Petrobras reajusta preço do diesel em 2,7% e da gasolina em 1,8% nas refinarias

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Três dias depois de ter reduzido o preço da gasolina e do diesel nas refinarias, a Petrobras anunciou hoje (3) aumento nos preços dos dois produtos. O diesel subiu 2,7% e a gasolina, 1,8%. Os aumentos valem a partir desta terça-feira (4).

A estatal não informou quanto o reajuste nas refinarias poderá impactar no preço final ao consumidor. Isso porque o preço nas bombas depende de outros integrantes da cadeia de combustíveis, como distribuidoras e postos.

Na última sexta-feira (30), a empresa havia anunciado redução de 4,8% no preço do diesel e de 5,9% no da gasolina nas refinarias. A nova política de preços da companhia prevê aumento da frequência de ajustes, que poderão ocorrer diariamente. Segundo a estatal, a medida “permitirá maior aderência dos preços do mercado doméstico ao mercado internacional no curto prazo e possibilitará à companhia competir de maneira mais ágil e eficiente”.


Agência Brasil

Vale a pena dar imóvel ou carro como garantia de empréstimo?

Se não há solução e é preciso tomar dinheiro emprestado, avalie esta opção.

Por: Erik Farina


Vale a pena dar imóvel ou carro como garantia de empréstimo? Genaro Joner/Agencia RBS

Foto: Genaro Joner / Agencia RBS

Modalidade popular no Brasil, os chamados refinanciamentos ou empréstimo com garantia disponibilizam dinheiro com juros na casa de 2% ao mês, ou seja, ombro a ombro com linhas do consignado. Esses empréstimos avançam no atual ambiente de crise, quando os bancos relutam em emprestar em razão do risco de calote. Em troca, o cliente aliena um bem – geralmente, sua casa ou carro – ao banco, que o reivindicará caso o empréstimo não seja pago. Essa segurança na relação, por sinal, é a explicação para o banco cobrar juro mais baixo, uma vez que poderá buscar ressarcimento em caso de calote.

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Nos Estados Unidos, operações semelhantes são comuns e se tornaram uma das principais fonte de renda extra para famílias, em particular a hipoteca de casas.

– O empréstimo com garantia costuma ser atraente para o consumidor que precisa de um volume alto de dinheiro e quer um prazo de pagamento mais longo – afirma Álvaro Modernell, diretor da Mais Ativos Educação Financeira.Se o valor que se busca é mais baixo – inferior ao custo de um automóvel, por exemplo –_, Modernell sugere buscar uma opção mais prática, com preferência ao consignado.

Isso porque quem toma crédito com garantia geralmente precisa lidar com a burocracia (e os custos) de cartório para levantar documentação e alienar o bem em nome do banco. Por isso, neste tipo de operação, é fundamental considerar o Custo Efetivo Total (CET) que, além do juro, inclui taxas de vistoria, documentação e eventuais seguros.

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Cuidado para não perder o bem

Esses empréstimos avançam no atual ambiente de crise, quando os bancos relutam em emprestar em razão do risco de calote. Na Creditas, empresa que pesquisa juros de empréstimos com garantia e faz a intermediação entre clientes e bancos, a procura por este tipo de crédito cresce 30% a cada trimestre — a empresa encerrou 2016 com uma carteira ativa de R$ 135 milhões. O Banco Central não contabiliza este tipo de operação. As taxas começam com juros de 1,15% ao mês (14,71% ao ano) mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os prazos de pagamento podem chegar a 240 meses (20 anos).

— Quem tem buscado esses empréstimos é o público mais jovem, muitas vezes substituindo uma dívida cara por outra com juros bem mais baixos — explica Felipe Zullino, sócio e diretor de novos negócios da Creditas.

Especialistas apontam que esses empréstimos efetivamente podem ser uma opção mais barata para quem está no vermelho em valores altos com cartões de crédito e cheque especial, evitando assim um efeito bola de neve sobre as finanças familiares, mas fazem alertas.

— O juro precisa ser muito mais baixo do que os empréstimos convencionais para valer a pena. E o cliente precisa ter convicção de que conseguirá pagar de volta, sob pena de perder seu bem — sublinha Modernell.

