A Justiça da Itália encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), uma série de questionamentos sobre o sistema prisional brasileiro. As informações são parte do processo de extradição da deputada Carla Zambelli (PL-SP), solicitada pelo governo brasileiro.
Na semana passada, o julgamento da extradição foi suspenso para aguardar a resposta do STF e está previsto para ser retomado no dia 18 de dezembro.
🔹 Questionamentos da Justiça italiana
Entre os pontos levantados estão:
Para qual prisão Zambelli seria encaminhada caso a extradição seja aceita.
Condições dos presídios femininos.
Existência de atos de violência ou intimidação contra detentas.
Capacidade da polícia penal em manter a ordem nas penitenciárias.
Moraes tem até o dia 14 de dezembro para responder. A comunicação oficial foi feita pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça.
🔹 Prisão e fuga
Em julho, Zambelli foi presa em Roma, onde tentava escapar de um mandado de prisão expedido por Moraes. Com dupla cidadania, buscava asilo político na Itália após ser condenada pelo STF a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023.
Segundo as investigações, Zambelli foi a autora intelectual da invasão, que resultou na emissão de um mandado falso de prisão contra Moraes. O ataque foi executado por Walter Delgatti, também condenado, que confirmou ter agido a mando da parlamentar.
🔹 Pedido de extradição
Após a fuga, o governo brasileiro oficializou o pedido de extradição em 11 de junho, encaminhado pelo STF e posteriormente pelo Itamaraty às autoridades italianas.
Na Câmara dos Deputados, Zambelli ainda enfrenta um processo de cassação de mandato.
📌 O caso segue em análise na Justiça italiana e depende das respostas do STF para avançar.
Fonte: Correio do Povo

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