Ex-presidente Alberto Fujimori segue internado no Peru

Quadro de gastroenterocolite intensa despertou preocupações com possíveis complicações cardíacas

Ex-presidente Alberto Fujimori segue internado no Peru | Foto: Luka Gonzales / AFP / CP

Ex-presidente Alberto Fujimori segue internado no Peru | Foto: Luka Gonzales / AFP / CP

O ex-presidente peruano Alberto Fujimori está melhorando, mas ainda não terá alta, após sofrer uma desidratação severa, que forçou sua hospitalização no sábado, anunciou neste domingo seu médico pessoal, Alejandro Aguinaga. "Evolui de forma adequada, ainda não estamos dentro do que consideramos satisfatório", disse Aguinaga à imprensa na saída da clínica peruano-japonesa Centenario, em Lima, onde Fujimori, de 79 anos, está internado.

O médico afirmou que o patriarca do clã Fujimori continuará hospitalizado até que se estabilize completamente e faça uma série de exames sanguíneos. "Hoje não poderá ter alta, está desidratado, caído, teve uma gastroenterocolite intensa", declarou Aguinaga. Ele avaliou que nas próximas horas Fujimori chegará a "um balanço eletrolítico adequado". Fujimori está "em repouso absoluto" e recebe soro para se recuperar das diarreias e vômitos que o abalaram neste sábado, em sua casa. O quadro despertou preocupações com possíveis complicações cardíacas, já que ele também sofreu uma taquicardia.

O ex-presidente (1990-2000), que cumpria pena de 25 anos de prisão por delitos de corrupção e violação de direitos humanos, foi indultado pelo presidente Pedro Pablo Kuczynski em 24 de dezembro.


AFP e Correio do Povo

Dirigentes do Grêmio já estão em Barcelona para fechar venda de Arthur

CEO do clube e advogado cuidam dos últimos detalhes para assinatura do contrato da maior venda da história do futebol gaúcho

EDUARDO GABARDO

Anderson Fetter / Agência RBSAnderson Fetter / Agência RBS

O CEO do Grêmio, Carlos Amodeo, e o advogado Gabriel Vieira já estão em Barcelona para fechar a venda de Arthur. Os dois desembarcaram na Espanha para cuidar das tratativas finais para a saída do volante.

Lá eles vão cuidar dos últimos detalhes da assinatura do contrato da maior venda da história do futebol gaúcho, com um valor que chega a 30 milhões de euros, com possibilidade de mais 10 milhões de euros com cláusulas de produtividade.

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Até agora, todas as reuniões tinham ocorrido em Porto Alegre e no litoral gaúcho e, nos encontros, o modelo do negócio foi praticamente fechado. Mesmo com a transação, Arthur vai seguir jogando no Grêmio até o final do ano.

Confirmei com um importante dirigente gremista a chegada de Amodeo e Gabriel em Barcelona. Ele me informou ainda que os dois vão acompanhar neste domingo (4), no Camp Nou, o jogo entre Barcelona x Atletico de Madrid.

Os próximos dias, portanto, serão decisivos. Os últimos capítulos da novela Arthur serão na Espanha. Pouco mais de três meses depois do vazamento da foto do volante com a camisa do clube espanhol, finalmente o negócio será fechado.


GaúchaZH

El Salvador conclui eleição legislativa fundamental para governo

Pleito teve participação baixa neste domingo

El Salvador concluiu eleição legislativa fundamental para governo  | Foto: Marvin Recinos / AFP / CP

El Salvador concluiu eleição legislativa fundamental para governo | Foto: Marvin Recinos / AFP / CP

El Salvador concluiu com baixa participação da população as eleições legislativas e municipais deste domingo, nas quais o presidente Salvador Sánchez Cerén tenta garantir a governabilidade no último ano de seu mandato. Após o encerramento da votação, os primeiros resultados levam algumas horas para serem divulgados, de acordo com as autoridades eleitorais.

O governo acredita que será preciso esperar para ter uma visão clara do resultado, devido à complexidade do sistema eleitoral. Cerca de 5,1 milhões de salvadorenhos foram convocados, mas estima-se que o comparecimento às urnas foi baixo. O Tribunal Supremo Eleitoral não indicou a que horas começará a divulgar resultados preliminares.