Como funcionam os empréstimos com garantia

- O cliente do banco precisa ter o bem já quitado para envolver no empréstimo. Ele é avaliado para saber de suas condições de conservação ou certificação de que não há pendência como multas ou impostos atrasados.
- Em geral, o banco empresta até 70% do valor do imóvel ou do automóvel — dificilmente, o valor emprestado corresponde à totalidade do valor de mercado.
- Os prazos de pagamento em geral variam de 12 a 60 meses (para carros) e 240 meses (imóveis).
- Alguns bancos permitem o financiamento da tarifa de avaliação do imóvel e do IOF (que podem ser embutidos nas mensalidades), além de uma parcela sem pagar por ano.
- Se o empréstimo não for pago de volta, o cliente perde seu bem para o banco.

Planeje o empréstimo

- Antes de tomar um empréstimo, avalie todo o custo de operação (CET), que inclui taxa de análise de crédito e seguros, que pesam na parcela.
- Evite ao máximo cair no cheque especial ou parcelar a fatura do cartão, caindo no crédito rotativo.
- Empréstimos em financeiras, em particular que emprestam para negativados, costumam ser os mais caros.
- Após tomar o empréstimo, reserve dinheiro logo no início do mês para o pagamento, para evitar ficar com a conta vazia na hora de honrar o compromisso.
- Se você cair no crédito rotativo ou cheque especial, é melhor tomar um empréstimo mais barato para zerar estas dívidas.
- Quando estiver devendo, avalie utilizar dinheiro extra (comissões, sobras do mês, bônus, FGTS) para antecipar o pagamento, abatendo os juros.

As simulações e as taxas de juros foram solicitadas no fim do mês de junho.


Zero Hora



Ex-ministro Geddel Vieira Lima é preso pela PF na Bahia

Agentes da Polícia Federal (PF) prenderam hoje (3), na Bahia, o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o político baiano estaria tentando obstruir a investigação de supostas irregularidades na liberação de recursos da Caixa Econômica Federal.

A prisão preventiva foi pedida pela PF e pelos integrantes da Força-Tarefa da Operação Greenfield, a partir de informações fornecidas em depoimentos do doleiro Lúcio Bolonha Funaro, do empresário Joesley Batista e do diretor jurídico do grupo J&F, Francisco de Assis e Silva, sendo os dois últimos em acordo de colaboração premiada.

A reportagem ainda não conseguiu contato com a defesa de Geddel.

Em janeiro deste ano, policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do ex-ministro, alvo da Operação Cui Bono, que investiga o suposto esquema de corrupção na Caixa no período entre 2011 e 2013 – período em que Geddel ocupou a vice-presidência de Pessoa Jurídica da instituição.

Saiba Mais

A Operação Cui Bono – expressão latina que em português significa “a quem beneficia?” – é um desdobramento da Operação Catilinárias, deflagrada em dezembro de 2015, no âmbito da Operação Lava Jato, quando policiais federais encontraram um telefone celular na residência do então presidente da Câmara dos Deputados, o ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que revelou uma intensa troca de mensagens eletrônicas dele com Geddel.

Agora, os autores do pedido de prisão preventiva de Geddel dizem que o ex-ministro estaria tentando evitar que Cunha e o corretor Lúcio Funaro firmem acordo de colaboração com o MPF, atuando para garantir vantagens indevidas aos dois e “monitorando” o comportamento do doleiro de forma a constrangê-lo a não fechar o acordo.

Na petição à Justiça, os procuradores reproduziram mensagens que dizem que Geddel enviou à mulher de Funaro entre os meses de maio e junho. As mensagens, segundo o MPF, foram entregues às autoridades pelo próprio Funaro. Para os investigadores, Geddel continua agindo para obstruir a apuração dos crimes.

