Morador de rua é agredido em Porto Alegre

 

Começaram a circular nesta quinta-feira, nas redes sociais, imagens de câmeras de segurança que flagraram três homens agredindo um morador de rua em frente ao supermercado Zaffari da avenida Cristóvão Colombo, no bairro Floresta, em Porto Alegre.

Os homens, vestidos de preto, usam cassetetes para espancar o morador de rua. O caso ocorreu em dezembro de 2016.

O titular da 3ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, delegado Hilton Rodrigues, recebeu o vídeo por volta do meio-dia e, em entrevista ao Correio do Povo, informou que primeiramente vai verificar se a agressão já foi registrada em alguma outra delegacia da Capital. O delegado vai tentar determinar a data do fato e pode abrir inquérito para investigar o espancamento.

O Grupo Zaffari emitiu nota sobre o caso:

"O Grupo Zaffari ressalta que repudia qualquer ato de violência e informa que as pessoas envolvidas no episódio de agressão não são funcionárias da empresa, nem contratadas de suas prestadoras de serviço terceirizadas. A administração da empresa informa também que após o ocorrido, a equipe da loja Zaffari Cristóvão prestou auxílio ao morador de rua, e entrou em contato com a Brigada Militar para comunicar a ocorrência. O Grupo Zaffari está à disposição das autoridades para auxiliar no caso."

As informações são do Correio do Povo

Governo quer intensificar operações de controle e apreensão de armas

Brasília - O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, anunciou os eixos centrais do Plano Nacional de Segurança Pública: O primeiro tem como objetivo reduzir homicídios dolosos e a violência contra mulher. O segundo o combate integrado à criminalidade. E o terceiro é a racionalização e modernização do sistema penitenciário. "Segurança pública não é só questão de polícia; é questão social, de integração com MP e Poder Judiciário", disse o ministro.

Moraes apresentou na manhã desta sexta-feira, 6, algumas das principais ações que deverão integrar o projeto que foi antecipado diante da sequência de massacres ocorridos nos presídios de cidades na Região Norte do País, como Manaus (Amazonas) e Boa Vista (Roraima). Ele lembrou, contudo, que o que foi apresentado nesta data também será encaminhado para as secretarias de seguranças estaduais, que ao longo deste mês também contribuirão dando novas sugestões.

A ideia do governo é operacionalizar o Plano a partir de fevereiro. "Não é um plano de intenções, é um plano operacional", afirmou.

Ele ressaltou nesta sexta-feira que uma das principais medidas previstas será intensificar o controle e apreensão de armas de fogo. Segundo ele, haverá a realização de novas operações para apreensão de armas de fogo utilizadas em muitos casos para o roubo de instituições financeiras. "Hoje a criminalidade rouba o banco para roubar colete à prova de balas e as armas. Verificamos as rotas onde mais são apreendidas armas de fogo", ressaltou.

Outro objetivo do programa é diminuir os crimes ocorridos contra as mulheres. "O plano inclui mapeamento dos locais de homicídios dolosos e violência contra a mulher. Não há crime mais subnotificado que os crimes onde a vítima seja mulher... Dez anos para julgar um homicida é um absurdo. Não é culpa do Ministério Público, do Judiciário ou do sistema ", disse. Para o ministro, os Tribunais de Justiça devem priorizar os processos de homicídios dolosos e feminicídios.

Contagem

Em sua apresentação sobre o plano nacional de segurança realizada nesta sexta-feira, o ministro da Justiça e Cidadania afirmou que um dos objetivos é tornar mais eficaz as trocas de informações entre Estados.

Segundo ele, um dos problemas enfrentados hoje é o fato de não haver o registro de dados básicos, como quantos presos há em cada penitenciária. "Vamos ter realmente informações precisas de todos os presídios".

O ministro voltou a ressaltar, contudo, que a criação de novos presídios não é a solução para resolver todos os problemas do sistema prisional. "Não adianta construir presídios se não tiver equipamentos de segurança no presídio", afirmou.

Apesar dessas considerações, o ministro informou, novamente, sobre a liberação de novos recursos para construção de novos estabelecimentos prisionais. A previsão é de que ao menos R$ 200 milhões sejam liberados pelo governo federal para a construção de cinco novos presídios de segurança máxima, que serão distribuídos nas cinco regiões do País. "Preferencialmente serão construídos nas capitais ou macro regiões que tiverem aeroportos", disse.

