Após ‘equívoco’ de comunicação com a CEEE Equatorial, Melo não tem previsão para religamento de casas de bombas

 Na tarde desta segunda-feira, desligamento de energia elétrica em uma casa de bombas obrigou a evacuação de moradores do Menino Deus e Cidade Baixa



Conforme relatos de moradores dos bairros Menino Deus e Cidade Baixa, em Porto Alegre, a queda de energia elétrica na região ocorreu por volta das 13h desta segunda-feira. Em um vídeo publicado nas redes sociais, gravado às 14h36min, o prefeito Sebastião Melo orientou a evacuação dos moradores das localizações. A falta de energia elétrica ocasionou o desligamento da casa de bombas número 16, próximo da Rótula das Cuias, alagando com intensidade os bairros.

Sobre a demora para o aviso à população, o prefeito disse, em entrevista coletiva concedida no Centro Integrado de Comando (Ceic), que “houve equívoco de comunicação" da concessionária do serviço na Capital, a CEEE Equatorial, com a prefeitura. "Essa prefeitura não esconde nada. Se eu tivesse tomado conhecimento antes do desligamento, eu teria feito vídeo antes do desligamento”, argumentou Melo.

Respondendo, o presidente da empresa, Riberto Barbanera, afirmou que “há momentos em que é esperada e requerida ação imediata” e o da casa de bombas 16 “foi uma dessas ações". Conforme Melo, ambos vão “afinar mais isso.”

Questionado sobre o religamento nas casas de bombas, o prefeito não precisou. “Não dá para dizer se vamos ligar amanhã, hoje ou daqui dez minutos”. “Não vamos colocar operador ou famílias em risco”, ressaltou.

Um dos principais motivos para a inativação do bombeamento de água em diversas regiões, segundo o diretor de Desenvolvimento e Obras do Departamento Municipal de Águas e Esgoto (Dmae), Marco Faccin, foram as reclamações de moradores que estavam levando choque ao entrarem em contato com a água. No total, em Porto Alegre, são 23 casas de bombas. Apenas quatro, no entanto, estão funcionando, conforme o diretor-geral do Dmae, Maurício Loss.

Correio do Povo

Sol entre nuvens predomina no RS, nesta terça-feira, com chuva no Sul e Fronteira

 Máximas devem superar os 30ºC em diversos pontos


O sol aparece com nuvens na maioria das regiões do Rio Grande do Sul nesta terça-feira. Uma massa de ar muito quente que cobre o Brasil segue definindo as condições do tempo na maior parte das localidades. No Oeste e no Sul, especialmente na fronteira com o Uruguai, Campanha e o Sul, o dia tem mais nuvens e chuva em vários pontos, que será localmente forte e com alto risco de raios e temporais isolados.

Onde o sol aparece, o dia é quente com máximas perto e acima de 30ºC. Porto Alegre, que na segunda teve sol e máxima de 32,8ºC, hoje registrará sol e nuvens com tarde de 32ºC a 33ºC. Pode fazer 35ºC no Vale do Sinos, em pleno maio.

O cenário se complica no RS nos próximos dias, porque as condições meteorológicas, agora excelentes, não vão seguir assim. Na quarta, as áreas atingidas pelas enchentes na Grande Porto Alegre e nos vales podem voltar a ter chuva, mas não será precipitação com volumes altos que venha a interferir no nível dos rios.

Na quinta, o ingresso de ar frio sem forte intensidade, além de trazer um refresco, vai ser responsável por causar vento do quadrante Sul no Norte da Lagoa dos Patos. O efeito será represamento do Guaíba que pode apresentar alta ou mesmo ter sua queda estancada ou reduzida por cerca de um dia.

