FILHOS DO MEDO

 POVO SOBERANO

Enquanto assisto -desesperadamente- o implacável e constante AVANÇO DA TIRANIA no nosso empobrecido Brasil, tento buscar palavras que, em vão, se mostrem capazes de manter viva a ESPERANÇA de que em algum momento o POVO -SOBERANO- consiga -DE FATO E DE DIREITO- fazer valer a LIBERDADE, a JUSTIÇA e a DEMOCRACIA que foram brutalmente massacradas, sem dó nem piedade, por conta de absurdas decisões -unânimes- que são tomadas pelos extravagantes ministros que integram a PRIMEIRA TURMA DO STF, sempre acompanhadas pela maioria dos integrantes da Suprema Corte.  

A ÚLTIMA PALAVRA

Ainda assim, o que me consola em meio a tantas barbaridades que vem sendo cometidas em -ESCALA GEOMÉTRICA- pelo STF, notadamente pelo sinistro Alexandre de Moraes, é que não estou sozinho nessa EMPREITADA, como pode ser bem observado através do oportuno texto escrito pelo pensador Percival Puggina, com o título - A -ÚLTIMA PALAVRA- E O SILÊNCIO DO SOBERANO. Eis: 

-O silêncio do povo é o diploma de formatura das tiranias. Quando as pessoas pararem de falar, quando manifestações públicas forem proibidas, ficará certificado que a tirania se graduou. O silêncio nacional será o tributo que lhes terão prestado os não cidadãos. São tristonhas e sombrias as sociedades comunistas onde o Estado é tudo para todos. Não queremos isso para nosso país!


CALE-SE O POVO!

No Brasil, os direitos civis e as liberdades individuais estão sendo relativizados. Isso está gerando, em muitos, insegurança jurídica e um silêncio de desistência, desesperança, desânimo. CALE-SE O POVO! Tenho observado manifestações desse fenômeno. Num círculo qualquer, perante o assunto “situação nacional”, muitos não falam mais. Murmuram, deixam cair os braços, sacodem a cabeça. As fisionomias se tornam expressões vivas de um triste desalento cujo futuro é algo como Habana Vieja.

 Quer dizer, senhores, que o SOBERANO NÃO É MAIS O POVO? Pergunto: restarão, então, a AUTOCENSURA E O SILÊNCIO, filhos do medo, subprodutos da CENSURA e irmãos gêmeos do ABSENTEÍSMO ELEITORAL? Os escombros urbanos e humanos de Habana Vieja são resultado do estatismo bruto e do sempre estúpido comunismo, a cujas parcerias nos empurram as estratégias políticas e geopolíticas em curso.

O POVO FALA SEMPRE

Enquanto descreio dos tiranos, aprendizes ou diplomados, eu continuo acreditando na liberdade, na democracia e na política feita por democratas.  Ante o fiasco da COP 30, símbolo das pretensões estatais, eu reconheço a liberdade como a mais barata e limpa forma de energia para vivificar uma sociedade. Ante tarifas e tarifaços, eu refugo e amaldiçoo os casuísmos e artimanhas que derrubam o Estado de direito, trazem descrédito à democracia, corrompem as instituições do Estado, vão transformando a Constituição de Ulysses Guimarães em lojinha de conveniência e desmoralizam o país perante o Ocidente democrático.

 Na percepção do poder que se fez supremo na República, é dele a última palavra. Ora, última palavra é a que encerra a conversa, certo? Depois dela ninguém fala, certo? Ela impõe silêncio, certo? ERRADO! TRÊS VEZES ERRADO! O povo fala sempre. Há limites legítimos para sua ação, contudo, por mais que desagradem ao regime instalado são inerentes à dignidade humana e ao regime democrático as manifestações, as opiniões, as críticas, as cobranças, a tarefa de formação das consciências e o clamor por respostas negadas a perguntas tão lógicas quanto inconvenientes.

ESPONJA DE PRERROGATIVAS

É ainda mais importante registrar isso quando a maior parte da representação popular no Congresso Nacional recua ante qualquer demonstração de enfado ou desagrado provinda do lado sul da Praça dos Três Poderes. É ainda mais importante fazê-lo, também, quando tantos se sentem capturados num labirinto distópico, sem saída. Ali, tudo que importa é sugado por uma esponja de prerrogativas e resolvido em reuniões reservadas, sem agenda nem ata, onde estratégias políticas e jurídicas são servidas como hors d’oeuvres de descontraídos jantares.

 Devemos, então, buscar alento, respirar o ar dos livres, dar asas ao pensamento, cientes e conscientes de que há um Senhor da História e de que a Ele, o Verbo, pertencem a primeira e a última palavra. Enquanto Ele quiser, amanhã será um novo dia.

Pontocritico.com

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