Senado terá comissão temporária para acompanhar crise no RS

 Colegiado vai acompanhar, fiscalizar e propor soluções



O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciou a criação de uma comissão para acompanhar as providências tomadas para ajudar o Rio Grande do Sul, atingido por uma enchente histórica. Segundo os números mais recentes, 364 municípios foram atingidos pelas fortes chuvas na região.

O anúncio feito por Pacheco ocorreu no início da tarde desta segunda-feira, em frente à residência oficial. A comissão temporária externa poderá acompanhar, fiscalizar e propor projetos no Congresso a respeito da crise vivida no sul do país. “Há muitas medidas que precisam ser estudadas. A própria viabilização de recursos ao estado do RS e aos municípios, a forma orçamentária de fazê-lo para não esbarrar em limitações impostas em regimes de normalidade”, disse Pacheco.

Farão parte da comissão os três senadores da bancada do estado, Paulo Paim (PT), Hamilton Mourão (Republicanos) e Ireneu Orth (PP), bem como uma indicação de cada bloco partidário. Paim e Mourão estavam ao lado de Pacheco no momento do anúncio.

O presidente do Senado e do Congresso disse ainda que deverá se encontrar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda na tarde de hoje para tratar da crise no Rio Grande do Sul. Pacheco também confirmou ter conversado com o governador do estado, Eduardo Leite, que procurou saber das providências vindas do Legislativo para auxiliar os municípios atingidos.

Até o momento, foram confirmadas 83 mortes e há mais quatro em investigação, além de 291 pessoas feridas no estado. As enchentes já afetaram mais de 873 mil pessoas.

Calamidade

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil já reconheceu o estado de calamidade pública em 336 municípios gaúchos. A portaria com a lista das cidades foi publicada nesse domingo (5), em edição extra do Diário Oficial da União.

Na última quinta-feira, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional já havia reconhecido a situação em todo o estado, seguindo o decreto estadual publicado no dia anterior.

Agência Brasil e Correio do Povo

'Desastre tem impacto no conjunto econômico de todo o País', diz Fernando Rocha

 Situação de calamidade do Estado é um exemplo concreto de como as projeções podem ser influenciadas por eventos externos, avalia especialista do BC



O chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha, afirmou que a situação de calamidade do Rio Grande do Sul trará impacto para as projeções de mercado, que se dividirão em antes e depois da catástrofe, que afetará o conjunto econômico do País.

"Quando se olha em termos econômicos, de projeção, esse desastre tem impacto na safra agrícola, no comércio, nas vendas, no emprego, no conjunto da atividade econômica do Rio Grande do Sul e, por conta disso, de todo o País. Claro que você tinha um conjunto de projeções anterior a esse evento e terá um conjunto de projeções posterior a esse evento", afirmou na tarde desta segunda-feira, 6, durante transmissão da Live BC sobre o Relatório de Mercado Focus.

Rocha explicava que a pesquisa de mercado compilada semanalmente pelo BC é importante por mostrar como os agentes de mercado veem as evoluções de variáveis fundamentais ao longo do tempo, porque quanto mais ancoradas essas expectativas estiverem em direção à meta de inflação, menor será o custo de ações da política monetária.

Ele pontuou que as projeções são importantes para nortear a tomada de decisões futuras, mas que também refletem choques que mudam tendências esperadas na economia, e que a situação do Rio Grande do Sul é um exemplo concreto e doloroso de como as projeções podem ser influenciadas por eventos externos.

"Esses choques não são apenas da economia - inflação maior ou PIB menor. Veja só o impacto da catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul, algo que não se esperava há um mês ou pouco tempo atrás. Claro que, agora, todos os esforços, ações governamentais e recursos da sociedade têm de ser voltados para salvar a vida dos nossos irmãos e irmãs gaúchos, que estão sendo afetados por essa tragédia", pontuou.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Hamas aceita proposta de trégua em Gaza e Israel examina texto

 Grupo afirmou concordar com o texto apresentado por mediadores horas depois de o Exército israelense ordenar a evacuação do leste de Rafah


O Hamas informou, nesta segunda-feira, ter aceitado uma proposta de cessar-fogo na Faixa de Gaza, horas depois de Israel, que disse estar examinando o texto, ordenar a evacuação do leste de Rafah, no sul do território, em vista de uma anunciada invasão da cidade, onde vivem amontoados mais de um milhão de deslocados. Após sete meses de guerra, os habitantes de Rafah comemoraram o anúncio do grupo extremista nas ruas.

O gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afirmou, porém, que a proposta está “muito longe das exigências essenciais de Israel”, mas informou que o governo enviará uma delegação aos mediadores “para esgotar as possibilidades de alcançar um acordo”. Os Estados Unidos declararam que também estavam “examinando” a resposta do Hamas.

Um dirigente do alto escalão do grupo, Khalil al-Hayya, disse à emissora Al Jazeera que a proposta contempla três fases, cada uma com 42 dias de duração. Ela incluiria a retirada completa do Exército israelense da Faixa de Gaza, a volta dos deslocados e a troca de reféns ainda cativos no território sitiado por presos palestinos detidos em Israel, para um “cessar-fogo permanente”.

O Hamas anunciou que seu líder, Ismail Haniyeh, havia informado o Egito e o Catar que o grupo “aprovou sua proposta de acordo de cessar-fogo” em Gaza. “Agora a bola está no campo de Israel”, disse um dirigente do Hamas sob a condição do anonimato. O ciclo de negociações indiretas realizado no fim de semana no Cairo, mediado por Catar, Egito e Estados Unidos, terminou sem avanços significativos.

BOMBARDEIOS

Após o anúncio do grupo, o exército israelense lançou intensos bombardeios em Rafah, onde teve início, na manhã desta segunda, “uma operação de alcance limitado para evacuar temporariamente os moradores da parte leste” da cidade. O porta-voz militar Daniel Hagari reiterou o apelo para evacuar a área e declarou que a aviação israelense atacou mais de 50 alvos terroristas na região de Rafah.

A evacuação, que segundo o porta-voz militar abrangeu cerca de 100 mil pessoas, faz parte da “preparação de uma operação terrestre na área”. Um representante do Crescente Vermelho palestino no leste de Rafah assegurou que “os moradores estão saindo apavorados, em meio ao pânico” e avaliou que a região designada pelo exército israelense afeta cerca de 250 mil pessoas.

A ONU estima que cerca de 1,2 milhão de pessoas vivam nesta cidade fronteiriça com o Egito. O Exército declarou ter ampliado “a área humanitária para Al Mawasi”, localidade situada no litoral, a dez quilômetros de Rafah. A ONU assegurou que este local “já está superpovoado” e que é “impossível realizar uma evacuação maciça desta magnitude de forma segura”.

Esta ordem de evacuação “pressagia o pior: mais guerra e fome”, disse o chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Josep Borrell. A Casa Branca informou que o presidente americano, Joe Biden, “reiterou sua clara posição” contra esta operação em uma conversa por telefone com Netanyahu. A operação “aumentaria dramaticamente o sofrimento do povo palestino”, declarou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller. A presidência da Autoridade Palestina pediu aos Estados Unidos “que intervenham para evitar este massacre”.


AFP e Correio do Povo

Chuvas destroem produção agroecológica de Eldorado do Sul

 Cheia desabriga totalidade de famílias da Cootap e submerge agroindústrias, estufas, hortas e estoques de arroz orgânico



Assim como a área urbana, a produção agroecológica foi destruída pelas cheias em Eldorado do Sul, na Região Metropolitana da Capital. O assentamento da reforma agrária Integração Gaúcha ficou embaixo da água, inundando hortas que fornecem hortigranjeiros para feiras agroecológicas de Porto Alegre.

A produção agrícola do assentamento é comercializada agroecológicas dos bairros Menino Deus, Três Figueiras, na Redenção e Auxiliadora.

“É uma perda gigantesca, a gente não sabe nem por onde recomeçar”, disse Márcia Riva, da comissão da Feira de Agricultores Ecologistas (FAE).

Há danos também em agroindústria de panificados, na produção de cogumelos, de leite e na sede da Cooperativa Dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap). O local servia para a organização, o estoque e a comercialização de arroz orgânico produzido pelos assentados.

A mercadoria que estava no local, pronta para a venda, foi totalmente submersa. Parte da produção total do grão era entregue a programas públicos como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“A média de perdas de produção, estruturas, moradias, pode contabilizar R$ 1,5 milhão por família”, estimou Márcia Riva.

