Arroio do Meio sofre com isolamento e saques após enchente

 Município está isolado após queda de pontes



Fabrício Dornelles Leal,de 43 anos, foi encarregado pela Defesa Civil de fazer a travessia de pessoas no Rio Forqueta. Ele guia um barco que se tornou a única maneira de percorrer a distância entre Arroio do Meio e Lajeado, após o trecho da RS 130 ter sido arrastado pela força da água.

Além de moradores, o homem também já transportou três corpos.

“A água levantou e virou a ponte do avesso. Isso dificulta a travessia, porque tenho que desviar dos destroços que estão espalhados pelo rio. É uma situação complicada porque temos que levar pessoas, tanto as vivas como as que entraram em óbito”, contou.

Arroio do Meio enfrenta o isolamento. As ruas estão intransitáveis, lojas foram saqueadas e até um homicídio foi registrado, próximo ao ponto de embarque no Rio Forqueta. Mantimentos são levados através de helicóptero e mais de 300 pessoas estão desabrigadas.

Leonardo Diedricht, de 31 anos, trabalha em uma rede de mercados em Lajeado, mas mora em Arroio do Meio.

Ele e mais dois amigos fazem o trajeto de bote e depois andam 15 quilômetros até o serviço. “Os botes são o único jeito de atravessar o Rio Forqueta, e nós não podemos deixar de trabalhar”, diz, resignado.

Fabiano Rodrigues da Silva, de 47 anos, também percorreu mais de 15 quilômetros neste domingo. Ele precisou buscar o neto, de três anos, que mora em Arroio do Meio.

“Moro em Estrela, mas deixei meu neto em Arroio do Meio na casa da minha filha. Hoje vim buscar os dois, porque o estrago causado pela água foi muito feio.”

Todas as ligações de Arroio do Meio com Lajeado foram destruídas pela água. Além da ponte na RS-130, a metade da histórica ponte de ferro também desabou.

Correio do Povo

Solidariedade e criatividade driblam as cheias

 Chuvas no RS deixam moradores sem energia, e alternativa é "esticar" as tomadas de quem ainda tem luz em casa


Nas ruas do Centro Histórico, a criatividade vai driblando a falta de luz decorrente das cheias. Moradores da Duque de Caxias que ainda têm energia em casa deixam uma extensão elétrica na calçada à disposição de quem está às escuras.
O dentista aposentado Carlos Pareja, 73 anos, considera importante ajudar. "Logo aqui, abaixo, meu filho está sem luz. Veio para cá ficar comigo", conta o dentista, que é síndico do prédio. "Hoje, pelo menos, tinha sol. A esperança é que a chuva pare", observa.
O operador de turismo Carlos Brites,44, veio da Demétrio Ribeiro, onde mora, para carregar o celular na entrada do edifício na Duque. A agência de turismo onde ele trabalha, em um shopping próximo, está sem luz e fechada para atendimento presencial. "Estamos de home", conta, enquanto tenta manter em dia a bateria do telefone.
Mesma iniciativa tiveram funcionários de uma farmácia, também na Duque. No sábado as pessoas utilizavam uma tomada próxima do balcão. No domingo, surgiu a ideia de colocar uma extensão em baixo de um guarda-sol, e a procura só cresce.


Correio do Povo

UMA QUESTÃO DE RESPONSABILIDADE

 PREJUÍZO SOCIAL, ECONÔMICO E FINANCEIRO

Por mais que as centenas de imagens e/ou vídeos que são postadas a todo momento nas Redes Sociais e na mídia em geral, expondo a INCOMENSURÁVEL CATÁSTROFE CLIMÁTICA que assola -sem parar- boa parte do estado do RS e alguns municípios de SC e PR, ainda é cedo para que se tenha uma ideia do tamanho do PREJUÍZO SOCIAL, ECONÔMICO E FINANCEIRO provocado pela terrível tragédia. 



PREJUÍZO SOCIAL PODE SER EVITADO

Entretanto, o que já é mais do que sabido e comprovado é que enquanto os PREJUÍZOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS nem sempre podem ser evitados, o fato é que boa parte do PREJUÍZO SOCIAL, por mais duro e pesado, tem, atualmente, grande chance de ser EVITADO OU MINIMIZADO. Isso graças às PREVISÕES METEOROLÓGICAS, que conseguem antecipar, com razoável grau de precisão, a PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA DE FENÔMENOS CLIMÁTICOS em cada palmo de terra ou água do nosso planeta, o que permite, com boa antecedência, alertar aqueles que vivem e trafegam nas regiões sujeitas a maior risco. 