Geddel é o quinto investigado por suspeitas de fraudes em recursos administrados pela Caixa a ser preso preventivamente. Além de Eduardo Cunha e de Lúcio Funaro, também estão presos o também ex-presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves, e o ex-agente do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), André Luiz de Souza. Embora fosse um dos alvos dos mandados de prisão contra os investigados por irregularidades na Caixa, Henrique Eduardo Alves acabou sendo preso, em junho, no âmbito da Operação Manus, que apura a suspeita de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção do estádio Arena das Dunas, em Natal (RN).


Agência Brasil



Outro ladoDefesa de Geddel diz que prisão foi "absolutamente desnecessária"

PolíticaTemer diz ter "quase certeza absoluta" da rejeição de denúncia na Câmara

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Empresas do RS estão pagando melhor para os novos contratados

Sintoma de que o mercado de trabalho está reagindo, salários de contratação crescem há sete meses no Estado, o que é positivo para para quem tem mais qualificação

Por: Caio Cigana*


Empresas do RS estão pagando melhor para os novos contratados Luiz Armando Vaz/Agencia RBS

Andressa Ribeiro, com a filha Thays Eduarda, obteve vaga em uma rede de farmácias em Porto AlegreFoto: Luiz Armando Vaz / Agencia RBS

Enquanto recém aparecem os primeiros sinais de que as taxas de desocupação pararam de piorar, um indicador ligado à renda pode atestar que a reação do mercado de trabalho, pelo menos para a mão de obra mais qualificada, começa a melhorar. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), enviado pelas empresas ao Ministério do Trabalho, mostram que, tanto no Estado quanto no país, os salários de admissão têm aumento real (acima da inflação) há sete meses consecutivos em relação a igual período do ano anterior.

Em maio, o valor médio pago a quem foi contratado no Rio Grande do Sul chegou a R$ 1.388,91. É 1,1% acima dos R$ 1.373,39 do mesmo período do ano passado – dado corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

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O movimento, iniciado em novembro do ano passado, reverte a tendência observada nos últimos anos, quando o Brasil entrava na recessão. No intervalo anterior de 17 meses, em apenas dois é verificado aumento real do salário de admissão no Estado. No cotejo com o mês imediatamente anterior, foi a quarta vez seguida que o vencimento de quem tem a carteira assinada por uma empresa cresceu.

Foto: Arte ZH / Arte ZH

Apesar da melhora no indicador, o salário médio de admissão no Rio Grande do Sul está abaixo do nacional, que chegou R$ 1.458,12 em maio, 3,8% acima de igual período de 2016.

Para Giácomo Balbinotto Neto, professor de economia do trabalho da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a inversão da curva pode indicar que, diante da grande oferta de mão de obra disponível devido ao avanço do desemprego, as empresas estão contratando os mais qualificados, com remuneração melhor.

– O que pode ter acontecido é uma depuração. Muitas empresas quebraram, e as que sobraram ou foram criadas nesse meio tempo estão demandando uma quantidade maior de mão de obra qualificada, a partir de um critério de seleção mais rigoroso, identificando os melhores em termos de educação, treinamento e experiência – avalia Balbinotto.

O professor da UFRGS, entretanto, alerta que essa situação não significa ainda uma recuperação consistente do mercado do trabalho. Os demais indicadores divulgados nos últimos dias e semanas apontam apenas para um quadro de estabilização. Ou seja, a boa notícia é de que a situação do emprego ao menos parou de se deteriorar.
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Mudança no perfil do trabalhador almejado

O coordenador do Conselho de Relações do Trabalho da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), Paulo Garcia, lembra que, após os elevados ganhos reais concedidos aos trabalhadores entre 2010 e 2012, a crise obrigou as empresas a demitirem devido aos obstáculos legais a outras alternativas para reduzir o custo com mão de obra.

A partir dos sinais de que a atividade parou de piorar e ensaia uma recuperação mesmo tímida, muda o perfil do trabalhador buscado.

– O trabalhador capacitado é o primeiro que volta ao emprego – diz Garcia, avaliando que há ainda otimismo moderado com a expectativa de que, apesar da turbulência política, serão feitas as reformas trabalhista e da Previdência.

O professor de economia Gustavo Inácio Moraes, da Escola de Negócios da PUCRS, observa que não há contradição no avanço dos salários de admissão enquanto o mercado de trabalho como um todo está agora de lado. Isso não significa, ressalta, que mais pessoas estariam sendo contratadas, mas apenas mais qualificadas.

