Presidente dos EUA ainda criticou ex-subdiretor Andrew McCabe
Trump volta a atacar investigação sobre as eleições na Rússia | Foto: Mandel Ngan / AFP / CP
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considerou novamente injusta a investigação do procurador-especial e ex-chefe do FBI, Robert Mueller, sobre a intromissão eleitoral da Rússia, insistindo neste domingo em que a mesma é impulsionada por democratas "endurecidos". "Alguém acha que isso é justo? E, no entanto, não há conluio!" entre sua equipe de campanha e o governo russo, reiterou Trump no Twitter.
Esta é a última manifestação de um confronto cada vez mais intenso sobre a investigação de Mueller sobre o suposto conluio entre a equipo de Trump e a Rússia para influenciar a seu favor nas eleições de 2016. "Por que a equipe de Mueller tem 13 democratas endurecidos, alguns grandes partidários da desonesta Hillary e zero republicanos? Acrescentou recentemente outro democrata", disse Trump.
O presidente também criticou o ex-subdiretor do FBI Andrew McCabe, demitido na sexta-feira, dois dias antes de sua aposentadoria, e o ex-diretor do FBI James Comey, que Trump demitiu no ano passado pela investigação sobre a Rússia. Até agora, o presidente havia se abstido de atacar Mueller diretamente. Respeitado em ambas as correntes políticas, Mueller havia sido nomeado chefe do FBI pelo presidente republicano George W. Bush e mantido no cargo pelo presidente democrata Barack Obama.
Votação deve terminar com vitória de Vladimir Putin
Oposição e ONG denunciam irregularidades em eleição na Rússia | Foto: Kirill Kudryavtsev / AFP / CP
A oposição russa e uma ONG denunciaram mais de mil irregularidades na eleição presidencial deste domingo na Rússia, visando principalmente aumentar a participação na votação que deve dar um quarto mandato ao presidente Vladimir Putin.
A ONG Golos, especializada em monitoramento de eleições e que elabora um mapa das fraude em seu site, informava às 11h GMT (8h de Brasília) 1.839 irregularidades, como casos de votos múltiplos ou obstáculos ao trabalho dos observadores. Golos aponta particularmente informações sobre empregadores ou universidades obrigando os funcionários e estudantes a votar não em seu local de residência, mas em seu local de trabalho ou estudo, "onde se pode controlar seu voto".
O movimento do principal opositor ao Kremlin, Alexei Navalny, que afirma ter enviado mais de 33 mil observadores aos colégios eleitorais, também relata centenas de casos de fraudes, especialmente em Moscou e sua região, em São Petersburgo e Bashkortostan, nos Urais. Navalny postou em sua conta no Twitter um vídeo que ele apresentou como mostrando uma urna sendo enchida de cédulas em um colégio eleitoral no Extremo Oriente do país, uma situação sobre a qual a Comissão Eleitoral prometeu investigar. Seus partidários enviados como observadores também denunciaram obstáculos ao seu trabalho.
Navalny foi impedido de concorrer à presidência depois de ser declarado inelegível pela Comissão Eleitoral por causa de uma condenação judicial por desvio de fundos, que ele denuncia como orquestrada pelas autoridades. Contando com uma base leal de partidários em todo o país, o opositor pediu um boicote à eleição.
Devido à falta de suspense e às chamadas de boicote, o Kremlin fez tudo para garantir que a participação, o único barômetro real dessa eleição, fosse tão alta quanto possível neste domingo. Por exemplo, ativistas disseram neste domingo que eleitores foram levados de ônibus para os locais de voto pela polícia e cupons de desconto foram distribuídos aos russos.
Homem foi retirado de casa por bandidos e obrigado a repassar dinheiro e a assinar cheques
BIBIANA DIHL
Um empresário foi feito refém por criminosos e liberado enrolado em fita plástica na madrugada deste sábado (17) em São José do Ouro, no norte do Rio Grande do Sul. O homem não teve ferimentos graves.
Conforme a Brigada Militar (BM), três criminosos armados invadiram a residência dele, que fica no centro da cidade, depois da meia-noite, e obrigaram o homem a ir até o mercado que ele possui também na região central do município. O homem foi obrigado a dar dinheiro e a assinar cheques, e os bandidos também roubaram bebida e cigarros. A BM não soube informar o valor levado.
O empresário foi levado como refém no próprio carro, um Passat, e, a cerca de 2 quilômetros do centro da cidade, foi deixado em uma estrada. Ele estava enrolado em fita plástica e em lacres plásticos, mas sem ferimentos graves.