A maior preocupação está nos indicativos dos modelos numéricos de que entre os dias 10 e 14 de maio haveria um novo episódio de instabilidade com risco de chuva excessiva no Rio Grande do Sul. Os volumes não serão como os do final de abril e do começo de maio, mas podem atingir acumulados bastante elevados. A chuva afetaria Porto Alegre e as cabeceiras dos rios que desembocam no Guaíba, trazendo mais problemas e prolongando a crise.

Além de interferir nos níveis dos rios, a chuva poderá trazer outro desdobramento. Como a rede pluvial está inundada em Porto Alegre pelas águas do Guaíba e por outros rios nas cidades do entorno, a água da chuva não vai conseguir escoar. Não será absorvida pela macrodrenagem, já saturada e colocando água para fora hoje por bueiros e bocas de lobo sob tempo ensolarado.


MetSul Meteorologia e Correio do Povo

Agas reitera que RS não sofre risco de desabastecimentos nos supermercados

 Porto Alegre precisou evacuar Menino Deus e Cidade Baixa



A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) garante que o Rio Grande do Sul não sofre com nenhum risco de desabastecimentos nos supermercados do Estado.

Apesar do avanço das águas nesta segunda-feira, a Agas reitera que "não há nenhum risco de completo desabastecimento de alimentos nas lojas".

Em nota, a associação explica possíveis ocorrências: "Algumas lojas estão com dificuldades de abastecimento em produtos como água mineral, ovos e hortifruti, mas são situações logísticas. O abastecimento irá se normalizando a partir da liberação das estradas".

Correio do Povo

Com casas destruídas pela enchente, moradores de Novo Hamburgo improvisam apoio entre si

 Tanto no bairro Santo Afonso quanto na Lomba Grande, eles relatam também falta de apoio do poder público



Dependendo, por ora, apenas da própria sorte, moradores da Vila Kroeff, no bairro Santo Afonso, e do bairro rural de Lomba Grande, ambos locais com grande vulnerabilidade social em Novo Hamburgo, no Vale do Sinos, lutam como podem e dizem se sentir desamparados pelo poder público diante da maior enchente da história. Ainda que a água do rio dos Sinos e suas várzeas estejam em trajetória de baixa, a área mais baixa do município ainda vive o caos, com ruas intransitáveis e somente acessíveis de barco, ou, em alguns casos, por veículos maiores.

Na rua Humberto de Campos, um pequeno porto foi improvisado. Por ele, moradores da área alagada buscam pertences ou animais em suas casas, ou mesmo vão até suas casas na busca de ver o cenário aterrador. Na tarde deste domingo, muitas residências ainda estavam inundadas até o telhado, enquanto outros habitantes permaneciam ilhados nas residências. Conforme eles, nenhuma ajuda chegou.

Milton Strassburger, aposentado, foi conduzido pelo barqueiro Ismael Barros Maciel, vendedor em uma madeireira, para que pudesse dar comida aos seus quatro gatos que não queriam sair. Quando chegou nela, pulou na água, mas desistiu. A profundidade era tamanha que ele retornou ao caiaque, amedrontado. "Volto amanhã, quando estiver mais rasa", afirmou ele. "Moro neste local há 18 anos, e estamos tristes porque a Prefeitura não faz nada, não traz um banheiro químico, e estamos todos pousando na rua". O barco pertence a Cláudio Gilberto, que disse também ter perdido a maioria dos itens.


"Cama, roupeiro, pia, fogão, freezer, nada consegui tirar. Mas vamos ajudar a quem precisa. Vou fazer o que aqui? Ficar olhando os outros? Graças a Deus, ninguém perdeu a vida aqui", comentou Gilberto. Outro morador do entorno, Sérgio Abílio Gomes Teixeira, estacionou na rua um caminhão, usado normalmente para a venda de verduras, para pôr itens de diversos vizinhos. "Tem gente que não tem para onde sair, então estou ajudando. As pessoas vão trazendo, colocando aqui. Antes da chuva, ergui tudo o que foi possível, mas ninguém adivinhava uma enchente desse tamanho", relatou ele.