– Talvez em 2019, 2020, quando a economia se recuperar de forma consistente, poderemos ver o salário médio de admissão menor, porque aí serão as pessoas com menos qualificação que estarão sendo contratadas – observa.

Outro fator que ajuda a explicar a queda real dos salários de admissão até o ano passado e agora passa a contribuir de forma positiva é a inflação, que atualmente corrói menos o poder de compra dos trabalhadores. Em janeiro de 2016, o INPC, utilizado na correção dos salários, acumulou alta de 10,31% em 12 meses, taxa mais alta desde novembro de 2002. Em maio deste ano, no mesmo intervalo de tempo, sobe somente 3,35%.

Foto: Arte ZH / Arte ZH

Retorno ao mercado de trabalho

Uma das funções que tiveram aumento nos salários de admissão no Rio Grande do Sul foi a de operador de caixa no comércio de produtos farmacêuticos. Conforme números do Caged, o rendimento médio dos profissionais que exercem essa atividade subiu para R$ 1.148 em maio passado, alta de 8,29% em relação a igual período de 2016. No quinto mês deste ano, o INPC acumulado em 12 meses ficou em 3,35%.

Foi nesse segmento que Andressa Thais da Silva Ribeiro, 24 anos, encontrou a maneira de deixar os seis meses de desempregada para trás. No fim de abril, começou a trabalhar em uma farmácia de Porto Alegre. Antes, havia sido operadora de caixa em um supermercado.

– Foi ótimo (encontrar trabalho) em uma crise como esta. Fiquei muito feliz quando me ligaram para falar que havia passado na seleção – lembra.

Com o novo salário, conta, a jovem consegue pagar o aluguel de sua moradia e vencer as despesas que tem com sua filha Thays Eduarda, de três anos.

– Tenho uma amiga que está procurando emprego há tempo. Fez entrevistas, mas ainda está bem difícil – afirma Andressa.

*Colaborou Leonardo Vieceli


Zero Hora


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Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS

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Programa oferece bolsas integrais de inglês para alunos do ensino médio

Senado EUA

Os alunos que se destacarem no 'Access' têm oportunidade de participar do projeto Jovens Embaixadores, que envia jovens aos EUA por três semanas Foto: Congresso dos Estado Unidos/divulgação

Alunos de baixa renda do primeiro ano do ensino médio da rede pública, na faixa etária de 14 a 18 anos de idade, têm até o dia 8 de julho para se inscrever no 'Access', um programa de bolsas de estudos de inglês e cultura americana oferecido pela Embaixada dos Estados Unidos, em parceria com centros binacionais em todo o país. No Rio de Janeiro, o parceiro é o curso de idiomas Ibeu.

O 'Access' será realizado em várias cidades brasileiras, como Rio, Porto Alegre, São Paulo, Salvador, Recife, Belém, Manaus, Brasília, Belo Horizonte, Juiz de Fora (MG) e Franca (SP). A assessora de Programas de Língua Inglesa da Embaixada dos EUA, Helmara de Moraes, disse que há a proposta de abrir o programa em mais uma cidade de Minas Gerais, no próximo ano. No ano passado, o projeto teve cerca de 18 mil inscrições no Brasil.

“Nós temos os centros binacionais que são nossos parceiros e que vão desenvolver, sob a nossa aprovação e de Washington, esse programa de dois anos, cujo objetivo é trabalhar com alunos de escolas públicas que estejam no início do ensino médio. São bolsas para aprender inglês e a cultura americana. Também tem um trabalho de voluntariado que é desenvolvido com eles e faz parte da cultura americana”, informou Helmara.

O curso tem 360 horas de duração. A instituição parceira, que vai implementar o programa, determina quantas aulas serão dadas por semana. No caso do Ibeu, no Rio, o programa será composto por aulas de até duas horas e meia de duração, duas vezes por semana, além de aulas intensivas em dezembro deste ano e em julho de 2018. As inscrições podem ser feitas nas filiais Ibeu Campo Grande e Ibeu Freguesia.