O magistrado do TSE Arturo Argüello reconheceu que houve um baixo fluxo de eleitores, mas afirmou que essa situação é "normal" em eleições legislativas e municipais, que nunca ultrapassaram 50% de participação. O presidente Sánchez Cerén disse que "o processo é um pouco complexo e haverá resultados muito rápido, mas haverá necessidade de esperar um pouco".

Alguns cidadãos justificaram a apatia da população devido à insatisfação com os políticos em um dos países mais violentos do mundo. "Você vota confiando que estamos escolhendo pessoas capazes de gerar mudanças. Estamos cansados de políticos que só enchem seus bolsos de dinheiro e se esquecem dos cidadãos", disse o médico Joel Ochoa, de 47 anos.

Na eleição, foram disputados 84 assentos do Congresso unicameral e os cargos de prefeitos e vereadores dos 262 municípios do país, que devem assumir em 1º de maio. Os principais concorrentes foram a opositora Aliança Nacionalista Republicana (Arena, de direita) e a Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN, de esquerda), com pequena vantagem para os opositores, de acordo com pesquisas anteriores.

A votação é a fundamental para Sanchez Cerén, dizem analistas, porque a governabilidade está em jogo para o seu último ano no gabinete, que termina em junho de 2019. Um resultado adverso no Parlamento poderia ampliar as dificuldades que o governo já enfrentou.


AFP e Correio do Povo

Sergio Moro decidirá futuro das 220 obras de arte apreendidas na Lava Jato

Quadros estão em uma sala reservada no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba

Mais de 220 obras de arte foram apreendidas durante a operação Lava Jato | Foto: Polícia Federal / Divulgação / CP

Mais de 220 obras de arte foram apreendidas durante a operação Lava Jato | Foto: Polícia Federal / Divulgação / CP

A definição se o Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, pode se tornar o detentor oficial das obras de artes apreendidas pela Operação Lava Jato, uma coleção de valor ainda incalculado pela Justiça, acontece no ano em que a instituição quase duplicou seu acervo próprio de 4 mil peças, com a chegada de 3 mil novos itens da coleção de artes asiáticas doada pelo diplomata Fausto Godoy. Uma parte das obras da coleção do diplomata entraram em exposição no MON nesta quinta-feira, na Sala 5, dividindo espaço do museu com a mostra da Sala 6 que reúne parte dos quadros da Lava Jato.

São quadros apreendidos em quatro anos de escândalo Petrobrás com os investigados - doleiros, lobistas, políticos, executivos das empresas e da estatal -, que hoje estão sob custódia, armazenados em uma ala inacessível chamada "reserva técnica", onde ficam todas as obras da instituição guardadas sob critérios museológicos internacionais. Mais conhecido como Museu do Olho, o MON é um dos maiores museus do País e começa a se consolidar como o "Museu da Lava Jato".

"Acho que essas obras devem ficar o mais acessível possível à população. Aqui na galeria do MON, qualquer pessoa pode vir. Essas obras precisar ter esse contato com a população, do pobre ao rico", diz Artur Machado, de 24 anos, do interior do Rio que na última quarta-feira visitava o museu e observava os quadros da Lava Jato, entre a coleção geral do museu.

A decisão sobre o destino das obras, que passaram a ser alvo de interesse da Petrobrás, em 2017, para ressarcimento dos prejuízos, passa pelas mãos do juiz federal Sergio Moro - acostumado a julgar políticos poderosos, empresários e grandes traficantes e doleiros -, com conhecimento dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato e da União, por meio do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

As apreensões são feitas porque os bens são suspeitos de serem patrimônio adquirido com dinheiro de propina ou de origem ilícita, portanto, frutos de supostos crimes de lavagem de dinheiro, para a Justiça e passíveis de serem confiscados, leiloados e os valores revertidos para as vítimas, no caso, o Estado. O perito criminal da Polícia Federal Fábio Salvador explica que a volatilidade e a subjetividade das avaliações de preço das obras ajudam o "mercado negro" da lavagem.

A polícia em Curitiba tem desenvolvido em parceria com os técnicos do MON e com a Universidade Federal do Paraná e outros especialistas trabalho inédito no setor de perícias nesses quadros. "Compra-se um quadro por R$ 1 milhão, declara-se por R$ 300 mil, lavaram R$ 700 mil."

