FRASE DO DIA - 01.07.2025

 O invejoso é tirano e verdugo de si próprio: ele sofre porque os outros gozam.

- Marquês de Maricá

Julho começa com temperaturas negativas e geada no RS

 Muitas cidades gaúchas terão máximas menores do que 15ºC nesta terça-feira (1º)

Geada poderá ser registrada em muitas cidades do RS nesta terça-feira | Foto: Pablo Gomes / Epagri Lages / CP


Após o período de chuva excessiva no fim de semana, a segunda-feira (30) no Rio Grande do Sul já foi marcada pela atuação de uma massa de ar polar. As temperaturas foram atipicamente baixas durante o dia.

Ao meio-dia, estações na Campanha e Serra do Sudeste reportavam 2ºC a 4ºC, incomum para o horário. Às 15h, estações do Instituto Nacional de Meteorologia marcavam 3ºC em São José dos Ausentes; 4ºC em Bom Jesus; 4,6ºC em Cambará do Sul; 5ºC em Caxias do Sul; 5,1ºC em Vacaria; 5,7ºC em Erechim; 5,2ºC em Canguçu; 5,8ºC em Bagé; 6ºC em Passo Fundo; 6,6ºC em Rio Grande; e 6,9ºC em Caçapava do Sul. No fim da tarde, algumas cidades já estavam com 0ºC e 1ºC.

Contudo, segundo a MetSul Meteorologia, pior do frio ainda está por vir. Todas madrugadas até o final da semana terão marcas negativas no Estado, mas as mais frias serão as de hoje e amanhã.

Nesta terça-feira (1º), o sol aparece em todas as regiões, mas nuvens se farão presentes em áreas como a Metade Norte, especialmente à tarde. O frio aumenta e a temperatura estará baixa o dia todo, mesmo à tarde e com a presença do sol.

O amanhecer será gélido com marcas ao redor de 0ºC ou negativas na grande maioria das cidades do estado. Geada em diversos pontos e forte a muito forte em alguns, especialmente na Metade Oeste que terá menos vento. Volta a esfriar muito ao entardecer e a próxima madrugada, da quarta-feira (2), será ainda mais fria.

Em Porto Alegre, nesta terça, os termômetros terão registros entre 1ºC e 11ºC, enquanto em Caxias do Sul marcas oscilam de -2ºC a 9ºC. Já São José do Ausentes terá mínima de -6ºC e máxima de 6ºC. Em Bagé, as temperaturas variam de -4ºC a 4ºC e Uruguaiana de -2ºC a 10ºC.



Correio do Povo

Saiba como fica a previsão de chuva e temperaturas para julho no RS

 Análise da MetSul Meteorologia indica que, apesar de iniciar com onda de frio, mês não será tão gelado quanto junho

A tendência é de um julho de temperatura sem grandes desvios da média histórica na maior parte do Sul do Brasil | Foto: Camila Cunha


Após um mês de junho marcado por chuvas intensas e enchentes, julho deve ser marcado por precipitações próximas da média histórica, conforme projeção da MetSul Meteorologia. O mês é considerado o central do inverno – composto por junho, julho e agosto – e, ainda que começará com uma onda de frio intensa, não deve ser tão gelado quanto junho.

Histórico de frio e chuva

O mês tem em sua história grandes e intensas ondas de frio, como se viu, por exemplo, no ano 2000, quando quase todo o Sul do Brasil ficou abaixo de zero. Ou ainda na nevada que branqueou a Serra Gaúcha nos últimos dias do mês em 2021.

No Rio Grande do Sul, pelos padrões históricos, julho costuma ser um mês chuvoso enquanto no Centro do Brasil se instala a estação seca com precipitações escassas no Centro-Oeste, no Sudeste e mesmo em parte do Paraná, o que favorece o aporte de umidade em direção às latitudes médias como do Centro da Argentina, Uruguai e o estado gaúcho.

