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Dizem que não se pode elogiar. Nas propostas de atualização do Código de Defesa do Consumidor foi incluído um detalhe, e uma conquista pode ir por terra: o direito ao...
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AFINAL: QUEM SE FORTALECEU COM A REFORMA MINISTERIAL?

AFINAL: QUEM SE FORTALECEU COM A REFORMA MINISTERIAL?

1. A imprensa e vários analistas concordaram que a reforma ministerial fortaleceu Lula e o PMDB. Será? Será mesmo? Assumir as principais posições de comando e direção no Titanic fortalece os comandos? 
              
2. Nem Lula nem o PMDB são ingênuos. O PMDB –especialmente os políticos de clientela- ainda se explica. Afinal, se trata de dar uns votos a Dilma e sugar -o que puderem- para 2016 e 2018. Mesmo que migalhas.
              
3. Mas Lula? De estar –aparentemente- comprometido com o governo Dilma, ninguém poderá acusá-lo de traição. E terá vários meses para fortalecer macroeconomicamente o seu grupo –Brasil afora- com decisões de aplicações e investimentos.
              
4. Este Ex-Blog obteve, semanas atrás, e divulgou informações vazadas pelo núcleo lulista de que o cenário ideal para Lula é uma licença suave de Dilma após as eleições –ou antes- de 2016, por doença. Ela não perde seus direitos de presidente após 2018. E se entrega todo o comando do Titanic a Michel Temer e ao PMDB e à oposição patriótica. E os lulistas passam a desfraldar o documento aprovado pelo Instituto Lula, recentemente, criticando a política econômica de Dilma-Levy.
              
5. E ninguém pode acusar sindicatos, lulistas et caterva, de absolutamente nada, pois, afinal, protestos, documentos e mobilizações ocorreram quando Dilma ainda era presidente. Seria…, apenas…, “coerência”.
              
6. O PT passaria para a oposição em pouco tempo (vide Itamar e o ministério de acordo nacional) e Lula esbravearia contra a perda de direitos dos trabalhadores e o desemprego. E “como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, digam ao povo que fico” candidato a presidente. A oposição de hoje estaria no governo e passaria a ser vidraça e Lula atiradeira, recuperando popularidade para enfrentar 2018.
              
7. E Lula –após a entrada de Temer- repetiria a Caravana de 2001 –Brasil afora- apertando círculos concêntricos, asfixiando o governo e os potenciais candidatos da oposição.
              
8. É a estratégia que idealizam. E precisam apenas da concordância de Dilma, “reconhecendo” seu estado de saúde, respaldada por laudos técnicos de equipe médica acima de qualquer suspeita.

                                                    * * *
    
LULA, "O INFORMANTE", PODE NÃO DIZER A VERDADE!

(Merval – Globo, 04) 1. O ministro Teori Zavascki definiu que Lula será ouvido como “informante”, e não testemunha.  Além de ser uma decisão totalmente atípica, pois Lula já não tem foro privilegiado, o ministro do Supremo está criando uma figura que não existe nos inquéritos, mas apenas nos processos criminais, cíveis ou mesmo administrativos, como adverte o criminalista Ary Bergher.
  
2. Nos inquéritos existem apenas os investigados e as testemunhas.  Nos processos, quando a testemunha é parente ou ligada ao réu, não recebe o status de testemunha porque não poderia jurar dizer a verdade. É então rotulada de informante. Como o ex-presidente Lula é ligado ao PT, não pode ser testemunha, parece ter raciocinado o ministro Teori Zavascki.
 
3. É o que se deduz de sua decisão sobre a relação de pessoas que o delegado Josélio Souza pretende ouvir, todas ligadas ao PT.   A testemunha presta o compromisso “de dizer a verdade”, o informante não.

                                                    * * *

GOVERNO DO ESTADO DO RIO EMITE BÔNUS NOS EUA EM DÓLAR COM GARANTIA DOS ROYALTIES E QUEBRA O RIOPREVIDÊNCIA!
               
(Globo, 05) 1. O fundo de previdência dos servidores do Estado do Rio captou ano passado, US$ 3,1 bilhões com títulos de dívida em dólar. Foi uma operação exótica, pois nunca um fundo de pensão brasileiro havia emitido dívida lá fora e o lastro dos bonds foram os royalties do petróleo que a autarquia receberia no futuro.
              
