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Enchente em Porto Alegre, no bairro Menino Deus
Enchente nas ruas José de Alencar e Silveiro no bairro Menino Deus, após o rio Guaíba transbordar
Movimento no Litoral Norte é semelhante ao da temporada de veraneio
Região se tornou refúgio com desabrigados e pessoas em fuga do colapso na região metropolitana
Muitos desabrigados seguiram para o Litoral Norte, onde há registro de trânsito lento em várias ruas e avenidas. As pessoas estão em uma corrida desenfreada atrás de alimentos e água mineral. Em Tramandaí e Capão da Canoa, já há falta de itens essenciais nas prateleiras dos supermercados, inclusive água mineral.
Muitos recorrem aos templos da Igreja Universal em busca de roupas. “Perdi tudo. Não tenho o que vestir”, lamentava a diarista Laura Cristina Borba, de 35 anos, que chegou em Tramandaí com a ajuda de um voluntário. Os obreiros da Igreja Universal estão pedindo doações, uma vez que boa parte do estoque foi encaminhada para auxiliar os moradores de Canoas.
Em Tramandaí, longas filas se firma no interior dos pavilhões da Festa do Peixe em busca de apoio. No local, após breve cadastro, os voluntários selecionam os itens necessários. Há roupas, cobertores, alimentos, ração para cães e gatos, fraldas, inclusive geriátricas, e colchões, roupas de banho, lençóis e itens de higiene pessoal.
A preocupação dos voluntários é obter mais doações para atender o maior número de famílias possível. “A água mineral está terminando porque alguns, assustados, correram aos supermercados, para fazer estoque, e outros para doar”, disse o voluntário Douglas Higino. No Acqua Lokos há doação de água mineral, desde que sejam encaminhados caminhões-pipa.
Correio do Povo
Tragédia no RS: 5 passos para não desinformar
Conteúdos desinformativos podem ser difundidos, o que se torna ainda mais grave e perigoso em cenários de catástrofe ambiental, inclusive custando vidas
*Com informações de Agência Lupa
Desde a última semana, o Rio Grande do Sul está literalmente debaixo d'água em um cenário inédito e de crise extrema. Ser racional em momentos como esses não é simples, mas ainda é possível. E, sobretudo, necessário. Caso contrário, conteúdos desinformativos podem ser difundidos, o que se torna ainda mais grave e perigoso em cenários de catástrofe ambiental. Pode, inclusive, custar vidas.
Por isso, a Lupa te mostra 5 passos a seguir para não desinformar em meio à tragédia.
1. Cuidado com informações divulgadas às pressas
Em momento de crise e desespero, o cenário fica ainda mais propício para a circulação de desinformações. Por mais que seja um momento marcado por urgências, é preciso ter calma ao repassar uma notícia.
Uma das primeiras verificações sobre as chuvas no RS feitas pela Lupa, envolveu uma foto em circulação nas redes sociais que supostamente mostraria o nível atingido pela água no muro do Cais Mauá, na capital Porto Alegre. A informação é falsa, tendo sido desmentida no mesmo dia pelo Departamento Municipal de Águas e Esgoto (Dmae), em seu perfil oficial no X.
Mas mesmo o desmentido publicado em contas e notas oficiais pode desinformar – ainda que de forma não proposital. Foi o que aconteceu com a declaração do prefeito de Canoas, Jairo Jorge (PSD), ao afirmar que nove pacientes da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital de Pronto Socorro de Canoas, município da região Metropolitana de Porto Alegre, morreram após o local ser inundado pelas chuvas.
A informação é falsa e foi desmentida no mesmo dia pelo próprio prefeito, em razão de uma falha na comunicação com o secretário de Saúde do município.
2. Esteja atento ao contexto
Alguns conteúdos em circulação pelas redes associam imagens e vídeos referentes a outras situações como se fossem registros das trágicas chuvas ocorridas no estado do Rio Grande do Sul nos últimos dias.
É o caso da imagem do governador Eduardo Leite, que sugere que o político estaria assistindo a um show da cantora Ivete Sangalo nos últimos dias. O problema é que falta contexto. A imagem de fato é verdadeira, mas foi registrada em 30 de setembro de 2023 – quando o estado gaúcho também enfrentava uma crise em razão de enchentes e grande volume de chuva. Ainda assim, utilizada como suposto registro recente, a foto desinforma.
Algo parecido acontece em outro vídeo, que mostra o Presidente Lula sendo vaiado pela população em sua chegada ao Rio Grande do Sul. De fato, a cena aconteceu, no entanto, trata-se de um registro feito no mês de março de 2024, quando o presidente esteve no estado para cumprir agendas oficiais.