Reconstrução será demorada

Desolada, a produtora Marcia Riva diz que o processo de reconstrução e recuperação da área será demorado. Um dos motivos está nas características do solo, que é argiloso e perderá qualidade com os alagamentos.

“Teremos de passar por um processo de reconstrução do solo para voltar a produzir alimentos. Tivemos muitas perdas de animais e ainda não temos informações de perda de pessoas”, narrou Márcia.

Segundo a produtora, serão necessários, no mínimo, 60 dias somente para o processo de reconstrução do solo para, depois, realizar novos plantios.

“As culturas mais rápidas, como rúcula e alface, demoram de 50 a 60 dias entre plantio e colheita. Isso acaba afetando diretamente a nossa sobrevivência”, afirmou a agricultora.

Uma campanha para arrecadar doações, promovida pela Associação Agroecológica, está em andamento. Interessados podem enviar contribuições pela chave pix CNPJ 085.884.61-0001-39.

Correio do Povo

Enchentes no RS

 



Fonte: https://www.facebook.com/story.php?id=100003138041424&story_fbid=7517892321658628

Maior navio de guerra da América Latina apoiará o atendimento às chuvas no RS

 Apoio contará com embarcações, equipamentos , combustível, mantimentos, água e diversos profissionais da área de saúde



A Marinha do Brasil (MB) anunciou o envio do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) “Atlântico”, maior navio da Força Naval, para Rio Grande (RS). A embarcação chegará na quarta-feira para aumentar a capacidade de apoio às populações atingidas pelas enchentes e fortes temporais que causam destruição no Estado.

Com organização similiar a uma Operação de Guerra, a MB mobiliza quatro navios, 20 embarcações, 12 aeronaves e centenas de militares. A situação assemelha-se à resposta dada, em fevereiro do ano passado, aos fortes temporais que assolaram o litoral norte de SP, especialmente em São Sebastião. O esforço feito pela Marinha em SP ficou conhecido como Operação “Abrigo Pelo Mar“.

O NAM “Atlãntico“ transportará duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir um total de 20 mil litros de água potável por hora, a fim de suprir parte da demanda das cidades que sofrem com a escassez desde o rompimento das barragens.

Além do “Atlântico”, a Marinha mobiliza também o Navio de Apoio Oceânico “Mearim“ e o Navio-Patrulha Oceânico “Amazonas”, equipado com três embarcações miúdas, que seguirão para o Rio Grande do Sul nesta terça-feira; e a Fragata “Defensora”, com partida prevista na quarta-feira, transportando doações e suprimentos.

Para auxiliar no resgate às vítimas ilhadas e no transporte de suprimentos pelas vias alagadas, o “Atlântico” levará oito embarcações de médio e pequeno porte, que, somadas às oito lanchas em uso no estado desde o dia 30 de abril, ampliarão o contingente de meios aquáticos disponibilizados pela MB.

O trabalho das equipes de resgate aéreo da Marinha, que salvaram mais de 150 pessoas desde o início da operação, receberá, com a chegada dos navios, reforço de mais oito aeronaves, além das quatro que permanecem de prontidão no estado. Serão doze helicópteros, no total, em um esforço contínuo de resgate aos moradores ilhados em áreas de difícil acesso.

Também estão sendo enviados 40 viaturas e 200 militares Fuzileiros Navais para atuar na desobstrução das vias de acesso, além de equipes de apoio à saúde, formadas por médicos e enfermeiros.

Correio do Povo

Lira avalia exceção para o RS por cheias, mas descarta flexibilidade fiscal para outros Estados

 Presidente da Câmara salientou que não há espaço no Orçamento



O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na noite desta segunda-feira, que não há possibilidade de o Congresso flexibilizar as metas fiscais para o resto do País na esteira do reconhecimento da calamidade pública no Rio Grande do Sul por causa das enchentes.

A declaração foi dada após os deputados aprovarem um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) que retira da meta fiscal os recursos que serão usados para a recuperação dos estragos causados pelas chuvas no Estado. A proposta foi anunciada hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e analisada pelos deputados em questão de horas, com tramitação em regime de urgência, que permite a votação diretamente em plenário, sem passar antes por comissões. O texto foi para análise do Senado.

"Todas as medidas legislativas neste momento são para atendimento ao Rio Grande do Sul, sem nenhum tipo de possibilidade de afrouxarmos as nossas metas fiscais, para o resto do País, com o controle de gastos, com toda a responsabilidade fiscal", disse Lira, a jornalistas.

