Reajuste da passagem de ônibus de Porto Alegre deve ser definido até metade de março

Proposta da EPTC vai ser encaminhada, nos próximos dias, ao Comtu

Por Samantha Klein / Rádio Guaíba

Valor da passagem pode aumentar para R$ 5,20

Valor da passagem pode aumentar para R$ 5,20 | Foto: ALINA SOUZA / CP Memória

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O prazo máximo para que a tarifa de ônibus sofra reajuste em Porto Alegre vence na metade de março – mesmo que, até lá, o pacote de medidas da Prefeitura para o transporte público, em análise na Câmara de Vereadores, não seja votado. Foi o que informou hoje o diretor-presidente da EPTC. Fábio Berwanger negou que haja atraso nesse rito em 2020. “A passagem aumentou em 13 de março no ano passado. Não tendo nenhum fato novo dificilmente teremos cenário diferente de subida do preço. Vale ressaltar que qualquer mudança no cálculo, com a aprovação dos projetos do pacote, vai ser aplicada redução no valor da passagem”, garante.

Com a derrota, ontem, na Câmara, do projeto que pretendia acabar com a obrigatoriedade dos cobradores em alguns dias e horários e o insucesso da convocação extraordinária para votar o pacote, na semana passada, o valor da passagem pode aumentar para R$ 5,20. Hoje, o bilhete custa R$ 4,70 e as empresas já pediram reajuste de R$ 0,50.

O projeto relativo aos cobradores tinha potencial de reduzir em R$ 0,05 a proposta de majoração da passagem. Berwanger ressalta que, independentemente das discussões no Legislativo para votar, ainda em fevereiro, os demais projetos do pacote, a proposta da EPTC de aumento da passagem vai ser encaminhada, nos próximos dias, para o Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu).

O líder do governo na Câmara de Vereadores, Mauro Pinheiro, estima que o sistema de transporte corre risco do colapso em curtíssimo prazo. “Se nada for feito, teremos um colapso do sistema de ônibus em Porto Alegre. Ou baixa-se a passagem com subsídio, o que é impossível no momento, considerando que não se pode retirar quase R$ 1 bilhão de um orçamento de R$ 7 bilhões para isso, ou aprova-se o que Executivo propõe”, disse no programa Esfera Pública desta terça-feira.

Se não houver nenhum acordo para antecipar a chegada do pacote ao plenário, as demais propostas, visando baixar o valor da passagem, passarão a tramitar dentro dos ritos do processo Legislativo, que incluem uma análise da Procuradoria, sessões de discussão da pauta e votação em comissões.

Projetos do pacote:

PLE 15/2017: prevê a redução gradativa dos cobradores nos ônibus de Porto Alegre – REJEITADO, com placar de 23 a 9
PLE 01/2020: fixa tarifa de R$ 0,28 por quilômetro rodado a cada viagem de aplicativo; pode baixar tarifa em R$ 0,70
PLCE 01/2020: fica cobrança de taxa de congestionamento de R$ 4,70 para veículos emplacados fora do município de Porto Alegre; pode baixar tarifa em R$ 0,50
PLCE 02/2020: cria a Taxa de Mobilidade Urbana para empresas estabelecidas na cidade; impacto sobre a tarifa ainda não divulgado
PLE 02/2020: fixa critérios para a utilização dos benefícios de isenção tarifária e dispõe sobre a possibilidade de descontos aos usuários;
PLCE 03/2020: revoga a cobrança da Câmara de Compensação Tarifária, destinada à Prefeitura para fazer a gestão do sistema; pode baixar tarifa em R$ 0,15
PLE 03/2020: autoriza a concessão de subsídio ao transporte público coletivo urbano de passageiros para a cobertura do déficit tarifário.