Na rua Itaperuna, ao lado, mais relatos da falta de atuação das autoridades. "Foi muita água mesmo. Nunca tinha visto água aqui, ela veio até onde estamos, depois baixou", disse o aposentado Luiz Paulo de Oliveira. Os habitantes locais atribuem parte do problema a uma obra da Comusa, companhia municipal de abastecimento de água, que aterrou uma área mais acima, fazendo com que o fluxo escoasse até onde antes não chegava.


Ali, voluntários da Associação de Moradores da Vila das Flores, no bairro Canudos, chegaram com lanches e água, e distribuíram aos necessitados. Na comunidade da Integração, próximo à Lomba Grande, a Estrada Leopoldo Petry está bloqueada devido à correnteza que inundou casas, empresas, a estação de captação de água da própria Comusa, impedindo o abastecimento para o município, e ainda está passando por cima da via. A Prainha da Lomba, local turístico, está inacessível.

"Estamos com dois jipes, mais um veículo da família ajudando, passando o pessoal de um lado para outro. Há 800 pessoas ilhadas na Lomba Grande, 500 mantidas em uma igreja e 300 na Sociedade Gaúcha de Lomba Grande. A situação está bem feia para nós", relatou o estudante Bernardo Marcellus Rost. Segundo ele, a Prefeitura e demais autoridades apenas passam pelo local e não param para auxiliar.

Correio do Povo

TOMADA DA BRASTILHA

 TOMADA DA BASTILHA

A TOMADA DA BASTILHA, antiga prisão símbolo da opressão do Antigo Regime francês, promovida pela população parisiense no dia 14 de julho de 1789, tinha como objetivo acessar o estoque de pólvora que lá ficava armazenado. Esta decisiva etapa ocorreu logo após o ataque ao Hotel dos Inválidos, onde a população já havia obtido os armamentos.


ANTIGO REGIME FRANCÊS

A TOMADA DA BASTILHA simbolizou a total insatisfação popular contra o ANTIGO REGIME FRANCÊS, baseado no princípio da MONARQUIA ABSOLUTA, no qual um rei concentrava todo o poder do Estado e como tal era composto por:


PRIMEIRO ESTADO, que: correspondia ao CLERO FRANCÊS;


SEGUNDO ESTADO, que correspondia à NOBREZA FRANCESA;  


TERCEIRO ESTADO que correspondia ao POVO. 

DIVISÃO SOCIAL

Essa DIVISÃO SOCIAL garantia uma série de PRIVILÉGIOS AO INTEGRANTES DO PRIMEIRO E SEGUNDO ESTADO, como DOAÇÃO DE TERRAS PELO REI, ISENÇÃO DE DETERMINADOS IMPOSTOS E MANUTENÇÃO DE UMA VIDA EXTREMAMENTE LUXUOSA. Já o TERCEIRO ESTADO - O POVO- , SUSTENTAVA TODO O PESO DO ESTILO DE VIDA DA ARISTOCRACIA FRANCESA COM IMPOSTOS CADA VEZ MAIS ALTOS.

TOMADA DA BRASTILHA

Ora, sem tirar nem por, o que acontece no nosso BRASIL é um retrato fiel da França do século XVIII, ou seja, TERCEIRO ESTADO BRASILEIRO, formado por 95% do POVO tem sobradas RAZÕES para promover, no mesmo molde francês, uma legítima e efetiva TOMADA, ou QUEDA, DA BRASTILHA.  Vejam, por exemplo que acontece no RS, onde mais da metade dos municípios gaúchos estão SUBMERSOS, e grande parte de seus habitantes, além de perderem tudo também não a menor possibilidade de trabalhar, se sutentar, estudar e/ou se locomover.


Pois, enquanto isso, o SEGUNDO ESTADO , ou PRIMEIRA CLASSE, formada por servidores públicos -ferderais, estaduais e municipais -ATIVOS E INATIVOS-, segue recebendo seus polpudos e priviliegiados salários. Pior: com recursos provenientes de EMISSÃO DE MOEDA e não da PRODUÇÃO DE BENS E SERVIÇOS.  


