"A gente acorda chorando": parente busca por 6 desaparecidos da mesma família no RS

 Agricultor estava na granja dos tios, em Roca Sales, pouco antes de um deslizamento de terra deixar toda a fazenda e seus parentes soterrados



A pior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, e que já causa impacto para cerca de 2 milhões de pessoas, impõe às vítimas a necessidade de conviverem com diferentes camadas de tristeza. Em alguns casos, a dor de perder a própria casa e reconstruir a vida aos 60 anos se mistura com a angústia de não encontrar parentes desaparecidos.
O agricultor Nilvaldino Brino, de 59 anos, sobrinho de Elírio e Erica Brino, ambos de 78 anos, passa por isso. Ele estava na granja dos tios, em uma comunidade rural de Roca Sales, pouco antes de um deslizamento de terra deixar toda a fazenda e seus parentes soterrados sob uma grande quantidade de lama.
O trágico episódio aconteceu no dia 30 de abril, por volta das 15h30. Já chovia forte na ocasião e ele tinha ido ajudar os parentes a desobstruir uma tubulação que estava entupida por conta das chuvas.
“Não deu cinco minutos. Eu cheguei em casa, guardei o trator e ai escutei um estouro. Parecia um avião caindo. Eu a minha mulher vimos a terra, a lama, descendo de (uma altura de) uns 40 metros, ou até mais. Aí gente saiu correndo”, lembra Nivaldino, que precisou se mudar para a casa dos filhos, em Muçum, cidade que fica ao lado de Roca Sales.

Seis pessoas estavam na casa no momento do deslizamento. Uma das vítimas é Gabriela Brino, de 9 anos. Ela era afilhada de Nivaldino, que ministrava aulas de catequese para a menina e para outras crianças da comunidade local.

Além dela, foram vítimas também a irmã, Maria Eduarda Brino, de 20 anos; os pais delas, Dorli, de 52, e Janice, de 49 anos, e também os avós, Elírio e Érica Brino, ambos de 78 anos - tios de Nivaldino. A granja onde todos os seis viviam, diz o agricultor à reportagem, foi construída pelo seu avô, pai de Elírio, há mais de um século.

Hoje, os seis configuram na lista de desaparecidos que a Defesa Civil do Estado divulga para informar quantas e quem são as principais vítimas das chuvas que assolam as cidades gaúchas desde o final de abril. Ao todo, são 125 vítimas nestas condições.

De acordo com o Corpo de Bombeiros e a Prefeitura da cidade, o local do deslizamento tem pontos de até 10 metros de terra encharcada, e os impactos da chuva na região dificulta o acesso de máquinas que possam fazer a retirada da lama.

Roca Sales foi fortemente atingida pelas atuais enchentes - são 3 óbitos e 12 desaparecidos até o último levantamento. A cidade é um dos quatro municípios gaúchos, ao lado de Barra do Rio Azul Muçum e Cruzeiro do Sul, que planeja reconstruir os bairros devastados em outros locais, em endereços que são considerados menos vulneráveis aos eventos climáticos extremos.

A propriedade de Nivaldino não chegou a ser completamente atingida pelo deslizamento. A terra passou pelo lado e ele perdeu alguns maquinários. Mesmo assim, o terreno precisou ser interditado pela Defesa Civil e pelos Bombeiros, sob o risco de um novo colapso.

Sem poder voltar para casa, onde até o deslizamento mantinha uma produção de frutas, ele segue esperando pela localização dos seus familiares. Ele admite, porém, que as chances de serem encontrados com vida, mais de 10 dias do desmoronamento, são praticamente impossíveis.

“É uma dor muito grande. Não temos cabeça, outra função, senão encontrar os familiares. Ao menos para dar um sepultamento digno e minimizar um pouco a nossa dor. Eles merecem”, lamenta com a voz embagada. “A gente quase não dorme. Às vezes, eu e minha mulher acordamos e estão os dois chorando. É muito difícil”, diz o agricultor.