Um Corolla clonado foi localizado em Lagoa Vermelha. Dentro do veículo havia toucas ninja e rádios, que teriam sido utilizados no crime. Na manhã deste sábado, por volta das 7h30min, o carro da vítima foi encontrado no interior de São Jose do Ouro, na localidade de Linha Pontão. Ninguém foi preso.
Na outra semifinal, Veranópolis saiu em vantagem contra o São José
Brasil empatou com o São Luiz, em Ijuí | Foto: Jonathan Silva / GEB / CP
Mesmo sem vencer, o Brasil de Pelotas conseguiu uma pequena vantagem em seu duelo contra o São Luiz pelas quartas de final do Campeonato Gaúcho. As duas equipes empataram em 1 a 1 na noite deste domingo, no estádio 19 de Outubro, em São Luiz. Devido ao gol qualificado, o Xavante avança à semifinal com um empate sem gols no jogo de volta, na quinta-feira.
Os gols da partida foram marcados ainda no primeiro tempo. Melhor em campo e pressionando no início, o Brasil abriu o placar depois que a bola sobrou para Calyson, que encheu o pé para anotar o 1 a 0. Só que o São Luiz reagiu rápido. Quatro minutos depois, a defesa pelotense afastou mal. A bola acabou ficando com Rudiero, que deixou tudo igual. A virada quase veio na sequência, mas a conclusão de Michel foi para fora.
VEC vence o Zequinha
Na outra semifinal, o Veranópolis derrotou o São José, por 1 a 0, também na noite deste domingo. O único gol da partida no Antônio David Farina foi marcado por Leo Dagostini, de cabeça, no fim do primeiro tempo. Com o resultado, a equipe da Serra pode empatar no confronto de volta em Porto Alegre que passa de fase. O duelo será na quinta-feira, no estádio Passo D'Areia.
Decisão de manter a punição será avaliada agora pelo governo Sartori
JOCIMAR FARINA
Valor da multa corresponde a menos de um dia de arrecadação da TrensurbTadeu Vilani / Agência RBS
No último dia do prazo que tinha para recorrer, a Trensurb apresentou contestação à multa de R$ 541,7 mil que recebeu do Procon do Rio Grande do Sul. A documentação foi entregue na tarde de sexta-feira (16). O valor corresponde a menos de um dia de arrecadação da empresa pública, que atende 180 mil passageiros por dia.
A Trensurb não informou qual o teor da defesa que apresentou. Caberá à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos a análise do recurso apresentado e o resultado final do processo administrativo. A tendência é que o posicionamento da secretária Maria Helena Sartori seja conhecido em até 10 dias.
O processo administrativo foi aberto em fevereiro pelo Procon com o objetivo de investigar o reajuste na passagem do trem. A tarifa subiu 94%, de R$ 1,70 para R$ 3,30 depois de 10 anos sem alteração no preço do bilhete. A inflação acumulada neste período chegou a 79%.
Em maio do ano passado, a Trensurb encaminhou um estudo ao Ministério das Cidades e ao Ministério do Planejamento pedindo um reajuste de 47%, o que levaria a tarifa para R$ 2,50. Quase nove meses depois do pedido, o Ministério das Cidades atendeu a solicitação, mas concedeu um reajuste muito superior ao que foi protocolado.
Caso a multa seja mantida, a empresa pública poderá assinar um termo de ajustamento de conduta (TAC) onde se compromete a reduzir o valor a passagem para um valor entre R$ 2,50 e R$ 3. Se não concordar com essa sugestão do Procon, a Trensurb terá 30 dias para pagar a multa.
Se não pagar, a empresa poderá ser inscrita na dívida ativa, o que inviabilizaria, por exemplo, que possa tomar empréstimo. O dinheiro é destinado para o Fundo Estadual do Consumidor e é usado em ações voltadas ao consumidor, como realização de cursos, seminários, materiais para educação do consumo, infraestrutura dos Procons, entre outras ações.
