Trabalhadores evacuam usina nuclear japonesa de Fukushima após alerta de tsunami

 Terremoto de magnitude 8,7 na Rússia provoca ondas gigantes no Pacífico

Alertas de Tsunami geram temor em vários pontos do Oceano Pacífico | Foto: NOAA / AFP / CP


Os funcionários da usina nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, foram retirados nesta quarta-feira (30, data local) após um terremoto de magnitude 8,7 próximo da costa leste da Rússia, que desencadeou alertas de tsunami no Pacífico.

"Evacuamos todos os trabalhadores e funcionários” na usina de Fukushima, que foi desativada após ser atingida por um tsunami em 2011, disse à AFP uma porta-voz da TEPCO, a empresa que opera a planta. A fonte acrescentou que não foram observadas 'anomalias' no local.

Um potente terremoto de magnitude 8,7 sacudiu nesta quarta-feira (30, data local) o litoral russo da península de Kamchatka, onde várias pessoas ficaram feridas. Também provocou alertas de tsunami em ambos os lados do Pacífico, incluindo Equador, Chile, Japão e Havaí.

O tremor desencadeou advertências de ondulações de até três metros de altura nas costas do Pacífico, segundo o Centro de Alerta de Tsunamis no Pacífico dos Estados Unidos, com sede em Honolulu, no Havaí.

O Equador está entre os países que poderiam ser atingidos pelas ondas, segundo o centro de alerta. O primeiro tsunami, de 30 centímetros, foi observado na costa japonesa, informou a emissora de televisão nacional NHK. A onda chegou à ilha japonesa de Hokkaido, no norte, e a NHK indicou que as ondas subsequentes poderiam ser muito maiores.

O centro americano de alerta também advertiu para ondas de mais de três metros de altura em partes da costa da Rússia e do arquipélago do Havaí "nas próximas três horas". Toda a costa norte-americana do Alasca à Califórnia, incluindo o Havaí, está sob alertas de tsunami de diferentes graus, segundo o centro.

O sismo foi registrado às 20h25min de Brasília, na terça-feira, e seu epicentro foi localizado cerca de 136 km a leste da cidade de Petropavlovsk-Kamchatskiy, na península russa de Kamchatka, a uma profundidade de 19 km, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês).

A imprensa estatal russa informou que várias pessoas ficaram feridas em Kamchatka, onde o governador regional, Vladimir Solodov, pediu à população que não se aproxime da costa. Pelo menos seis réplicas estremeceram essa região do extremo oriente russo depois do sismo principal, uma delas de magnitude 6,9 e outra de 6,3.

Uma onda de tsunami inundou a cidade russa de Severo-Kurilsk, nas ilhas Curilas, segundo as autoridades locais.

A península de Kamchatka é o ponto de encontro das placas tectônicas do Pacífico e da América do Norte, o que torna esta região uma das áreas de maior atividade sísmica do planeta.

AFP e Correio do Povo

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