Rádio Guaíba e Correio do Povo


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Estado anuncia déficit de R$ 3,2 bilhões no resultado orçamentário de 2019

Crescimento nominal foi de 3,8%, passando de R$ 42,9 bilhões para R$ 44,5 bilhões

Secretário Marco Aurélio Cardoso falou sobre o déficit nesta terça-feira

Secretário Marco Aurélio Cardoso falou sobre o déficit nesta terça-feira | Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini / Divulgação / CP

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O secretário da Fazenda do Estado, Marco Aurelio Cardoso, anunciou nesta terça-feira que o resultado orçamentário efetivo de 2019 fechou com déficit de R$ 3,2 bilhões. São R$ 2 bilhões a menos do que o valor que havia sido previsto e estava oficialmente estimado nas leis de orçamento aprovadas pelo Legislativo no ano passado: R$ 5,2 bilhões. Em coletiva na Secretaria da Fazenda, Cardoso explicou que a redução do déficit resulta do esforço do governo em controlar despesas contingenciáveis, do aumento de R$ 1,6 bilhão na receita efetiva do Estado, que passou de R$ 42,9 bilhões para R$ 44,5 bilhões, registrando crescimento nominal de 3,8%, e de outras medidas adotadas para reestruturação do fluxo de caixa.

Os dados, apresentados pelo secretário como informações gerenciais baseadas em números do orçamento, serão divulgados a cada quatro meses pela Fazenda estadual. “Em 2019, foi possível reduzir o déficit orçamentário mesmo sem utilizar alternativas recorrentes em anos anteriores, como depósitos judiciais e antecipação de ICMS. Deve-se considerar que o déficit projetado para o ano era de R$ 5,2 bilhões. Isso significa que em 2019 houve resultados importantes na gestão de fluxo de caixa e na busca de receitas extraordinárias que levaram a uma redução do déficit previsto em R$ 2 bilhões", afirmou.

Segundo o secretário da Fazenda, no entanto, a redução do déficit não deverá assegurar o restabelecimento do cronograma convencional de pagamentos de salários do funcionalismo, nem permitirá ao governo assumir a capacidade de realizar investimentos com recursos próprios. "A receita continua insuficiente para cobrir as despesas, mas os resultados demonstram que estamos no caminho certo. Mesmo assim, o Rio Grande do Sul ainda tem um grande desafio fiscal pela frente”, comentou.

Cardoso destacou que o governo prosseguirá aplicando medidas para controle de gastos e que se dedicará a consolidar suas políticas de privatização, concessão de serviços públicos e estabelecimento de parcerias com o setor privado, com objetivo de gerar receitas extraordinárias em volume suficiente para superar o déficit. "A nossa grande expectativa sobre a possibilidade de investimentos em infraestrutura está mantida sobre a realização de parcerias e concessões. Neste cenário atual, ainda é muito difícil projetar investimentos com recursos públicos", definiu.

O secretário também revelou sua confiança na efetivação da adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) da União, em 2020, o que determinaria a suspensão do pagamento da dívida pública sem a necessidade de empenho dos valores, permitindo que o governo possa manejar os recursos orçamentários que seriam destinados para esta finalidade, pelo período inicial de três anos. "Precisamos saber qual será o regime de recuperação que irá vigorar este ano", argumentou, citando que há movimentos políticos em curso, os quais buscam propor ajustes na lei que instituiu o RRF.

Outra frente de ação do governo estadual, anunciada pelo secretário da Fazenda, será a apresentação de propostas para atualização do regime tributário do Estado. Cardoso mencionou que a Fazenda realiza estudos sobre eventuais modificações nas alíquotas do ICMS por setor econômico e disse que a revisão dos benefícios fiscais atualmente contratados também poderá contribuir com o manejo financeiro através do reordenamento de incentivos por renúncia fiscal.

Conforme o secretário, dos cerca de R$ 9 bilhões concedidos na atualidade, aproximadamente R$ 2 bilhões representam o "montante manejável", que poderá ser incluído no processo de reestruturação financeira do Estado. Cardoso ainda citou o êxito do Executivo em suas propostas de reformas na previdência e nos estatutos do funcionalismo, o que contribuirá, segundo ele, para o controle das despesas com pessoal, maior fonte de desembolso para o erário.


