Ciclone derruba trecho da plataforma de Atlântida, em Xangri-Lá

 Estrutura já estava interditada desde 2023 por risco de colapso, segundo laudo técnico da UFRGS

Estrutura sofre com abandonos, furtos e vandalimo nos últimos anos | Foto: Pedro Piegas / CP Memória


forte tempestade causada pelo ciclone que atinge o Rio Grande do Sul desde a madrugada desta segunda-feira, 28, provocou novos danos à plataforma marítima de Atlântida, em Xangri-Lá. A estrutura, que já estava interditada desde o ano passado, teve um trecho de aproximadamente 25 metros destruído com a força dos ventos.

De acordo com a Associação dos Usuários da Plataforma Marítima da Atlântida (Asuplama), a parte que cedeu corresponde a um setor que apresentava fragilidades estruturais. Um laudo emitido pelo Laboratório de Ensaios de Modelos Estruturais (Leme), da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), já havia alertado para o risco de colapso, apontando danos em uma das vigas de sustentação.

O local está fechado desde 2023, quando a maré alta comprometeu parte da estrutura. A plataforma, inaugurada em 1976, tem um histórico marcado por períodos de funcionamento e interdições. Projetada originalmente para pesca e lazer, já passou por diversas reformas ao longo das décadas, conforme reportagens do Correio do Povo.

A passagem do ciclone pelo Estado provocou ventos acima dos 100 km/h em várias regiões. Segundo a CEEE Equatorial, mais de 340 mil clientes ficaram sem energia elétrica durante o dia, com impacto significativo em municípios como Porto Alegre, Capão da Canoa, Viamão e Osório.

No litoral Norte, a prefeitura de Capão da Canoa decretou calamidade pública nesta segunda-feira, 28, em razão dos estragos.

Tempo

Até início desta noite, seguia vigente um alerta laranja para vendavais, emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A previsão é de ventos entre 60 km/h e 100 km/h.

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Correio do Povo

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