2. Mas a drástica mudança de cenário impactou o fluxo financeiro do fundo, levando ao descumprimento de uma cláusula contratual com credores que prevê o vencimento antecipado dos títulos, se a estimativa de receitas do devedor cair abaixo de determinado limite. O primeiro bloqueio previsto para o dia 15 está estimado em US$ 129 milhões, (R$ 508 milhões).
              
3. Para lançar os papéis lá fora, o Rioprevidência criou uma sociedade em Delaware, nos EUA, a Rio Oil Finance Trust, e cedeu a ela sua receita com royalties e participação especial.  Ou seja, toda a receita líquida do Estado do Rio com royalties e participação especial, e equivale a 30% dos recursos recebidos pela autarquia.
Ex-Blog do Cesar Maia

Águas pelo RS: cheias deixam Porto Alegre em alerta

ANP: combustíveis sem avaliação

Brasília – Mesmo pagando até 5% mais caro pelo combustíveis desde a última semana, o consumidor não tem garantia da qualidade da gasolina vendida. Desde março, contratos da Agência Nacional do Petróleo (ANP) com 16 universidades não foram renovados, deixando 20 estados sem monitoramento da qualidade dos combustíveis. A partir de amanhã os postos gaúchos deixam de ser monitorados.
O número de postos monitorados caiu 53% e atingiu em agosto a pior média desde 2002. Apenas postos de Minas, São Paulo, Goiás, Tocantins e Rio Grande do Sul tiveram a qualidade do produto avaliada em agosto.




Fonte: Correio do Povo, página 4 de 12 de outubro de 2015. 

RS: população infantil cai drasticamente

Estudo da FEE revela que a participação das crianças na população caiu de 20,3% para 15,1% de 2001 a 2014

De 2001 a 2014 o RS apresentou elevada redução de sua população de crianças (zero a 11 anos de idade). Nesse período, a população infantil diminuiu em 400 mil pessoas, passando de 2,1 milhões para 1,7 milhão. A participação das crianças na população gaúcha reduziu de 20,3% para 15,1%. Os dados fazem parte de uma seleção da Fundação de Economia e Estatística (FEE), em homenagem ao Dia das Crianças. A diminuição do número de nascimentos na década de 90 e na primeira década deste século foi o principal fator que contribuiu para esse decréscimo. No entanto, é importante destacar que desde 2010, o RS tem apresentado uma pequena tendência de aumento nos nascimentos, o que poderá, nos próximos anos, estabilizar ou até mesmo reverter essa tendência. Em relação à divisão por sexo, o Rio Grande do Sul registra maioria de meninos. Do total de 1.696.179 crianças, 868.201 são do sexo masculino, e 827.978, do sexo feminino.

A FEE divulgou também um material especial sobre as características principais dessa população e os índices relativos à Educação. Segundo o estudo, desde meados da década de 90, o RS e o Brasil praticamente universalizaram o Ensino Fundamental, sem que tenha havido retrocessos. Com o problema da frequência praticamente resolvido, embora persistam problemas quanto ao abandono e à repetência, as atenções devem-se voltar para o aprendizado das crianças, ou seja, a qualidade da Educação. Dentre os mecanismos de avaliação educacional sob responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), existe o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). Por meio dos resultados das crianças nas provas de proficiência do Saeb, é possível ter uma ideia de quanto os estudantes têm aprendido em Matemática e Língua Portuguesa.

Os resultados para as crianças gaúchas do 5º ano do Ensino Fundamental em 2013 mostram que cerca de 45% delas obtiveram desempenho igual ou superior ao nível 5 em Matemática. Já em Língua Portuguesa, apenas 31% atingiram patamar acima do nível. Quando se compara o conjunto de estudantes com melhores notas com os demais, verifica-se que o maior percentual de melhor desempenho é de crianças cujos pais não trabalham fora; têm pais presentes nas reuniões na escola sempre ou quase sempre; passaram pela Educação Infantil (creche e/ou pré-escola); estudaram em escolas particulares, leem mais livros; fazem os deveres de casa sempre ou quase sempre e têm seus deveres corrigidos pelo professor sempre ou quase sempre.

Fonte: Correio do Povo, página 7 de 12 de outubro de 2015.