Comprometimento

Os alunos aprovados para participar do 'Access' recebem material didático gratuito e transporte. Helmara salientou que para se inscrever é preciso que o aluno tenha bom rendimento escolar e disponibilidade para cursar os dois anos do programa, além de comprovar frequência.

“Não [basta ser] um aluno que tem nota boa em inglês. Tem que ser um bom aluno em geral e que demonstre comprometimento com os estudos, porque o 'Access' é um programa que demanda que a pessoa seja dedicada”, disse a assessora da Embaixada. Segundo ela, o programa muda a perspectiva dos adolescentes. “Eles começam a ver como as coisas podem acontecer, considerando o esforço deles e dedicação”.

Apontado por Helmara como “a menina dos seus olhos no Brasil”, o programa 'Access' foi iniciado em 2008 em Recife e São Paulo. De 2008 a 2017, serão totalizadas no Brasil 2.377 bolsas concedidas, incluindo as deste ano. “É um projeto que tem tido bastante sucesso. A gente tem tido resultados muito positivos com esses meninos que vão avançando”, disse Helmara. Ela acredita que o programa é positivo para os alunos não só em termos de aprendizagem do inglês, mas para a própria vida, na medida em que abre horizontes para que estudem e aprendam uma nova cultura. “Aquele empurrãozinho e eles continuam”, observou.

Jovens Embaixadores

Os alunos que se destacarem no 'Access' têm oportunidade de participar do projeto Jovens Embaixadores, iniciativa da Embaixada, que envia adolescentes para os EUA, onde permanecem por três semanas, fazendo intercâmbio e estudando. “É uma sequência”, explicou Helmara. Após participar do Jovens Embaixadores, os estudantes podem continuar com outras iniciativas que vão alavancando suas carreiras.


Agência Brasil

Segundo jornal, nenhum partido da base já fechou apoio a Temer

Defesa do presidente terá dez sessões para entregar os argumentos contra a denúncia por corrupção passiva

Defesa de Temer terá dez sessões para entregar os argumentos contra a denúncia por corrupção passiva | Foto: Beto Barata / PR / CP

Defesa de Temer terá dez sessões para entregar os argumentos contra a denúncia por corrupção passiva | Foto: Beto Barata / PR / CP

Nenhuma bancada entre os dez principais partidos da base aliada do governo fechou apoio ao presidente Michel Temer contra a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Líderes marcaram reuniões nesta semana para tentar definir o posicionamento que devem adotar em relação ao caso na Câmara. Apesar de afirmarem que há maioria na Casa para derrubar o processo, o clima é de incerteza.

A defesa de Temer terá dez sessões para entregar os argumentos contra a denúncia por corrupção passiva protocolada pelo procurador-geral Rodrigo Janot. O presidente é acusado com base na delação de executivos do Grupo J&F - controlador da JSB -, dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Os advogados dizem que até o fim desta semana devem apresentar a defesa. O Congresso está às vésperas do recesso parlamentar.

Das principais legendas da base, que reúnem pelo menos 327 parlamentares, nem mesmo o PMDB decidiu fechar questão, o que significaria que o deputado teria de seguir a posição definida pela sigla para não sofrer uma sanção. Partido de Temer, o PMDB tem 63 deputados federais. A Câmara é composta por 513 parlamentares.

"O fechamento de questão não foi discutido. Mas nem será necessário, a bancada está unida. Não há nenhum fato concreto que possa incriminar o presidente", disse o líder do PMDB na Câmara, Baleia Rossi (SP). O caso mais crítico para Temer é o PSDB. Seis dos sete deputados integrantes da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) - onde ocorre a primeira tramitação na Casa - devem votar pela aceitação da denúncia.

Líder do partido, o deputado Ricardo Tripoli (SP) disse que vai reunir a bancada - 46 parlamentares - durante esta semana. A expectativa é de que a pressão pelo desembarque do governo aumente. Os tucanos têm ainda a discussão interna sobre antecipar ou não a convenção nacional com o objetivo de eleger uma nova Executiva e definir a situação da presidência do partido.