FENÔMENOS CLIMÁTICOS SÃO PREVISTOS COM BOA ANTECEDÊNCIA

Infelizmente, por ora os ABALOS SÍSMICOS não conseguem ser antecipados. Como tal os PREJUÍZOS SOCIAIS não têm como serem evitados ou contornados . Ao contrário, portanto, dos FENÔMENOS CLIMÁTICOS, chuvas fortes, ciclones, furacões, tufões, tornados, etc., que são identificados com razoável antecedência, permitindo que moradores e trabalhadores das regiões que têm grande chance de serem atingidas possam ser alertados a tempo e com isso deixem suas residências ou locais de trabalho.



RESPONSABILIDADE

É muito difícil afirmar que todas as 31 mortes e 60 desaparecimentos (PREJUÍZO SOCIAL) poderiam ser evitados no RS. Entretanto, o que é possível afirmar é que esta conta poderia, certamente, ser bem menor, caso as AUTORIDADES e as VÍTIMAS fossem dotadas da devida e precisa RESPONSABILIDADE. 


Pontocritico.com

Prefeitura de Alvorada improvisa reservatórios para distribuição de água

 Sistema foi instalado na praça da rua Eunel Brizola na frente do prédio da prefeitura da cidade



A prefeitura de Alvorada improvisou dois reservatórios da Corsan para a distribuição de água na cidade ao longo deste domingo e dos próximos dias. O sistema foi instalado na praça da rua Eunel Brizola na frente do prédio da prefeitura da cidade.


A água seguirá disponível para a população até segunda ordem. O município está sem água potável e sem coleta de lixo. Os bairros Americana, Nova Americana, Itararé e Umbu estão alagados.

Os rios Feijó e Gravataí transbordaram e invadiram as ruas da região norte da cidade.

Postos lotados

Porto Alegre e região voltam a sofrer com a alta movimentação nos postos de combustíveis. Filas de carros já são registradas na saída e na entrada da cidade.

Correio do Povo

Consumidores lotam supermercados para carregar celulares

 Correria esvaziou prateleiras de papel higiênico, ovos e verduras



Muitas pessoas recorreram a supermercados em Porto Alegre, neste domingo, para carregar celulares e outros aparelhos eletrônicos. No bairro Moinhos de Vento, o Zaffari, localizado na rua Coronel Bordini, registrava filas ao redor de réguas próximo aos caixas e também nos banheiros.

O comerciante Paulo Dias, 43 anos, contou que está sem luz desde as 11h de sábado. Ele, a mulher, a sogra e um bebê de 7 meses moram na rua Marquês do Pombal e temem ficar sem água. “Estamos só com o que ainda resta na caixa d’água”, informou. Moradora da mesma rua, Carine Custódio, 45 anos, também carregava telefones no local, ao lado da médica Rosângela Merg, 66 anos, que contou que, em parte da avenida Cristóvão Colombo, também estava sem energia elétrica há mais de 24 horas.

Além do acúmulo de pessoas que se dirigiram ao supermercado para carregar eletrônicos, havia muitas nos corredores procurando itens de higiene e alimentos. Porém, parte das prateleiras estava vazia. Um funcionário informou que os ovos foram os primeiros produtos a acabar, assim como o papel higiênico, as verduras e garrafas d’água. Conforme ele, problemas na logística estão dificultando a reposição.

No domingo, o local fecha as 21h30min, mas um aviso foi colocado na porta, indicando que as operações iriam encerrar mais cedo, às 20h. Muitos funcionários moradores da Região Metropolitana não conseguiram chegar à loja, que ficou desfalcada.

Correio do Povo

Bolsonaro é internado em Manaus para tratar de uma infecção de pele

 Ex-presidente está no Amazonas desde sexta-feira e, segundo aliados, deve retornar a Brasília nesta segunda



Após passar pelo hospital e receber alta neste sábado, Jair Bolsonaro voltou a ser internado hoje em Manaus para tratar de uma infecção de pele. O ex-presidente está no hospital Santa Júlia para o tratamento de uma erisipela, uma infecção que atinge o braço e a perna.

No sábado, Bolsonaro chegou a discursar para apoiadores com o braço enfaixado. Em uma das falas, revelou que havia sido internado para tratar do problema, além de uma desidratação. Neste domingo, contudo, voltou ao centro médico, onde permaneceu sob observação.

"Quando cai a imunidade da gente por problemas variados, a erisipela é comum de acontecer. Então já estou medicado, tranquilo", afirmou.

De acordo com o deputado federal pelo Amazonas Capitão Alberto Neto, o ex-presidente deve retornar nesta segunda-feira para Brasília. Bolsonaro chegou ao Amazonas na sexta-feira, onde se encontrou com aliados políticos e participou de um evento do PL com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Correio do Povo

Fotos mostram diversos pontos da Zona Sul de Porto Alegre embaixo d'água

 No Pontal, moradores de Eldorado do Sul também chegam em embarcações, enquanto a situação começa a se complicar nos principais pontos da região



A situação na Zona Sul de Porto Alegre permanece crítica devido às intensas chuvas que têm assolado a região nos últimos dias. As inundações e os transtornos decorrentes afetam diversos pontos e deixam diversos locais embaixo d'água.