De acordo com o balanço da Defesa Civil, divulgado neste sábado, 11, ao todo são 136 óbitos confirmados e 2 milhões de pessoas impactadas pela tragédia ambiental, que atingiu 445 cidades do território gaúcho, de 497 ao todo. Mais de 400 mil pessoas tiveram que deixar as suas casas - são 71,3 mil abrigadas e 339 9 mil desalojadas.

De acordo com o motorista de caminhão Adriano Luiz da Silva, casado com uma das filhas de Elírio e Erica, o resgate da família do sogro, até esta semana, estava sendo feito por poucas pessoas para o tamanho de terra que se acumula sobre a casa. “Para aquele desmoronamento enorme, os caras não conseguem fazer nada. Precisa de reforço”, diz.

Ele afirma que a família conversou com um tenente do Corpo de Bombeiros na última quinta, 9, em Roca Sales. E foi repassado aos parentes que as buscas pela família Brino serão intensificadas assim que as condições climáticas melhorarem.

“Ele nos disse que foi necessário fazer um mapeamento da área, um estudo geológico do terreno, porque tem locais com até 10 metros de lama”, afirmou. “Ele nos disse que é um trabalho sem garantias. Mas vai com força total assim que o tempo melhorar”, disse à reportagem.

O prefeito de Roca Sales, Amilton Fontana (MDB), lamentou a situação. Ele explicou que a demora pela buscas se deve a uma cautela em razão do grande volume de terra molhada no local. “Tem massa de terra com mais de 10 metros. É perigoso fazer o resgate”, disse.

Ele afirmou que, com a melhora das condições climáticas, será possível chegar ao local com máquinas para ajudar nas buscas. “Usar só as mãos é impossível, é uma massa muito grande. Seriam meses de trabalho”.

À reportagem, o tenente do Corpo de Bombeiros Evandro Leal afirmou que sua equipe foi até a propriedade da família Brino e que inspecionaram “in loco as condições”. “Estamos realizando estudos para delinear uma estratégia de trabalho com segurança”, afirmou.

Estadão Conteúdo e Correio do Povo

Cheias podem durar pelo menos três semanas no Sul do RS

 Projeção é baseada em dados de previsão de nível da água em Porto Alegre



Muitas pessoas se perguntam até quando deve durar a inundação que atinge as cidades da região sul do Estado margeadas pela Lagoa dos Patos. A projeção, baseada em dados de previsão de nível de água em Porto Alegre, é que as inundações possam durar pelo menos mais três semanas.

Segundo o Pró- Reitor de Pesquisa e Graduação, que está conduzindo as atividades do Comitê de Avaliação e Prognóstico de Eventos Extremos da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Eduardo Secchi, o fluxo de escoamento também é influenciado pela quantidade de água que cai das chuvas.

“No vento sul forte a água represa muito, já quando é nordeste auxilia a saída, mas apesar de ajudar no escoamento também empurra para margem oeste onde está a cidade de Rio Grande”, explica

O professor lembra que quando o nível da Lagoa está baixo não há problema, não é o que ocorre atualmente. “O ideal é o vento nordeste. Há a previsão de chuva na segunda-feira no Norte do Estado e na região dos Vales de 100 mm e pela previsão do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/ UFRGS), nos dias 22 e 23 começará a descer o nível da água na região de Porto Alegre ”, projeta.

Pelos dados, no dia 22, o Guaíba ainda estaria acima do nível de inundação, ou seja, acima de três metros. “Se lá (Porto Alegre) ainda estará alto, aqui (região sul) a situação de alagamento deve seguir por mais tempo”, confirma.

O vento nordeste é predominante na região, mas quando se aproxima o inverno, o vento sudoeste começa a ser mais presente. “Tudo muito dinâmico, mas não deve mudar muito o que está previsão do IPH/ UFRGS”, afirma.