Estatal fica sem recursos para recuperar infraestrutura própria
POR AGÊNCIA O GLOBO
AGÊNCIA DOS CORREIOS (FOTO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK)
Há pouco mais de uma década, os Correios eram considerados a instituição mais confiável do país. A certeza de que uma carta ou encomenda chegará às mãos do destinatário já não existe mais. Atualmente, quase todo mundo tem uma história de pacote perdido para se queixar dos Correios. Não é à toa. O relatório de uma auditoria da Controladoria Geral da União (CGU), que fez uma avaliação da estatal no segundo semestre do ano passado, revela a dimensão dos problemas de logística da empresa. Em apenas seis anos, a quantidade de indenizações pagas pela estatal por atrasos, extravios e roubos aumentou 1.054%, chegando a um prejuízo de R$ 201,7 milhões somente com perdas de encomendas em 2016. O dado mostra não apenas a queda na qualidade do serviço, mas evidencia como a crise tem uma característica autofágica: acumulando perdas financeiras há três anos, os Correios não têm recursos para investir na própria infraestrutura para recuperar a confiança em sua operação.
Se destinatários e remetentes estão insatisfeitos, o mesmo acontece com os funcionários da estatal, que realizaram uma greve no início da semana passada. Carteiros e empregados da estatal ouvidos pelo GLOBO relataram condições de trabalho cada vez mais precárias. Eles apontam três problemas principais na operação: material inadequado nos centros de distribuição, redução das linhas de transporte e falta de pessoal.
Nos centros de distribuição espalhados pelo Brasil, há salas de triagem sem ventilação, goteiras sobre encomendas, falta de instrumentos de trabalho e muita desorganização.
Necessidades
No Centro de Distribuição (CDD) da Tijuca, na Zona Norte do Rio, os últimos meses foram em meio a goteiras e poças nas salas de triagem. Nas unidades da Barra e do Recreio, Zona Oeste, as caixas com cartas e encomendas ficam espalhadas em mesas e pelo chão diante do acúmulo de itens sem espaços apropriados. Em Senador Camará, também na Zona Oeste, os funcionários convivem com carros e caminhões desativados abandonados ao ar livre.
As queixas dos funcionários mostram que as dificuldades operacionais dos Correios residem em detalhes simples, como a falta de unitizadores, que são contêineres desmontáveis que facilitam a organização e o transporte das encomendas e correspondência. Com paredes de papelão montados em uma base de borracha, esses contêineres precisam de uma tampa plástica para serem empilhados nos caminhões. Nas unidades do Rio e de todo o país, as tampas estão cada vez mais em falta. Como as danificadas não são repostas por falta de recursos, os funcionários levam muito mais tempo para organizar o transporte da carga, que muitas vezes é feito abaixo da capacidade do caminhão, e têm dificuldade de manter a integridade dos pacotes. Começam assim os atrasos e perdas.
Não é apenas uma questão de equipamento. Nos últimos anos, a empresa perdeu funcionários. Uma atividade antes distribuída entre três ou quatro pessoas é feita hoje por uma, dizem empregados. A empresa inciou recentemente uma política em que carteiros deixam de passar diariamente para atender mais ruas em dias alternados. No Rio, essa prática começa em abril.
— As pessoas reclamam comigo, mas queria que entendessem que a culpa não é nossa, mas da empresa — diz um carteiro, que prefere não se identificar. — Vivemos uma rotina de trabalho duro, sem estrutura, e com sobrecarga de trabalho. Na triagem (de cartas e encomendas), fazemos o trabalho que deveria ser dividido com mais uma ou duas pessoas.
O acúmulo de serviço só não é pior que a insegurança para rodar com carros, caminhões ou até mesmo a pé. Numa roda de carteiros perto de um centro de distribuição no Rio, a discussão é sobre quem foi roubado mais vezes.
— Em quase 15 anos como carteiro, já fui assaltado mais de 25 vezes. Roubam toda a carga e nossos pertences. Já perdi três alianças. Só não largo meu emprego por causa da minha família — lamentou outro funcionário que não quer ter o nome revelado por medo de retaliações.
Os Correios cogitaram suspender as entregas de encomendas na periferia do Rio este ano e só manter o serviço de correspondência, mas a medida foi desencorajada no governo.
— Queremos condições justas de trabalho — diz Ronaldo Martins, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro (Sintect-RJ).
A estatal nega aumento da carga de trabalho dos funcionários. Segundo a empresa, o quadro de pessoal está sendo “adequado considerando a queda dos serviços de mensagens e o crescimento das encomendas”. A empresa afirmou que conversa com parceiros sobre planos de investimento em infraestrutura para reequipar centros de distribuição. Em razão do tamanho da empresa, dizem os Correios, queixas pontuais podem existir em algumas unidades.