O presidente da Câmara, contudo, não descartou alterações nas leis e na Constituição para ajudar o Estado. "Não podemos dizer que não existirão mudanças legislativas. Projeto de lei, lei complementar, PEC, tudo isso pode acontecer", declarou.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Fenadoce, que começaria dia 29, terá data remarcada por conta das cheias no RS

 Evento tradicional de Pelotas fará sua 30ª edição

A organização da Fenadoce de Pelotas anunciou, nesta segunda-feira, o adiamento do evento, por conta da situação de calamidade do Rio Grande do Sul, com as cheias. "Neste momento, a prioridade é para que todos estejam em segurança e esse momento difícil possa ser superado", informou nota.

A região Sul não foi, até o momento, tão castigada pela sequência de chuvas que acarretou em cheias com destruição na Serra, Vales e Região Metropolitana. Ainda assim, está em situação de alerta por conta das águas do Guaíba que começam a desembocar na Lagoa dos Patos, após a enchente recorde.

A 30ª Fenadoce, desta forma, ainda não tem período definido para acontecer. Seria no próximo dia 29 de maior, mas agora será efetivada em data a ser marcada.


Correio do Povo

Retomada das aulas na rede estadual ocorre em algumas regiões nesta terça-feira

 Outras coordenadorias devem anunciar ainda hoje uma definição, enquanto na Região Metropolitana, devido à situação de diversas instituições, ainda não há previsão

Após nova reunião realizada, nesta segunda-feira, com as Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), o governo do Estado definiu que, a partir de terça-feira, escolas de mais 14 CREs poderão retomar suas atividades, seguindo análise das condições particulares de cada local.

São elas: Caxias do Sul, Pelotas, Santa Cruz do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, Cruz Alta, Bagé, Santo Ângelo, Bento Gonçalves, Santa Rosa, Santana do Livramento, Vacaria, Soledade e Carazinho.

No domingo, já havia sido informado o retorno nas regiões de Uruguaiana ; Osório; Erechim; Rio Grande; Palmeira das Missões; Três Passos; São Luiz Gonzaga; São Borja e Ijuí. Conforme monitoramento das próprias CREs e seguindo as orientações da Defesa Civil do Estado, essas regiões foram menos afetadas pelas enchentes e, por isso, foram consideradas aptas para o retorno seguro das atividades educativas.

Não há previsão de retomada nas escolas estaduais de Porto Alegre, e nas Coordenadorias Regionais de São Leopoldo, Estrela, Guaíba, Cachoeira do Sul, Canoas e Gravataí.

Acolhimento

Neste primeiro momento, a prioridade nas escolas é realizar o acolhimento da comunidade escolar, de modo a criar um espaço para refletir sobre situações vivenciadas pelos estudantes e promover a empatia e a solidariedade. Pelos dados do último boletim estadual, 52 escolas estão servindo de abrigo em suas comunidades.

As equipes pedagógicas também foram orientadas a trabalhar estratégias para mapear a realidade particular de cada estudante. O objetivo é garantir o acesso ao conteúdo das aulas no caso daqueles que não possuem condições para o retorno presencial.

Conforme o panorama do levantamento estadual, atualizado às 18h desta segunda-feira, 789 escolas em 216 municípios foram afetadas de alguma forma pelas chuvas, sendo que 386 encontram-se danificadas.

A Secretaria da Educação (Seduc), por meio das CREs, e a Secretaria de Obras Públicas (SOP) seguem monitorando a situação das escolas estaduais para avaliar os danos causados nos municípios mais atingidos pelas enchentes.


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Inter pede para a CBF a suspensão de jogos do clube pelos próximos 20 dias

 Clube enviou ofício por meio da Federação Gaúcha de Futebol com pedido para a CBF


Inter enviou um ofício, por meio da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), pedindo a suspensão dos jogos do clube pelos próximos 20 dias no Brasileirão, na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana.

O documento foi encaminhado nesta segunda-feira e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) ainda não se manifestou.

O CT Parque Gigante e o estádio Beira-Rio estão alagados desde o último domingo. Os treinos do Inter estão paralisados por tempo indeterminado.

Grêmio e Juventude ainda não realizaram o mesmo movimento sobre o tema.


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