No caso de Porto Alegre, julho tem uma temperatura mínima média histórica de 10,4ºC, a menor entre os meses do ano. Já a temperatura máxima média é de 19,7ºC, também a mais baixa entre todos os meses do calendário.

A temperatura média mensal de julho na capital gaúcha é de 14,1ºC, a menor entre os meses do ano, 0,7ºC abaixo da de junho que é a segunda mais baixa e 1,6ºC inferior à de agosto, a terceira menor entre todos os meses do ano. Com isso, de acordo com as normais climatológicas da série 1991-2020, julho é historicamente o mês mais frio do ano na capital gaúcha pelos padrões históricos.

Já a precipitação média de julho na cidade é de 163,5 mm, a mais alta entre todos os meses do ano, sendo seguida por outubro (153,2 mm), setembro (147,8 mm) e junho (130,4 mm). A precipitação média mensal de 16,5 mm corresponde à nova normal mensal climatológica com base na série 1991-2020.

Uma comparação entre as séries histórica 1961-1990 e 1991-2020 mostra que no caso da cidade de Porto Alegre o mês de julho ficou mais frio e chuvoso nas última três décadas.

Neutralidade

De acordo com a última atualização, da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos, a anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central neste final de junho era de +0,1ºC, o que significa que está na faixa de neutralidade, sem El Niño ou La Niña.

A tendência é que ao longo de julho esse cenário se mantenha, com pequenas oscilações para cima ou para baixo, mas sem caracterização de La Niña.

Menos chuva em julho

Modelos de previsão de climática apresentam um elevado consenso sobre chuva entre perto e abaixo da média em quase todo o Centro-Sul do Brasil durante o mês de chuva com baixos volumes de precipitação na grande maioria das áreas.

No Sul do Brasil, a tendência é de chuva abaixo da média e mesmo muito abaixo em alguns pontos no Paraná. Santa Catarina tem perspectiva de um mês com precipitação inferior à média.

O Rio Grande do Sul não deve repetir o padrão de maio e junho de chuva acima a muito acima da média com marcas mesmos extremos em diversas áreas.

Julho terá chuva com menor frequência e volumes que os dois meses anteriores, muito em razão da intensa massa de ar polar do começo do mês.

Espera-se um julho no território gaúcho com chuva perto ou abaixo da média em diversas áreas, mas no Centro da Argentina e no Uruguai pode ocorrer chuva acima da média com risco de reflexos mais ao Sul gaúcho.

Temperatura

A tendência, conforme a análise da MetSul Meteorologia, é de um julho de temperatura sem grandes desvios da média histórica na maior parte do Sul do Brasil com maior probabilidade de marcas acima da média no Noroeste e Norte do Paraná e maior probabilidade de marcas abaixo da média mais ao Sul, no Rio Grande do Sul.

A primeira semana de julho será gélida e com temperatura muito abaixa da média no Rio Grande do Sul e em parte de Santa Catarina, em especial nos primeiros três dias do mês.

Na segunda semana, a temperatura se eleva mais com mínimas e máximas mais altas e tardes agradáveis. Na maior parte do restante do mês, não se projeta frio muito intenso.

Assim, a tendência é que o começo de julho seja o período mais gelado do mês, salvo alguma surpresa no final de julho. As principais ondas de frio têm chegado desde maio com intervalo ao redor de 30 dias no final do mês.

MetSul Meteorologia e Correio do Povo

Morre na Capital a cantora e acordeonista Mari Terezinha, aos 79 anos

 Artista ficou mais conhecida pela dupla que formou com Teixeirinha durante 24 anos dos anos 1960 aos anos 1980 e morreu de causas naturais em Porto Alegre

Mari Terezinha morreu neste dia 30 de junho, em Porto Alegre, aos 79 anos | Foto: Acervo Pessoal / Divulgação / CP


A cantora e acordeonista Mari Terezinha Cabral Brum morreu ontem no início da tarde desta segunda-feira, 30 de junho, aos 79 anos, de causas naturais em um residencial geriátrico do bairro Jardim Lindoia, em Porto Alegre. Conforme a filha Liane Teixeira, de 49 anos, ela estava bem durante a manhã e teve um mal súbito logo depois do almoço.

