Carros voadores tentam “decolar” no Salão do Automóvel de Genebra



É um sonho mostrado em várias ocasiões no cinema, que poderá se tornar realidade no ano que vem, quando decolar o primeiro carro voador particular. Até lá, uma empresa holandesa apresenta seu modelo comercial no Salão do Automóvel de Genebra. O modelo “Liberty”, primeiro carro voador no mercado, do fabricante holandês Pal-V, começará a ser entregue em 2019. O “Liberty” está vendendo como pão quente e atualmente o tempo de espera é de dois anos.

Uma aliança entre Airbus, Audi e Italdesign apresenta em Genebra um projeto similar de veículo voador autônomo, o “Pop.Up Next”, que será comercializado em 2025. A Pal-V diz que o projeto nasceu de uma “frustração”. “Quando você viaja de avião, decola de um lugar do qual não quer partir e aterrissa em outro que não é o seu destino”, explica Robert Dingemanse, presidente da empresa.

“O Pal-V é o produto perfeito para a mobilidade entre as cidades. Fora das cidades voa, na cidade roda”, explica. O veículo de três rodas (duas atrás, uma na frente) tem um rotor retratável que lhe permite voar como um helicóptero. Funciona com um motor a gasolina, tem autonomia para 500 km no ar e 1.900 km em estrada, e atinge uma velocidade máxima de 160 km por hora. Para decolar, “você pode utilizar as 10.000 pistas disponíveis na Europa, e como você pode rodar, isso é suficiente”, explica o holandês Robert Dingemanse. “Cada alemão tem um pequeno aeródromo a 10 ou 20 km de sua casa”, acrescenta Robert Dingemanse. O preço do veículo vai de 300.000 a 500.000 euros, aos que se deve somar entre 10.000 e 20.000 euros para a formação do piloto, explica Dingemanse.

“É o preço de um pequeno helicóptero, mas a utilização é mais fácil e a manutenção menos cara”, afirma.

Transporte compartilhado

O projeto “Pop.Up Next” é totalmente diferente. O veículo se parece com um teleférico futurista com três rotores e quatro rodas. A parte baixa do veículo, a que roda, e a parte alta, a que voa, se separam e podem se deslocar de forma autônoma. É um veículo totalmente elétrico, pensado como meio de transporte coletivo e urbano. “Não é pensado para particulares”, indica Mark Cousin, chefe de projeto na Airbus, encarregado da parte voadora do “Pop.Up Next”. A subsidiária da Volkswagen Italdesign, por trás do projeto, desenvolveu a cabine de passageiros, e a parte de baixo motorizada foi feita com base na tecnologia de condução autônoma da Audi. A Airbus quer realizar os primeiros testes nas cidades antes de 2022 e pensa em outras aplicações, como o transporte noturno ou o traslado de pacientes entre hospitais.

“A convergência de determinadas tecnologias, sobretudo as de bateria e de motores elétricos, permite fabricar veículos deste tipo, algo impossível há cinco ou dez anos”, diz Cousin. Os carros voadores são “um lindo conceito, diz à AFP Ferdinand Dudenhoffer, diretor do Center Automotive Research, baseado na Alemanha. Mas tendo em conta a densidade do tráfego aéreo, “é difícil imaginar que o céu estará cheio de pratos voadores”, diz.

Fonte: AFP
Fotos: Fabrice Coffrini / AFP / CP


Jornal Tecnologia do Correio do Povo


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MST invade parque gráfico do Globo

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Cerca de 400 integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST), a maioria mulheres, invadiram o parque gráfico do GLOBO na manhã desta quinta-feira. Entre os manifestantes, que chegaram em dez ônibus, havia pessoas armadas com facões. O grupo parou no estacionamento para visitantes, de acesso livre, e invadiu o prédio. Os seguranças da empresa não impediram a invasão, devido à quantidade de pessoas.