 

Estadão Conteúdo e UOL Notícias

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Banco prevê reajuste da gasolina neste mês


Petróleo

MARIANA CARNEIRO
DE SÃO PAULO

 

O aumento do preço da gasolina no mercado internacional deve fazer a Petrobras reajustar novamente o combustível na bomba até o fim deste mês, segundo prevê o banco Credit Suisse.

De acordo com Iana Ferrão, analista do Credit, desde o mais recente reajuste feito pela Petrobras, em 5 de dezembro, a gasolina subiu 3,9% no mercado internacional.

Em sua nova política de preços, a Petrobras pretende vender gasolina no mercado brasileiro a valores próximos aos praticados no exterior.

Segundo cálculos do banco, nesta terça-feira (3), o preço da gasolina no Brasil estava 5,9% inferior ao do mercado internacional. As comparações desconsideram os impostos cobrados sobre combustíveis, o que muitas vezes deixa a gasolina brasileira mais cara para o consumidor.

"Há probabilidade alta de a Petrobras reajustar [a gasolina] já em janeiro", diz Ferrão. Ela ressalta que, no reajuste de dezembro, a empresa não zerou a diferença de preços ante o mercado externo.

A previsão do Credit Suisse é que o combustível fique 7% mais caro neste trimestre.

Segundo levantamento de Ferrão, a gasolina subiu no exterior no início do ano em todos os últimos 14 anos. Se a Petrobras seguir a tendência, reajustes serão inevitáveis.

A previsão é de sobes e desces ao longo do ano, mas a gasolina deverá fechar 2017 pelo menos 7% mais cara, com risco de superar 10%.

Os cálculos levam em conta o preço do barril de petróleo e a cotação do dólar.

Se ambos seguirem à risca a previsão do banco, a gasolina chegaria a dezembro com defasagem de 38% em relação ao mercado externo. "Sabemos que há incertezas [nas projeções]. Considerar um reajuste de quase 40% seria exagerado, por isso somos mais conservadores", afirma.

Nesse exercício, o preço da gasolina só fica mais barato com o dólar de R$ 3 a R$ 3,30 e mesmo assim com petróleo até US$ 50. Hoje o barril do Brent está em US$ 55,50.

Especialista em inflação, Ferrão prevê que, com isso, a carestia incomode mais em 2017 do que preveem o governo e os analistas. A previsão do Credit Suisse é que a inflação (medida pelo IPCA) feche o ano em 5,7%, acima do centro da meta do Banco Central (4,5%) e do que prevê a maioria dos analistas (4,8%).


 

Folha de S. Paulo

Salário mínimo em dezembro deveria ser de R$ 3.856,23, segundo Dieese

Do UOL, em São Paulo

 

Em dezembro, o salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.856,23. O valor é 4,38 vezes o salário em vigor no mês passado, de R$ 880. A estimativa é do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) e foi divulgada nesta quarta-feira (4). 

O departamento divulga mensalmente uma estimativa de quanto deveria ser o salário mínimo para atender as necessidades básicas do trabalhador e de sua família, como estabelecido na Constituição: moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e Previdência Social. 

Esse valor é calculado com base na cesta básica mais cara entre as 27 capitais. Em dezembro, o maior valor foi registrado em Porto Alegre (R$ 459,02).

A diferença entre o salário mínimo real e o necessário caiu de novembro para dezembro. No mês anterior, o ideal era que ele fosse de R$ 3.940,41 (4,48 vezes o salário mínimo).

Mínimo de R$ 937

Desde o dia 1º de janeiro entrou em vigor o novo salário mínimo, de R$ 937, que valerá durante 2017.

O aumento de 6,48% sobre os R$ 880 de mínimo em 2016 foi feito com base na inflação, segundo o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

Segundo o Dieese, 2017 é o primeiro ano em que o salário mínimo não teve aumento real (acima da inflação) desde 2003, início da série registrada pelo departamento.

UOL Economia

Equador é o 3º país a proibir contratos públicos com a Odebrecht

Paulo Whitaker/Reuters

Sede da empreiteira brasileira Odebrecht em São Paulo

Sede da empreiteira brasileira Odebrecht em São Paulo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

 

A Justiça do Equador proibiu o Estado de contratar a Odebrecht enquanto realiza uma investigação por supostos subornos pagos pela empreiteira brasileira no país. A informação foi divulgada nesta terça-feira (3) pelo procurador-geral Galo Chiriboga.