Preservação

"Essas obras poderiam estar em um depósito qualquer, mas a polícia e a Justiça entenderam melhor manter em um local com técnicas e condições adequadas de armazenamento e preservação", diz a diretora-presidente do MON, Juliana Vellozo Almeida Vosnika. "São obras de artistas brasileiros significativos, obras de artistas que já tínhamos no acervo, mas obras que realmente interessam para o museu ter em seu acervo." A recomendação para que o MON guardasse os quadros foi feito pela PF seguindo indicação da Secretaria de Estado de Cultura do Paraná, que na época avaliou o primeiro lote de 16 telas apreendidas, na primeira fase da Lava Jato.

Nessa leva, de 16 de maio de 2014, chegaram quadros como "Manequins" (1991), de Iberê Camargo, a "Roda de Samba" (1958), de Heitor dos Prazeres, a "Trama Urbana (1983), de Cláudio Tozzi, "Nu Deitado" (sem data), de Orlando Teruz, entre outros, que estavam na casa da doleira Nelma Kodama e no escritório do doleiro Raul Henrique Srour. Moro já decidiu nas duas ações penais dos 16 quadros dos doleiros Nelma e Raul que o MON deve ficar com as obras. São processos finalizados (transitado em julgado), mas eles não envolvem crimes na Petrobrás, portanto, não são alvos de disputa, e dependem ainda da União para que o MON seja confirmado como detentor das obras.

"Esses bens permanecem em depósito no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, e assim permanecerão até o trânsito em julgado e a sua provável afetação definitiva aquela instituição, já que não afigura-se apropriada sua venda em leilão judicial", escreveu Moro, em despacho - um indicativo de qual será sua postura nos demais processos.

Volume

O acervo de artes da Lava Jato começou a crescer com a prisão dos lobistas Zwi Skornicki e depois Milton Pascowitch. Com o primeiro, representante da multinacional Keppel Fels que havia pago propinas ao marqueteiro do PT João Santana, a coleção ganho 48 nova peças e elevou o padrão artístico custodiado no MON, em 2015. Entre as obras que chegaram ao museu, os quadros "Homenagem a Mondrian II", de Nelson Leirner, "Década de 90", de Amílcar de Castro, a "Bailarina", de Salvador Dalí, peças de Carlos Vergara, Cícero Dias, Vik Muniz e Miguel Rio Branco, entre outros - o réu, abriu mão da coleção em seu acordo de delação.

Exposições

Seis lotes de quadros chegaram ao MON nas 48 fases de Lava Jato, desde 2014. São 220 quadros, mas o total de apreensões é maior e ainda não totalizado pela Justiça, há obras em galerias, ou mesmo nos próprios locais de apreensão, tendo terceiros como fieis depositários. As obras quando chegam ao MON vão para uma quarentena e ficam um período em uma sala separada das demais para avaliar se têm algum fundo, cupim - um procedimento museológico adotado sempre que chega um item vindo de fora do acervo de museus.

Após a quarentena, os quadros passam pelo laboratório onde é feita a higienização, a limpeza em cada uma e passam a integrar a reserva técnica onde estão as demais obras do acervo de custódia da Lava Jato e do acervo próprio do MON - um total de 4 mil itens. "Todas são identificadas, com padrão museológico, sabendo que são obras aprendidas na Lava Jato e que não são do acervo (do MON), que são obras que estão sob a guarda do museu", explica Juliana.

Desde 2014, a direção do MON, que é uma Organização Social (OS) com direito de administrar o museu do Estado, organizou três mostras exclusivas de exposição ao pública, com os quadros: "Obras sob guarda do MON", em que o visitante pode visitar obras selecionadas só de quadros apreendidos na Lava Jato.

Desde o final do ano passado, as obras da Lava Jato entraram em nova etapa. Foram integradas pelo novo curador do MON, Agnaldo Farias, em uma mostra de 75 peças que mistura o acervo próprio do museu com o acervo da Lava Jato, na Sala 6 do Museu. São 19 do acervo custodiado, escolhidos dentro da temática da mostra, uma das que estão em exposição ao público. "Essa é a exposição mais significativa do ponto de vista artístico, porque olha as obras mais pelo valor artístico delas e não simplesmente por elas serem fruto de apreensão da Lava Jato", conta Juliana. Para a diretora, o acervo sob custódia é bem-vindo. "Realmente é interessante para nós. Estamos aguardando essa decisão definitiva."


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Seis hospitais atingidos e mais de 250 mortos nas últimas 48h na Síria

  • Abdulmonan Eassa/AFP

Seis hospitais localizados no enclave rebelde de Ghuta Oriental, perto de Damasco, foram bombardeados nas últimas 48 horas, indicou nesta terça-feira (20) o coordenador regional do escritório de Assuntos Humanitários da ONU para a Síria.

