emailrecall&utm_source=edm_subscribe

Instalada a Frente Parlamentar para tratar da concessão da Ponte Internacional São Borja

 A mesma frente irá tratar da construção de uma ponte ligando Itaqui a Aívear, na fronteira com a Argentina

A instalação das frente que contou com a presença de autoridades estaduais | Foto: Lauro Alves/Assembleia Legislativa do RS/CP


Foi instalada na manhã desta quinta-feira a Frente Parlamentar da Assembleia Legislativa que irá tratar da concessão de operação da Ponte Internacional entre São Borja e Santo Tomé, na Argentina, e da construção de uma ponte ligando Itaqui a Aívear, também no país vizinho. Na oportunidade também aconteceu a instalação da Frente Parlamentar que irá tratar da manutenção da BR 472 e da reconstrução da ponte sobre o Rio Ibicuí. A iniciativa ocorreu no Centro Unificado da Fronteira, em São Borja, e reuniu autoridades estaduais. As Frentes serão presididas pelo deputado estadual Tiago Cadó (PDT). O presidente da Assembleia Legislativa, Pepe Vargas(PT) também participou do ato de instalação.

O processo de licitação do novo contrato para a concessão da ponte entre São Borja e Santo Tomé já foi pauta de audiência pública na Comissão de Economia, Desenvolvimento Sustentável e Turismo da Assembleia Legislativa O debate ocorrido no último dia 11 alertou sobre a possível interrupção do fluxo aduaneiro, no Centro Unificado da Fronteira, caso o terceiro processo licitatório (a abertura dos envelopes está prevista para o dia 16) não tenha interessados.

O segundo tema que mobilizou os parlamentares é a BR-472, que tem seus extremos na Ponte da Integração, que movimenta U$ 1 bilhão de dólares por mês em mercadorias de exportação e importação, com fluxo de mais de 10 mil caminhões. No outro extremo da rodovia, está a Ponte Internacional de Uruguaiana e Passo de Los Libres, considerado o maior porto seco do Estado e um dos maiores do Brasil.

O deputado disse se preocupar com a possibilidade de encerramento dos trabalhos no Centro Unificado de Fronteira. "Ter a possibilidade de ver as operações encerrarem nesse porto seco assusta" ,lamentou. Ele lembrou que o primeiro leilão foi suspenso pelo Tribunal de Contas da União. "O segundo sem interessados e está previsto por dia 16 de julho, próximo, um novo na cidade de Foz do Iguaçu. E caso não hajam interessados, num primeiro momento o Ministério dos Transportes diz que o nosso Porto Seco seria encerrado as suas atividades até que se encontrasse um caminho", observa.

Ele afirma que a visita de Vargas a São Borja para conhecer as estruturas do Centro Unificado trás força para lutar para que o Porto Seco não encerre as atividades. "Essa frente parlamentar também trata das questões do Itaqui. porque a nossa região durante muito tempo ficou aquém das discussões que margeiam o desenvolvimento da infraestrutura", justifica. O deputado destaca que pede que Itaqui seja lembrado nessas discussões para a construção e viabilização da sua ponte internacional. "O governo do Estado, viabilizou o pagamento do projeto para a viabilização dessa ponte e a gente sempre precisa ter projetos para que essas obras aconteçam", enfatiza. Ele solicita que o projeto entre nas discussões do Programa de Aceleração do Crescimento. "Queremos muito mais do que a continuação apenas da operação do Porto Seco. Estamos trabalhando já dentro da Assembleia Legislativa, na possibilidade de inclusão do PAC, já de forma imediata. Que as coisas aconteçam porque nós merecemos respeito e queremos que esse Centro Unificado de Fronteira, ao invés de fechar, ele aumente as suas operações e possa gerar ainda muito mais desenvolvimento para a nossa região", observa.

Vargas destacou a importância da Fronteira Oeste ter um deputado da região. "São Borja há mais de 30 anos não tinha um deputado que mora na cidade. Agora, com o Cadó, temos as pautas da Fronteira Oeste mais presentes. Em uma semana após sua posse no mandato, já propôs um conjunto de ações importantes para o desenvolvimento econômico e social na faixa de fronteira", observou o presidente do Legislativo.

Correio do Povo