"À pedido da Procuradoria, como um ato urgente, o juiz de Pichincha resolveu que as instituições se abstenham de celebrar contratos com a #Odebrecht", escreveu Chiriboga em sua conta do Twitter.

A empreiteira brasileira é investigada no Equador por suspeita de pagamento de US$ 33,5 milhões em subornos a funcionários equatorianos.

O procurador acrescentou que "durante a investigação de contratos da Odebrecht no Equador, as instituições estatais não poderão, temporariamente, contratar esta empresa".

O Equador é o terceiro país da América Latina que recentemente vetou a participação da empreiteira em obras públicas do país. Nos últimos dias de dezembro, o Peru e o Panamá decidiram adotar medidas semelhantes.

No Panamá, a Odebrecht é acusada de pagar US$ 59 milhões em propinaspara obter contratos.

Em relação ao Peru, a construtora reconheceu o repasse de propinas no valor de US$ 29 milhões a funcionários do país entre 2005 e 2014. A admissão faz parte de acordo judicial com autoridades dos Estados Unidos.

Em dezembro, o DOJ (Departamento de Justiça) dos Estados Unidos revelouque o grupo Odebrecht pagou US$ 599 milhões em propinas para servidores públicos e políticos brasileiros (ou R$ 1,9 bilhão ao câmbio atual) e mais US$ 439 milhões (R$ 1,4 bilhão) em outros 11 países.

Segundo o DOJ, os valores relativos à empreiteira são ligados a "mais de 100 projetos em 12 países, incluindo Angola, Argentina, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, Guatemala, México, Moçambique, Panamá, Peru e Venezuela".

Editoria de arte/Folhapress


 

Folha de S. Paulo

Maia diz que candidatura à presidência da Câmara ainda não está madura

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta quarta-feira (4) que ainda não é a hora de oficializar sua possível candidatura à reeleição ao cargo. Ele disse que só vai se candidatar se entender que sua candidatura “representa um caminho de harmonia na relação entre os poderes e, principalmente, no plenário da Câmara.” Segundo Maia, até julho do ano passado, o plenário tinha virado um campo de guerra.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, fala à imprensa sobre eleições à presidência da Casa (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que ainda não é a hora de oficializar sua possível candidaturaFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A candidatura de Maia abriu questionamentos entre parlamentares sobre a viabilidade legal da reeleição para o posto. No fim de dezembro, o Partido Solidariedade propôs uma ação ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que os ministros da Corte interpretem o regimento interno da Câmara conforme a Constituição, para fixar, segundo os advogados da legenda, o entendimento de que a proibição de recondução também se aplica ao parlamentar que tenha sido eleito para um “mandato tampão".

Rodrigo Maia foi eleito presidente da Câmara, em julho do ano passado, para substituir o deputado Eduardo Cunha, após a cassação. O Artigo 57 da Constituição Federal diz que é “vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição [da Mesa Diretora] imediatamente subsequente”.

No entendimento de aliados de Maia, esse dispositivo não se aplica nos casos de mandato tampão. Maia disse que o líder do PSDB, deputado Antonio Imbassahy (BA), pediu que ele oficializasse a candidatura o quanto antes. “O encaminhamento do PSDB hoje, e de outros partidos nos próximos dias, vão amadurecer e estimular minha decisão”, declarou Maia.

Para o presidente da Câmara, o STF vai respeitar a decisão dos 513 deputados na eleição de 2 de fevereiro próximo.

Planalto

O deputado Rodrigo Maia se reuniu hoje com o presidente Michel Temer, mas negou que tenha ido buscar apoio do Planalto para uma eventual candidatura. “O presidente Temer, de forma nenhuma, interferiu ou vai interferir no processo eleitoral da Câmara”, disse. Segundo Maia, a conversa foi sobre a melhor estratégia para a base do governo na votação da reforma da Previdência (PEC 287/16), a crise de violência no país e a crise econômica dos estados.

Pré-candidato à presidência da Câmara, o líder do PTB Jovair Arantes tem feito declarações à imprensa afirmando que recorrerá ao STF se o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), for reeleito para o cargo. Ele também se reuniu hoje com o presidente Michel Temer.