Aquisição legal de brinquedo


Nesta segunda-feira, milhões de crianças em todo o país deverão ter em suas mãos um novo brinquedo. Esse simples ato de presentear, contudo, precisa ser acompanhado de cuidados prévios que podem evitar graves acidentes no futuro. Além disso, é necessária que a aquisição seja feita de forma legal, evitando a sonegação de tributos e a capitalização de grupos ilegais que colocam produtos no mercado para obter ganhos ilícitos.
O primeiro cuidado dos pais ou responsáveis é verificar a existência do selo do Instituto Nacional de Metrologia. Qualidade e Tecnologia (Inmetro), vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O órgão tem a função de atestar a segurança do item e sua adequação à faixa etária do infante. De acordo com seu diretor de avaliação de conformidade, Alfredo Lobo, mesmo produtos legalizados podem causar danos se forem mal utilizados. Uma recente ação do Inmetro retirou de circulação 13.373 brinquedos considerados irregulares ou perigosos. Os comerciantes estão sujeitos a diversas penalidades, que vão da advertência à interdição.
Comprar um presente de criança, portanto, é um ato que envolve diversas variantes. Há que cuidar da saúde, da segurança e também da correta aquisição, de forma que o varejo legalizado, que paga tributos e, com isso, ajuda a financiar os serviços públicos, não seja preterido em prol do comércio informal que flerta com o crime organizado. A sabedoria popular costuma dizer que “o barato sai caro”. Além disso, por detrás de um mau serviço na educação ou na saúde pode estar uma causa: a sonegação fiscal.



Fonte Correio do Povo, página 2, editorial da edição de 11 de outubro de 2015. 

Histórico de violência contra mulher se repete

Vítima foi abusada na adolescência e voltou a ser violentada pelo companheiro e pai de sua filha


As mãos trêmulas e a fala pausada, denunciam a fragilidade de uma mulher, que, com apenas 23 anos, carrega as marcas na pele e na memória da dor de ter vivido uma rotina de violência doméstica, Joana, assim chamada para ter dua identidade preservada, é uma vítima desde os 15 anos. Filha de um casal que tinha um relacionamento conturbado, quando tinha 12 anos e foi parar na casa de uma tia. Aos 15 anos, quando o tio ficou desempregado, ela começou a servir o homem como sua empregada, cozinhando e limpando.
O abuso, porém, passou a ser mais grave. “Eu reclamei para ele certa vez do serviço doméstico e ele disse que então ia me dar outra função. E começou a me chamar para dar banho nele. Do banho ele me levou pra cama e começou a me abusar diariamente”, relata com raiva. “reclamei para a minha tia dos serviços da casa, mas nunca tive coragem de contar dos abusos. E assim foi até os 18 anos quando fui morar com uma amiga.” A vida proporcionou novos amigos, e ela logo começou a namorar um homem mais velho.
Achei que ele me protegeria, mas, depois de uns cinco meses de namoro, eu engravidei. Fomos morar juntos e aí tudo piorou.” Tentando garantir o ambiente familiar que não teve, Joana criou a filha junto com o namorado, mesmo que ele trabalhasse até tarde. “Certa vez eu cobrei dele por que não ficava em casa conosco, e veio o primeiro soco. Acompanhado de palavrões e cobranças de que o meu papel era só cuidar da menina e da nossa casa.” A rotina de agressões se repetiu por cinco anos até que, com a ajuda de uma vizinha, a jovem se separou, em fevereiro deste ano. 'Eu tinha medo de não ter onde morar, não conseguir me sustentar, mas consegui muita ajuda. As mulheres que passam por isso são muito solidárias.”
O primeiro passo foi dado na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) de Novo Hamburgo, onde foi registrada denúncia contra o ex-companheiro. Amparada pela Lei Maria da Penha, Joana hoje recebe apoio psicológico e já conseguiu alugar uma peça para morar com a filha. Em Novo Hamburgo, após fazer a denúncia, as mulheres são encaminhadas para o Centro de Atendimento de Referência e Atendimento Viva Mulher. “Temos um alto índice de lesões corporais, ameaças e crimes contra a dignidade sexual. Também fazemos o encaminhamento das medidas protetivas de urgência, o que garante o afastamento do agressor”, afirma a titular da Deam, Cristiane Pasche.