Nascida em Tupanciretã em 30 de março de 1946, ela ficou mais conhecida como Mary Terezinha (com y), quando em 1960, ainda adolescente, formou dupla com Vítor Mateus Teixeira, o Teixeirinha. Mesmo após a separação da dupla, em 1984, Mary continuou a sua carreira solo.

Com Teixeirinha, ela teve uma relação amorosa e uma carreira por 24 anos. Ela deixa os dois filhos deste casamento, Alexandre, de 57 anos, e Liane, além do neto Francesco, de 14 anos.

Com Teixeirinha, ela gravou diversos LPs e participou de dez filmes. Entre eles estão "O Gaúcho de Passo Fundo", de Pereira Dias (1978), "Ela Tornou-se Freira", de Pereira Dias (1972), "Coração de Luto", de Eduardo Llorente (1967). Até o momento, não há informações sobre o velório e os demais atos fúnebres de Mari Terezinha.

Correio do Povo

Programa de recuperação fiscal é aprovado na Câmara de Porto Alegre

 Idealizado pelo Executivo, projeto autoriza a redução de multas e o refinanciamento de dívidas referentes à impostos específicos

Iniciativa foi acatada a despeito de discordâncias | Foto: Fernando Antunes/CMPA/CP


Nesta segunda-feira, a Câmara de Porto Alegre aprovou um projeto de lei que institui o programa RecuperaPOA 2025. Na prática, a matéria autoriza a redução/refinanciamento de multas e dívidas referentes a impostos específicos. O texto foi acatado com 22 votos a favor e 11 contra.

Descontente, a oposição fez enfrentamento no plenário. Para os parlamentares críticos ao governo, a proposta favorece principalmente os grandes empresários da Capital, pois diminui a arrecadação no longo prazo de tributos estratégicos como o IPTU e o ISSQN.

“(O projeto) abre mão de arrecadar receita dos setores que mais tem dinheiro na nossa cidade”, criticou Karen Santos (PSol). Para a vereadora, trata-se de uma iniciativa que privilegia, sobretudo, o mercado financeiro e o setor imobiliário.

De forma semelhante, Jonas Reis (PT), líder da oposição na Câmara, vê contradição nas ações da Prefeitura. “O governo Sebastião Melo (MDB) está sempre reclamando que não tem dinheiro, mas abre mão da arrecadação em benefício dos poderosos da cidade”, contestou.

“O Refis é muito importante e só quem tem ou já teve empresa sabe disso”, disse Claudia Araújo (PSD), vice-líder da base na casa legislativa. A parlamentar discorda das críticas e entende que muitas empresas pequenas e médias precisam desse suporte para se reerguer.

Além disso, Araújo também apontou para a necessidade do munícipio incrementar a sua arrecadação até o final de 2026. “Precisamos seguir o prazo estabelecido pela reforma tributária para o cálculo da divisão de impostos segundo as novas regras do governo federal”, afirmou.

Correio do Povo

Europa registra 46ºC em primeira onda de calor

 Calor também afetou o mar Mediterrâneo, que teve sua temperatura de superfície recorde

Espanha, Portugal, Itália e França sofrem com uma onda de calor há dias | Foto: DIMITAR DILKOFF / AFP


Uma onda de calor escaldante atinge nesta segunda-feira (30) o sul da Europa, onde autoridades emitiram alertas para incêndios e cuidados com a saúde, advertindo que as temperaturas subirão mais uma vez.

Espanha, Portugal, Itália e França sofrem com uma onda de calor há dias, com temperaturas superando 40° C. No sábado, a Espanha bateu um recorde desde o início dos registros: os termômetros marcaram 46º C em Granada, Andaluzia, recorde para o mês de junho segundo a Agência Estatal de Meteorologia (Aemet).