Os manifestantes fizeram pichações de mensagens políticas em vidraças, sofás, paredes e no piso. Também atearam fogo em pneus ao redor de um totem com o nome do jornal, que é de metal e não chegou a ser danificado. Os invasores gravaram toda a ação e divulgaram em redes sociais. Meia hora depois da invasão, o grupo deixou o local. Não houve feridos.

A polícia vai investigar o caso. Uma perícia foi enviada ao local.


Extra

Nasa descobre ciclones maciços em Júpiter

Condição atmosférica do planeta é inédita no Sistema Solar

Condição atmosférica do planeta é inédita no Sistema Solar | Foto: Divulgação / NASA / JPL-Caltech / SwRI / ASI / INAF / JIRAM / CP

Condição atmosférica do planeta é inédita no Sistema Solar | Foto: Divulgação / NASA / JPL-Caltech / SwRI / ASI / INAF / JIRAM / CP

Resultados da Missão Juno, que explora o planeta Júpiter pela Nasa, revelaram a existência de ciclones maciços ao redor dos polos sul e norte do planeta. Essas características atmosféricas são permanentes, o que torna a descoberta inédita levando em consideração qualquer outra condição encontrada do Sistema Solar.

A imagem feita pelo Jovian Infrared Auroral Mapper (JIRAM), ferramenta usada a bordo da Missão, mostra o ciclone no centro da parte norte do planeta, cercado por outros oito. As descobertas são parte de um artigo que será publicado nesta quinta na revista Nature. "Essa impressionante descoberta científica é a prova do valor de explorar o desconhecido com uma nova perspectiva e com instrumentos de nova geração", disse Scott Bolton, do Southwest Research Institute, em San Antonio.




Correio do Povo


Moro condena Bendine a 11 anos de prisão

Ex-presidente da Petrobrás, preso desde julho de 2017 é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro

Em manifesto, DEM ignora Previdência e se diz pronto para Planalto

Documento faz críticas aos governos do PT e afirma que sigla está preparada para ter candidato



COLUNA DO ESTADÃO

Governo quer Jucá na relatoria do Orçamento


ELIANE CANTANHÊDE

'Eu sou Margarida, uma sobrevivente. Tem que ter coragem, mas vale a pena'


JOÃO DOMINGOS

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GESTÃO, POLÍTICA & SOCIEDADE

Sobre o dia da Mulher


FAUSTO MACEDO

Dia Internacional da Mulher - uma longínqua busca pela igualdade


COLUNA DO ESTADÃO

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Vitoria Pizzotti sugere #caminhospara2018

Estudante ​participa da campanha 'A Reconstrução do Brasil - Contagem Regressiva 2018'

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JB (05/03) ENTREVISTA CESAR MAIA!