Pontocritico.com

Veja como se proteger de doenças como Hepatite A, Leptospirose e infecções após contato com águas de enchente

 Médicos destacam principais riscos de saúde associados aos alagamentos e quais são as medidas de prevenção


O Rio Grande do Sul vem enfrentando a maior enchente de sua história. Segundo a Defesa Civil Estadual, já são cerca de 88.019 pessoas desalojadas, 16.609 pessoas em abrigos e outras 155 feridas em decorrência dos estragos causados pelas enchentes. Pelo menos 334 municípios foram afetados por alagamentos.

Neste cenário extremo onde o foco imediato é salvar vidas, muitos cuidados secundários podem ser esquecidos, como as medidas preventivas contra doenças causadas pelo contato com água, lama ou alimentos contaminados e também doenças causadas pelo contato com animais peçonhentos ou não-peçonhentos.

Segundo Luciano Lunardi, médico que integra o Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital Cristo Redentor, as principais doenças às quais os moradores e pessoas que atuam em zonas alagadas estão expostos são: hepatite A, leptospirose, doenças diarreicas e tétano, sendo o tétano uma doença que exige vacinação preventiva a cada 10 anos.

Segundo as fontes ouvidas nesta matéria, ainda não há aumento de internações por conta das doenças citadas.

Vacinas antitetânicas estão sendo aplicadas por médicos voluntários nos albergues provisórios disponibilizados pela prefeitura de Porto Alegre. Somente no abrigo da Escola de Ed. Física Fisioterapia e Dança (ESEF) da UFRGS, 50 doses foram aplicadas neste sábado.

Segundo Benvegnú Toti, diretor de Atenção Primária do Grupo Hospitalar Conceição, caso o nível dos rios demore mais de 20 dias para baixar, é recomendado que as pessoas evitem ao máximo ingerir água da torneira. Como precaução, será necessário ferver e filtrar a água e, caso não seja possível estas medidas, tratar a água com duas gotas de água sanitária a cada 200ml e deixar agir por 30 minutos.

Medidas preventivas para quem vai acessar uma área alagada

A principal medida preventiva contra as doenças infecciosas transmitidas pelo contato com água ou lama contaminada é evitar as áreas alagadas. Mas evidentemente muitas pessoas precisam adentrar estes locais. Veja abaixo como proceder nestes casos:

  • Usar luvas e botas de borracha;
  • Vedar com fitas adesivas o espaço entre a roupa e os calçados e luvas;
  • Evitar ao máximo o contato da água com a pele em geral, em especial mãos, boca e olhos;
  • Colocar a roupa para lavar quando possível e não deixar as peças em contato com roupas limpas. Limpar superfícies que entraram em contato com peças sujas utilizando água e sabão ou produtos de limpeza;
  • Na ausência de luvas ou botas de borracha, usar sacos plásticos duplos, bem amarrados junto às pernas, mãos e braços;

Como agir se sua casa foi atingida pela enchente:

  • As casas e todos os objetos atingidos por água ou lama da enchente devem ser higienizados com água sanitária.
  • É recomendada uma solução de 1 copo de água sanitária para cada 20 litros de água.


Confira os sintomas das doenças mais comuns e o que fazer em cada caso:

Leptospirose

Doença infecciosa febril aguda transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos).

Sintomas:

  • Febre;
  • Dor de cabeça;
  • Dor muscular;
  • Dor na panturrilha;
  • Tosse (em casos mais graves);
  • Pele amarelada ou alaranjada (em casos mais graves).

O tempo de incubação da bactéria é de 1 a 30 dias, mas os sintomas costumam aparecer a partir do 4º ou 7º dia de contato.

O que fazer?