Três estabelecimentos atacados estão fora de serviço, enquanto dois operam parcialmente.

Mais de 200 civis, incluindo quase 60 crianças, morreram desde domingo (18) nos bombardeios do regime sírio em Ghuta, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que dispõe de uma ampla rede de fontes na Síria.

"Na segunda-feira, cinco hospitais: o hospital de Al-Marj, o hospital de Saqba, a Maternidade de Saqba e o hospital de Al-Hayat, bem como um hospital em Duma, foram alvos de ataques. Três dos cinco hospitais ficaram fora de serviço e dois funcionam parcialmente", indicou Panos Moumtzis em um comunicado.

"Hoje, um sexto hospital foi atingido na localidade de Zamalka", acrescentou.

Esses hospitais realizam mensalmente uma média de 10 mil consultas, 1.200 grandes cirurgias, 160 partos e 550 tratamentos por traumatismo.

Moumtzis disse que estava "chocado e entristecido pelas informações de ataques horríveis contra seis hospitais de Ghuta Oriental durante as últimas 48 horas, causando mortes e feridos, e privando milhares de homens, mulheres e crianças de serviços básicos de saúde no enclave sitiado" pelas tropas de Damasco.

"Esses ataques são completamente inaceitáveis e quero recordar a todas as partes que os ataques às instalações médicas são proibidos pelo direito internacional humanitário, e tais ataques deliberados podem constituir crimes de guerra", ressaltou.

"O que está acontecendo hoje em Ghuta Oriental vai além da imaginação. O sofrimento incalculável é intolerável e as pessoas não sabem se vão continuar vivas ou se vão morrer. Este pesadelo em Ghuta Oriental deve parar e parar agora", acrescentou.

Após sete anos de conflito na Síria, "cerca de metade das instalações médicas no país estão atualmente fechadas ou funcionam parcialmente, privando milhões de sírios de cuidados capazes de salvar vidas", disse ele.

Mais de 250 mortos

Ao todo, nos últimos dois dias, mais de 250 civis morreram em bombardeios na Síria.

Ao menos 106 foram mortos nesta terça-feira em Ghuta Oriental, um enclave rebelde sitiado a leste de Damasco, indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
O número de vítimas dos bombardeios foi de 17 no domingo e 127 na segunda-feira, o mais pesado em quatro anos nesta região rebelde. Em 2013, um ataque químico deixou centenas de mortos.

Países pedem fim da violência

Estados Unidos e França manifestaram preocupação com a escalada da violência na Síria e com a degradação crescente da situação no país nesta terça-feira.
Em Washington, a porta-voz do Departamento de Estado americano, Heather Nauert, disse a jornalistas que os Estados Unidos estão "profundamente preocupados" com a intensificação dos ataques russos e sírios no enclave.
"A cessação da violência precisa começar agora", declarou Nauert, criticando o que ela chamou de "táticas de sítio e inanição" do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad.
Em Paris, o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves le Drian, alertou que "a situação na Síria se degrada consideravelmente" e "se não houver nenhum elemento novo, nós caminhamos rumo a um cataclisma humanitário".
"Há uma urgência absoluta sobre este tema (...) Esta é a razão pela qual, a pedido do presidente da República [Emmanuel Macron], seguirei nos próximos dias para Moscou e Teerã", apoiadores do regime do presidente sírio, acrescentou Le Drian, em discurso no Parlamento.
"Na minha opinião, o pior está por vir", prosseguiu o ministro francês das Relações Exteriores. "Isto de deve ao fato de que o processo político está bloqueado (...) Todos os elementos estão reunidos para um agravamento da situação".
Os bombardeios de civis "devem cessar imediatamente" exigiu o coordenador da ONU para a ajuda humanitária na Síria, Panos Moumtzis, alertando para as cerca de 400 mil pessoas encurraladas no enclave rebelde, entre as quais foram registrados casos severos de desnutrição.

*(com AFP e Reuters)


UOL

Deputadas e senadoras definem pauta para Semana da Mulher

São 27 propostas que estão na lista das parlamentares

Bancada feminina, em ato contra a cultura do estupro, realizado há cerca de dois anos  | Foto: Arquivo / Agência Brasil / CP

Bancada feminina, em ato contra a cultura do estupro, realizado há cerca de dois anos | Foto: Arquivo / Agência Brasil / CP


Já está pronta a pauta que a bancada feminina no Congresso Nacional pretende ver aprovada nesta semana em que é lembrado o Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Entre propostas que tramitam entre a Câmara dos Deputados e o Senado, 27 estão na lista das parlamentares.