Por trás do caos operacional estão prejuízos bilionários que prejudicam os investimentos dos Correios. Segundo fontes, o balanço financeiro de 2017, a ser divulgado nos próximos dias, deverá registrar o terceiro prejuízo consecutivo, de R$ 2 bilhões, de uma estatal que era, historicamente, superavitária. Desde 2015, os Correios acumulam rombo de R$ 5,5 bilhões: resultado de anos marcados por corrupção, uso político e má gestão, com queda na qualidade dos serviços.
Ainda no governo Lula, indicações políticas levaram ao mensalão. O escândalo começou com um vídeo de um funcionário dos Correios que recebia propina. No governo Dilma, a empresa começou a ter problemas de caixa em razão da política de represamento de reajustes de tarifas para conter a inflação. A capacidade de investimento também foi reduzida com o recolhimento de R$ 3 bilhões em dividendos pelo governo em três anos.
Enquanto os gastos cresciam, as receitas ficavam estagnadas nos últimos anos. As despesas com pessoal dispararam: 62,6% em cinco anos. Em 2016, foram mais de R$ 12 bilhões. Os Correios tentaram frear a escalada com um programa de demissão voluntária. Com incentivos, mais de dez mil funcionários já pediram as contas. O problema é que a economia que o PDV representará no futuro aumenta as despesas no presente: metade do prejuízo do ano passado se deverá a custos com as demissões voluntárias.
Riscos
Desde 2013, a folha de pagamento se tornou um problema maior. Segundo o presidente dos Correios, Guilherme Campos, um dos principais motivos é a extensão de benefícios a aposentados. Como os carteiros da ativa, eles têm direito a serviço médico para si e seus dependentes. Os gastos com plano de saúde e auxílio pós-emprego dos Correios chegaram a R$ 1,7 bilhão em 2016. A empresa tentou cortar parte deles este ano e acabou colhendo uma greve na última semana. Uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) manteve o corte gradual, que deverá representar economia de R$ 400 milhões por ano. Para Campos, trata-se de um privilégio que não cabe mais na realidade dos Correios. Para os sindicalistas, é absurdo cobrar mensalidade por plano de saúde dos carteiros, que têm salários iniciais em torno de R$ 1.600, um dos mais baixos entre as estatais.
A avaliação dos órgãos de controle é que, se não houver medidas urgentes a curto prazo, os Correios se tornarão gradativamente dependentes de recursos transferidos pela União para seu custeio.
A poucos dias de deixar o cargo para concorrer nas eleições de outubro, Campos disse que várias outras ações amargas são necessárias para colocar a empresa no século XXI, onde entregar encomendas passou a ser a prioridade em vez de distribuir a antiga correspondência. Para ele, o monopólio postal perdeu sentido num cenário de crescimento de entrega de encomendas, nicho no qual a estatal tem de competir com outras companhias. Ele diz que os funcionários ainda não entenderam a mudança do mercado.
— A greve acentua e acelera a ida para o mundo digital. Cada vez que o funcionário dos Correios faz greve, empurra os clientes para solução digital — disse Campos, com a ressalva de que ainda há muita gente no interior sem acesso à internet.
Nos rincões do país, porém, os carteiros continuam a rodar de bicicleta. A orientação da gestão atual é levar a empresa de volta ao lucro concentrando esforços nos grandes centros do país, onde é possível ganhar mais dinheiro.
Outro foco da estratégia da empresa é tentar abocanhar o mercado de importados. A ideia é fazer com que empresas, principalmente chinesas, paguem um preço justo pelo tipo de produto que entregam. Isso requer não só investimentos — como instalação de novos equipamentos e aumento do número de postos aduaneiros e de tratamento de cargas — como também uma negociação com o governo chinês.
Eleição teve participação limitada, com cerca de 60% dos aptos a votar
Eleição teve participação limitada, com cerca de 60% dos aptos a votar | Foto: Alexander Zemlianichenko / AFP / CP
Vladimir Putin venceu as eleições presidenciais russas de forma esmagadora, neste domingo, e se elegeu para um quarto mandato que se estenderá até 2024. Com 72,9% das urnas apuradas, Putin tinha 75,9% dos votos, muito acima dos 63,6% obtidos em 2012, informou a Comissão Eleitoral, atualizando as últimas cifras. O atual chefe de Estado superou o candidato comunista Pavel Grudinin, com 12,5% dos votos, o ultranacionalista Vladimir Jirinovski (6%) e a jornalista ligada à oposição liberal, Ksénia Sobtchak (1,4%).
Putin disse aos seus simpatizantes, reunidos nas imediações do Kremlin, que via na vitória "a confiança e a esperança" do povo russo. "Vamos trabalhar duro, de forma responsável e eficiente", assegurou. Durante o atual mandato de Putin, os preços do petróleo desabaram, provocando escassez de divisas, o que se somou às sanções do Ocidente pela anexação russa da Crimeia.