Quando não diagnosticada, a leptospirose pode evoluir para um quadro grave.

A pessoa com sintomas deve procurar uma Unidade Básica de Saúde ou Unidade de Pronto Atendimento, onde o tratamento com antibiótico adequado será iniciado.

Hepatite A

Hepatite A é uma inflamação do fígado provocada pelo vírus VHA. A contaminação se dá por contato com esgoto ou fezes contaminadas.

É uma doença com riscos menores. Complicações graves são incomuns, mas pode haver associação com doenças pré-existentes.

Via de regra é uma doença viral que passa em 7 dias.

Sintomas:

  • Fadiga;
  • Mal-estar;
  • Febre;
  • Enjoo, vômitos, dor abdominal, constipação ou diarreia.

Os sintomas costumam aparecer de 15 a 50 dias após a infecção e duram menos de dois meses.


O que fazer?

Procurar atendimento em uma UBS em caso de qualquer um dos sintomas.



Doenças diarreicas

Quadro causado por contato ou ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias.

Sintomas:

  • Diarraia;
  • Cólicas abdominais;
  • Dor abdominal;
  • Febre;
  • Sangue ou muco nas fezes;
  • Náusea;
  • Vômitos.

O que fazer?

Procurar atendimento em uma UBS em caso de qualquer um dos sintomas.

Acidentes com Animais Peçonhentos ou Não-peçonhentos

O que fazer?

  • Em caso de suspeita ou acidentes com animal peçonhento, contatar o (Centro de Informação Toxicológica) CIT RS pelo telefone 0800-721300 e se possível guardar o animal.
  • Em caso de mordidas de animais não-peçonhentos, buscar uma UBS para tomar a vacina antirrábica (para a raiva).

Tétano

O tétano é uma infecção grave que afeta os nervos e pode levar à morte. É causada pelo contato de um ferimento com materiais enferrujados.

O que fazer?

A vacina contra o tétano deve ser reforçada a cada 10 anos. Em caso de ferimentos com objetos que possam conter ferrugem, buscar a dose de reforço da vacina na UBS mais próxima.

Para saber mais, acesse aqui o material completo do Ministério da Saúde sobre cuidados em caso de enchentes.

Hospitais cedem médicos para atendimento nos albergues temporários em Porto Alegre

Benvegnú Toti, diretor de Atenção Primária do Grupo Hospitalar Conceição, alerta ainda para os cuidados com doenças crônicas como hipertensão, diabetes e doenças renais, uma vez que pacientes com estes quadros não podem deixar de tomar a medicação. Segundo Toti, em caso de extravio dos medicamentos, é importante que os pacientes ou familiares adquiram os remédios novamente com urgência.

Conforme Toti, o Grupo Hospitalar Conceição está deslocando médicos da atenção primária para atenderem de forma voluntária nos albergues da Prefeitura. Os profissionais estão dando atenção a sintomas das doenças mais comuns associadas às enchentes e receitando medicações como antibióticos, podendo, se necessário, encaminhar os pacientes ao SAMU.

“Organizamos toda nossa estrutura, dos Hospitais e da Unidade de Pronto Atendimento, pensando que somos referência em alta complexidade e entendemos que precisamos ter disponibilidade para receber pacientes de outros hospitais. Quando o paciente está mais grave costuma vir para o Conceição e nós estaremos prontos para receber”, disse Toti


Correio do Povo

Inter: águas avançam sobre o Beira-Rio e já cobrem parte do gramado

 Clube ainda não contabiliza os prejuízos: ‘A prioridade neste momento é salvar vidas’



O Inter tomou todas as precauções possíveis para minizar os danos ocasionados pelas enchentes ao seu patrimônio, mas durante este domingo as águas do Guaíba avançaram sobre o Beira-Rio, cobrindo uma parte do gramado. Áreas administrativas, além dos vestiários, também estão submersos. O CT Parque Gigante também está coberto.

