O Partido Liberal (PL) decidiu adotar a narrativa de que a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é resultado de “intolerância religiosa” e anunciou que vai intensificar a mobilização pela aprovação de um projeto de anistia.
Reunião em Brasília
Na tarde desta segunda-feira (24), cerca de 50 parlamentares federais se reuniram em Brasília para discutir os próximos passos após a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que determinou a prisão de Bolsonaro no sábado (22). O encontro foi convocado pelo presidente nacional da sigla, Valdemar Costa Neto, e contou com a presença da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e dos filhos do ex-presidente, Flávio, Carlos e Renan.
Porta-voz da família
Após a reunião, que durou cerca de duas horas e meia, o senador Flávio Bolsonaro foi escolhido como porta-voz do pai. Ele afirmou que o objetivo central do partido é a aprovação da anistia, descartando projetos que tratem apenas da redução de penas dos condenados pelos atos de 8 de Janeiro.
“Não abrimos mão de buscar isentar essas punições absurdas que estão sendo impostas a pessoas inocentes, ainda mais depois desse último ato de tirar o presidente Bolsonaro da prisão domiciliar com base em intolerância religiosa”, declarou Flávio.
Vigília e acusações
A acusação de intolerância religiosa se refere à decisão de Moraes, que citou a convocação de uma vigília de oração organizada por Flávio Bolsonaro no sábado. O ministro entendeu que o ato poderia gerar confusão e facilitar uma eventual fuga do ex-presidente.
“Eu fiz um chamado para orar pelo presidente Bolsonaro, pela sua saúde, por justiça. E de uma forma mirabolante nós vimos isso ser transformado, ser criminalizado. Fomos acusados de organização criminosa por querer exercer nosso direito ao culto. Que isso sirva de alerta a todas as lideranças religiosas deste País, que se não abrirem o olho agora amanhã será tarde demais”, disse o senador.
Fonte: Correio do Povo.

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