A FURG desenvolveu mapas, onde é possível saber a altura da água em cada ponto de Rio Grande. “Como não dá para ter certeza do nível da Lagoa realizamos projeções e cenários. Se hoje (sábado) o nível estiver 20 centímetros abaixo iremos descontar 20 centímetros do mapa de áreas de risco. Quando esta água toda descer então podemos dizer para aumentar a área se o vento tiver desfavorável. É dinâmico. O que é certo é que o alagamento irá permanecer por semanas”, confirma.

A professora do Instituto de Oceanografia da FURG, Elisa Fernandes relata que o IPH fornece a previsão das descargas dos rios para os próximos dez dias. “O desague deve ser mais forte neste período, mas poderá ocorrer por mais tempo. Por exemplo, na enchente do ano passado, que não foi nem perto do que está ocorrendo a Lagoa levou mais de um mês para voltar ao normal”, lembra.

Ela projeta ao menos 30 dias, a partir de hoje para que o sistema retorne ao seu funcionamento normal. O escoamento de praticamente todos os rios do Estado se dá pela Lagoa dos Patos. Eles convergem todos para o Guaíba e o único caminho para chegar ao Oceano é a Lagoa.

“O Estado tem topografias diferente. No Norte tem montanha, vales e quando o volume de água aumenta muito (chuva) ela acaba ficando presa e promove elevação brusca de níveis. Quando chega no Sul, é diferente pois é plano. A água se espalha e ocorre enchente em menores proporções”, compara. Ela acredita que pode chegar e superar o nível da enchente que ocorreu em 1941.

Inicialmente, a FURG fez simulações de inundação da cidade de Rio Grande considerando o nível da enchente daquele ano mais 40 centímetros, Elisa conta que atualmente a nova simulação está sendo feita em um cenário mais crítico. De 60 centímetros em relação ao nível ocorrido em 1941. “Passamos os dados para que seja feito um plano de ação pela Defesa Civil para um cenário mais extremo. Isto é para estarmos mais preparados fazer evacuação nas áreas críticas da cidade”, justifica.

Com a previsão de chuva de 100 milímetros para o Norte do Estado, muita água deverá chegar o Guaíba e consequentemente ao sul do Estado.

Cheia de 1941

O professor aposentado do Instituto de Oceanografia da FURG, Osmar Möller Júnior, lembra que em 1941 não existiam dados dos rios Camaquã, Caí, Sinos e Gravataí, além do Canal São Gonçalo, somente era levado em conta os níveis dos rios Jacuí e Taquari. “Era uma descarga de 21 mil m3 por segundo de água. A descarga média dos dois rios é de 1,7mil m3 por segundo, ou seja, 15 vezes mais do que a média de 1941. A de agora, com os outros rios, segundo pesquisadores da UFRGS e Univale, chegou a 30 mil m3 por segundo”, afirma. Ele compara com a bacia do Rio da Prata, onde em média passam 23 milm3 por segundo.

“Portanto em uma bacia que é menor tivemos mais que o volume do Rio da Prata. O lado positivo é que a Lagoa tem 10 mil km2, enquanto que o Rio Guaíba tem 600 km2, logo não deverá acontecer o que ocorreu em Porto Alegre”, projeta. O professor estima que na cheia de 1941 a altura da Lagoa dos Patos tenha chegado a 1,7m. A medida foi feita com base em fotografias do nível da água nos prédios em Rio Grande na enchente daquele ano.

Correio do Povo

Em meio à tragédia das chuvas, RS registra formação de tornado no município de Gentil

 Fenômeno derrubou árvores e danificou plantações em área próxima a Passo Fundo



Além das cheias e chuvas que castigam diversas regiões, neste sábado, o Rio Grande do Sul sofreu os efeitos de um tornado. A área atingida, conforme análise da MetSul Meteorologia, foi no município de Gentil, próximo a Passo Fundo, região não afetada pela sequência de precipitação que gerou estragos.