3. Se pergunte sobre o papel das imagens de catástrofe
Imagens podem ter função importante, informativa, ajudando na identificação e descrição da situação. Podem inclusive contribuir para a localização e salvamento de pessoas isoladas, por exemplo.
Mas podem também atrapalhar, gerar gatilhos emocionais e confundir a população sobre a realidade e o contexto dos fatos, estimulando apenas o sensacionalismo.
Por isso, procure saber a origem da imagem – seja ela uma foto ou um vídeo. Se preciso, utilize mecanismos de busca reversa nos principais navegadores, para saber a data da primeira vez em que a imagem foi publicada.
4. Escute o áudio mais de uma vez, se tiver tom alarmista
Muitos áudios em circulação mostram o nível de nervosismo e desespero de pessoas envolvidas direta ou indiretamente nos alagamentos. Por isso mesmo, muitos deles podem conter informações incompletas ou distorcidas.
Mesmo que de forma não intencional, esse tipo de conteúdo pode atrapalhar no entendimento do status real de determinada situação, como o isolamento de uma família, a necessidade de resgate ou a busca por corpos desaparecidos.
Foi exatamente o caso de um áudio verificado pela Lupa. Na gravação que circula nas redes sociais, um homem alega que 300 corpos foram encontrados no Bairro Mathias Velho, em Canoas-RS, durante os trabalhos de evacuação na região. Mas a informação é falsa, já que um levantamento da Defesa Civil do RS, divulgado no domingo, informava que até então 75 mortes tinham sido registradas em todo o Estado devido às chuvas e enchentes, apenas 1 delas em Canoas.
Por isso, escute com calma, procure entender as informações no detalhe e identificar a voz de quem está falando – ainda que em alguns casos não seja possível. Quando não tiver tais informações, envie o áudio para uma agência de checagem e solicite a verificação da informação.
5. Evite narrativas únicas
Busque diferentes fontes confiáveis para entender os diferentes lados da história. Acontecimentos como estes dificilmente ocorrem por apenas uma causa isolada.
Em geral, são desdobramentos de uma conjuntura, situações que envolvem fatores ambientais, sociais, geográficos, econômicos e políticos.
Nesse sentido, o ideal é procurar se informar a partir de diferentes fontes confiáveis. Entre elas estão os veículos de imprensa de grande circulação, agências de checagem e comunicados oficiais do governo e de seus órgãos associados, como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Civil.
Correio do Povo
Segundo boletim do Governo do RS, cinco barragens estão com risco iminente de ruptura
Estruturas são monitorados por meio da Sema, da Agência Nacional de Energia Elétrica e do Operador Nacional do Sistema
O governo do Estado monitora, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a situação das barragens no Rio Grande do Sul.
Dados parciais divulgados nesta quarta-feira apontam que cinco estruturas estão em situação de emergência, apresentando risco de rompimento e já com ações de resposta em andamento.
Barragens monitoradas pela Aneel
Nível de Emergência
Risco de ruptura iminente, exigindo providências para preservar vidas
- UHE 14 de Julho, em Cotiporã e Bento Gonçalves
- PCH Salto Forqueta, em São José do Herval e Putinga
Nível de alerta
Quando as anomalias representam risco à segurança da barragem, exigindo providências para manutenção das condições de segurança
- Não há usinas em nível de alerta
Nível de atenção
Quando as anomalias não comprometem a segurança da barragem no curto prazo, mas exigem monitoramento, controle ou reparo no decurso do tempo
- UHE Dona Francisca, em Nova Palma
- UHE Castro Alves, em Nova Roma do Sul/Nova Pádua
- UHE Monte Claro, em Bento Gonçalves/Veranópolis
- UHE Bugres - Barragem Divisa, em Canela
- UHE Bugres - Barragem do Blang, em Canela
- UHE Canastra, em Canela
- PCH Furnas do Segredo, em Jaguari
Barragens monitoradas pela Sema
Nível de Emergência
- Barragem de São Miguel, em Bento Gonçalves
- Barragem Saturnino de Brito, em São Martinho da Serra
- Barragem do Arroio Barracão, em Bento Gonçalves
Nível de Alerta
- Barragem Capané, em Cachoeira do Sul
Nível de atenção
- Barragem do Saibro, em Viamão
- Barragem B2 - Assentamento PE Jânio Guedes, em São Jerônimo
- Barragem A - Assentamento PE Tupy, em Taquari
- Barragem Filhos de Sepé, em Viamão
- Barragem do Assentamento PE Belo Monte, em Eldorado do Sul
Correio do Povo
Rodovias do Vale do Caí e Serra tem trechos liberados para o tráfego
Desvios, sistema de pare e siga e estreitamento de pistas podem aumentar o tempo de deslocamento
As rodovias do Bloco 3, no Vale do Caí e Serra, administradas pela concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) estão com diversos pontos liberados ao tráfego.