O recorde anterior para o mesmo mês data de 1965, quando 45,2°C foram registrados em Sevilha, na mesma região. Os espanhóis também não tiveram trégua no domingo, que foi 'o 29 de junho mais quente na Espanha como um todo desde pelo menos 1950', segundo a Aemet.

| Foto: NALINI LEPETIT-CHELLA, PAZ PIZARRO / AFP

Nesta segunda-feira, a agência meteorológica espanhola emitiu um alerta tanto para 'temperaturas extremas' quanto para tempestades, como as que ocorreram no domingo em Portugal. Os termômetros voltarão a marcar temperaturas máximas e mínimas nunca registradas para um mês de junho em várias partes da Península Ibérica nesta segunda-feira, segundo a Aemet.

Em Portugal, o termômetro atingiu 46,6° C em Mora, a cerca de 100 quilômetros a leste de Lisboa. Segundo a imprensa local, este é um recorde para um mês de junho, e o anterior também data de 60 anos.

O calor também afetou o mar Mediterrâneo, que teve sua temperatura de superfície mais quente já registrada para um mês de junho, a 26,01º C em média, segundo dados do programa europeu Copernicus analisados pela agência meteorológica francesa.

Incêndios florestais e ondas de calor

Enquanto isso, o Ministério da Saúde italiano declarou alerta vermelho para 17 cidades em todo o país, incluindo Roma, Milão, Florença e Verona. 'A Itália atravessa uma das ondas de calor mais fortes do verão', que também está se mostrando particularmente longa, disse à AFP o especialista Antonio Spano, fundador do site especializado ilmeteo.it.

Nas cidades, as ondas de calor causam aumentos ainda maiores nas temperaturas devido ao 'efeito de ilha de calor urbano', explicou Emanuela Piervitali, pesquisadora do Instituto Italiano de Proteção e Pesquisa Ambiental (ISPRA).

Enquanto bombeiros combatiam incêndios florestais em diversas regiões, a imprensa italiana noticiou a morte de uma mulher de 77 anos no domingo por inalação de fumaça em Potenza, no sul do país. Também em Portugal, o risco de incêndios está mais alto na maioria das áreas florestais, e cerca de 160 bombeiros ainda combatiam as chamas nesta segunda-feira, perto de Castelo Branco, no centro do país.

Na Turquia, mais de 50.000 pessoas de 41 localidades tiveram que ser retiradas devido aos incêndios florestais.Na Espanha, após a morte de dois trabalhadores no fim de semana - provavelmente devido ao calor -, os sindicatos pediram às empresas que implementassem 'medidas preventivas' para proteger a 'saúde' de seus funcionários.

'Nunca visto'

Cientistas afirmam que as ondas de calor se tornam mais intensas devido à mudança climática.Na França, Paris e 15 outros departamentos passarão ao nível mais alto de alerta na terça-feira, e outros 68 permanecerão em alerta laranja, o segundo mais elevado, com temperaturas possivelmente superiores a 40º C em alguns pontos: algo 'nunca visto antes' no país, segundo a ministra da Transição Ecológica, Agnès Pannier-Runacher.

Cerca de 200 escolas públicas, de um total de 45.000, estarão total ou parcialmente fechadas nesta segunda, terça e quarta-feira devido ao calor. Na Croácia, a maior parte da costa está em alerta vermelho devido aos termômetros acima dos cerca de 35º C, enquanto Montenegro enfrenta um risco de incêndio e a Sérvia registrou uma seca grave e extrema que afeta grande parte do país.

O Reino Unido também foi afetado por essa onda de calor no primeiro dia do torneio de tênis de Wimbledon. As autoridades britânicas declararam alerta laranja em cinco regiões da Inglaterra, incluindo Londres.