Segundo a MetSul, Uma frente semi-estacionária acompanhada de um centro de baixa pressão está sobre o Rio Grande do Sul, favorecendo o novo episódio de instabilidade que soma elevados volumes de chuva em algumas regiões, como a Serra e o Litoral Norte.

De acordo com a meteorologista Estael Sias, uma corrente de jato em baixos níveis atuava sobre o Norte do Rio Grande do Sul com ar quente. Enquanto em Passo Fundo a temperatura era de 20ºC no meio da tarde, fazia 26ºC logo ao Norte na região de Erechim. “Quando uma corrente de jato em baixos níveis, um corredor de vento forte entre 1000 e 1500 metros de altitude, está atuando e há o avanço de uma frente fria, cria-se uma situação em que ventos sopram em sentidos divergentes na parte baixa da atmosfera e isso favorece a formação de tornados”, explica.

Moradores da região filmaram o tornado avançando sobre lavouras e árvores no campo, o que deixou um rastro de árvores caídas no meio da vegetação. Os vídeos sugerem um tornado de menor intensidade, entre F0 e F1, capaz de provocar danos, porém não catastróficos. Não houve feridos nem há relatos de danos materiais.

Correio do Povo

Governo do RS contabiliza 1.028 escolas afetadas pela enchente

 Os danos na infraestrutura foram registrados em 528 escolas


De acordo com a Secretaria da Educação (Seduc), 1.028 escolas em 243 municípios foram afetadas de alguma forma pela enchente que assolou o Rio Grande do Sul. O levantamento, atualizado na tarde deste sábado, mostra que esse número representa mais de 40% do total de escolas da Rede Estadual. Os danos na infraestrutura foram registrados em 528 escolas.

Foram 358 mil estudantes afetados. Retornaram às atividades 149 mil. Somados àqueles que não foram prejudicados pelas chuvas, 533 mil alunos estão nas instituições de ensino.

A avaliação dos danos segue em andamento. O retorno das escolas às atividades está ocorrendo de forma gradual e com foco no acolhimento a estudantes e professores, de acordo com a avaliação realizada pela respectiva Coordenadoria Regional de Educação (CRE).

Atividades retomadas
Em localidades menos atingidas pela crise meteorológica, as condições permitiram a retomada das atividades pedagógicas desde a última segunda-feira, 7 de maio.

Esses locais incluem as CREs de Caxias do Sul (4ª CRE), Santa Cruz do Sul (6ª), Passo Fundo (7ª), Santa Maria (8ª), Cruz Alta (9ª), Uruguaiana (10ª), Osório (11ª), Bagé (13ª), Santo Ângelo (14ª), Erechim (15ª), Bento Gonçalves (16ª), Santa Rosa (17ª), Santana do Livramento (19ª), Palmeira das Missões (20ª), Três Passos (21ª), Vacaria (23ª), Soledade (25ª), São Luiz Gonzaga (32ª), São Borja (35ª), Ijuí (36ª) e Carazinho (39ª)

Retorno gradual

A partir da próxima segunda-feira, 13 de maio, escolas de municípios abrangidos pelas CREs de São Leopoldo (2ª), Guaíba (12ª) e Cachoeira do Sul (24ª) iniciam o retorno gradual. Até então, as três regiões estavam com as atividades suspensas, mas as escolas desses locais que não tiveram a estrutura comprometida e que possuem abastecimento de água e energia retomarão as aulas com o acolhimento aos estudantes. Ao todo, são esperados até 38 mil alunos nas instituições de ensino das três regiões.