Irresponsabilidade fiscal: Essa vontade de fazer as coisas sem avaliar se há recursos é a razão (da situação atual). Inventaram uma coisa que era completamente proibida antes, que é o poder público do Rio de Janeiro contrair empréstimos com a garantia federal, sem oferecer suas receitas como garantia. O (Guido) Mantega assinava tudo o que a Dilma mandava e, antes, o que o Lula mandava. O Lula vinha, lançava a pedra fundamental de uma obra que não tinha nem projeto, imaginava quanto aquilo iria custar e depois o governador encaminhava à Assembleia um pedido dos recursos para dar cobertura. Você entra em um processo de endividamento que, para o oportunismo fiscal, não significava nada. Quem pagaria a conta não seriam eles porque a garantia era do governo federal. Quem sabe fazer contas sabia que essa era a equação do governo do estado.
Retomada econômica: A situação do Brasil é melhor que a do Rio de Janeiro. O que acontece é o seguinte: teto de gastos é um nome elegante dado pelo ministro Henrique Meirelles, mas na verdade é medida de um tradicional monetarismo. Como você coloca dinheiro na economia? Com emissão ou com déficit público. À medida que ele disse que isso (déficit) parou e que não vai emitir dinheiro, o impacto desse monetarismo foi forte, violento. Mas quando o governo diz que vai precisar de uma suplementação de R$ 14 ou 15 bilhões e já tem um valor definido de déficit no ano passado de aproximadamente R$ 180 bilhões, isso significa uma impulsão Keynesiana ao PIB. Então, do ponto de vista do crescimento econômico, o déficit ou é resolvido através de crescimento ou de inflação.
Caixas pretas no Rio: Eu leio execução orçamentária, mas só sentando na mesa e conhecendo as caixas abertas, pretas ou o que seja, é que você pode ter uma ideia firme sobre a situação do Rio. Mas o secretário de Fazenda pedir exoneração depois de tudo resolvido (assinatura do Plano de Recuperação Fiscal do Rio de Janeiro com a União) é estranho. O Gustavo Barbosa resolveu tudo, qual o próximo passo dele: ministro da Fazenda. E qual foi o passo dele: renunciou.
Herança perversa: O problema é que não há gestão. O prefeito Crivella não tem vocação para isso. Quem sabe aprende? A herança perversa que recebeu foi as OS (Organizações Sociais). Era claro que aquilo ia estourar. O Rio gasta com OS quase toda a receita do IPTU. Mas como a crise maior de todas é a do PMDB, os vereadores do PMDB se aproximaram do prefeito para poderem sobreviver, ganhar espaço na máquina pública. Então, hoje, você tem um governo com certa tranquilidade, que não terá problema de votar o que precisa ser votado. Tem maioria mas não sabe o que vai fazer com ela por enquanto.
Legitimidade e populismo: Os próximos governantes vão ter que legitimar o mandato no exercício do cargo. Mas quem sabe não aparece uma Anita da política, sobe a favela, faz uma música... É o que antes se chamava de populismo. Vamos ver o que está passando no mundo. É um quadro difícil.
Candidatura a governador: Meu partido e o Rodrigo querem que eu seja candidato e eu tenho certeza que não devo ser candidato a governador. Não tenho a mobilidade que tinha há uns anos e também já não tenho mais idade para fazer demagogia. Mas um colega do partido diz que, se tenho 7% é ótimo porque é possível ir para o segundo turno com 15%. Então, ele diz que a gente está no jogo sem estar no jogo.
Segurança pública e intervenção militar: O que aconteceu nos últimos meses, não sei se pela ausência do policiamento ostensivo ou pela ação das UPPs, é que você teve uma dispersão das facções. Hoje, não se pode falar de Comando Vermelho. O Rio tem vários grupos e a polícia começa a dizer que alguns milicianos entraram no tráfico de drogas, o que espero que não seja verdadeiro porque é o esquema mexicano, que junta extorsão com tráfico. Agora vão fazer policiamento ostensivo e intervenções com conhecimento. Acho que os tiroteios vão diminuir. Esses grupos tendem a se acomodar.
Eleição nacional: Essa é uma confusão maior ainda. A hipótese de que o Bolsonaro cresce cada dia fica menor. Ele bateu em 20% e aí está, mas com isso vai para o no segundo turno. O único candidato do governo seria o próprio Temer. É um sonho do Temer, do Moreira Franco, mas não existe. Não tem tempo para produzir o resultado que precisa.
Intervenção militar e eleição: Em 1994, o Lula estava na frente e o Fernando Henrique em segundo. Até que o PT cometeu um erro estratégico. Resolveu ser um inimigo do Plano Real. Agora, quem se jogar no Rio contra a intervenção, vai ser a mesma coisa.  A presença de um policiamento mais ostensivo vai produzir sensação de segurança por parte da população.