Correio do Povo


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Calor aumenta no RS nesta quarta-feira

Massa de ar quente se intensifica e máxima em Porto Alegre pode chegar a 35°C

Máxima deve chegar aos 35°C em Porto Alegre

Máxima deve chegar aos 35°C em Porto Alegre | Foto: Alina Souza / CP Memória

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O Rio Grande do Sul deverá ter um dia de forte calor nesta quarta-feira. O sol predomina, com o aparecimento de algumas poucas nuvens no Estado. A massa de ar quente se reforça e, por isso, as temperaturas sobem.

De acordo com a MetSul Meteorologia, o amanhecer será agradável. No entanto, o aquecimento será rápido ao longo do dia, fazendo calor já pela manhã em diversas cidades do Estado. Por conta das temperaturas elevadas, pode haver chuva em municípios da metade Oeste.

Em Porto Alegre, sol aparece entre nuvens. A mínima na Capital deve ser de 22°C, e a máxima pode chegar aos 35°C.

Mínimas e máximas no RS

Caxias do Sul 18°C / 29°C
Santa Maria 22°C / 34°C
Passo Fundo 20°C / 31°C
Santa Rosa 23°C / 36°C
Chuí 21°C / 32°C
Erechim 20°C / 31°C


MetSul Meteorologia e Correio do Povo


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Decisão ocorreu após vídeo em que grupo pede ajuda ao governo federal para deixar a região de Wuhan, epicentro do surto do novo coronavírus. Inscreva-se ► https://bit.ly/38pSA0M Leia mais notícias ► http://correiodopovo.com.br/ Facebook ► https://www.facebook.com/correiodopovo Twitter ► https://twitter.com/correio_dopovo Instagram ► https://instagram.com/correiodopovo/ #Coronavirus #China #Repatriação

Mortos por novo coronavírus somam 490 na China, diz governo

Mais 65 óbitos foram reportados pelas autoridades chinesas na noite desta terça-feira

Coronavírus matou 490 pessoas na China, segundo o governo

Coronavírus matou 490 pessoas na China, segundo o governo | Foto: Mark Ralston / AFP

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O número de mortes confirmadas no surto do novo coronavírus subiu para 490 na China, depois que autoridades da província de Hubei (centro) reportaram 65 novos óbitos na quarta-feira (noite de terça, 4, no Brasil). Em sua atualização diária, os números da comissão de saúde de Hubei, a mais atingida pelo vírus, também mostraram um salto em infecções confirmadas, com 3.156 novos casos.

Com estes novos números, o total de casos na China chega a 23.500, de acordo com os números divulgados previamente pelo governo central. Acredita-se que a epidemia, que se tornou uma emergência sanitária mundial, tenha emergido em dezembro em um mercado de peixes, frutos do mar e carnes exóticas em Wuhan, capital de Hubei. Há casos reportados em mais de 20 países.

Destacando a preocupação sobre a disseminação de contágios em outras áreas metropolitanas densamente povoadas da China, autoridades em três cidades na província de Zhejiang (leste), incluindo Xangai, impuseram restrições ao número de pessoas com permissão para sair de casa.

Nesta terça, Hong Kong registrou a primeira morte provocada pela doença, enquanto a cidade semiautônoma fechou todas exceto duas vias de acesso terrestre com a China continental.


AFP e Correio do Povo

China admite falhas para conter coronavírus

Pela primeira vez, Pequim reconheceu "insuficiências" em sua resposta ao surto que já matou 490 pessoas

China admitiu pela primeira vez falhas para conter coronavírus

China admitiu pela primeira vez falhas para conter coronavírus | Foto: Noel Cecil / AFP

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Pela primeira vez o governo chinês admitiu "insuficiências" em sua resposta ao surto do novo coronavírus, que já matou 490 pessoas no país desde dezembro. O Comitê Permanente de Bureau Político do Partido Comunista pediu melhorias no sistema de reação a emergências diante de "deficiências e dificuldades na resposta à epidemia".

Na noite de anteontem, diante do rápido avanço da doença, a cúpula do partido se reuniu em encontro presidido pelo presidente chinês, Xi Jinping. As deliberações da reunião foram divulgadas pela agência oficial do governo, a Xinhua.