Até mesmo o líder do DEM, Efraim Filho (PB), evitou fazer uma defesa enfática do presidente. Segundo ele, o partido vai reunir a bancada para tirar uma posição somente após Temer apresentar a sua versão dos fatos. "Até agora, é conhecida apenas a versão da acusação por meio da denúncia enviada pela PGR", disse.

O DEM é a legenda do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), primeiro na linha sucessória, que assumiria o cargo caso a denúncia seja aceita. Reportagem publicada ontem no Estado mostrou que Maia se descolou do Palácio do Planalto nos últimos dias.

Termômetro

O líder do Podemos, antigo PTN, Alexandre Baldy (GO), também disse que ainda "é muito cedo" para ter um termômetro da situação. O partido tem 14 deputados.

Já em partidos como o PSD, PP, PR e PTB o discurso predominante é o de que a denúncia não traz provas concretas contra Temer. Juntas, as quatro legendas do chamado Centrão formam um grupo de cerca de 140 deputados.

Para o líder do PR, deputado José Rocha (BA), o governo terá maioria na CCJ e no plenário, pois os parlamentares vão avaliar que falta pouco mais de um ano para a eleição presidencial. "Você acha que o País tem condições de suportar duas eleições?", questionou Rocha.

Já o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO), também usou o princípio da estabilidade para defender a permanência de Temer. "O País não merece mais uma ruptura neste momento", considerou.

Distanciamento

O processo contra Temer deve selar o afastamento do PSB do governo. A líder Tereza Cristina (MS) é próxima a Temer, mas admite que a maioria da bancada, de 36 deputados, deve optar por votar pelo seguimento da denúncia. O assunto será discutido amanhã. No mesmo dia, o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), deve anunciar o nome do relator da denúncia na comissão.

A denúncia contra Temer chegou à Câmara na quinta-feira passada. Após a defesa se manifestar, haverá cinco sessões para o deputado que for designado relator apresentar seu parecer. Em seguida, o processo vai ao plenário. Para que o STF dê seguimento ao caso, são necessários os votos de 342 deputados.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo



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No Jaburu, presidente discute estratégia política da semana

Estiveram na residência os ministros Eliseu Padilha e o tucano Antonio Imbassahy e deputados

Estiveram na residência de Temer os ministros Eliseu Padilha e o tucano Antonio Imbassahy, além de parlamentares | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP Memória

Estiveram na residência de Temer os ministros Eliseu Padilha e o tucano Antonio Imbassahy, além de parlamentares | Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil / CP Memória

O presidente Michel Temer se reuniu neste domingo com aliados e ministros no Palácio do Jaburu para discutir a estratégia política desta semana, quando começa a contar o prazo para a defesa contra a denúncia apresentada pelo

procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Estiveram na residência de Temer os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e o tucano Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), além de parlamentares.

A intenção do presidente é entregar o mais rápido possível a defesa na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Anteontem, ele viajou a São Paulo, onde se encontrou com o advogado Antônio Claudio Mariz de Oliveira. Aliados defendem a apresentação dos argumentos contra a denúncia por corrupção passiva até terça-feira. Seria no mesmo dia em que o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), apresenta o nome do relator.

Pacheco tem se mostrado independente em relação ao governo, o que o levou o Palácio do Planalto a sinalizar com cargos. Temer tem até dez sessões para protocolar a defesa na Câmara. Depois, a Casa terá outras cinco para analisar o caso.

Temer tem conversado pessoalmente com deputados para tentar garantir os votos necessários contra a denúncia. Hoje, por exemplo, o único compromisso em sua agenda é a reunião com o deputado Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP), às 14h30.

Barreira

Para dificultar a identificação de quem entra e sai do Jaburu, onde Temer e sua família moram, foram enfileirados vasos de plantas em uma das laterais da estrutura coberta que liga a área de desembarque dos carros até a entrada principal do prédio. Com essa "barreira", a visão ficou encoberta e dificulta imagens dos convidados.