Ex-Blog do Cesar Maia

Mais uma funcionária da BRF confirma alteração em rótulos

Composto era adicionado para adequação às normas do Ministério da Agricultura

Empresa adicionava composto para adequar carnes à normas do Ministério da Agricultura | Foto: Dida Sampaio / AE / CP

Empresa adicionava composto para adequar carnes à normas do Ministério da Agricultura | Foto: Dida Sampaio / AE / CP

Mais uma funcionária da BRF confirmou à Polícia Federal nesta quarta-feira que havia adulterações nos rótulos do produto Premix, composto usado para engorda de frangos, para adequação às normas do Ministério da Agricultura. Natacha Camilotti Mascarello foi uma das 11 pessoas presas na Operação Trapaça - terceira fase da Carne Fraca. Funcionária até hoje da empresa, ela foi solta após o depoimento - oito pessoas ainda estão presas.

O Premix é utilizado como complemento vitamínico e mineral às rações fabricadas pela empresa. A suposta burla investigada pela PF e pelo Ministério Público Federal na unidade de Chapecó (SC) estaria em "inserir componentes não permitidos, seja por alterar as porcentagens dos componentes indicadas nas etiquetas".

"Recordo que no dia da alteração da tabela receberam uma ligação de outra fábrica do Grupo BRF, indicando eventuais vulnerabilidades quanto aos processo de fiscalização", contou Natacha, ao delgado Maurício Moscardi Grillo. "Havendo possibilidade de a fábrica de Chapecó-SC passar pelo mesmo processo de fiscalização, entenderam haver necessidade de alterarem os rótulos, deixando-os adequados aos normativos do Mapa." Na terça-feira, 6, a ex-funcionária Tatiane Alviero, que revelou internamente o problema e gerou as investigações da Trapaça nesse setor, confirmou as supostas fraudes.

Uma sequência de e-mails, iniciada em 23 de fevereiro de 2015, intitulada "Alterações Premix - Auditorias/Fiscalização Mapa", de Tatiane Alviero para Fabiana Rassweiller de Souza, relata "situação que estava ocorrendo rotineiramente na fábrica de Premix de Chapecó", sobre necessidade de burlar em muitos casos rastreabilidade do material para apresentação em auditorias. As fraudes no composto integram uma das quatro frentes de fatos ilícitos que a Carne Fraca apura e levaram para a cadeia na segunda-feira 11 pessoas ligadas à BRF, entre elas o ex-presidente do grupo Pedro de Andrade Faria (2015 a 2017).

Tatiane enfatiza em um dos e-mails que em lote do dia 20 de fevereiro de 2015 tiveram que alterar 65% dos Premixes. E escreve: "Como raramente declaramos corretamente os produtos, é necessário reavaliar todos". Na sequência de e-mails, no dia 24 de fevereiro, Edenir Medeiros da Silva - identificado como gerente de Produção e Operações Agropecuárias à época, desligado da BRF em maio de 2015 - escreve para Tatiane e questiona quem seria o responsável pelas formulações do Premix.

Defesa

A BRF informou que os processos de produção do Premix "seguem normas técnicas nacionais e internacionais" e pela rastreabilidade do produto é possível identificar tudo o que foi incluído. "As fábricas da BRF que produzem o Premix são registradas e certificadas pelo MAPA", diz nota da empresa. "A última auditoria do MAPA na BRF ocorreu em outubro de 2017, e todos os parâmetros estavam devidamente dentro das normas." Segundo a BRF, "os e-mails revelados pela investigação em curso são de três anos atrás". "O teor das mensagens está sendo investigado pela empresa."


Estadão Conteúdo e Correio do Povo

A bomba atômica chinesa

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Passaram sete anos. O “grande salto em frente” está esquecido. As “comunas populares” subsistem, mas nada têm de comum com a ideia profética que delas fazia Mao Tsé-tung. A China, mesmo assim, foi avançando em seu caminho. Já não há um único conselheiro russo em seu território. Em contrapartida, fábricas, barragens, refinarias de petróleo, conjuntos metalúrgicos e químicos e estradas de ferro enchem todo o país, nos mesmos pontos em que ainda há pouco no mapa só havia grandes zonas em branco.