Na região da 2ª CRE de São Leopoldo, 64 escolas voltam às atividades na segunda-feira, permitindo o retorno de 22.610 estudantes às instituições de ensino, localizadas nos seguintes municípios:

Alto Feliz

Araricá

Barão

Bom Principio

Campo Bom

Capela Santana

Dois irmãos

Igrejinha

Linha Nova

Montenegro

Nova Hartz

Novo Hamburgo

Pareci Novo

Parobé

Poço de Antas

Portão

Salvador do Sul

São José do Sul

São Leopoldo

São Sebastian do Caí

São Vendelino

Sapiranga

Taquara

Tupandi

Na região da 12ª CRE, de Guaíba, 31 escolas voltam às atividades com o retorno de 11.193 estudantes nos seguintes municípios:

Butiá

Camaquã

Cerro Grande do Sul

Chuvisca

Dom Feliciano

Guaíba

Minas do Leão

Sentinela do Sul

Sertão Santana

Na região da 24ª CRE de Cachoeira do Sul, 16 escolas irão receber cerca de 4,5 mil estudantes nos seguintes municípios:

Agudo

Arroio do Tigre

Cachoeira do Sul

Estrela Velha

Paraíso do Sul

Restinga Sêca

Segredo

Pelotas e Rio Grande avaliam retomada

Após a suspensão das aulas em cinco municípios da 5ª CRE (Pelotas) e quatro da 18ª CRE (Rio Grande) na última semana, as coordenadorias regionais seguem avaliando com os diretores o retorno das atividades nessas localidades. Uma decisão será divulgada no domingo (12/5).

Porto Alegre permanece sem previsão de retorno

Em áreas mais afetadas como Porto Alegre (1ª CRE), Canoas (27ªCRE) e Gravataí (28ª CRE), ainda não há previsão para o retorno das aulas.


Correio do Povo

RS define critérios para a distribuição dos recursos do PIX

 Parte do dinheiro arrecadado será utilizado para a compra e entrega imediata de 30 mil cobertores



O Comitê Gestor dos valores doados pelo PIX SOS Rio Grande do Sul decidiu que cada família contemplada receberá R$ 2 mil. Parte do dinheiro arrecadado será utilizado para a compra e entrega imediata de 30 mil cobertores.

Se houver saldo disponível depois de todos os pagamentos, poderá ser depositado um valor extra. O valor arrecadado via PIX, até as 18h deste sábado, soma R$ 93.474.000.

O critério de distribuição começará pelas áreas mais afetadas que já tenham condições de iniciar o processo de recuperação e reconstrução.

O Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), identificará os municípios que atendam a esses critérios, a partir de mapeamento da área afetada pelas enchentes.

A lista dos municípios da primeira fase será atualizada conforme o avanço do programa para as etapas subsequentes.

Entre a população diretamente afetada pelos eventos meteorológicos, serão atendidas as famílias que se enquadram nos seguintes critérios:

  • desabrigadas ou desalojadas como consequência do evento climático ou, ainda, que tenham ficado desabrigadas ou desalojadas, mas já retornaram para suas casas
  • inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) ou no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF)
  • que não sejam contempladas pelo programa Volta por Cima, do governo do RS, criado pelo Decreto 57.607, de 9 de maio de 2024
  • renda de até três salários mínimos

O cadastramento será realizado diretamente nos municípios, conduzido por uma equipe multissetorial, composta por representantes do governo estadual e das entidades parceiras Ainda nessa fase, o governo do Estado, por meio da SPGG, buscará a criação de plataforma virtual de cadastramento para permitir agilidade no processo.

As famílias inscritas terão as informações fornecidas cruzadas com as bases de dados da Receita Federal, do CadÚnico e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), entre outras, para garantir a correta destinação dos recursos conforme os critérios definidos.

Para o pagamento, a Caixa vai disponibilizar um cartão de débito pré-pago. Assim que for considerada incluída no programa, a família já recebe o cartão e o depósito deve ocorrer em 24 horas.

Compra de cobertores

Os cobertores foram comprados de um fornecedor em Três Lagoas (MS), a um custo total de R$ 660 mil. Serão levadas por transporte rodoviário até a capital do Estado, Campo Grande, de onde seguirão em avião até o Rio Grande do Sul, com previsão de chegada entre segunda e terça-feira.

