EUA divulgam novos documentos do caso Epstein com referências a Trump; governo questiona credibilidade

 


O governo dos Estados Unidos publicou nesta terça-feira (23) mais 11 mil documentos relacionados ao caso do financista Jeffrey Epstein, morto em 2019, que incluem diversas referências ao presidente Donald Trump. Entre os materiais estão registros de voos no jato particular de Epstein, além de vídeos e gravações de áudio.

Reação do governo

O Departamento de Justiça defendeu o presidente de 79 anos, afirmando em nota que os arquivos “não têm credibilidade” e que, caso fossem confiáveis, já teriam sido usados contra Trump. O republicano, que não é acusado de nenhum crime ligado a Epstein, passou a manhã em um campo de golfe na Flórida e não comentou de imediato a divulgação.

Lei de Transparência

A publicação atende à Lei de Transparência dos Arquivos de Epstein (EFTA), aprovada por unanimidade no Congresso, que obriga a divulgação integral dos documentos. Um primeiro lote, com 4 mil arquivos, já havia sido liberado na última sexta-feira. Parlamentares acusam o Departamento de Justiça de atrasar deliberadamente o processo e de omitir referências a Trump.

Trump e Epstein

Trump foi próximo de Epstein por anos, sendo fotografado com ele em festas. Apesar de negar proximidade, os novos documentos incluem um memorando de 2020 de promotores de Nova York que detalha viagens do presidente no jato particular do financista. O republicano já deu versões diferentes sobre o rompimento da relação, afirmando que expulsou Epstein de seu clube de golfe por comportamento “asqueroso”.

Carta falsa e novos registros

Entre os documentos, chamou atenção uma suposta carta de Epstein a Larry Nassar, ex-médico condenado por abusos sexuais. O FBI confirmou que o documento é falso, pois trazia carimbo postal de três dias após a morte de Epstein. Também foram divulgados e-mails internos do FBI mencionando dez supostos “cúmplices” do financista nos EUA, sem detalhar nomes.

Outros citados

O primeiro lote de arquivos já havia incluído fotos de Bill Clinton, além de referências a celebridades como Mick Jagger e Michael Jackson. Clinton pediu que todo material relacionado a ele fosse divulgado, afirmando não ter nada a esconder. Documentos também sugerem conversas entre Ghislaine Maxwell — ex-namorada e colaboradora de Epstein, condenada em 2022 a 20 anos de prisão — e alguém identificado como “A”, que seria o ex-príncipe britânico Andrew, sobre encontros com “amigos impróprios”.

Fonte: Correio do Povo

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