AFP e Correio do Povo

O recado da Avenida Paulista para o descondenado

 



Fonte: https://www.instagram.com/reel/DLfwvEUSGQT/?igsh=a2c5ZGJnbWQxZDZp

IA aprende a mentir, manipular e ameaçar seus criadores, dizem pesquisadores

 Falta de regulamentação dificultam gerenciamento destes problemas

Os engenheiros estão imersos em uma corrida atrás da IA, com um resultado incerto, em um contexto de competição feroz | Foto: Metamorworks / Shutterstock / CP

Os últimos modelos de inteligência artificial (IA) generativa já não se contentam em seguir ordens. Começam a mentir, manipular e ameaçar para alcançar seus objetivos, sob o olhar preocupado dos pesquisadores.

Ao se ver sob ameaça de desconexão, Claude 4, criação recente da Anthropic, chantageou um engenheiro e ameaçou revelar um relacionamento extraconjugal. Por sua vez, o o1 da OpenAI tentou se transferir para servidores externos e, quando foi descoberto, negou.

Não é necessário mergulhar na literatura ou no cinema: a IA que finge ser humana já é uma realidade.

Para Simon Goldstein, professor da Universidade de Hong Kong, a razão para essas reações é o recente surgimento dos chamados modelos de "raciocínio”, capazes de trabalhar em etapas em vez de produzir uma resposta instantânea.o1, a versão inicial desse tipo na OpenAI, lançada em dezembro, “foi o primeiro modelo a se comportar dessa maneira”, explica Marius Hobbhahn, responsável pela Apollo Research, que testa grandes modelos de IA generativa.

Esses programas também tendem, às vezes, a simular “alinhamento”, ou seja, a dar a impressão de que seguem as instruções de um programador quando, na realidade, buscam outros objetivos.

Por enquanto, essas características se manifestam quando os algoritmos são submetidos a cenários extremos por humanos, mas "a questão é se os modelos cada vez mais potentes tenderão a ser honestos ou não”, afirma Michael Chen, da organização de avaliação METR.

“Os usuários também pressionam os modelos o tempo todo”, diz Hobbhahn.

“O que estamos vendo é um fenômeno real. Não estamos inventando nada. Muitos usuários contam nas redes sociais sobre casos em que o software mente ou inventa coisas. E não se trata de alucinações, mas de duplicidade estratégica”, insiste o cofundador da Apollo Research.

Embora a Anthropic e a OpenAI recorram a empresas externas, como a Apollo, para estudar seus programas, “uma maior transparência e maior acesso” da comunidade científica “permitiriam investigar melhor para compreender e prevenir o engano”, sugere Chen, do METR.

Outro obstáculo: a comunidade acadêmica e as organizações sem fins lucrativos "dispõem de infinitamente menos recursos computacionais que os atores da IA”, o que torna “impossível” examinar grandes modelos, aponta Mantas Mazeika, do Centro para a Segurança da Inteligência Artificial (Cais).

As regulamentações atuais não atendem esses novos problemas.

Na União Europeia, a legislação se concentra principalmente em como os humanos usam os modelos de IA, não em prevenir que os modelos se comportem mal.

Nos Estados Unidos, o governo de Donald Trump não quer ouvir falar de regulamentação, e o Congresso poderia até proibir em breve que os estados regulamentem a IA.

IA no banco dos réus?

"Por enquanto, há muito pouca conscientização”, diz Goldstein, que, no entanto, acredita que o tema ganhará destaque nos próximos meses com a revolução dos agentes de IA, interfaces capazes de realizar por si mesmas uma enorme quantidade de tarefas.

Os engenheiros estão imersos em uma corrida atrás da IA e suas aberrações, com um resultado incerto, em um contexto de competição feroz.

A Anthropic pretende ser mais virtuosa que seus concorrentes, 'mas está constantemente tentando criar um novo modelo para superar a OpenAI', segundo Goldstein, um ritmo que deixa pouco tempo para verificações e correções.

"Da forma como estão as coisas, as capacidades [da IA] estão se desenvolvendo mais rapidamente do que a compreensão e a segurança”, admite Hobbhahn, "mas ainda estamos em condições de nos recuperar”.

