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Lixo gera energia elétrica

Aterro em Minas do Leão terá 15 MW de capacidade, o suficiente para uma cidade de 200 mil pessoas

A primeira usina de produção de energia elétrica a partir do gás gerado no aterro sanitário de Minas do Leão será apresentada hoje, na presença do governador José Ivo Sartori, a secretários estaduais e prefeitos. A usina é pioneira no Rio Grande do Sul e a primeira no mundo certificada pela Organização das Nações Unidas (ONU), segundo a Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), administradora do aterro.
Com investimento superior a R$ 30 milhões do Grupo Solví e Copelmi Mineração, a termelétrica terá capacidade de gerar até 15 megawatts (MW), energia suficiente para abastecer uma cidade com 200 mil habitantes.
Atualmente, o aterro sanitário de Minas do Leão recebe resíduos de 130 municípios, incluindo Porto Alegre. De acordo com o diretor-presidente da CRVR, Mauro Renan Pereira Costa, o local recebe diariamente 3,5 mil toneladas de lixo doméstico. “A partir de agora, em vez de queimar o gás gerado no aterro e lança´-lo na natureza, vamos convertê-lo em energia elétrica, reduzindo a emissão de CO² em 170 mil toneladas por ano”, explicou Costa.
O aterro sanitário de Minas do Leão foi um dos primeiros do Brasil a obter crédito de carbono e o primeiro no mundo a incluir uma termelétrica no projeto de crédito de carbono. De acordo com a CRVR, foram aproveitadas as cavas de mineração de carvão para armazenagem dos resíduos. Primeiro, é feita a impermeabilização do solo para evitar a sua contaminação e da água subterrânea. Enquanto o lixo vai sendo depositado, são instalados dutos para a captação do gás metano. O aterro é consolidado com a recuperação ambiental da área e a preservação da topografia original.


Fonte: Correio do Povo, página 5 de 2 de junho de 2015.