*Com informações da Agência Câmara

 

 

Agência Brasil

OS QUE USAM MENOS AS REDES SOCIAIS SÃO OS DE MENOR RENDA, MENOR NÍVEL DE INSTRUÇÃO, MAIS VELHOS E NÃO-ESTUDANTES! (ATENÇÃO À COMUNICAÇÃO POLÍTICA)!

(Globo, 23) 1. Apesar dos avanços, o acesso à internet é desigual no país. As diferenças são percebidas tanto em relação ao rendimento quanto ao grau de instrução. No caso dos estudantes, divergem os percentuais de conexão à rede de alunos de escolas públicas ou privadas. Quase todos os brasileiros de renda mais alta têm acesso à rede, mas a parcela entre os de menor rendimento é de apenas um terço.
2. Na população acima de dez anos, o acesso chega a 92,1% do total entre aqueles cujo rendimento domiciliar per capita está acima de dez salários mínimos. Na outra ponta, entre aqueles com até um quarto do salário mínimo, essa taxa é de apenas 32,7%. No grupo com rendimento domiciliar per capita entre um e dois salários mínimos, o acesso à internet ficou em 57,9% em 2015.
3. As diferenças no acesso se repetem de acordo com o nível de instrução. Entre aqueles com quatro a sete anos de estudo, 42,4% usaram a internet em 2015, frente a uma taxa de 92,3% no grupo com 15 anos de estudo ou mais. No grupo mais precário, com no máximo um ano de estudo, só 7,4% tiveram acesso à internet no ano passado.
4. Os dados do IBGE também apontam as distâncias entre estudantes e não estudantes. Apenas metade (51,7%) daqueles acima de dez anos que não estudavam tinha acesso à internet, enquanto a parcela entre os estudantes alcançava 79,8%. Entre os estudantes, o acesso para os alunos da rede pública chega a 73,7% e para os da rede privada fica em 97,3%.
5. — Ainda existe uma diferença gritante em termos de acesso à internet entre aqueles que têm mais dinheiro e os que têm menos dinheiro. Isso se vê não apenas nos dados por rendimento, mas também quando se comparam os estudantes da rede pública e da rede privada. O Estado tem que estar atento e fornecer esse acesso. Senão, esses jovens já entram defasados no mercado em termos de analfabetismo digital — afirma Eduardo Magrani, professor da FGV Direito Rio e pesquisador do Centro de Tecnologia e Sociedade.
6. O papel dos jovens. Os jovens se mantêm como o grupo etário em que é maior a participação do uso da internet, mas os indicadores mostram avanço mais expressivo do acesso entre os mais velhos. Do grupo de jovens de 18 e 19 anos, 82,9% usaram internet em 2015, ante 81,1% em 2014. Na faixa entre 20 e 24 anos, a parcela era de 80,7% em 2015. Já no grupo entre 50 a 54 anos, a participação dos que acessavam a internet subiu de 39,1% em 2014 para 44,3% em 2015. Entre os que tinham acima de 60 anos, a fatia avançou de 14,9% em 2014 para 17,4% em 2015.

 

Ex-Blog do Cesar Maia

Homem morre de febre amarela no interior de São Paulo

Um homem de 52 anos morreu por ter contraído febre amarela no município de Ribeirão Preto, no interior do estado. A prefeitura informou que ele ficou quatro dias internado e morreu no último dia 26. O diagnóstico de febre amarela foi confirmado pelo Instituto Adolfo Lutz.

O homem morava próximo a uma região de mata, com macacos hospedeiros do vírus da febre amarela. A suspeita é que espécies silvestres do mosquito Aedes aegypti, que transmite a doença, possam ter infectado a vítima.

Mortes

Segundo balanço do Ministério da Saúde, até abril do ano passado apenas uma morte foi registrada por febre amarela no país. Em 2015, foram nove casos e cinco óbitos. No estado de São Paulo, os últimos casos haviam sido registrados em 2009, com 28 casos e 11 óbitos, segundo o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net).

A Secretaria da Saúde de Ribeirão Preto adotou medidas como mutirões, nebulização e visitas às casas para a erradicação de criadouros do Aedes aegypti, que também transmite a dengue, chikungunya e zika vírus.

Os sintomas são febre, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza. Em casos graves, pode haver febre alta, coloração amarelada da pele e do branco dos olhos, hemorragia, choque e insuficiência de múltiplos órgãos.