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Lula, Dilma, Temer e Aécio juntos contra a Lava Jato

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Os advogados de Lula, Dilma Rousseff, Michel Temer e Aécio Neves articulam o lançamento de um manifesto para questionar a atuação da Justiça e do Ministério Público, segundo o Painel da Folha.

"Os debates se desenrolam em um grupo de WhatsApp intitulado 'Prerrogativas' — e a OAB é alvo frequente de críticas. Nas discussões, tratam da confecção de texto que prega o fim do que chamam de 'Estado de exceção' e a 'retomada do protagonismo da advocacia'."

Adivinha quem é o “pai” do manifesto dos criminalistas?

Lula, claro.


O Antagonista

Setor turístico cresce na China e já movimenta mais de 10% da economia

O turismo na China tem crescido tanto nas viagens internacionais quanto dentro do próprio país

O turismo na China tem crescido tanto nas viagens internacionais quanto dentro do próprio paísFoto: Xinhua/Xu Congjun

O turismo doméstico e internacional tem aumentado entre os chineses, impulsionando a economia e a geração de empregos. Em 2016, a indústria turística chinesa contribuiu com 10,26% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). As informações são do diretor-geral adjunto do Departamento de Marketing e Cooperação Internacional da Administração Nacional de Turismo da China, Feng Litao.

No ano passado, cerca de 122 milhões de chineses viajaram ao exterior, um aumento de 12% comparado com 2015. Em 2016, a China recebeu 138 milhões de visitantes estrangeiros, um crescimento de 3,8% em relação ao ano anterior.

Segundo Feng Litao, em 2016 o turismo doméstico registrou 4,4 bilhões de viagens, o que significa que cada chinês fez, em média, três viagens por ano dentro do país. A população chinesa ultrapassa a marca de 1,3 bilhão de habitantes.

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De acordo com dados da Organização Mundial de Turismo (OMT), desde 2012 o consumo dos turistas chineses em viagens ao exterior ocupa o primeiro lugar em âmbito global, alcançando US$ 109,8 bilhões no ano passado. Ainda segundo a OMT, a China contribui com mais de 13% das receitas turísticas mundiais e a indústria do turismo é responsável por 16% dos postos de trabalho na economia chinesa.

O maior apetite chinês por viagens pode ser atribuído ao aumento da renda da classe média urbana. Em 2016, o PIB per capita chinês correspondeu a US$ 8.866. Os destinos preferidos dos chineses no exterior estão no entorno asiático, como Hong Kong, Macau, Japão, Coreia do Sul e Tailândia.

Escritório no Brasil

Para atrair mais visitantes latino-americanos para a China, a Administração Nacional de Turismo do país planeja abrir um escritório em São Paulo, ainda sem data definida. Será a primeira representação da agência estatal na América Latina.

Para que mais chineses visitem o continente sulamericano, Feng Litao sugeriu que as agências de turismo preparem guias turísticos que falem mandarim e planejem itinerários que atravessem diversos países da região.


Agência Brasil

Instituto Vital Brazil desenvolve remédio inédito contra veneno de abelha

O soro antiapílico vem sendo testado em pacientes que tiveram múltiplas picadas de abelha

O soro antiapílico vem sendo testado em pacientes que tiveram múltiplas picadas de abelhaFoto: Agência Télam

O Instituto Vital Brazil (IVB), vinculado à Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, está desenvolvendo um medicamento inédito contra veneno de abelhas, em parceria com o Centro de Estudos e Venenos de Animais Peçonhentos da Universidade Estadual Paulista de Botucatu (Cevap/Unesp), cuja tecnologia de produção e o próprio soro poderão ser exportados para outras nações. Países asiáticos já têm manifestado interesse nesse sentido, disse ontem (1º) à Agência Brasil o médico veterinário Luís Eduardo Cunha, assessor da diretoria científica do IVB e doutorando em medicina tropical pela Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Há um ano, o soro antiapílico vem sendo testado em dez pacientes que tiveram múltiplas picadas de abelha. Os resultados foram muito bons, disse Cunha. “Nesta fase de testes, a gente vê segurança. Nesses dez pacientes em que foi aplicado o soro, correu tudo bem, na medida do esperado.”

