Despesas com folha de pagamento (salários, direitos de imagem e encargos) consumiram R$ 21,3 milhões por mês no ano passado
O Inter desembolsou R$ 255,7 milhões em 2024 apenas com o pagamento de salários, direitos de imagem e encargos sociais e previdenciários de jogadores e integrantes da comissão técnica. A média mensal dessas despesas foi de R$ 21,3 milhões, segundo dados divulgados pelo Portal da Transparência do clube. O valor representa um recorde absoluto e não inclui outros custos relacionados ao futebol, como logística de viagens ou a aquisição de atletas.
Após anos de relativa estabilidade, a folha salarial teve um salto significativo em 2024 com a chegada de nomes como Lucas Alario, Robert Renan, Fernando, Thiago Maia e Bernabei. Parte desses reforços, no entanto, já deixou o clube, o que gerou alívio nas contas a partir do segundo semestre. Para este ano, a tendência é de uma leve redução dos gastos com pessoal, uma vez que os atletas contratados a partir de janeiro para repor os negociados recebem salários mais baixos.
A atualização do Portal da Transparência ocorreu após a aprovação das contas de 2024 pelo Conselho Deliberativo, no final do mês passado. O balanço apresentou um déficit de R$ 34,4 milhões, o primeiro resultado negativo da gestão do presidente Alessandro Barcellos, iniciada em 2021. Segundo a direção, o prejuízo foi agravado pelos efeitos das enchentes de maio do ano passado, que geraram um impacto estimado de R$ 90 milhões nas finanças.
Entretanto, o principal fator apontado no balanço para o resultado negativo foi o alto custo do departamento de futebol, que saltou de R$ 287,5 milhões em 2023 para R$ 404,4 milhões em 2024 — um aumento de 39%. Outro dado relevante é a forte dependência da venda de jogadores. No ano passado, o Inter arrecadou R$ 258,3 milhões em negociações de atletas, o maior valor da história do clube.
Correio do Povo
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