O governante é elogiado por ter devolvido a estabilidade ao país, após a caótica década de 1990, embora, segundo seus detratores, tenha sido às custas das liberdades individuais. A taxa de participação nestas eleições era de quase 60%, segundo a Comissão Eleitoral, deixando antever números definitivos decepcionantes com relação à de 2012 (65%), apesar dos esforços feitos pelo Kremlin para mobilizar os eleitores neste pleito, cujo resultado todos davam por certo.
Mas seu principal opositor, Alexei Navalny, impedido de disputar as eleições por uma condenação judicial, acusou o Kremlin de aumentar artificialmente a mobilização, enchendo as urnas ou organizando o transporte maciço de eleitores às seções eleitorais. "Precisam de participação. O resultado é que a vitória de Putin com mais de 70% dos votos se decidiu de antemão", disse Navalny à imprensa, assegurando que a participação real foi inferior à de 2012.
A ONG Golos, especializada em vigilância eleitoral, disponibilizou um mapa das fraudes em seu site na internet, no qual denunciou mais de 2.700 irregularidades como o preenchimento de urnas, votos múltiplos ou obstáculos ao trabalho dos observadores. A presidente da Comissão Eleitoral, Ella Pamfilova, considerou, no entanto, que as irregularidades comprovadas foram "relativamente baixas" e acrescentou que a votação foi transparente.
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A empatia é genética. Não confunda empatia com simpatia. A empatia significa que a pessoa entende o que a outra pessoa está sentindo e o que pensa. Cerca de 10% do nível de empatia é proveniente do código genético. A educação e a convivência com outras pessoas também ajudam na empatia. A falta de empatia tem uma ligação direta com o autismo.
Peemedebista já teria alertado aliados, de acordo com jornal
O Presidente Michel Temer já teria avisado seus principais interlocutores de que pretende disputar as eleições de 2018, de acordo com uma reportagem neste fim de semana pelo jornalO Estado de S.Paulo .
No entanto, o último levantamento do Instituto Ibope aponta que o governo Temer tem apenas 6% de aprovação. O peemedebista teria consciência da rejeição, mas estaria acreditando na recuperação da economia e no resultado de reformas e medidas que pretende adotar até o fim do seu mandato.
Temer também estaria pensando em adiar ao máximo o anúncio da candidatura, para evitar "politização" de suas ações no governo.
Quando assumiu o governo, em 2016, após o impeachment da petista Dilma Rousseff, Temer tinha prometido aos partidos aliados que não tentaria a reeleição, em troca do apoio político para seu governo.
Tricolor foi mais uma vez superior e dominou completamente o Gre-Nal
Jael marcou um golaço de falta no Gre-Nal | Foto: Fabiano do Amaral
O Grêmio foi novamente superior ao Inter e venceu mais um Gre-Nal. Na tarde deste domingo na Arena, o Tricolor até teve dificuldade no primeiro tempo, mas dominou completamente o segundo e aplicou uma goleada de 3 a 0 que encaminha a classificação para a semifinal do Campeonato Gaúcho.
Everton fez o primeiro gol após uma boa troca de passes no último lance do primeiro tempo. Jael, em bela cobrança de falta, e Arthur ampliaram o placar no segundo. O Inter só conseguiu levar perigo em lances de bola parada, só que esbarrou em um Marcelo Grohe em tarde inspirada.
Com a vitória de 3 a 0, Inter tem de devolver o placar no Beira-Rio na próxima quarta-feira para levar a decisão para os pênaltis ou vencer por quatro gols de diferença para avançar no tempo normal. Se o Grêmio fizer um gol, o Colorado só avança se marcar cinco. O Inter ainda terá contra si um tabu que já começa a incomodar em Gre-Nais. A última vitória vermelha em cima do maior rival ocorreu em 2015.
Inter começa bem, mas para em Grohe
Grêmio e Inter entraram com mudanças em relação ao Gre-Nal da semana passada. No lado tricolor, o técnico Renato Portaluppi promoveu a entrada de Léo Moura, recuperado de lesão, no lugar do questionado Madson. No Inter, as mudanças de Odair Hellmann foram mais drásticas. O treinador colorado montou a equipe no 4-1-4-1, que tinha funcionado bem no segundo tempo no Beira-Rio, e abriu mão de ter Roger na referência escalando Nico López como o homem mais adiantado.