Áreas como o trecho 3 da Orla e o Parque Marinha do Brasil se encontram submersas, tornando áreas de lazer e recreação inacessíveis. Os prejuízos materiais são expressivos, e a população local enfrenta desafios diante da destruição causada pelas enchentes.

No Pontal, antigo estaleiro, um ponto de coleta foi estabelecido para receber donativos e auxiliar as famílias afetadas. Além disso, muitos moradores resgatados de Eldorado do Sul estão sendo desembarcando no local, de onde são direcionados para abrigos.

Outra situação que causa atenção é o iminente alagamento da rua Diário de Notícias, o que deve resultar no fechamento do trânsito nas próximas horas, caso o nível da água continue subindo. Com isso, a rua Icaraí será o único acesso da Zona Sul para o Centro, juntamente com a avenida Beira Rio.

O Shopping Praia de Belas também está sofrendo com as águas, com parte de suas instalações submersas. Na avenida Ipiranga, o Arroio Dilúvio está com nível muito elevado, acima do talude, quase alcançando a altura das pontes. Além dessas áreas afetadas, pessoas foram retiradas de barco na Avenida Ganzo.






Correio do Povo

Moradores da Vila dos Papeleiros ainda aguardam por resgate em Porto Alegre

 No bairro Farrapos, com auxílio de embarcações, diversas pessoas foram resgatadas e ações solidárias eram avistadas por todos os lados



Enquanto Porto Alegre luta contra as consequências das intensas chuvas que causaram a maior enchente da história do Guaíba, depois de terem assolado várias regiões do Estado, centenas de moradores encontram-se em situações delicadas, aguardando resgates em meio às inundações. Até as 16h deste domingo, uma cena dramática era observada na rua Câncio Gomes, onde pessoas esperavam por barcos para resgatar famílias na Vila dos Papeleiros.

Segundo relatos, cerca de 300 famílias conseguiram deixar o local no sábado, mas aproximadamente 20 famílias ainda permaneciam na região. No bairro, o nível da água era alto e já ocupava praticamente todo o primeiro andar das residências, impedindo a tentativa de saída das casas atingidas sem o auxílio de embarcações.

Enquanto isso, nas proximidades, na avenida Cristóvão Colombo, outra operação de resgate estava em andamento. Muitos barcos seguiam em direção à avenida Farrapos, de onde retornavam com pessoas que foram resgatadas de áreas inundadas.

Em um dos barcos, voluntário distribuiu água pelas ruas do bairro Floresta, partindo da rua Câncio Gomes. Em outra situação, uma senhora, acompanhada pelo marido e dois cachorros, foi resgatada na esquina da avenida Pernambuco com a avenida Berlim. O desembarque ocorreu na esquina das ruas Porto Alegre e Santa Rita, por volta das 16h35.

Moradora foi resgatada na esquina da avenida Pernambuco com a avenida Berlim Moradora foi resgatada na esquina da avenida Pernambuco com a avenida Berlim | Foto: Poti Silveira Campos/Especial/CP

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'ENEM DOS CONCURSOS' É ADIADO / MAURO CID SAI DA PRISÃO - 3 EM 1 - 03/05/24

 

Dmae prevê de 7 a 10 dias para nível do rio Guaíba chegar a 4 metros

 Informação foi divulgada pelo diretor-geral do Departamento nesta segunda-feira



Em coletiva realizada na tarde desta segunda-feira, o diretor-geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Maurício Loss, afirmou que o rio Guaíba deve demorar de 7 a 10 dias para retornar a 4 metros, ainda um metro acima da cota de inundação. Pesquisadores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) indicam uma regressão lenta do nível das águas, e afirmam que o nível do Guaíba deve permanecer entre 5 e 5,5 metros nos próximos dias.

Depois, o nivel deve reduzir lentamente até os 4m. O Guaíba deve se manter acima da cota de inundação, que é de 3m, por pelo menos dez dias. A nota do IPH pondera que a chuva prevista para o final de semana pode alterar esse cenário e fazer o nível retornar aos 5m.

Às 15h de hoje, o nível do rio era de 5,27m, segundo informações divulgadas pelo Centro Integrado de Coordenação de Serviços da Prefeitura de Porto Alegre. Na história enchente de 1941, o Guaíba demorou 32 para retornar à marca de 3 metros.

Casa de bombas

Na coletiva, Loss ainda citou a desativação de casas de bombas na capital. Das 23 existentes, 19 não estão em funcionamento. A medida serve para evitar que a população leve choques em contato com a água, segundo o Dmae. As casas de bombas fazem parte do sistema de drenagem da cidade. São elas que possibilitam que a chuva vinda de redes de esgotos e canais seja drenada para o rio Guaíba.

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