No Senado, quatro propostas que já passaram pelas comissões da Casa e estão prontas para a análise do plenário foram consideradas prioritárias. O Projeto de Lei do Senado (PLS) 612/2011, da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), é uma das prioridades. O texto, que altera o Código Civil para reconhecer como entidade familiar a união estável entre duas pessoas, chegou a ser colocado em pauta, mas, por pressão da bancada evangélica, foi retirado.

Na última quinta-feira,  o Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, por unanimidade, pessoas transgênero a alterar nome e gênero em registro civil, independentemente da realização de cirurgia para mudança de sexo, e a bancada feminina no Congresso quer aproveitar para resgatar o texto que, no ano passado, chegou a ter a discussão no plenário iniciada, mas logo encerrada por pressão da bancada evangélica.  "Essa é uma questão importante. Veja as decisões do Supremo e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de quinta-feira. Não adianta remar contra a maré. O que nós queremos do presidente (do Senado, Eunício Oliveira) é que as propostas sejam pautadas. Não estamos pedindo para ele rejeitar ou aprovar", disse à Agência Brasil a procuradora da Mulher no Senado, Vanessa Grazzition (PCdoB-AM). A senadora  lembrou que também o TSE autorizou o uso do nome social por candidatos transgêneros.

Mais propostas

No Senado, a pauta prioritária inclui ainda  o PLS 228/2017, que altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para garantir proteção a gestantes e lactantes em relação à prestação de trabalho em local insalubre. Outra proposta é o substitutivo da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) ao projeto de Lei da Câmara (PLC) 18/2017, que torna crime a "vingança pornográfica", que consiste na divulgação e na exposição pública da intimidade sexual. O texto altera a Lei Maria da Penha e o Código Penal, estabelecendo pena de reclusão e multa para o autor da divulgação.  A senadora Simone Tebet (PMDB-MS) está otimista com a aprovação do PLS 64/2018, que apresentou na última semana.

A matéria modifica a progressão de regime de pena, transformando uma decisão do Supremo Tribunal Federal - relativa à mães e gestantes em prisão provisória - em norma legal, estendida a gestantes ou mães já condenadas, flexibilizando a regressão de pena a um oitavo (1/8). A proposta está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), para análise terminativa do relator, senador Antônio Anastasia (PSDB-MG). Bertha Lutz As senadoras também deliberaram sobre a sessão solene que marcará, no próximo dia 7, a entrega do Diploma Bertha Lutz.

Este ano, em comemoração aos 30 anos da Constituição de 1988, a honraria será dada  às deputadas que formaram a bancada feminina durante a Assembleia Nacional Constituinte de 1988. Das 26 que serão homenageadas, quatro também são parlamentares atualmente, as senadoras Lídice da Mata (PSB-BA), Rose de Freitas (PMDB-ES) e Lúcia Vânia (PSB-GO) e a deputada Benedita da Silva (PT-RJ). As congressistas pretendem também incluir na programação da semana que vem, uma audiência de deputadas e senadoras com o ministro Luiz Fux, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para debater a participação das mulheres na política.

Câmara

Na Câmara, a bancada feminina também já apresentou uma pauta ao colégio de líderes e ao presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A expectativa é que os projetos de interesse das mulheres sejam votados em plenário nas sessões dos dias 7 e 8 de março. Um dos projetos escolhidos pelas deputadas é o que inclui no rol de crimes a divulgação de cenas de violência sexual e torna crime hediondo o ato de estupro coletivo. Pela proposta, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin, se o estupro for cometido por mais de duas pessoas, a pena deve ser prisão por pelo menos 8 anos e no máximo 16 anos e 8 meses.

Para esta semana, as deputadas também querem votar um projeto que considera o assédio sexual nas redes sociais crime cibernético e outro que autoriza delegadas a retirarem o agressor da casa da vítima de violência doméstica. O objetivo é inibir a ocorrência de crime continuado e evitar que a mulher agredida tenha que sair de casa enquanto aguarda as decisões judiciais.