O 14 de outubro de 1964 parece um dia como os outros. A República Popular da China tem quinze anos e quatorze dias. No meio de uma das últimas zonas em branco que ainda há no mapa da China, no centro do deserto no Sinkiang, foram levantadas estranhas estruturas de cantoneira de aço. É uma verdadeira torre que se eleva naquela paisagem lunar.

Longe dali, afastados por quilômetros de cascalho cinzento acre que cobre o Deserto de Tarim, construíram-se fortins de cimento. Parecem ouriços, cheios de antenas, de radares, de periscópios. No interior, há homens com os olhos protegidos, ativos, num ambiente de tensão. Alguns estão instalados diante de quadros de comando em que piscam misteriosas luzes; outros parecem entregues a complicados cálculos; e há os que mantém os olhos colados a tubos que lhes dão a imagem do grande deserto que se estende para Leste. Uns têm as habituais túnicas cinzentas ou azuis, outros usam os cordões dourados ou prateados que distinguem oficiais superiores do Exército Popular.

Há ordens transmitidas em voz baixa. Um amplificador de som vai transmitindo indicações técnicas. No fundo sonoro, ouve-se uma contagem inversa: “Wu.. Si... Er... Yi...” (Cinco... Quatro... Três... Dois... Um...)

Uma luz intensa amarelo-alaranjada, que a vista não consegue sustentar, espalha-se por todo o céu, enquanto lá no alto, no local para onde o clarão vertical pareceu dirigir-se, gigantescas nuvens de poeira, de vapor de água e de fumaça desenham os contornos de um enorme e gigantesco cogumelo.

A milhares de quilômetros dali, três homens tomam conhecimento do que se passou no Deserto de Tarim, no Sikiang.

Mao Tsé-tung estende a mão aos dois chefes da China: Liu Chen-chi, Presidente da República, e Chu En-lai, Primeiro-Ministro. Mao, com idade, engordou mais. É agora obeso, mas mantém a vivacidade. Um inefável sorriso erra-lhe na gorda face, que cada vez lembra mais a de um prelado de operetas. O rosto ainda mais magro de Liu continua impassível. Chu, por seu lado, parece saborear especialmente aquele momento. Mais do que nunca, tem um ar parecido com o de Charles Boyer.

“A China já dispõe de arma nuclear” – murmura. Mao nada diz, mas seus pensamentos recuam quinze anos, até Àquela tarde de 1° de outubro de 1949, quando gritou, na “Porta da Paz Celestial”, perante uma multidão em delírio:

“E agora, que tomem cuidado os reacionários, aqui e no estrangeiro.”

Os reacionários são todos os que quiseram a derrota da China Vermelha, os que agitaram diante de Mao o espantalho atômico: tanto os americanos como os russos. Hoje rebentou a primeira bomba atômica da Ásia – e é chinesa. É a primeira bomba nuclear que não pertence ao homem branco, que escapa ao seu controle. Explodiu naquele mesmo Sikiang que Stalin tentara colonizar em proveito da União Soviética, nessa enorme província para a qual Mao já não hesita em reivindicar o prolongamento ocidental, o que significa a faixa do Cazaquistão soviético, arrancado à China indevidamente (diz ele) pelo imperialismo dos Czares...

Muitas coisas se passaram em sete anos, desde que Mao Tsé-tung abandonou o poder efetivo para se concentrar em seu papel de chefe do partido, guia, inspirador teórico supremo da China Popular.

Houve anos terríveis de fome, Três anos – 1960, 1961 e 1962 – de secas que alternaram com chuvas diluvianas, geadas e canículas. A China superou-as. Sob a direção fria e lúcia de Liu Chao-chi e de Chu En-lai, a produção agrícola assegura agora a todos os chineses arroz para todos os dias e carne ou peixe uma vez por semana. A indústria desenvolve-se. A China já quase não é um país subdesenvolvido. Sua produção industrial equivale a mais de um quarto da produção da Rússia. Os chineses habituam-se a trabalhar e a afastar tudo o que não seja produtivo; a religião, o amor, a frivolidade. Suas distrações são graves, educativas.