Números impressionam


Sete municípios da Região Metropolitana figuram no top 10 entre as cidades do Estado que registraram o maior número de delitos enquadrados na Lei Maria da Penha. Os dados são do Observatório da Violência Contra a Mulher, monitoramento mensal da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP).
Canoas e Alvorada integram a lista em todos os crimes pesquisados: ameaça, lesão corporal, estupro, femicídio e tentativa de femicídio. São Leopoldo, Viamão e Novo Hamburgo ficam de fora em apenas uma das litas, ameaça, tentativa de femicídio e lesão corporal, respectivamente. Gravataí integra a relação em ameaça, estupro e lesão corporal , e Sapucaia do Sul em femicídio.
Nos primeiros seis meses deste ano, foram registrados mais de 35 mil casos no RS. Entre eles, 274 estupros e 40 assassinatos. No comparativo com o mesmo período de 2014, casos de ameaça, lesão corporal e morte de mulheres se mantiveram estáveis. Em relação a estupro, os números mostram decréscimo. Nos primeiro semestre de 2014 foram 601 registros, contra 274 este ano.
A diretora do Departamento de Direitos Humanos da SSP, delegada Patrícia Sanchotene, destaca o trabalho integrado feito com Polícia Civil e Brigada Militar, por meio da Patrulha Maria da Penha, e Judiciário. Após a vítima fazer registros nas delegacias, o acompanhamento ocorre com a patrulha, que faz visitas de fiscalização na casa dos envolvidos. “Não tem havido reincidência em casos acompanhados pela Patrulha Maria da Penha.”
Ela lembra que a vulnerabilidade está ligada não só à segurança, mas a aspectos sociais e econômicos. Destaca que, com a lei Maria da Penha, houve aumento no número de registros, permitindo que os órgãos públicos possam agir contra os agressores.


CRIMES ATÉ JUNHO
Ameaça – 22.569
Lesão corporal – 12.777
Estupro – 274
Femicídio – 40
Femícidio tentado – 173
Fonte: Observatório da Violência contra a Mulher (SSP)


DENÚNCIAS
Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – Ligue 180 (24 horas)
Telefone Lilás: 0800 541 0803 (das 8h30min às 18h)


Denúncia é o primeiro passo para o combate


Embora os números sejam assustadores, a diretora do Departamento de Políticas para Mulheres da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos do Estado, Salma Farias Valencio, lembra que os dados são oriundos dos registros efetuados. “Mas as denúncias ainda são poucas.”
Ela diz que a Lei Maria da Penha deu visibilidade à questão, mas destaca que ainda falta informação e há descrédito por se tratar uma lei recente. A denúncia é o começo para que políticas públicas sejam postas em ação.
O foco do departamento está na prevenção e autonomia das mulheres, principalmente econômica. “Em 90% dos casos o agressor é também provedor da casa”, diz, destacando que isso determina na decisão da mulher em sair de casa. Por isso, a aposta tem sido em projetos de capacitação, em parceria com entidades e universidades, criando mecanismos que rompam com o ciclo de violência psicológica, patrimonial e física a que estão expostas.
Esta era a situação vivida pela doméstica de 34 anos que atende a Bina. Ela teve que fugir de uma cidade no Noroeste do Estado para se livrar da fúria do ex-marido. Há quatro anos ela vive às escondidas, na companhia dos dois filhos, de 6 e 8 anos, em Sapucaia do Sul. “Não gosto de ficar falando meu nome por aí. Eu apanhei muito e tenho medo de um dia reencontrá-lo.” Com cicatrizes pelo rosto e marcas pelo corpo, Bina conta que, no início, eram felizes. “O comportamento dele começou a mudar com o consumo de bebida alcoólica. Passou a ter ciúmes de tudo e de todos. Me acorrentava, me batia e me mantinha presa.” Cansada das agressões, fez as malas, pegou os filhos e nunca mais deu ou teve notícias da vida que deixou para trás. “Nunca procurei ajuda porque não tive coragem e ainda tenho muita vergonha do que me permiti.” Bina é um caso não registrado. Ela temeu os constrangimentos e se calou. “Só quero esquecer.”