- ERS 122, entre os km 103 e 115, entre Flores da Cunha e Antônio Prado. Trânsito em pare e siga.
- ERS 122, dos km 0 ao 39, entre Portão a São Vendelino
- ERS 446, dos km 0 ao 14, entre Carlos Barbosa e São Vendelino
- RSC 287, dos km 0 ao 21, entre Montenegro e São Leopoldo
- ERS 240, dos km 0 ao 33, entre Montenegro e São Leopoldo
A concessionária alerta que o tempo de deslocamento nos trechos liberados é maior em função de pontos em sistema de pare e siga, estreitamento de pista e desvios. É preciso paciência dos motoristas, cuidado redobrado e respeito à sinalização.
Correio do Povo
Enchentes afetam mais de 80% da atividade econômica no RS
Levantamento da FIERGS aponta que municípios atingidos representam 87% dos empregos industriais do Estado
O estado de calamidade pública que atingiu o Rio Grande do Sul, além das irrecuperáveis perdas humanas, trouxe também impacto econômico. Com mais de 67% dos municípios do Estado afetados, a indústria gaúcha ainda calcula os prejuízos em sua produção, bem como as consequências para as exportações. “As perdas econômicas são inestimáveis no momento. Uma infinidade de empresas teve suas dependências completamente comprometidas. Além dos danos gigantescos de capital, os problemas logísticos devem afetar de forma significativa todas as cadeias econômicas do Estado”, afirma o presidente em exercício da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Arildo Bennech Oliveira. Um estudo preliminar realizado pela Unidade de Estudos Econômicos (UEE) da FIERGS aponta que os 336 municípios atingidos pelas chuvas, conforme o Decreto estadual nº 57.603, de 5 de maio, correspondem a mais de 80% da atividade econômica do Estado.
Segundo o levantamento da UEE, os municípios afetados representam 80,3% do Valor Adicionado Bruto (VAB), 78,2% do VAB industrial, 86,4% dos estabelecimentos industriais, 87,2% dos empregos do setor, 89,1% das exportações da Indústria de Transformação e 83,3% da arrecadação de ICMS com atividades industriais. Arildo Oliveira chama atenção para os graves problemas de infraestrutura a serem enfrentados, destacando que, em boa parte dos casos, não será apenas necessário realizar o trabalho de desobstrução, mas de reconstrução de estradas, pontes, vias férreas e até mesmo o principal aeroporto do Estado está com suas instalações comprometidas. Ele prevê que, como consequência inevitável ao caos instalado, muitos postos de trabalho deverão ser fechados se medidas excepcionais não forem implementadas pelos governantes.
Os locais mais atingidos incluem alguns dos principais polos industriais do Rio Grande do Sul, impactando segmentos significativos para a economia. Na Região da Serra, que emprega 115 mil pessoas na indústria, destaca-se a produção nos segmentos metalmecânico (veículos, máquinas, produtos de metal) e móveis. Já na Região Metropolitana, com 127 mil empregados no setor, estão os segmentos metalmecânico (veículos, autopeças, máquinas), derivados do petróleo e alimentos. No Vale dos Sinos, que ocupa 160 mil industriários, encontra-se a produção de calçados. No Vale do Rio Pardo, a força está em alimentos (carnes, massas) e tabaco, enquanto no Vale do Taquari, alimentos (carnes), calçados e químicos.
Em função dessas dificuldades, a FIERGS, em audiência esta semana por vídeo com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, solicitou a adoção de medidas emergenciais de apoio a indústrias e trabalhadores atingidos. Entre outras sugestões, a entidade pede redução da jornada de trabalho e salário, suspensão temporária do contrato de trabalho, antecipação de férias individuais, concessão de férias coletivas e suspensão da exigibilidade dos recolhimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Correio do Povo
VÍDEO | Loteamentos de luxo em Guaíba
VÍDEO | Loteamentos de luxo em Guaíba.
— Correio do Povo (@correio_dopovo) May 7, 2024
📹 Ricardo Giusti pic.twitter.com/kEpbCUhMtx
VÍDEO | Sobrevoo em Guaíba
VÍDEO | Sobrevoo em Guaíba.
— Correio do Povo (@correio_dopovo) May 7, 2024
📹 Ricardo Giusti pic.twitter.com/89MTu73EbD

