Durante o mês de maio serão sete encontros sobre os eixos temáticos. As próximas oficinas acontecem nos dias 18, 22, 24, 25, 29 e 31.
A prefeitura de Porto Alegre iniciou, nesta segunda-feira, oficinas temáticas do Plano Diretor. Cerca de 70 pessoas participaram do encontro que teve como tema central a ocupação de áreas de transição urbana e ambiental e como evitar a expansão desordenada e seus impactos ambientais. Durante o mês de maio serão sete encontros sobre os eixos temáticos.
O primeiro tema debatido foi “Estruturas Ambientais Urbanas, Habitação e Uso do Solo”, com a palestra da diretora de Planejamento e Projetos da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo, Elisabete França. Segundo a especialista, para proteger a ocupação de novas áreas, a solução é implantar um conjunto de parques e espaços públicos ao longo dos córregos que chegam às represas e suas bordas.
O secretário municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm, afirmou que essa etapa ainda é sobre o processo de leitura da cidade. “Estamos ouvindo a sociedade de uma maneira geral. Aprofundamos mais a questão ao dividir o plano diretor em sete eixos. A ideia é que se possa discutir, no caso específico de hoje, o ambiente natural e as quais as formas de efetivamente protegemos as nossas áreas, não só impondo limitações. Queremos ouvir a caminhada de outros municípios. Muitas restrições do plano vigente não deram certo. A cidade é dinâmica, o crescimento é inevitável e precisamos ter uma política pública de direcionamento”, considerou.
Após a palestra, os participantes participaram de uma dinâmica onde elegeram, depois de votação, uma sugestão de solução para a expansão urbana sustentável, associada à proteção ambiental. Identificar áreas e bairros que possuem vocação para maior densidade, para evitar o crescimento da cidade para locais ambientalmente sensíveis, sejam estes em áreas públicas ou privadas, identificando, ainda, o potencial de cada região e realocando as pessoas para núcleos urbanos formais mais próximos.
O secretário também lembrou que ainda faltam alguns passos até a entrega do projeto em dezembro, na Câmara de Vereadores, mas existem alguns enfoques que estão sendo estudados nessa revisão que não constam no Plano vigente. “ Como por exemplo o espaço público. O desenho urbano e como as coisas se conectam. O monitoramento é outro ponto. É importante enxergar como e para onde a cidade está acontecendo. Hoje temos muitas ferramentas que permitem acompanhar o crescimento da cidade. Queremos ter um pouco mais de liberdade para, eventualmente, poder ajustar o fluxo da política pública”, considerou.
Na próxima quinta-feira, 18, acontece a segunda oficina temática sobre o eixo Desenvolvimento Social e Cultural, com a palestra do PhD e professor da Pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Carlos Leite. As próximas oficinas temáticas acontecem nos dias 22, 24, 25, 29 e 31 de maio, sempre das 18h30 às 22h, no auditório da prefeitura (rua Siqueira Campos, 1300 - 14º andar. Centro Histórico). Interessados podem participar presencialmente ou on-line. As inscrições devem ser feitas pelo link.
Correio do Povo
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