Ampliação do comitê

O Comitê Gestor da campanha do PIX foi ampliado. Conforme o Decreto 57.606, de quinta-feira, 9 de maio, mais três órgãos e entidades passam a integrar o grupo de decisões sobre o uso do valor arrecadado: Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS), Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional RS (OAB/RS) e Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS).

Correio do Povo

A esquerda usa a tragédia no RS para nos calar

 



Em meio à tragédia no RS, a esquerda busca capitalizar o sofrimento para silenciar a oposição, promovendo a 'regulação' das redes sociais sob o pretexto de combater fake news. Isso é uma clara tentativa de controlar a narrativa e restringir a liberdade de expressão. Não podemos permitir que usem um momento de dor para impor censura.

Fonte: https://www.instagram.com/p/C609E2lvB8c/?igsh=MXNrMDhnb3QwenJvNA%3D%3D

Abrigos começam a esvaziar com a baixa do Sinos e o recuo da enchente em Campo Bom e Sapiranga

 Em cidades do Vale do Sinos moradores das regiões ribeirinhas deixam os abrigos e retornam para suas moradias



Mesmo com chuva, o Rio dos Sinos apresenta uma leve redução e por isso as pessoas que estavam acolhidas em abrigos nas cidades da região do Vale do Sinos começam, aos poucos, a retornarem para suas casas. Em Campo Bom, neste sábado, a mediação estava em 6,67m. Na noite de sexta-feira, a mediação o nível do Sinos marcava 6,78m, uma baixa de 10cm em 12 horas. Não há mais sinal de enchente na cidade, tendo em vista que o extravasamento acontece em 7,20m. Entretanto, há pessoas abrigadas no ginásio que ainda não conseguiram voltar para suas casas porque perderam tudo. Atualmente há 79 desabrigados de Campo Bom nos ginásios Municipal e do CEI e outros 96 desabrigados de São Leopoldo que foram acolhido no ginásio do SESI

Em Sapiranga, neste sábado, ainda havia 17 pessoas abrigadas no ginásio da Escola Doutor Décio Gomes Pereira e oito moradores de São Leopoldo estavam abrigados no Ginásio da Escola Anita Lydia Wingert. Cerca de 87 pessoas ainda estavam aguardando as águas baixarem na casa de parentes. Segundo informou o coordenador da Defesa Civil do município, Sírio Baum, a equipe distribuiu nesta última semana, lonas para 37 residências que tiveram telhas danificados por conta das chuvas. Nos últimos 10 dias o acumulado de chuva na cidade foi de 477,4mm.

Correeio do Povo

BM contradiz Sulpetro e diz não ter recebido registros de saques em postos alagados

 Presidente do sindicato, João Carlos Dal’Aqua, disse que “quase todas” as lojas de conveniência nestas condições sofreram ações de saqueadores



O presidente da Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal’Aqua, disse nesta quinta-feira que não faltam produtos nos postos de combustível no Rio Grande do Sul, mas as questões logísticas, com mais uma centena de bloqueios ainda vigentes nas estadas gaúchas em razão da enchente, atrapalham a comercialização.

De acordo com ele, uma das maiores preocupações neste momento é quanto aos saques, que ocorreram principalmente em “quase todas” as lojas de conveniências de estabelecimentos alagados. Questionada, a Brigada Militar (BM) disse não ter registro em seu sistema destes saques. “A Brigada Militar segue realizando o policiamento ostensivo em viaturas e em embarcações, e também contando com o apoio das demais polícias do Brasil e da Força Nacional”, afirmou.

“Estamos pedindo ao estado o reforço na segurança para que haja melhoria nestes processos”, relatou Dal’Aqua. Áreas menos seguras foram mais propícias aos saques, e Dal’Aqua citou como exemplos postos próximos ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, e ao município de Eldorado do Sul, em que “um monte de coisas foram levadas”, inclusive equipamentos. “Quando a água baixar, vamos avaliar a dimensão do problema”, disse.