Passada a semana da mulher, as deputadas também devem continuar trabalhando para incluir na pauta o projeto que tipifica como crime a abordagem constrangedora de alguém para a prática de ato libidinoso. A proposta foi criada depois da repercussão nacional do caso de um homem que ejaculou no pescoço de uma mulher dentro de um ônibus em agosto do ano passado, em São Paulo.

Ameaças virtuais

Integram ainda a pauta feminina um projeto que trata das ameaças virtuais e outro que propõe a criação de um comitê para receber denúncias de assédio moral e sexual na Câmara. Segundo a relatora do projeto, deputada Maria do Rosário (PT-RS), a proposta cumprirá um papel pedagógico de inibir os casos de abuso e garantir o respeito entre homens e mulheres.

Na área da saúde, as deputadas querem votar um projeto que trata da restauração mamária para mulheres acometidas pelo câncer de mama. Como é tradição na semana de 8 de março no Congresso, mesmo os projetos que ainda estavam em fase de análise das comissões temáticas poderão ser apreciados diretamente no plenário.

A coordenadora da bancada, Soraya Santos (MDB-RJ), disse que há acordo para continuar pautando outros assuntos femininos ao longo do mês, mesmo em meio à intervenção federal no Rio de Janeiro, que impede a votação de emendas constitucionais, e ao pacote de segurança colocado como prioritário pela presidência do Congresso. "As matérias [da bancada feminina] precisam avançar. A gente prefere que sejam derrotadas em plenário, do que não serem votadas. Porque, se não votar, é como se não enxergassem o que está acontecendo com as mulheres no Brasil, em termos de crimes virtuais, de agressões, de violência doméstica, e os nossos índices estão alarmantes", afirmou a deputada.


Agência Brasil e Correio do Povo

Homens de 18 anos pilotavam caças spitfire para defender Londres, que era bombardeada por pilotos da Luftwaffe, de 19 anos

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Homens de 18 anos pilotavam caças spitfire para defender Londres, que era bombardeada por pilotos da Luftwaffe, de 19 anos.
Com a guerra milhões morreram e os que sobreviveram voltaram para casa e tiveram que trabalhar duro para reconstruir seus países, tiveram filhos e envelheceram.
Comiam o que tinha pra comer.
Economizavam o que podiam e cuidavam de suas famílias.
Hoje a adolescência vai até os 35 anos.
Muitas crises.
Mundo cruel.
Muitas decisões.
Muita pressão.
Tudo o que foi construído, até hoje, está equivocado.
Caras de 30 anos tomam todynho, fazem depilação, usam óleos especiais na barba - desenhada. Praticam Tai Chi Chuan.
Depois de uma semana árdua de trabalho, de 6 horas com 2 de almoço - digitando em teclados ergonômicos, reúnem-se com amigos, igualmente estressados em bares modernos - com ar condicionado, com mesas posicionadas segundo feng chui, ao som de Pablo Vitar e Ludmilla.
Pedem suflê de mandioquinha com alho poró, com traços de curry e framboesa selvagem - e harmonizam-na com caipirinha de aguardente de alecrim, com mixed de saquê e vinho crianza catalão, com adoçante natural destilado da casca da mini-jaca colombiana.
Finalizam com uma taça de café gourmet gelado (descafeinado, é claro), aromatizado com favas de baunilha de madagascar e raspas de limão siciliano.
=> Tempos difíceis criam homens fortes.
=> Homens fortes criam tempos fáceis.
=> Tempos fáceis criam homens fracos.
=> Homens fracos criam tempos difíceis...
Autor desconhecido.

No Rio, ex-militares ensinam táticas do Exército a facções criminosas

Eles preparam criminosos no uso de fuzis, pistolas e granadas

Ex-militares receberiam entre R$ 3 mil e R$ 5 mil por hora para ensinar criminosos | Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil / CP

Ex-militares receberiam entre R$ 3 mil e R$ 5 mil por hora para ensinar criminosos | Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil / CP

Os serviços de inteligência das Forças Armadas e da polícia do Rio investigam ex-militares que estão treinando integrantes de facções criminosas com táticas usadas pelo Exército e pela Marinha. O jornal Estado de São Paulo apurou que esses instrutores, principalmente ex-paraquedistas e ex-fuzileiros navais, recebem de R$ 3 mil a R$ 5 mil por hora de aula - valor que pode chegar a R$ 50 mil em uma boa semana. Eles preparam criminosos no uso de fuzis, pistolas e granadas, para atuar em áreas urbanas irregulares, como favelas, e a definir rotas de fuga.

