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segunda-feira, 1 de maio de 2023

Jogadoras do Corinthians enfrentam ameaças após protesto e demissão de Cuca, diz técnico

 Técnico afirmou que o protesto não foi direcionado para Cuca, mas em favor das mulheres


As jogadoras do Corinthians estão sofrendo ameaças, nas redes sociais e nas ruas, após o protesto pelo movimento "Respeita as Minas" que aumentou a pressão contra a contratação do técnico Cuca, condenado por violência sexual contra um jovem de 13 anos em 1987 na Suíça . Cuca não suportou a pressão de parte da torcida e deixou o time masculino após sete dias. A advertência de ameaças foi feita pelo técnico do time feminino Arthur Elias.

O técnico afirmou que o protesto não foi direcionado para Cuca, mas em favor das mulheres. "A gente passou dias conturbados, então é importante, no pouco espaço que tenho, me manifestar. Foi uma declaração que eu dei, com a intenção de amenizar um pouco as consequências negativas que o grupo estava sofrendo. Atletas sendo xingadas, não só nas mídias sociais, mas também nas ruas. Algumas delas foram ameaçadas", afirmou o treinador antes da vitória sobre o Cruzeiro neste domingo.

Elias se refere à nota publicada nas redes sociais durante a estreia de Cuca contra o Goiás para fortalecer o movimento "Respeita as Minas". "Estar em um clube democrático significa que podemos usar a nossa voz, por vezes de forma pública, por vezes nos bastidores. "Respeita as Minas" não é uma frase qualquer. ", diz trecho da nota divulgada por todas as atletas e que vem sendo bastante compartilhada pelos torcedores.

"A gente tem que deixar claro que foi um posicionamento feito por todas as atletas, apoiado por mim. Um posicionamento que se refere à luta dos direitos a favor das mulheres. Obviamente contra qualquer tipo de violência contra a mulher", disse Elias.

Arthur Elias teme que a modalidade perca força dentro do clube e diante dos torcedores. "É injusto que a gente perca força com nosso torcedor e perca força internamente dentro no nosso clube. É uma responsabilidade minha, como treinador, da imprensa, de olhar como tudo deve ser olhado. Eu tenho certeza que com esse projeto a gente impacta na geração. A gente tem uma chance de transformar um futebol que sempre foi machista. Contribuímos muito próximo. É um novo mercado. Temos que entender que esse esforço Então pode ser perdido e sim aumentado", afirmou.

Lembre-se do caso

Depois da queda de Fernando Lázaro, que deixou de ser treinador e voltou a ser auxiliar, o presidente Duílio Monteiro Alves escolheu Cuca, apesar da possibilidade de resistência da torcida em função da prestação do treinador em um caso de violência sexual na Suíça ocorrido em 1987 , ao lado de outros três jogadores quando era do Grêmio.

Algumas torcedoras foram ao CT Joaquim Grava para protestar. Em sua apresentação e em todas as declarações posteriores, Cuca afirmou ser inocente e que foi condenado à revelação por estar no Brasil. Diante da pressão, também nas redes sociais, Cuca pediu demissão na madrugada de quarta-feira após a classificação sobre o Remo na Copa do Brasil.

Agência Estado e Correio do Povo

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