Ministro deixou a pasta de Previdência Social após denúncia de esquema de fraude no INSS
Integrantes do PDT gaúcho defenderam a saída do agora ex-ministro Carlos Lupi da pasta da Previdência. Segundo interlocutores, o próprio governo estava “fritando” Lupi, deixando de dar respaldo ao ex-ministro durante a crise instaurada após as denúncias do esquema de fraudes no INSS.
Antes de deixar o cargo, nesta sexta-feira à tarde, o então ministro consultou a bancada federal do PDT, recebendo apoio dos parlamentares. “Tem que sair, mostrar que não deve nada e que não é investigado”, defendeu o deputado Pompeo de Mattos.
Com a sua saída, acredita-se que a discussão não deverá ser tão individualizada na figura do ex-ministro, inclusive porque o mesmo assumiu a pasta da Previdência enquanto o esquema já estava em curso. Agora, o PDT deverá discutir a permanência e o papel do partido dentro do governo Lula.
Para alguns, como o prefeito de Osório e presidente do PDT gaúcho, Romildo Bolzan, é o momento de sair. “Nitidamente se viu um movimento de não se dar respaldo para o ministro”, justifica. Enquanto isso, outros defendem que não é preciso uma ruptura, mas os “prós e contras” precisam ser colocados na balança.
“O que ganhamos com a pasta da Previdência? Nada. Só perdemos. Perdemos credibilidade e respeito”, alegou Pompeo. O deputado, entretanto, não é um defensor ferrenho da saída. O “meio-termo” lhe basta.
A Previdência era a única pasta do primeiro escalão sob comando do PDT, que nos últimos anos tem diminuído em número e influência. Atualmente, os trabalhistas são em 17 na Câmara e três no Senado.
Correio do Povo
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