SERVIÇOS E DADOS
São Leopoldo – Informações da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres apontam que, a cada dia, cinco mulheres sofrem violência no município. No primeiro semestre deste ano, foram 337 casos registrados de lesão corporal e 499 ameaças na cidade.
Canoas – O Centro de Referência para Mulheres Vítimas de Violência Patrícia Esber já atendeu a 2 mil casos em quatro anos de atuação. Pelo menos 47% delas têm entre 35 e 49 anos e 51,5% têm até o ensino fundamental completo.
Esteio – O Posto de Atendimento Especializado à Mulher, que funciona na delegacia, instaurou nos oito primeiros meses deste ano 499 inquéritos de violência doméstica. Dos 410 remetidos à Justiça, 295 geraram medidas protetivas.
Sapucaia do Sul – A Coordenadoria de Políticas Públicas para mulheres do município aponta uma média de 80 atendimentos por mês. As mulheres não precisam fazer ocorrência policial para receber acolhimento no local.
Parobé – A Coordenadoria da Mulher registra média de 40 casos de violência por mês na cidade. A maioria das vítimas procura o serviço aconselhadas pela Polícia Civil, após registrar o caso. O local oferece orientação jurídica.
Guaíba – A Secretaria Municipal de Assistência social atende às vítimas a partir de uma demanda voluntária. Elas são orientadas a denunciar as agressões. No primeiro semestre deste ano, a cidade teve 135 registros de lesão corporal.
Viamão – O município conta Patrulha Maria da Penha. Delegacia da Mulher e Promotoria. A patrulha tem quatro agentes e faz o acompanhamento dos casos. Até junho deste ano, foram seis tentativas de femicídio na cidade.
Sapiranga – A Casa Abrigo Regional Jacobina Maurer está sendo criada com recursos federais e será aberta no ano que vem. Outros municípios da região também utilizarão o serviço do local, que abrigará mulheres – e seus filhos – que precisarem sair de casa.
Gravataí – A cidade conta com a Casa Lilás, criada em 2007. Desde sua inauguração até agosto deste ano, foram atendidas, 4.248 mulheres vítimas de violência. Em 2014, foram 2.273 atendimentos psicológicos e 468 acolhimentos.
Alvorada – A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e a Diretoria de Políticas Públicas para as Mulheres encaminham os casos relacionados a gênero. No primeiro semestre deste ano, o município já registrou 14 ocorrências de estupro.
Campo Bom – O Centro de Referência em Assistência Social tem uma equipe formada por psicólogo e assistente social pra receber as vítimas. O serviço atende a uma média de 15 mulheres por mês, segundo dados do município.




Fonte: Correio do Povo, página 9 de 11 de outubro de 2015. 

Votação de projetos divide base aliada do governo Sartori

Discordância entre deputados sobre temas importantes para o Executivo será de reunião terça-feira.

Fonte Correio do Povo, capa da edição de 11 de outubro de 2015.

Tornado em Itaqui (RS)

Em outubro de 1997, quando da última vez que houve El Niño intenso como este de agora, um tornado arrasou a cidade de Itaqui. Mais de 3 mil casas tiveram danos. Itaqui ficou incomunicável com colapso dos serviços de luz e telefonia.

Fonte: Correio do Povo, coluna Tempo & Clima, página 12 de 11 de outubro de 2015.

Tornado em Águas Claras, Viamão (RS)

Há 15 anos, em 11 de outubro de 2000, um devastador tornado atravessou no começo da noite a área de Águas Claras em Viamão. O vento, acima de 200 km/h, virou carros e decepou centenas de árvores. Até hoje o fenômeno é recordado na região e com trauma, a ponto de um morador ter construído um abrigo subterrâneo para tempestades depois do episódio. O tornado de Viamão de 11 de outubro de 2000 antes havia passado pelo Extremo Sul de Porto Alegre, onde até virou pequenas aeronaves no aeroclube de Belém Novo. O tornado de Águas Claras é uma recordação de como esta época do ano é propícia a tempo severo, no momento em que o Rio Grande do Sul vive um período de instabilidade com enchentes e temporais de granizo e vento. A MetSul previu uma primavera de muitos temporais no Rio Grande do Sul e o que se viu nos últimos dias é apenas o começo. Teremos muitas notícias de tempestades e estragos no Rio Grande do Sul por chuva, vendavais e granizo até dezembro.

Fonte: Correio do Povo, coluna Tempo & Clima, página 12 de 11 de outubro de 2015.