Quando tomou posse em 8 de dezembro, a nova gestão do Grêmio, liderada pelo presidente Odorico Roman, já tinha definido seu alvo para comandar o time: o técnico português Luís Castro, de 64 anos. Mais do que dirigir a equipe, Castro foi escolhido para liderar um amplo processo de reestruturação no departamento de futebol do clube.
Primeiras mudanças
Uma semana após o anúncio, os primeiros sinais da reformulação começaram a surgir. Entre quarta e quinta-feira, dois membros da comissão permanente foram desligados:
James Freitas, auxiliar técnico em sua terceira passagem pela Arena, contratado em julho de 2024.
Mateus Famer, treinador de goleiros, que havia chegado em janeiro e tinha longa trajetória na base gremista, além de passagem pelo Vasco.
Segundo a direção, as saídas ocorreram porque Castro já possui profissionais de confiança para ocupar essas funções. O treinador desembarcará em Porto Alegre acompanhado de seis integrantes da comissão técnica, incluindo Vitor Severino (auxiliar) e Daniel Correia (preparador de goleiros).
Outros desligamentos
Antes mesmo da contratação de Castro, o coordenador de análise e desenvolvimento do futebol, Fernando Lázaro, já havia deixado o clube em 8 de dezembro, em um dos primeiros atos da nova gestão.
Projeto de longo prazo
As mudanças refletem o desejo de Castro de participar de um projeto com voz ativa nas decisões estruturais, tanto no futebol profissional quanto nas categorias de base.
Com contrato até o final de 2027, o técnico é visto pela direção como peça central do planejamento. Sua chegada neste fim de semana marca o início de reuniões com o departamento de futebol para definir pontos estratégicos, como os jogadores que serão mantidos ou negociados para a temporada de 2026.
Assim, o Grêmio sinaliza que Luís Castro é o plano A, B e C da nova gestão, responsável por conduzir não apenas o time em campo, mas também a reorganização institucional do futebol tricolor.
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