A escrita, a bela escrita chinesa foi reformada, simplificada. O analfabetismo diminuiu. O individualismo, tão ferozmente enraizado na terra chinesa, é combatido sem piedade. O regime está forte e é estável. Houve modificações de “linha”, demissões e mudanças no alto da pirâmide do poder. Mas sempre se evitaram as depurações sangrentas, o regresso ao terror. Liu Chao-chi e Chu En-lai continuam sendo chefes incontestados e Mao é o super líder, o pai, o sa´bio, o árbitro, o último recurso. Seu prestígio em nada foi prejudicado por seus erros, nem por seu retiro.

Sua popularidade é imensa. E o culto da personalidade desenvolve-se harmoniosamente; há retratos gigantescos do líder por todo o lado. Não desdenha as digressões pela província, que sempre lhe causaram prazer. Não renunciou ao seu esporte favorito: dois anos antes, com sessenta e nove anos, voltou na nadar nas águas revoltas do Yang-Tsé.

Mao pode considerar-se satisfeito por ter renunciado, em fins de 1958, aos encargos diretos do poder. Sabe que lhe é mais fácil manejar as ideias do que os fatos, a teoria do que a realidade. Os erros do estadista foram esquecidos, ficou a prestígio imenso do técnico, do pensador. O que na China se passa de mau é feito às suas escondidas. Mas tudo que é bom se deve ao seu impulso, ao resplendor de suas obras: o êxito dos halterofilistas chineses, como a produção do complexo industrial da Manchúria, devem-se aos seus pensamentos, e o mesmo quanto ao título mundial de tênis de mesa, conquistado pela equipe chinesa, e quanto à explosão atômica do Sikiang, para a felicidade conjugal do casal Weng, de Cantão, e quanto à excepcional colheita de que nesse ano se beneficiou o Hu-Nan, quanto à invenção do operário de Xangai. Que permite fabricar mais economicamente as munições, e quanto ao reconhecimento do governo de Pequim pela França do General De Gaulle.

Porque, também no plano internacional, a Chine de dia para dia avulta como potência reconhecida, respeitada, temida. Só os Estados Unidos se obstinam em apoiar Chang Kai-chek, sempre refugiado em Formosa, a qual cairá – diz Mao – por si mesma, como fruto maduro. A França, que desde janeiro de 1965 tem seu embaixador em Pequim, toma o comando do movimento que tem por objetivo fazer finalmente ingressar a China Popular nas Nações Unidas. Mas Mao, como grande senho, finge desprezar a ONU (Em outubro de 1971 a ONU admitiu a República Popular da China, eliminando o Governo Nacionalista de Formosa). E lança mesmo a ideia de se constituir uma segunda ONU, a Organização das Nações do Terceiro Mundo, cuja chefia mantém firmemente. Para demonstrar que é o único capaz de inspirar o enorme e movediço mundo ex-colonial, não hesita em afrontar a influência soviética em Jacarta como em Argel, em Conakry como em Havana. Não perde a menor oportunidade de demonstrar até que ponto a inconstante política de coexistência pacífica de Moscou se assemelha ao “neocolonialismo” dos imperialistas ocidentais. Em toda a Ásia, na África, na América Latina os peritos chineses se acotovelaram com os da Rússia e dos países do Leste europeu e por vezes afastam-nos, Kruschev abandonou Cuba no momento da prova de força entre Fidel Castro e Kennedy. Que belo tema de propaganda! A Indonésia de Sucarno é devota de Mao, Nehu morreu e a Índia de seus sucessores acomoda-se com as “retificações de fronteiras” a que os chineses procederam pela força, uma verdadeira guerra “mirim”. O Tibete, depois do esmagamento da revolta de Lhassa de 1959 e da fuga do Dalai Lama, parece definitivamente domado, submetido pela imigração chinesa em massa. No Vietnã do Sul, o Vietcongue, mais aliado a Pequim do que a Moscou, torna a vida dura para os americanos e seus amigos. O Camboja do Príncipe Sihanouk enveredou pelo neutralismo alinhado por Pequim, Hong Kong, essa verruga inglesa no flanco do continente chinês? “Bastará – diz Mao – um telefonema quando o arrendamento terminar, em 1997”. Os chineses sabem esperar. E, além disso, enquanto se espera, Hong Kong é uma janela útil aberta sobre o mundo, especialmente para o comércio.