Cenário da distribuição melhorou

Conforme o presidente da Sulpetro, o cenário da distribuição atualmente é melhor em Porto Alegre e na região metropolitana, locais mais próximos a refinarias e bases. O cenário, também segundo ele, já foi pior nestes últimos dias. “Temos duas bases ainda com a presença de água, mas que, esperamos, devam retomar a operação na semana que vem, e outras que estão compartilhando produtos com demais distribuidoras para não haver falta generalizada”, acrescentou.

O gargalo logístico é dificultado pelos congestionamentos nas estradas recém-liberadas, ou com bloqueios parciais, bem como pontuais faltas do produto são reflexo de uma busca generalizada em municípios até então isolados. “Há alguma dificuldade em postos de bandeira branca, porém estamos percebendo uma maior fluidez na entrega de combustíveis”, afirmou. As viagens dos caminhões de entrega também têm demorado mais. “Se, antes, o veículo fazia três viagens por dia, agora faz uma, ou uma entrega que levava duas horas, está levando seis ou sete”.

Diariamente, o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) tem divulgado um relatório sobre a situação no Rio Grande do Sul, e, conforme o mais recente disponível, da última sexta-feira, “Apesar da interrupção da operação da ferrovia e de duas bases de distribuição de combustíveis em Canoas/Esteio, a entrega de produtos na região metropolitana segue melhorando e os volumes se aproximam da média antes da enchente.”

Correio do Povo

Saúde vai antecipar repasse para piso da enfermagem a cidades gaúchas

 Antecipação representa adiantamento de cerca de 15 dias



O estado do Rio Grande do Sul e 418 municípios receberão de forma antecipada R$ 30 milhões para que possam pagar o piso salarial dos profissionais da enfermagem. O adiantamento dos recursos está previsto na Portaria nº 3.793/2024, publicada pelo Ministério da Saúde em edição extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira (10).

Segundo o governo federal, a antecipação representa um adiantamento de cerca de 15 dias em relação ao previsto, e o empenho e o repasse do Fundo Nacional de Saúde (FNS) devem ocorrer até sexta-feira (17).

Os recursos já estavam previstos em parcelas mensais da Assistência Financeira Complementar (AFC), criada para que estados, municípios e Distrito Federal, bem como entidades filantrópicas, e prestadores de serviços contratualizados que atendam, no mínimo, 60% de pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cumpram o Piso Nacional da Enfermagem.

“Os municípios gaúchos que não foram contemplados nesta portaria terão a oportunidade de inserir seus dados no InvestSUS até o dia 21 de maio, a fim de serem incluídos no repasse, habitualmente realizado até o último dia útil do mês de referência. Esta possibilidade estende-se a todos os entes federativos do país, desde que estejam em conformidade com a legislação vigente”, diz o Ministério da Saúde.

A medida beneficiará inicialmente 418 cidades gaúchas, em um universo de 497 municípios do Rio Grande do Sul. Ao todo, 79 ainda não solicitaram a assistência.

Agência Brasil e Correio do Povo

Planalto Transportes volta a operar no trajeto entre Porto Alegre e Santa Maria

 As saídas e chegadas serão na Estação Rodoviária provisória, situada no Terminal Antônio de Carvalho

A Planalto Transportes retomou neste sábado os deslocamentos para o interior do Estado. Os horários entram em vigor a partir deste domingo, com saída e chegada na Estação Rodoviária provisória, situada no Terminal Antônio de Carvalho, no bairro Agronomia (Av. Bento Gonçalves, 6670), em Porto Alegre.

Os ônibus poderão passar pelo corredor humanitário – construído emergencialmente para entrada e saída de cargas – que liga o Túnel da Conceição à Avenida Castelo Branco.

Entre os destinos estão Santa Maria, Uruguaiana, Itaqui e Quaraí.

Todas as saídas e chegadas de Porto Alegre foram suspensas, no dia 3 de maio, devido a enchente no Estado. As pessoas com passagens compradas puderam fazer os reagendamentos das viagens.


Correio do Povo