Há cinco meses, durante operação de cerco no Morro da Rocinha, o comportamento dos traficantes fortemente armados chamou a atenção do setor de inteligência. "Seguia claros padrões profissionais, até no gestual de comando", relatou um oficial do Exército. Em grupos de 8 a 12 homens, os criminosos se deslocavam de forma coordenada, fazendo disparos seletivos e evitando o contato direto, "exatamente como faria a tropa em um ambiente adverso".

Entre as lições ensinadas pelos ex-militares também estão o emprego da camuflagem e técnicas de enfrentamento. Já foram rastreados entre 10 e 12 ex-combatentes, na faixa dos 28 anos. O número pode ser maior. O temor de que ex-militares sejam cooptados por facções foi explicitado pelo novo ministro da Defesa, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, no Rio. Segundo ele, as Forças Armadas dispensam entre 75 mil e 85 mil reservistas todos os anos. "Esse pessoal passa pelas Forças, é treinado, adestrado, preparado e, quando sai, às vezes volta ao desemprego. E eles podem se tornar vulneráveis nesse momento, podem ser cooptados."

Os militares que passam pelo Batalhão de Operações Especiais dos Fuzileiros Navais fazem cursos e estágios de guerra na selva, na Caatinga, no Pantanal. Aprendem a saltar de paraquedas e a executar tiros de precisão, combate pessoal e ações anfíbias. São oficiais, subtenentes e sargentos. No Comando de Operações Especiais do Exército, o ciclo mais abrangente prepara por 25 semanas para missões de reconhecimento, contraterrorismo, resgate, evasão, sabotagem, guerrilha e contraguerrilha. Por isso são tão valorizados pelas facções no treinamento de seus "soldados".

Economia

Para um analista, ex-oficial da PM fluminense, "dar adestramento para manusear os armamentos é um recurso das facções para evitar os disparos a esmo, aumentar o poder de fogo e reduzir a perda de material, afinal, um fuzil AK-47 novo, posto no morro, custa R$ 30 mil". A assessoria especializada dos ex-militares também orienta aquisições dos contrabandistas e evita desperdícios. "Até recentemente, os 'xerifes' do tráfico compravam tudo o que aparecesse. Em um depósito em Manguinhos foi achado um projétil de artilharia de 155 mm. Enorme, impressionante e totalmente inútil para quem não tem um canhão", contou o ex-PM. Hoje, a composição do arsenal das facções é mais rigorosa. Abrange fuzis de calibre 7.62mm e 5.56mm, pistolas 9mm, granadas de alto poder letal em pequeno raio (de 5 a 15 metros) e explosivos plásticos.

Os comandos do Exército e da Marinha tratam esses casos como assunto policial. "São criminosos comuns, perderam o vínculo com as Forças. Depois de presos, são submetidos à Justiça comum. É isso o que acontece", explicou um general. Na avaliação do oficial, com larga experiência na missão de estabilização do Haiti, "não há gente de ponta entre esses marginais: os melhores quadros ficam na tropa, mesmo depois de cumprido seu termo de trabalho".

Origem

Esse treinamento por ex-militares foi detectado no Rio pela primeira vez em 2000. Desde então, houve cinco casos em que os protagonistas foram identificados. Ao menos um morreu em confronto com a PM. Um deles - o ex-paraquedista Marcelo Soares Medeiros, o Marcelo PQD - acabou evoluindo na estrutura do crime. Passou de instrutor e intermediador na compra de armas a gerente e, depois, controlador de um ponto de distribuição de drogas no Morro do Dendê, na Ilha do Governador.

Preso desde 2007, cumpre pena em Bangu. Há um ano, foi apontado como o responsável pela construção de um túnel, com iluminação, ventilação e sistema de drenagem, que seria usado em uma fuga. Marcelo PQD (a sigla identifica os paraquedistas) esteve alinhado ao Comando Vermelho (CV), mas, na prisão, mudou de facção e agora integraria o Primeiro Comando da Capital (PCC), grupo paulista. Uma das estratégias do PCC é qualificar seus membros. Além de ampliar o domínio no País, com núcleos em presídios, montou uma rede internacional que abrange Colômbia, Venezuela, Bolívia e Paraguai - de onde saem as linhas de fornecimento e entrepostagem de drogas e armas. O PCC está armado sobre um sofisticado organograma, equivalente ao adotado por empresas de grande porte.