Alguns apontam na direção da interpretabilidade, uma ciência que consiste em decifrar, por dentro, como funciona um modelo generativo de IA, embora muitos, como o diretor do Cais, Dan Hendrycks, sejam céticos.

As travessuras da IA "podem dificultar sua adoção se se multiplicarem, o que representa um forte incentivo para que as empresas [do setor] resolvam” esse problema, de acordo com Mazeika.

Goldstein, por sua vez, sugere recorrer aos tribunais para controlar a IA, processando as empresas se seus serviços desviarem do caminho. Mas vai além, propondo que os agentes de IA sejam “legalmente responsáveis” “em caso de acidente ou crime”.


AFP e Correio do Povo

Dólar cai para R$ 5,43 e encerra junho com desvalorização de 4,99%

 Essa foi a maior perda mensal desde janeiro (-5,56%)

O real apresentou nesta segunda o melhor desempenho entre as moedas globais mais líquidas | Foto: Marcello Casal / Agência Brasil


O dólar apresentou queda firme na sessão desta segunda-feira, 30, e fechou na casa de R$ 5,43, no menor nível desde setembro do ano passado. Após subir 27,34% em relação ao real em 2024, o dólar termina o primeiro semestre com perdas de 12,07%.

O dia foi marcado por nova rodada de enfraquecimento global da moeda americana e pela queda das taxas dos Treasuries, em razão da percepção crescente de que aumentou o espaço para cortes de juros ainda neste ano pelo Federal Reserve (o banco central norte-americano), que está sob ataque cerrado do presidente dos EUA, Donald Trump.

Divisas emergentes também se beneficiaram da melhora do apetite ao risco com sinais de que os EUA podem fechar acordos comerciais com parceiros relevantes antes de 9 de julho, data que marcaria a volta das tarifas recíprocas anunciadas por Trump em 2 de abril, no chamado 'Liberation Day'.

As negociações com o Canadá, que forma interrompidas, serão retomadas após o país revogar impostos a empresas de tecnologia dos EUA.

Com mínima a R$ 5,4247 à tarde, o dólar à vista terminou o dia em baixa de 0,89%, a R$ 5,4341 - menor valor de fechamento desde 19 de setembro (R$ 5,4242). A moeda encerra a semana com desvalorização de 4,99%, a maior perda mensal desde janeiro (-5,56%).

O real apresentou nesta segunda o melhor desempenho entre as moedas globais mais líquidas, seguido de perto pelo peso chileno.

A sessão foi marcada pela rolagem de posições no segmento futuro e pela disputa na formação da última taxa de Ptax não apenas de junho, mas também do segundo trimestre e do primeiro semestre, o que pode ter exacerbado os movimentos no mercado local.

O diretor de Pesquisa Econômica do Banco Pine, Cristiano Oliveira, que em maio projetava recuo do dólar para R$ 5,40, vê espaço para mais uma rodada de queda da taxa de câmbio.

“Nossos modelos de curto prazo apontam que o ritmo de valorização de real deve diminuir, mas a apreciação segue sendo a tendência pelos próximos dois, três meses. Acreditamos em dólar a R$ 5,33 até meados de agosto", afirma Oliveira.

No exterior, o índice DXY - termômetro do comportamento do dólar ante uma cesta de seis divisas fortes - caiu cerca de 0,50% e rompeu o piso dos 97,000 pontos, com mínima a 96,806 pontos.

O Dollar Index termina junho com perdas ao redor de 2,6%, levando a desvalorização no ano para perto de 11%, no menor nível desde março de 2022.

O economista-chefe da Equador Investimentos, Eduardo Velho, observa que dados recentes dos EUA - como o Índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal (PCE) de maio e a queda nas expectativas de inflação apurada pela Universidade de Michigan - reforçam nos últimos dias a perspectiva de cortes de juros pelo Fed no segundo semestre.