“Estamos vivendo uma catástrofe. Temos cidades devastadas e muitas mortes. No Inter, também há danos consideráveis. Neste domingo, a água invadiu o estádio, inclusive as partes administrativas. Esperamos que as águas recuem para que as pessoas tentem voltar a uma vida normal. Então, vamos nos preocupar com os danos materiais ao nosso clube. Estamos preocupados sim com os danos ao nosso patrimônio, mas entendemos que a prioridade neste momento é salvar vidas”, observa o 3º vice-presidente do Inter, Victor Grunberg.

Durante todo o domingo, um grupo de funcionários do Inter fazia plantão na frente do CT Parque Gigante para guardar o local. Neste momento, não há previsão da volta aos treinos normais.

Correio do Povo

Melo aconselha população de Porto Alegre a viajar para o Litoral

 Prefeito diz que 70% das pessoas já estão sem água, mas não apresenta alternativa para retomada do abastecimento no curto prazo



O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), aconselhou os moradores da Capital que tenham casa no Litoral a viajarem para lá caso tenham condições de fazer isto. A justificativa, segundo o emedebista, é o risco de a cidade colapsar.

“Não quero fazer alarmismo, mas estamos com problema de água, e isto é um fator decisivo. Porque, se falta luz e falta água, a cidade vai colapsar totalmente. Então, vou fazer um apelo. Quem tem casa na praia, e tem condições de sair de Porto Alegre, eu recomendo que saia e vá para a praia. Vou decretar a não-aula por três dias na rede pública e privada de Porto Alegre, na segunda, terça e quarta. Se os colégios quiserem deixar aberto, tudo bem, para quem precisar, mas eu vou decretar isso.”

Questionado sobre o que a prefeitura está fazendo efetivamente para colocar em funcionamento as quatro estações de tratamento que estão fora de operação sob a justificativa de que há equipamentos submersos, Melo afirmou que não é possível ligar os motores em função do risco de que acabem avariados.

“Nas quatro estações que não estão funcionando, se eu ligar os motores, vai estourar tudo. Só tem uma solução para eu conseguir tratar água nessas quatro estações e manter o tratamento nas outras duas: tem que baixar o rio. Não baixando, estamos analisando a contratação de um serviço emergencial para tratar. Mas isso não é singelo.” O prefeito estimou que 70% da população da cidade já está sem água, mas não deu um prazo para que o abastecimento seja normalizado.

As declarações do prefeito foram feitas no início da tarde deste domingo, após a reunião coordenada pelo presidente Lula na Capital, para tratar da calamidade climática no RS.

Correio do Povo

Cheias no RS: governo atualiza decreto e reconhece emergência de 336 municípios

 Ato permitirá aceleração no processo de auxílio e destinação de recursos para cidades afetadas

Porto Alegre também foi seriamente afetada 

A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional editou nova portaria publicada em edição extra Diário Oficial da União, alterando ato anterior e ampliando para 336 municípios gaúchos o reconhecimento do estado de calamidade pública em razão das chuvas intensas que atingem a região. Em Portaria publicada mais cedo, o governo federal havia reconhecido o estado de calamidade em 265 municípios.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), já tinha declarado o estado de calamidade pública do Estado, depois da sequência de temporais, que alagou muitos municípios. Segundo último boletim da Defesa Civil do Estado, divulgado às 18h, o número de mortes no Rio Grande do Sul chega 78, sendo que outras quatro mortes estão sendo investigadas. A Defesa Civil comunicou que há 105 desaparecidos e 175 feridos. Ao todo, 18.487 pessoas estão em abrigos, de um total de 844.673 afetadas.

Ao obter o reconhecimento do governo federal do estado de calamidade pública, o Estado consegue maior agilidade nas ações de auxílio federal de resposta e reconstrução. Além disso, o governo pode adotar medidas administrativas para o processo de contratação de bens e serviços necessários para socorrer a população e recompor serviços e obras de infraestrutura essenciais, sem necessidade de licitação pública, por exemplo.