No mês de julho, o Instituto solicita à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a extensão, por mais um ano, da atual fase de testes, chamados estudos clínicos, com o objetivo de testar o soro em mais 10 pacientes, antes que o medicamento seja registrado e possa ser disponibilizado para todo o país.

“Até julho do ano que vem, a gente tem que totalizar 20 pacientes, que é o número que estabelecemos para esse estudo. Como a gente não pode inocular o veneno nas pessoas e depois o soro para testar, e tem que esperar acontecer os casos, isso dificulta um pouco o processo. A gente necessita que os casos aconteçam naturalmente e que sejam perto de onde a gente tem soro”, indicou o assessor da diretoria científica do IVB.

Registro

As duas unidades de pesquisa clínica credenciadas e autorizadas pela Anvisa para fazer esse teste estão nas cidades de Botucatu (SP) e Tubarão (SC). Em julho de 2018, alcançando o total de até 20 pacientes, o IVB fechará o relatório de segurança, que será enviado à Anvisa, para que possa liberar o registro. O Instituto passará então a produzir o medicamento para fornecer ao Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde, que vai disponibilizar para o Brasil inteiro. A expectativa é que o medicamento possa ser liberado para consumo no segundo semestre de 2019.

Para participar dos estudos clínicos, as pessoas têm que ter entre 18 e 60 anos, não estar grávidas, no caso de mulheres, e ter sofrido acima de cinco picadas de abelha. “O paciente tem que concordar em participar do estudo. É uma participação voluntária. Mesmo ele acidentado ou tendo algum risco de envenenamento, ele tem que optar ou, caso ele esteja inconsciente, um parente junto com o médico pode autorizar o uso do soro. Mas a gente prefere que ele mesmo autorize”, destacou Luís Eduardo Cunha.

O tratamento consiste na utilização de duas a dez ampolas de soro, dependendo da carga de veneno que as pessoas acidentadas receberam. Duas ampolas são suficientes para combater 200 picadas de abelha.

Acidentes

Os últimos dados disponíveis no Ministério da Saúde, embora ainda provisórios, segundo observou Cunha, mostram que em 2014 ocorreram 14.062 casos de picadas de abelha no Brasil; em 2015, o número recuou para 13.708 registros, caindo ainda mais em 2016 (11.991 casos). Nos últimos três anos, a incidência por 100 mil habitantes revela sete óbitos por veneno de abelha em 2014, 12 em 2015 e 25 em 2016. A média é 30 mortes por ano para 10 mil a 12 mil acidentes, disse o assessor do IVB. A maior prevalência é entre crianças e idosos. Cunha salientou que, proporcionalmente, o resultado é muito parecido ao que acontece com os casos de mortes com picadas de serpentes, em que são registrados atualmente 110 óbitos para cerca de 30 mil envenenamentos.

Luís Eduardo Cunha apontou que a quantidade de acidentes pode estar relacionada ao aumento da atividade apícola no país, nos últimos anos, sobretudo a partir das décadas de 1950 e 1960, quando foram introduzidas no Brasil abelhas europeias e africanas, venenosas, uma vez que as abelhas nacionais não têm veneno de importância médica. A importação desses insetos objetivou melhorar o desempenho da produção de mel no mercado interno. Houve também uma aproximação da população com apicultores, além do crescimento do volume de notificações de acidentes de picadas de abelhas, que é muito maior hoje do que antigamente, “porque as pessoas sabem que podem ter alguma ajuda a mais em termos de tratamento”, lembrou.

Cunha recordou ainda que o Brasil tem uma tradição na produção de soros contra venenos de animais há cerca de 120 anos. O IVB, por exemplo, completará 100 anos em 2019. Além disso, essa é uma atividade do governo, manifestou. “O governo banca essa pesquisa e distribui para o Brasil inteiro”. A produção de soros é destinada a venenos de aranhas, escorpiões, serpentes e abelhas. “É um programa admirado no mundo inteiro. Não tem semelhança em nenhum lugar do mundo”, explicou.

O IVB é um dos 21 laboratórios oficiais brasileiros, um dos quatro fornecedores de soros contra o veneno de a


Agência Brasil