A China vem sendo pressionada internacionalmente a dar respostas ágeis à epidemia e divulgar ações com transparência. O temor é que se repita o que ocorreu em 2002 e 2003, com a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), quando cerca de 800 pessoas morreram em todo o mundo. Na época, Pequim negou a existência do vírus, mesmo com a propagação pelo país e no exterior.

O comitê do partido exigiu esforços para reprimir mercados ilegais de animais silvestres, para enfrentar o problema na origem. A suspeita é que o novo coronavírus surgiu em um mercado de frutos do mar, em Wuhan, onde também eram vendidos animais silvestres.

Capital da Província de Hubei, Wuhan, de 11 milhões de habitantes, tornou-se o epicentro do surto. O governo suspendeu o transporte de moradores de Wuhan e fechou aeroportos, mas, antes de renunciar ao cargo, o prefeito admitiu que 5 milhões deixaram Wuhan antes da imposição da quarentena.

Segundo a cúpula do Partido Comunista, o surto é um teste para a capacidade de governança da China. "Devemos resumir a experiência e tirar uma lição", informou relatório da reunião do partido. Xi Jinping destacou a necessidade de "medidas resolutivas" para deter o surto e disse que a estabilidade econômica e social do país está em jogo. Também foram pedidos esforços para fortalecer áreas deficientes da saúde pública. Ontem, o governo adotou novas medidas de confinamento, que afetam milhões de pessoas em regiões próximas a Xangai, coração econômico do país.

Porta-voz adjunta do Ministério de Relações Exteriores, Hua Chunying criticou o governo dos Estados Unidos por ter iniciado restrições contra cidadãos chineses por causa do surto, acusando Washington de "criar e espalhar o pânico". Os EUA "foram os primeiros a retirar funcionários do consulado em Wuhan, a mencionar a retirada parcial de funcionários da embaixada e a impor veto à entrada de visitantes chineses."

Segundo ela, a China precisa urgentemente de máscaras de proteção, óculos e luvas. França, Reino Unido, Japão e Coreia do Sul já enviaram material médico. A China também tenta comprar esses itens da Europa.

Morte

O caso de um jovem com deficiência física que morreu após o pai ir para a quarentena motivou protestos na rede social chinesa Weibo, similar ao Twitter. Com lesão cerebral, Yan Cheng, de 17 anos, não falava, andava ou comia sozinho. Ninguém o alimentou após o pai, com febre, ser isolado no dia 22. O chefe do Partido Comunista de Hong'an, onde Yan vivia, foi demitido.


Agência Estado e Correio do Povo

Banco Mundial reduzirá previsão de crescimento global por coronavírus

Como a China representa parte da economia mundial, deverá haver um efeito de contágio

No começo de janeiro, o BM disse esperar para este ano um aumento do crescimento econômico mundial de até 2,5% contra 2,4% em 2019

No começo de janeiro, o BM disse esperar para este ano um aumento do crescimento econômico mundial de até 2,5% contra 2,4% em 2019 | Foto: Royal Thai Navy / Divulgação / AFP

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O novo coronavírus levará o Banco Mundial (BM) a reduzir as previsões de crescimento da economia mundial, sobretudo devido ao impacto nas cadeias de abastecimento, informou nesta terça-feira o presidente da instituição, David Malpass. A projeção de crescimento mundial "será rebaixada pelo menos no primeiro semestre de 2020", devido aos prejuízos que o vírus vai provocar no crescimento da China, disse Malpass durante coletiva de imprensa com a ex-presidente do Federal Reserve (Banco Central americano), Janet Yellen.

No começo de janeiro, o BM disse esperar para este ano um aumento do crescimento econômico mundial de até 2,5% contra 2,4% em 2019. Malpass deu ênfase especial ao explicar o impacto da epidemia na cadeia de abastecimento de e para a China. "Para dar um exemplo: muitos produtos chineses vão para o mundo na barriga de aviões de passageiros. De forma que se cortarem os voos de passageiros, é preciso ajustar as cadeias de abastecimento para que a economia continue operando", disse.