Correio do Povo

Transporte coletivo opera com tabela de sábado e mudanças nesta segunda-feira em Porto Alegre

 EPTC antecipa que os itinerários podem ser alterados na Capital

Corredor de ônibus tomado pelas águas na avenida Farrapos 

transporte coletivo de Porto Alegre opera com tabela de sábado nesta segunda-feira, devido à redução da demanda da circulação prevista. Em razão dos desvios causados pelos alagamentos, alguns pontos sofrem alteração. As linhas 605, 701, 705.2, 703, 704, 704.1, 718 estão desativadas. Os passageiros podem consultar pelos aplicativo Citamobi e Moovit os horários das linhas.

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) reforça que os itinerários poderão ser modificados de acordo com a condição dos alagamentos. Aqueles que precisem utilizar o transporte coletivo de eixos que não estão listados, devem entrar em contato pelo app 156+POA ou números 156 e 118 do Atendimento ao Cidadão para receber informações específicas sobre os itinerários das linhas.

As informações serão atualizadas, em tempo real, pelo perfil da EPTC na rede X (o antigo Twitter) e no Threads.

Confira abaixo:

As linhas dos terminais Rui Barbosa e Parobé seguem pela Cristóvão Colombo, Alberto Bins, Cel. Vicente, Independência, retorno na praça Dom Feliciano, Independência, Ramiro, Cristóvão e retorno ao bairro.

  • Linhas Uruguai seguem à esquerda na Loureiro da Silva até o Açorianos.
  • Linhas que acessariam o túnel da Conceição, vindas da Osvaldo Aranha, entram à esquerda na Sarmento Leite, direita na Luiz Englert, Paulo Gama e Osvaldo Aranha de novo.
  • Linhas com terminais na Salgado e Borges utilizam a Loureiro da Silva, João Pessoa e Azenha para voltar à Zona Sul. Na área do Centro, operação normal.
  • Linhas da Zona Leste que acessariam o Túnel da Conceição seguem até o Viaduto Dona Leopoldina retornando ao bairro pela João Pessoa.
  • Ônibus que circulam pelo eixo Cascatinha, sentido bairro/Centro, seguem pela Erico Verissimo, Venâncio Aires e João Pessoa. No sentido Centro/ bairro, segue o mesmo itinerário saindo pela João Pessoa e seguindo o sentido inverso.
  • Veículos do eixo Beira-Rio, no sentido bairro/Centro, seguem pela Icaraí, avenida Divisa, Cruzeiro, Azenha, João Pessoa, Viaduto João Pessoa, Lima e Silva, Fernando Machado, Borges de Medeiros. No sentido Centro/bairro, Salgado Filho, João Pessoa, Azenha, Divisa e Icaraí.
  • T1 sentido norte/sul segue até o Praia de Belas.
  • T2,T2A, sentido Sul/norte, terão saída na Praia de Belas, entram na avenida Múcio Teixeira, José de Alencar à esquerda seguindo o itinerário normal até o viaduto Utzig. No sentido norte/sul, o desvio começa pelo Viaduto Utzig seguindo o inverso.
  • T3 Sul/Norte segue até a Cristóvão e no sentido contrário com saída na Cristovão.
  • T5 sul/norte saída da Praia de Belas, Ipiranga, convertendo na Mucio Teixeira, José de Alencar, seguindo o itinerário normal até a Garibaldi, Independência, Ramiro Barcelos, Cristovão Colombo até a elevada da Utzig. No sentido norte e sul segue o itinerário saindo da elevada da Utzig e seguindo o mesmo desvio até a Praia de Belas.
  • T11 e T12 seguem até o viaduto Utzig e retorna para a região Sul.
  • T4 tem trajeto normal até a Icaraí, dobrando à direita na Pedro Américo Leal e Diário de Notícias.

Correio do Povo