O governo federal está
anunciando que vai liberar recursos para a manutenção do Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) em diversos estados,
beneficiando municípios de São Paulo, Santa Catarina, Pernambuco,
Minas Gerais, Goiás, do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Rio
de Janeiro, Paraná, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul,
Maranhão, Amazonas, da Paraíba e Bahia. Ao todo, o valor destinado
para esse fim totalizará R$ 24,6 milhões, oriundos do Fundo
Nacional de Saúde (FNS).
Pela Constituição de
1988, o país adotou o atendimento universal na Saúde. Essa
sistemática levou milhões de pessoas a serem usuárias do SUS sem
precisar de contrapartida financeira. O mesmo não ocorre na
Previdência, órgão que só concede o benefício mediante
contribuição. Com isso, o volume de verbas necessárias para dar
conta das atribuições do sistema aumentou consideravelmente,
inclusive para serviços paralelos, como o Samu. Sem dúvida, o
primeiro atendimento, notadamente em casos de acidentes graves, é
fundamental para que uma vida possa ser salva. Dessa maneira, é
preciso investir para que as tarefas sejam cumpridas com celeridade.
Diante do
contingenciamento implementado pela área econômica do governo
federal, a expectativa é que setores essenciais como saúde,
educação, segurança e saneamento não sejam atingidos. O Samu
todos os dias evidencia sua relevância e sua valorização
financeira permitirá que sua emergencialidade seja revestida da
eficiência que dele se espera.
Fonte: Correio do Povo,
editorial da edição de 2 de junho de 2015, página 2.