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terça-feira, 16 de maio de 2023

Dólar fecha abaixo de R$ 4,90 e atinge menor nível em quase um ano

 A moeda americana foi cotada a R$ 4,88, com queda de 0,67%. Este é o menor nível desde 7 de junho de 2022

O dólar à vista não apenas emendou nesta segunda-feira, 15, o quinto pregão consecutivo de queda, como rompeu no fechamento do nível de R$ 4,90 pela primeira vez desde junho do ano passado. Já beneficiado pela onda de enfraquecimento da moeda americana no exterior, o real ganhou impulso extra em meio à espera em torno da divulgação ainda hoje do texto do novo arcabouço fiscal com regras mais duras. A possibilidade de redução dos prêmios exigidos por conta do chamado risco fiscal se soma a um ambiente de forte fluxo de recursos pela conta comercial e à perspectiva de manutenção de diferencial de juros interno e externo elevado nos próximos meses.

Afora uma alta pontual e bem limitada pela manhã, quando consumo máximo a R$ 4,9327, o dólar operado em baixa ao longo de toda a sessão. O colapso do piso de R$ 4,90 se deu à tarde, à medida que investidores digeriam informações a respeito das consequências em torno do texto do marco fiscal, como o fato de o presidente Lula, segundo apurado por Broadcast com fontes, ter concordado com a inclusão de gatilhos para brecar avanço de despesa e garantir cumprimento de metas. Ficariam de fora de eventual trabalho fiscal, por exigência de Lula, a política de valorização do salário mínimo e do Bolsa Família.

À tarde, o relator do novo arcabouço fiscal, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), disse ter finalizado seu relatório, após sugestões tomadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta manhã, durante reunião na residência oficial do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Cajado afirmou que a divulgação da proposta depende de reunião com os líderes marcados para esta noite, às 19 horas, da qual Haddad também participa.

Ibovespa

Ganhando impulso depois do meio da tarde, enquanto o dólar à vista buscava mínimas da sessão abaixo de R$ 4,89, o Ibovespa emendou a oitava alta diária nesta abertura de semana, um intervalo ganhador não visto desde o trecho entre 16 e 25 de março do ano passado, há 14 meses. No melhor momento desta segunda-feira, superou os 109 mil pontos, aos 109.270,58 pontos, no maior nível intradia desde 17 de fevereiro, então aos 109.941,46. Hoje, saiu de abertura aos 108.469,09, quase correspondente à mínima do dia (108.356,35), e fechado em alta de 0,52%, aos 109.029,12 pontos, no maior nível de fechamento, também, desde 17 de fevereiro (109.176.92).

Em dia moderadamente positivo em Nova Iorque, o giro na B3 se mostrou suportado neste começo de semana, limitado a R$ 22,5 bilhões na sessão. No mês, o Ibovespa avança 4,40%, emendando ganhos desde o dia 4, que testemunha agora as perdas do ano a 0,64%. Na ponta do índice na sessão, destaque para Eztec (+4,91%), Klabin (+4,54%), Gol (+4,07%) e Locaweb (+4,06%), com Braskem (-6 ,70%), BB Seguridade (-5,91%), Raízen (-4,56%) e CVC (-3,67%) no canto oposto.


Agência Estado e Correio do Povo

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