Nas fronteiras do norte e do ocidente da China, os problemas estão em suspenso. Nos confins do Cazaquistão, da Sibéria, dessa Mongólia Exterior que os russos mantêm num verdadeiro protetorado, os incidentes de fronteiras atingem as centenas. Mao nunca esquece que já há setecentos milhões de chineses – em breve serão um bilhão – acumulados num país relativamente pequenos, ao passo que as imensas terras quase virgens da Sibéria Soviética estão subpovoadas e assim ficarão ainda muito tempo. Estas extensões enormes e despovoadas da Sibéria e da Mongólia exercem sobre a China superpovoada uma fascinação que não tem apenas motivos históricos, ou demográficos, ou econômicos.

Se o problema foi ventilado em público por Mao Tsé-tung, com grande indignação do Kremlin porque a guerra ideológica com Moscou, nascida em 1956, se ampliara e tomara tais proporções que acabara com a unidade, o monolitismo do campo socialista. Apesar de uma conferência maratona em Moscou, no ano de 1960, apesar de apelos angustiados dos outros “partidos irmãos”, aterrados pelas fendas que se abriam no bloco comunista, o conflito entre Moscou e Pequim perdeu todo o segredo. Trocam-se insultos; bandido, revisionista, escroque, falsário, são termos comumente ouvidos. E de cada lado se apresentam como bom apoio citações de Lênin. Mao Tsé-tung perde o cuidado de camuflar seus sentimentos nos discursos inflamados. Nega a Kruschev e seus adjuntos o menor parentesco com o comunismo ortodoxo, do qual se proclama único herdeiro autêntico e legítimo. Para ele, a Meca do comunismo mudou de lugar: a “Kaaba” do marxismo-leninismo passou das muralhas do Kremlin para a “Cidade Proibida” de Pequim. Kruschev – acusa Mao – faz o jogo dos piores inimigos do comunismo, os “imperialistas capitalistas”; transformou-se no lacaio do seu chefe de fila, os Estados Unidos; é o agente destes, com título igual ao do “renegado” Tito. Kruschev é um homem que deve ser abatido, e a direção do mundo comunista, como a do terceiro mundo, cabe de direito a Mao!

Passaram apenas vinte e quatro horas desde a explosão da bomba “A” chinesa. Nos teletipos das agências de notícias do mundo inteiro, as séries de telegramas urgentes atropelam-se: “A China efetuou a explosão de sua primeira bomba atômica.”

Kruschev foi demitido.”

Há uma extraordinária efervescência nas chancelarias de todos os países, no mundo inteiro. Na “Cidade Proibida” de Pequim, porém, reina a mesma atmosfera de sempre, como se os choques fossem absorvidos por feltro. Mao Tsé-tung, Liu Chao-chi e Chu En-lai, leem o comunicado oficial da embaixada soviética:

“O Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética libertou Nikita Sergueievitch Kruschev de suas funções de Primeiro Secretário do Partido e de Presidente do Conselho de Ministros da URSS. O camarada Brejnev foi nomeado Primeiro Secretário do Partido; o camarada Kossyguine foi nomeado Presidente do Conselho...”

Virou-se mais uma página na história milenar da China.

Fonte: Mao Tsé-tung o imperador vermelho de Pequi, de E. Krieg. Páginas 232 a 238.