“Temos também um componente estrutural, que é a perda de apelo do dólar como reserva de em favor de commodities metálicas, em especial o ouro, desde o Liberation Day, que trouxe muita incerteza sobre a economia americana”, afirma Velho, para quem a apreciação do real ao longo do primeiro semestre se deve fundamentalmente ao recuo global do dólar.

“Apesar do carry trade mais atrativo, com as altas da taxa Selic, não houve uma melhora do fluxo financeiro para o País. No curto prazo, podemos ver a continuidade dessa dinâmica de dólar mais fraco no mundo favorecendo o real”.

O fundador e estrategista-chefe da DA Economics, Alex Lima, projeta mais apreciação do real e diz que seus modelos apontam para taxa de câmbio próxima de R$ 5,30.

“Temos uma visão de dólar global mais fraco, com a execução meio desengonçada das políticas comerciais e econômicas da gestão Donald Trump”, afirma Lima, em comentário no LinkedIn.

O estrategista acrescenta que, por aqui, a preocupação com o quadro fiscal permanece em segundo plano, com investidores já de certa forma antecipando uma possível troca de governo para uma gestão “um pouco mais fiscalmente responsável” após as eleições de 2026.

"Vemos alguns sinais de que o mercado está precificando menos risco”, afirma.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Câmara de Porto Alegre aprova projeto que autoriza a retirada de fios soltos

 Proposta permite que o município remova a fiação inoperante em até quatro metros de altura; a despeito de ressalvas, texto foi acatado por unanimidade no plenário

Iniciativa foi idealizada pelo vereador Marcos Felipi (Cidadania) | Foto: Fernando Antunes/CMPA/CP


Uma proposta que autoriza o município a remover fios soltos das ruas foi aprovada na Câmara de Porto Alegre. De autoria do vereador Marcos Felipi (Cidadania), a matéria permite que o Executivo retire a fiação inoperante “instalada em postes até quatro metros do solo”. O texto foi acatado por unanimidade, porém foram feitas ressalvas.

Segundo consta no texto, a Prefeitura ou a empresa contratada para o serviço deverá registrar o antes e o depois de cada recolhimento. O objetivo é comprovar a efetividade, a eficiência e a quantidade de material removido.

A vereadora Natasha Ferreira (PT), mesmo que declarando o seu apoio à proposta, contestou a atuação da Prefeitura na fiscalização das empresas responsáveis pela fiação. “As empresas são obrigadas a retirar os fios. Cabe a Prefeitura fiscalizar isso”, defendeu a petista.

Líder da oposição na Câmara, Jonas Reis (PT) apontou para outro ponto de conflito: “o projeto autoriza, não obriga”. Indo ao encontro do colega, Pedro Ruas (PSol) também entende que os termos da proposta poderiam ser outros e ela “não pode ficar só no autorizativo”.

Os aliados, em contrapartida, mobilizaram grande apoio ao proponente da iniciativa. “Essa matéria representa o começo de uma cidade mais limpa”, afirmou na tribuna Claudio Araújo (PSD), vice-líder da base na casa legislativa e co-autora da proposição. E, não foi só ela que adotou essa postura.

Ramiro Rosário (Novo), Gilson Padeiro (PSDB) e Giovane Byl (Podemos). Vários líderes (e não líderes) de bancada decidiram declarar seu apoio à matéria por meio de manifestações públicas.

“É um projeto inédito. O objetivo dele é a segurança do porto-alegrense”, afirmou Marcos Felipi. À reportagem, o vereador afirmou que a iniciativa foi idealizada tendo em mente os acidentes que ocorreram – e ainda podem ocorrer –em virtude da fiação solta. “Agora, eu espero que a Prefeitura retire os fios ou contrate uma empresa para fazer isso”.

Movimento da Prefeitura

Para além do projeto aprovado, a prefeitura tem realizado diversas ações para a retirada de fios soltos. Alguns mutirões ocorreram inclusive com a participação de empresas de telefonia e internet.

Correio do Povo