Vacinação

A melhor forma de evitar a doença é a vacinação, disponível gratuitamente nos postos de saúde da rede pública, com intensificações quando há surtos. São aplicadas uma dose e um reforço a partir dos nove meses de idade em residentes e viajantes a áreas com recomendação de vacina. De 2000 a 2015, foram aplicadas 125 milhões de doses no país.

Segundo a prefeitura de Ribeirão Preto, há estoque de vacinas suficientes para atender a demanda da população da cidade, que é orientada a procurar as unidades de saúde. Na cidade, existem 38 salas de vacinas.

 

Agência Brasil

Facção que comanda tráfico no Norte tem "conexões estreitas" com as Farc, diz MPF

Leandro Prazeres

Do UOL, em Brasília

 

  • Rios Escobar para 'The New York Times'

A FDN (Família do Norte), facção criminosa apontada como responsável pela morte de 60 detentos no último dia 1º, no Amazonas, tem "conexões estreitas" com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). As informações foram levantadas pela Polícia Federal e pelo MPF (Ministério Público Federal) no Amazonas. Segundo investigações, a facção usava essas conexões para comercializar drogas e e comprar armamento pesado para ser usado no Brasil. 

A FDN é considerada a terceira maior facção criminosa do Brasil, atrás do CV (Comando Vermelho) e do PCC (Primeiro Comando da Capital). Ela atua, primordialmente, na região Norte e tem o controle das principais rotas de escoamento de drogas na região da tríplice fronteira entre o Brasil, Colômbia e Peru.

A conexão entre a FDN e as Farc foi apontada pelo MPF nas denúncias contra as principais lideranças da facção brasileira à Justiça Federal no âmbito da Operação La Muralla, que atingiu integrantes da facção em 2014.

Segundo denúncias feitas pelo MPF-AM, o peruano Nelson Flores Collantes, conhecido como "Acuario", é apontado pelas investigações como um dos elos da FDN com as Farc, sobretudo com o braço peruano da organização. Para o MPF, a "proximidade de Acuario" com as Farc "facilitou seu acesso a diversos armamentos" vendidos a integrantes da FDN.

Mensagens de texto interceptadas pela Polícia Federal em 2015 mostram Collantes negociando armas como fuzis AK-47 e submetralhadoras Uzi (de fabricação israelense) com Geomison de Lira Arante, um dos principais integrantes da FDN. Nas mensagens, Collantes deixa claro que as armas seriam entregues a integrantes da facção na cidade peruana de Santa Rosa, na fronteira com o Brasil.

Em outra troca de mensagens interceptada pela PF, um dos principais líderes da facção, João Pinto Carioca, o "João Branco", diz a Geomison que as armas compradas de "Acuario" devem ser usadas nas "missões" da facção na região, referindo-se ao transporte da droga adquirida na Colômbia e no Peru para o Brasil. Geomison, então, concorda.

"Vou botar nas viagens essas armas mano porque tá foda esses leproso no rio", diz uma das mensagens interceptadas. Segundo o MPF, a preocupação da FDN era com o roubo de carregamentos de drogas por "piratas" que atuam no rio Solimões.

Em outra conversa, "João Branco" chegou a enviar uma foto de um lançador de foguetes comprado pela facção. 

Ministério Público Federal no Amazonas/Reprodução

Lançador de foguete supostamente comprado por líderes da facção FDN (Família do Norte), segundo o MPF

Parceria antiga

A parceria entre as Farc e facções criminosas no Brasil é antiga. Durante décadas, a guerrilha foi apontada como fornecedora de armas e drogas para quadrilhas ligadas ao tráfico de entorpecentes no Brasil. A parceria mais conhecida é a aliança entre a chamada "Frente Primeira" das Farc e o Comando Vermelho, facção com a qual a FDN está associada.

Apesar de as Farc e o governo colombiano terem anunciado um acordo de paz nos últimos meses, dissidentes da guerrilha ligados à "Frente Primeira", que atuaria em boa parte da fronteira do Brasil com a Colômbia, se recusaram a aceitar os termos do acordo. Entre os dissidentes está Gentil Duarte, antigo membro da cúpula das Farc que foi designado para conduzir a frente rumo ao processo de paz, mas que acabou se juntando aos dissidentes. 

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