Várias companhias aéreas decidiram suspender seus voos de e para a China após o aparecimento desta epidemia, que matou mais de 420 pessoas e contaminou 24 mil. Yellen, por sua vez, disse esperar "um efeito importante" no crescimento da China ao menos no primeiro trimestre do ano e talvez no segundo. "E como a China representa parte da economia mundial, deverá haver um efeito de contágio" em outros países, acrescentou.

Ela acrescentou que em outros episódios de epidemias, observaram-se efeitos econômicos importantes no curto prazo. "A largo prazo, parece ter um efeito relativamente pequeno", disse. O medo da propagação do vírus paralisou a China, o que tem efeitos para a economia mundial ainda difíceis de quantificar. O Banco Mundial disse estar avaliando as "consequências econômicas e sociais" e se disse disposto a apoiar a China para enfrentar o problema. A instituição mostrou-se disposta a apoiar todos os seus países-membros, especialmente os mais pobres e vulneráveis, para enfrentar os efeitos desta crise.


AFP e Correio do Povo

Carros&Motos: Test drive do Nissan Leaf

Com design arrojado, Renato Rossi experimenta o elétrico da Nissan nas ruas de Porto Alegre. Inscreva-se ► https://bit.ly/38pSA0M Leia mais notícias ► http://correiodopovo.com.br/ Facebook ► https://www.facebook.com/correiodopovo Twitter ► https://twitter.com/correio_dopovo Instagram ► https://instagram.com/correiodopovo/ #Carros #NissanLeaf #Elétrico

PL sobre coronavírus prevê quarentena, isolamento e exames compulsórios

Projeto de Lei foi enviado ao Congresso brasileiro nesta terça-feira

Epicentro do coronavírus é na China, e casos de infecção ainda não foram confirmados no Brasil

Epicentro do coronavírus é na China, e casos de infecção ainda não foram confirmados no Brasil | Foto: Mark Ralston / AFP / CP

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O Projeto de Lei da Quarentena do Coronavírus (PL 23/2020), enviado ao Congresso nesta terça-feira permite ao governo federal adotar legalmente os procedimentos de quarentena, isolamento e realização compulsória de exames médicos e tratamentos específicos para enfrentar a emergência de saúde pública decorrente do novo coronavírus, que surgiu na China.

Os brasileiros alvos das medidas terão o direito à informação sobre sua situação de saúde e ao tratamento gratuito. O projeto não traz detalhes sobre a realização da quarentena nem do isolamento. O texto diz que ato do ministro de Saúde disporá sobre a duração da situação de emergência de saúde pública por causa do coronavírus e ainda que a pasta editará os atos necessários à regulamentação e operacionalização da lei.

Infográfico: Coronavirus

Na justificativa da matéria, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta afirma que "o anteprojeto de lei visa adequar a legislação interna, coordenando as ações e os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) em todas as esferas federativas para permitir uma atuação eficiente e eficaz" do Estado.

Pelo projeto, os cidadãos brasileiros ficam obrigados a comunicar as autoridades no caso de sintomas da infecção pelo vírus, de contato com pacientes contaminados ou se estiveram em áreas consideradas de contaminação. O PL também dispensa temporariamente a necessidade de licitação para aquisição de bens, serviços e insumos de saúde destinados ao enfrentamento do coronavírus.

Será obrigatório ainda o compartilhamento de dados sobre as pessoas infectadas entre os órgãos da administração pública, que pode se estender para pessoas jurídicas de direito privado. Segundo o PL, "poderão ser requisitados bens e serviços, tanto de pessoas naturais como jurídicas" com o respaldo de "justa e ulterior indenização".

Nesta terça-feira, o governo reconheceu "emergência de saúde pública em território nacional". O País, contudo, ainda não tem casos confirmados de infecção pelo vírus. O governo estima que cerca de 40 brasileiros tenham interesse de retornar de Wuhan, na China, polo inicial da infecção pelo coronavírus. Segundo o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, brasileiros com qualquer suspeita de contágio do vírus não serão trazidos para o Brasil.


Agência Estado e Correio do Povo

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