Segundo o setor de inteligência do Ministério da Defesa, na arquitetura administrativa do PCC há três níveis sob liderança de Marcos Herbas Camacho, o Marcola, encarcerado em regime de segurança máxima em Presidente Venceslau, em São Paulo. Uma das divisões da organização se dedica a obter equipamentos, criar depósitos seguros para guardá-los e expandir a infraestrutura. A meta mais ambiciosa seria estabelecer centros de comando e comunicações fora das zonas de conflito.

Ponto móvel

Os treinamentos desenvolvidos pelos ex-militares são realizados em campos móveis para dificultar a localização. De acordo com a inteligência da PM haveria centros em seis comunidades da cidade do Rio. São áreas de mata e vielas de passagem, isoladas pelos traficantes durante um curto período. Encontrar os pontos de treinamento é prioritário para as Forças Armadas. Uma possibilidade é utilizar os Veículos Aéreos Não Tripulados (Vants) - os drones da Força Aérea no trabalho. As aeronaves sem piloto Hermes 450, israelenses, do Esquadrão Hórus, são capazes de voar por 20 horas acima dos 5 mil metros de altura, e seus sensores óticos podem obter informações e imagens de dia e à noite. Os ex-militares são cuidadosos para não deixar rastros. Os instrutores ensinam seus aprendizes a não produzir lixo que possa servir de pista de localização ou sinal de passagem. Mais que isso, os criminosos são orientados a não ter em mãos nada que não possa ser abandonado, mesmo os objetos pessoais.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Sem mortadela, sindicatos estão em situação "caótica"


Com o fim do imposto sindical aprovado na reforma trabalhista, os sindicatos foram obrigados a reduzir o quadro de funcionários, além de cortar viagens e eventos, confirma o Estadão.

“A situação está caótica. Tivemos queda de 70% na arrecadação”, disse José Osório Naves, diretor executivo da Confederação Nacional do Turismo (CNTur), entidade que entrou com uma ação no STF contra o fim do mortadelão. “Estamos nos adequando para conseguir sobreviver. Não sabemos até quando.”

Na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), uma das representações mais fortes do país, a queda na arrecadação ficou entre 13% e 14%, de modo que cerca de 20% do quadro de funcionários foi reduzido e alguns departamentos unificados.

Mas o discurso da Fiesp se distingue do padrão.

“Entendemos [em assembleia com 130 sindicatos filiados] que o fim [do imposto] seria mais coerente com a nossa bandeira de redução da carga tributária”, disse ao jornal a diretora executiva jurídica Luciana Freire.

Ela ressaltou que, para as empresas continuarem contribuindo de forma opcional, os sindicatos terão de dar alguma contrapartida, como produtos e serviços.

É o mínimo, não é mesmo?


O Antagonista

Luan vira dúvida no Grêmio para o Gre-Nal

Renato praticamente descartou presença do atacante contra o São Paulo na quarta-feira

Luan inicia semana como dúvida para o Gre-Nal | Foto: Lucas Uebel / Grêmio / Divulgação / CP

Luan inicia semana como dúvida para o Gre-Nal | Foto: Lucas Uebel / Grêmio / Divulgação / CP

O atacante Luan, que não jogou contra o Juventude neste domingo, inicia a semana Gre-Nal como dúvida para o clássico. Após a partida no Alfredo Jaconi, o técnico Renato Portaluppi praticamente descartou a presença do camisa 7 diante do São Paulo na quarta-feira e disse ser difícil que ele atue contra o Inter.

“Nós não poupamos o Luan. O exame quem poupou ele e dificilmente ele estará pronto para quarta-feira. A gente tem de torcer para que ele esteja pronto para o final de semana, o que também é difícil”, afirmou Renato.

Apesar de falar sobre a situação de Luan, Renato evitou projetar o Gre-Nal. Ele ressaltou que o pensamento do Grêmio até quarta-feira vai ser em buscar a vitória sobre o São Paulo de Rio Grande.

“O Gre-Nal não vai mudar em nada a nossa programação, será a mesma. O que é importante para a gente é o jogo de quarta-feira. O São Paulo tem todo o nosso respeito e vamos jogar basicamente a nossa classificação contra eles. Depois que passarmos pelo objetivo do São Paulo e praticamente garantirmos a classificação, aí vamos pensar no Gre-Nal. Em Gre-Nal eu falo apenas a partir de quinta-feira”, projetou.


Correio do Povo


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