A estratégia de Odair Hellmann ficou clara desde os primeiros minutos. Com Rodrigo Dourado posicionado na frente da área para tentar parar Luan e Patrick e Gabriel Dias subindo para marcar os volantes do Grêmio, o Inter conseguiu controlar o jogo durante quase todo o primeiro tempo. O Tricolor apostou na calma para tocar a bola até encontrar espaço, o que só ocorreu no último lance antes do intervalo.
Antes disso, o Inter foi mais perigoso. O time tinha dificuldade para chegar pelo chão, mas se mostrou perigoso nos lances pelo alto. Logo aos três minutos, D’Alessandro bateu falta pelo lado esquerdo e encontrou Rodrigo Dourado, que cabeceou com força, mas Marcelo Grohe, bem colocado, fez a defesa.
Com poucos espaços, o Grêmio arriscou em chutes de fora da área. Everton, aos 6, tentou o primeiro e mandou raspando o travessão. Aos 20, em lance parecido, Luan recebeu pela esquerda e levou a bola até o meio, onde chutou e também mandou perto do gol de Marcelo Lomba.
O Inter voltou a chegar com perigo pelo alto com Patrick. Edenilson fez o cruzamento e volante apareceu entre Geromel em Kannemann para desviar de cabeça. O gol colorado só não saiu porque Marcelo Grohe foi no ângulo dar um tapa na bola e mandar para escanteio, aos 21.
A marcação colorada funcionou bem até os 47 minutos. Foi quando a qualidade do setor ofensivo do Grêmio apareceu. Em lance que começou com uma série de trocas de passes, Luan tocou em profundidade para Ramiro, que já dentro da área cruzou rasteiro às costas da defesa para Everton. O camisa 11 só teve o trabalho de empurrar para as redes para a festa dos quase 40 mil gremistas que foram à Arena.
Grêmio domina e constroi vitória tranquila
O Grêmio voltou para o segundo tempo muito melhor. A marcação do Inter já não encaixava como na etapa inicial e o time de Renato Portaluppi conseguiu pressionar nos primeiros minutos. Em uma sequência de escanteios, Geromel levou a melhor por cima duas vezes. Na primeira, a bola passou ao lado do gol. Na segunda, o Marcelo Lomba fez uma grande defesa para impedir o segundo gol gremista.
Mas Marcelo Lomba não pôde fazer nada aos 16. Após Gabriel Dias derrubar Luan na entrada da área, Jael foi para a cobrança e marcou. Isso mesmo, o camisa 9 de raros gols com a camisa do Grêmio deixou para fazer um golaço no Gre-Nal. Ele bateu por cima da barreira e mandou no ângulo para o delírio da torcida gremista na Arena, 2 a 0.
Logo após o segundo gol do Grêmio, Odair mexeu no time e promoveu duas estreias no clássico. Primeiro, Rossi entrou no lugar de Marcinho e, depois, Fabiano foi chamado para a vaga de Gabriel Dias. Antes, Renato havia colocado Arthur na vaga de Maicon ganhando fôlego e mais qualidade ainda no meio-campo.
Jael marcou golaço de falta | Foto: Fabiano do Amaral
O Grêmio baixou o ritmo após o segundo gol e passou a esperar mais o Inter, que mostrou não ter forças para descontar. Nico López, em iniciativas pessoais, era o único que levava algum perigo, porém, sozinho no ataque, pouco conseguiu fazer. Sem ser ameaçado defensivamente, o Tricolor chegou ao terceiro gol aos 32 minutos. Em uma saída rápida, Jael escorou para Arthur que arrancou em velocidade e bateu na saída de Marcelo Lomba para transformar o placar em goleada: 3 a 0. O Inter a essa altura estava totalmente batido em campo.
Odair ainda mexeu no ataque com Roger no lugar de Nico López, contudo o Inter seguiu sem força ofensiva. A chance para diminuir o placar veio apenas na bola parada. Mais uma vez D’Alessandro fez a cobrança do escanteio, Dourado apareceu para finalizar e Marcelo Grohe virou um paredão e evitou o gol. No Grêmio, Renato promoveu as entradas de Alisson e Michel nos lugares de Everton e Léo Moura, mas eles pouco fizeram.
O placar do Gre-Nal já estava definido com mais uma vitória do Grêmio, que não perde para o Inter desde 2015. Nos minutos finais, o Tricolor trocou passes aos gritos de “olé” da torcida.
Grêmio, vencedor do Gre-Nal 414 | Foto: Fabiano do Amaral